Capítulo 12
1239palavras
2024-02-19 11:26
"Então você vai desistir?"
"Eu não sei", Ritalin sorriu amargamente. "Eu sei que eu ainda o amo. Desistir dele assim, por mais que eu tente, não consigo aceitar. Yvette, você sabe como é amar alguém? Se um dia você souber que, quando você abrir os seus olhos, nunca mais vai vê-lo, e que sua vida nunca mais será a mesma sem ele. Isso me assusta mais do que a morte."
"Você não vai superar o Vincent. Se você não consegue ouvir o que os outros dizem, eu não vou te impedir. Desde que não se arrependa, faça o que achar que vale a pena." Yvette balançou a cabeça lhe entregou o telefone que estava na mesa. "Alguém enviou uma mensagem privada no seu Facebook. Parece ser o dono do gato."
"O gato?" Ritalin estava atônita. Ela se levantou e gritou em pânico: "Ai meu deus, eu perdi o gatinho!"
...
Jerez deu alguns remédios para Momo. Justo quando estava prestes a tomar um banho, seu telefone tocou.
Ele pegou e viu que o identificador de chamadas era "Infratora", e desligou sem nem pensar.
Mas logo seu telefone tocou novamente. Ele franziu o cenho e então atendeu.
"Você me enviou uma mensagem privada, senhor Vaillant?"
A voz feminina soou familiar. Jerez congelou por um momento e se esqueceu do que estava fazendo.
Vendo que ele não falava, ela disse: "O gato na foto é seu? Desculpe, eu estava ocupada hoje, e só agora vi a sua mensagem."
Então era ela. Os olhos de Jerez brilharam com interesse. Isso era muita coincidência.
"Alô? Senhor Vaillant, consegue me ouvir?"
Jerez lançou um olhar para o gato e disse levemente, "O gato é meu. Está com você?"
A voz atraente do outro lado fez Ritalin ficar atônita por um momento, e então hesitou e disse: "Estava comigo mais cedo, mas hoje eu o levei ao veterinário e acidentalmente o perdi."
Ela o perdeu? Obviamente, ela havia esquecido!
Jerez dobrou suas longas pernas e se sentou no sofá, apertando os olhos e acariciando Momo. "Então você me ligou para dizer que perdeu meu gato?"
"Não.. Quero dizer, mais ou menos."
Ritalin sentiu-se um pouco sem palavras. Tinha sido ela quem pegou o gato, mas agora sentia-se um pouco embaraçada.
Um sentimento de extorsão?
"Há câmeras no hospital veterinário. Sei quem roubou o gato. Pode ficar tranquilo que farei o meu melhor para ajudar a encontrá-lo, senhor Vaillant."
"Roubou?" A expressão de Jerez escureceu.
Ritalin não tinha certeza do que a pessoa estava pensando quando parou de falar. Ela sussurrou, "O que você acha, senhor Vaillant?"
Jerez estreitou os olhos e sorriu. "Eu entendo. Obrigado."
Ritalin ficou chocada por um momento. Ela dispensou seus pensamentos estranhos e disse, "Sem problemas. Afinal, é meu dever. Você pode me ligar se acontecer alguma coisa, mesmo antes do seu gato ser encontrado. Meu nome é Ritalin Casablanca."
Ritalin Casablanca, filha da família Casablanca, a esposa de Vincent.
Jerez ponderou o nome na sua cabeça, vendo a vista fora de janela com olhos escuros.
...
Tudo parecia estar fora de controle, desde que interceptou a relação de Vincent e Alice naquele dia.
Primeiro, ela esqueceu sobre o acidente de carro, a indenização pelo acidente de carro foi oferecida pelo advogado da outra parte. Propuseram compensá-lo diretamente com 630.000 dólares ou ir a julgamento. Além disso, as câmeras do hospital veterinário não estavam funcionando mais cedo. Eles não conseguiram encontrar absolutamente nada sobre o homem. E por fim, tinha o Grupo Casablanca. Depois que a filial parou de funcionar, vários executivos saíram um após o outro. Em menos de uma semana, quatro deles foram para a empresa da família Whitney.
