Capítulo 44
1713palavras
2024-02-20 12:41
Capítulo 44
Gabriel
Olha Gaba… Eu não estou na cidade…Estou no Rio de Janeiro , na casa da minha mãe.. eu não sei se daria tempo…-ela respondeu.
Mas está disposta a doar?-eu perguntei a ela na esperança de que ela estivesse disposta, ignorando totalmente a questão dela estar fora da cidade.
Se der tempo…Sim!-Ela respondeu e eu nunca fiquei mais feliz de receber um sim da Sol.
Você disse que está na casa da sua mãe, ela ainda mora no mesmo lugar?-eu perguntei para confirmar algo.
Sim, ela ainda vive no mesmo lugar , porque?- Ela me perguntou.
Me corrija se eu estiver enganado, mas nessa casa tem um heliporto, correto?-eu perguntei a ela.
Sim, temos um heliporto.- ela me respondeu.
Ótimo! Então se arruma, porque eu vou mandar o helicóptero te buscar, só preciso confirmar duas coisas antes.
Ok! Tchau!- ela disse e eu desliguei o telefonema, sei que fui meio grosso, mas não tenho tempo para cordialidades nesse momento. Eu andei até onde estava o Gael, e expliquei a ele a situação.
Gael, eu falei com a Sol e ela topou, o problema é que ela está na casa da mãe, no Rio de Janeiro.- Eu falei rápido, porque não temos muito tempo.
O que faremos? - O Gael perguntou.
Eu vou mandar um Helicóptero para ir buscar ela, mas antes eu preciso chegar duas coisas, e você vai me ajudar.-eu respondi sem demora.
Preciso que confirme com a recepcionista se aqui tem um heliporto, e se está vago pelas próximas horas.- eu dei a instrução da forma mais clara possível.
Ok! - O Gael me respondeu.
Quanto tempo ainda temos?- eu perguntei
Temos cerca de uma hora.-o Gael me respondeu ao olhar no seu relógio no seu pulso esquerdo.
Certo, vá falar com a recepcionista, e eu vou ligar para a empresa.- Eu falei e o Gael me obedeceu.
Peguei o meu celular e liguei para o número da presidência, a essa hora a minha secretária ainda estava trabalhando.
Presidência!- a Andressa, minha secretária falou ao atender o telefone.
Andressa sou eu, preciso que mande um Helicóptero agora para o Rio de Janeiro.-eu falei assim que ouvi a voz da minha secretária do outro lado.
Sim senhor, mas antes eu preciso checar se está tudo em ordem para poder liberar a partida do helicóptero.
Certo Andressa, faça isso, e assim que puder me ligue avisando,que eu vou te passar o endereço.Eu disse antes de desligar o telefone.
Passaram cerca de cinco minutos e o Gael chegou da recepção.
Gaba!-ele chamou a minha atenção para si.
Oi, conseguiu?-eu perguntei
Falei com ela,ela fez alguns telefonemas, mas no final ela disse que eles não tem Heliporto aqui no hospital, mas tem um Heliporto pelas proximidades que é usado pelo hospital, e que ele está livre hoje. Ela disse que é o local fica a cerca de um quilômetro daqui, o que não é longe,mas sempre tem trânsito o que dificulta um pouco a situação.- O Gael me disse, e agora preciso confirmar com a Andressa para poder mandar o helicóptero ir buscar a Sol e trazer ela até o heliporto mais próximo daqui.
Eu estou esperando uma ligação da minha secretária para confirmar o vôo, então eu preciso que você arranje um transporte para a Sol vir para o hospital,assim que ela pousar, vir o mais rápido possível para o hospital.
Ok, vou fazer o possível chefe!- o Gael respondeu.
Eu vou avisar a médica que conseguimos a doação.-eu disse ao Gael antes de dar as costas e ir em direção a sala da médica.
Eu avisei a médica e ela disse que tudo já estava bem encaminhado para a cirurgia, e para a doação de sangue, acabei de desligar a chamada com a Andressa, ela me disse que o helicóptero já poderia partir, então eu dei o endereço e a agradeci por ajudar a salvar a minha esposa. Eu liguei para a Sol para confirmar, ela disse que já estava pronta. O helicóptero chegará lá em vinte minutos. Graças a Deus tudo está dando certo, apesar de toda essa situação, estou muito aliviado por minha esposa poder fazer a cirurgia logo. Para todos nós podermos sair desse pesadelo.
O Gael veio até mim,para me avisar que conseguiu o melhor transporte para a Sol, ele foi genial, e arranjou uma moto para trazer a Sol até o hospital de maneira rápida. Por que assim podemos evitar o trânsito, mesmo que seja de apenas um quilômetro de distância.
***
A Sol chegou no hospital quase em cima da hora, por sorte ela conseguiu doar o sangue a tempo.
Eu nunca imaginei que ficaria grato a ela depois de tanta coisa que passamos, depois de tudo o que ela fez com a minha esposa e com o meu casamento eu nunca imaginei que um dia estaria feliz por vê-lá.
A cirurgia da Patrícia começou logo depois que a Sol acabou a doação, por sorte a Sol não tinha ingerido álcool nas últimas setenta e duas horas. E estava apta para doar sangue.