Ritalin não sabia se estava sendo muito sensível. Sua intuição não era coincidência. Quando a árvore cai, os macacos se dispersam. Ela, certamente, entendia o princípio de escolher bons apoiadores. Mas do que ela tinha medo era que a pessoa que lidou com tudo isso por trás fosse a pessoa quem ela não ousava pensar.
Ela apertou as sobrancelhas, fechou os olhos e se encostou na cadeira. Ela não via Vincent há mais de uma semana. Essa era a primeira vez que ela ficou tanto tempo sem ligar para ele. Enquanto ela virava e se revirava todas as noites, ele provavelmente estava feliz que ela ainda não tinha o incomodado...
Ela ouviu duas batidas na porta. Cherry a abriu e chamou suavemente, "Ritalin?"
Ritalin enxugou o rosto, levantou a cabeça e se mostrou firme como sempre. "O que foi?"
"O Presidente Casablanca pediu para te lembrar que não esqueça do aniversário do Octavio Vaillant esta noite."
Ritalin franziu a testa. "Lembro que não recebemos um convite dele."
Octavio foi o primeiro comerciante a entrar nesse ramo de negócios nos anos setenta. Sua astúcia rapidamente estabeleceu sua posição como a família mais rica de Los Angeles. No entanto, a família Casablanca era uma família com uma história verdadeira de centenas de anos. Na era em que maquiagens e cosméticos eram abundantes, sua maquiagem medicinal única era muito procurada. Contudo, seu pai era uma pessoa conservadora que tinha uma grande resistência contra a família Vaillant, que havia surgido em uma bolha da economia como a família do ramo imobiliário. Portanto, mesmo no mesmo círculo de negócios, a família Casablanca e a família Vaillant mal tinham qualquer coisa a ver uma com a outra. Mas agora, para abalar a cidade e dever à família Casablanca, será que seu pai aprendeu a dar golpes? Ritalin não pôde deixar de se sentir triste.
"A família Casablanca não vai, mas o Presidente Casablanca disse que você tem que ir porque a família Whitney foi convidada dessa vez."
Ritalin de repente entendeu a intenção de seu pai. Ele estava pavimentando o caminho para ela e também lembrando à família Whitney que Ritalin tina a testa quente, ela cerrou os dentes e fez um som depois de muito tempo.
"Diga ao pai, que com certeza eu irei."
Às três horas da tarde, ela ligou para Vincent. Depois de muito tempo, alguém atendeu. Inesperadamente, era Karl.
"Vincent está em uma reunião. O que deseja, senhora?"
"Vincent vai comparecer ao banquete de aniversário do Octavio esta noite?"
"Sim, eu recebi um convite ontem."
Ritalin baixou os olhos e seus longos cílios projetaram duas sombras em forma de leque em seu rosto. Depois de um tempo, ela disse suavemente, "Ele precisa de uma acompanhante?"
Karl rapidamente entendeu. "É necessário. Vou falar com o Vincent depois da reunião."
Ritalin suspirou aliviada e disse, "Obrigada."
Ela tinha ficado ansiosa desde o momento em que desligou o telefone. Na verdade, ela não gostava de participar de festas assim. Seu irmão Stuart era um espírito livre desde jovem e não se importava com os negócios da família. Seu pai não tinha escolha a não ser arrastá-la para o Grupo Casablanca. Essa identidade lhe havia dado uma glória suprema e também lhe causado um medo indescritível. Até mesmo Troye não sabia que ela, na verdade, tinha fobia social.
Por volta das cinco horas, Ritalin recebeu uma mensagem eletrônica de Karl. Ela ficou um pouco surpresa. Segundo seu entendimento de Vincent, se ele concordasse, ligaria para humilhá-la primeiro. Será que seu velho amor havia mudado o seu temperamento? Ela riu de si mesma.
"Senhorita Casablanca, Vincent pediu para que vá diretamente para a mansão dos Vaillant. Ele estará te esperando lá. O endereço é..."
Ritalin não sabia o que dizer. Depois de um tempo, ela disse, "Entendi."