A Sol me chamou para conversar depois que ela se recuperou e pode sair da sala de descanso depois de doar sangue.
No começo eu pensei que ela queria alguma coisa, mas depois tudo foi esclarecido.
A Sol só queria me pedir desculpas, ela me disse que nunca foi a intenção dela arruinar a nossa amizade, disse também que se arrependia de tudo o que tinha fei
to. Eu a perdoei, afinal se não fosse por ela a minha esposa não poderia realizar a cirurgia, ou até mesmo, poderia estar morta.
Ela se despediu e desejou melhoras para a Patrícia, o Gael a levou de volta até o heliporto e ela foi levada de volta para casa.
Eu sentei em uma das cadeiras da sala de espera.O Gael chegou minutos depois de ir deixar a Sol no heliporto, ele também se sentou para esperar, naquele momento estávamos muito nervosos, a cirurgia já tinha começado a um tempo, e como não sabíamos o que estava acontecendo é um pouco difícil não ficar assustada.
O relógio marcava as vinte e uma horas em ponto, quando a médica saiu da sala de cirurgia retirando a máscara e vindo em nossa direção para dizer finalmente que deu tudo certo e que a cirurgia foi um sucesso.
Nesse momento eu pude respirar aliviado.
Finalmente a minha esposa estava bem novamente. Depois da pequena comemoração entre o Gael e eu.
Eu perguntei a médica se já podia ver a minha esposa, ela me respondeu que eu ainda não poderia ir vê-la, mas que logo ela estaria sendo levada para o quarto e assim que fosse possível eu poderia entrar para ver a minha esposa.
***
Uma hora após a cirurgia, a minha esposa já estava no quarto e eu finalmente pude entrar para vê-la, aparentemente a cirurgia não foi difícil, e nem complexa.
A Patrícia ainda estava dormindo quando eu entrei no quarto. Me senti muito aliviado ao ver a minha esposa bem, apesar de estar desacordada, a Patrícia estava viva, e sem sequelas graves.
A enfermeira veio olhar a Patrícia e ela me disse que o efeito da anestesia já estava passando e que logo ela iria acordar, mas que não iria sentir dor porque ela seria medicada logo em seguida. A enfermeira também me pediu para chamar ela na hora que a Patrícia acordasse.
Eu abracei a minha esposa no momento em nós ficamos à sós, é claro que não pude abraçar ela direito, por ela estava desacordada e acabou de sair de uma cirurgia. Eu me senti tão aliviado, que as lágrimas apenas começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu desabei naquele momento, aconteceu tanta coisa hoje, se para mim foi um dia confuso e muito complicado, imagina para ela que teve que suportar tudo isso.
Depois de chorar como uma criança eu me sentei em uma poltrona perto do leito onde a minha esposa dormia, minutos depois o Gael entrou para ver como a minha esposa estava, ele foi breve, ficou aliviado por saber que ela está bem agora, eu o liberei para ir para casa, mas disse a ele que nós com certeza iriamos conversar quando tudo isso acabasse.Ele entendeu o recado, ele não ficou tão tenso como o de costume, apenas ficou feliz pela minha esposa estar bem. O Gael foi embora logo depois.
Eu acabei cochilando por alguns minutos enquanto estava sentado naquela poltrona, de repente eu vi a minha esposa se contorcer, ela estava acordando então num impulso eu levantei da cadeira de forma rápida. Fui em direção a cama de hospital, e acalmei ela , que mesmo meio mole devido a cirurgia que fez, ainda estava bem agitada. Eu apertei o botão para chamar a enfermeira,que apareceu em menos de cinco minutos. Eu fiquei preocupado e até um pouco agitado, porque a Patricia assim que acordou, começou a chorar, e eu sequer entendi do que se tratava.
Não… Não…- ela gritava e chorava escandalosamente.
Amor, sou eu, calma, tá tudo bem…-eu gritava tentando acalmar a minha esposa.
Não… eles vão tirar ele de mim…-ela continuava a gritar desesperada.
Patricia… Calma…-eu tentei suplicar… mas nada adiantou.
Senhor, por favor, saia do quarto!- a enfermeira pediu, e eu apenas obedeci, eu já estava ficando desesperado com tudo isso.
Assim que eu pisei os pés para fora daquele lugar, uma equipe de médicos entrou no quarto da minha esposa. Eu realmente não sabia o que estava acontecendo. Cerca de meia hora se passou e os médicos saíram. A enfermeira me chamou para entrar, ela disse que a minha esposa já estava calma e que ela queria falar comigo.Então eu a segui e entrei no quarto.
A Patrícia estava calma, porém parecia ter recebido calmante na veia.
Amor? -eu disse ao chegar mais perto da cama.
Gabriel…-ela me respondeu
Tá tudo bem minha vida, agora está tudo bem, você está bem meu amor.-eu disse tentando acalmar ela.
Não…-ela disse parecendo meio nervosa e até triste.
Está sim meu amor, vai ficar tudo bem.-eu disse tentando acalmar o coração agitado da minha esposa.
Gabriel…Me escuta..-Ela começou a falar, a frase saiu mais como uma súplica do que como um pedido comum.
O que houve, meu amor?-eu perguntei, chegando mais perto.
Gabriel… Eu estou Grávida!