Capítulo 28
1173palavras
2023-12-14 14:44
Emília ficou chocada quando ouviu o que a avó da Diaz disse.
"Cortar a palma da minha mão?" Ela perguntou confusa.
"Exatamente, Emília. Por favor, faça isso rápido. Não temos muito tempo", Diaz apressou para ela.
Emília pegou lentamente a faca e olhou para ela, pois estava manchada de sangue. Sua mão tremia ao pegar a faca e aproximá-la da sua mão esquerda.
"Não é sua mão esquerda, na verdade, você tem que cortar a palma da mão direita", a bruxa interrompeu.
Emília pegou a faca com a mão esquerda e a colocou perto da palma da direita. Ela cortou lentamente a palma da mão, enquanto tremia, porém não foi fundo o bastante.
"Corte fundo. Você tem que derramar várias gotas", a senhora idosa disse.
Emília fechou os olhos e pensou: 'Pela Emery, eu posso fazer qualquer coisa'. Então, ela suspirou e cortou profundamente a palma da mão. Mesmo sentindo uma dor tremenda, ela aguentou e derramou algumas gotas do próprio sangue.
"Agora, coloque a mão na água e feche os olhos. Não abra os olhos e não tire sua mão até que eu fale pra tirá-la."
Emília mergulhou a mão direita na água da panela grande e preta e, em seguida, fechou os olhos.
Diaz e a avó começaram a entoar seus feitiços de novo e, dessa vez, Emília conseguia sentir a tempestade destruindo tudo. Ela conseguia sentir a tempestade dentro dela. Ela estava se sentindo mole e com uma dor rápida na palma da mão que começou a aumentar cada vez mais.
"AAAHHH, m-minha mão, vovó", ela gritou.
"Não tire a mão, nem abra os olhos, não importa o que aconteça", Diaz e a avó disseram ao mesmo tempo, como se fosse mais um feitiço.
Emília conseguia sentir a dor que vinha da mão. Ela sentiu dor em seu coração também. Ela estava passando mais uma vez pela dor que sentiu na noite do seu aniversário. A dor da rejeição.
Emília sentia como se tudo estivesse empurrando-a para tirar a mão e abrir os olhos. A cabana estava toda revirada. Ela conseguia sentir isso mesmo com os olhos fechados.
Mas Emília deu o seu melhor. Lágrimas escorreram de seus olhos fechados sem que ela demonstrasse qualquer emoção. Ela colocou a mão esquerda no coração e apertou o vestido branco. Ela estava sentindo uma dor insuportável, era uma dor tão forte que ela nem sabia que existia. No entanto, ela não abriu os olhos. Sua mão estava tremendo na água que, quando ela a tocou pela primeira vez, estava quente, mas estava misteriosamente fria dessa vez. A temperatura do quarto estava alta, mas a água estava fria ao ponto de adormecer sua mão.
Enquanto isso, Diaz estava sofrendo para entoar, sentada com a postura ereta. Ela quase desmaiou. Seu nariz começou a sangrar, mas ela não parou.
Depois de algum tempo, Emília sentiu que tudo tinha parado. Ela não sentiu nada a sua volta. Fez-se um silêncio total. Ela queria entender o que tinha acontecido.
No entanto, ela sentiu uma pontada no peito, uma dor muito forte. Ela começou a ter problemas respiratórios. Ela não conseguia respirar e acabou desmaiando com a mão ainda na água.
A cabana estava escura quando tudo acabou. Depois que a Emília desmaiou, todas as velas foram acesas novamente.
A velha parecia cansada. Ela olhou para a panela preta, cheia de água. A água não era mais preta. Era água límpida. Ela suspirou.
"Diaz a levou para a cama e a deixou descansar. Ela sentiu muita dor por essa noite."
Diaz conseguiu levar a Emília para sua pequena cama de casal. Ela a deitou e colocou a colcha sobre ela.
Quando Diaz se virou, sua avó a chamou: "Minha querida, seu nariz. Venha cá. Tô te dando uma poção pra você beber e descansar um pouco. Você trabalhou duro hoje, estou orgulhosa de você."
Diaz tomou um gole da poção. Ela tomava um pouco sempre depois de um novo experimento. Era como um remédio para as bruxas.
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De manhã, Emília acordou com a garganta dolorida e seca, assim como dor por todo o corpo também. Ela se sentou e olhou em volta. Não tinha ninguém na cabana.
Ela estava prestes a se levantar quando a Diaz entrou na cabana e disse: "Emília, finalmente você acordou."
"Diaz, por quanto tempo fiquei dormindo?"
"O que você quer dizer?" Diaz franziu a testa para ela.
"Acordei depois de três dias quando meu companheiro me rejeitou. Senti a mesma dor quando você e a vovó fizeram usaram aqueles feitiços, embora eu tenha sentido ainda mais dor. Fale pra mim, por quantos dias dormi? E a minha mãe? Você falou com ela? Aqui não tem conexão, né? Ela deve estar me procurando", Emília entrou em pânico quando pensou na mãe.
"Fique tranquila, Emília. Você não dormiu por muito tempo. Fizemos tudo aquilo ontem à noite. Você só acordou tarde nessa manhã. Foi só isso", confortou-a Diaz.
"Sério?" Emília perguntou com a garganta dolorida.
"Sim, e você tá completamente bem agora", a avó da Diaz entrou e respondeu a Emília.
"Como assim, vovó?" Emília perguntou confusa.
"Vovó quis dizer que tivemos sucesso ontem à noite", disse Diaz.
"Você quer dizer que a Emery voltou pra mim? Você tá me dizendo a verdade, Diaz?" Emília começou a chorar de felicidade.
Diaz sorriu para Emília e a abraçou: "Não chore, minha amiga. Eu não tô mentindo, sua loba realmente voltou pra você."
Emília fechou os olhos e mais lágrimas escorreram pelos seus olhos.
"Eu não consigo acreditar que ela voltou. Eu tinha perdido todas as minhas esperanças", chorou Emília.
Emília olhou para a avó da Diaz, foi até ela e a abraçou, como uma criança faria, e disse: "Obrigada, vó. Eu não tenho a minha avó, mas você definitivamente preencheu esse espaço."
A senhora idosa acariciou o cabelo de Emília e disse: "Não se preocupe, criança. A partir de hoje, eu também sou sua avó. Você é uma criança boa. Você pode vir me procurar sempre que precisar de ajuda. Eu sempre estarei aqui pra você."
Emília assentiu com a cabeça para a vovó, que disse: "Agora, vá tomar um banho. Vou fazer uma xícara de chá pra você."
Emília tomou um banho e vestiu o que estava usando antes de ter trocado para um vestido branco.
Ela olhou para o vestido branco e viu que tinha manchas de sangue nele.
Ela voltou para onde a Diaz e a avó dela estavam.
Elas se sentaram no sofá. "Vovó, quando ela vai voltar?" Emília estava falando sobre sua loba.
"Não se preocupe, ela vai falar com você em breve, dê um pouco de tempo a ela", a avó disse.
Emília assentiu com a cabeça: "Tome, beba esse chá de mel de gengibre. É bom pra garganta."
Emília estava prestes a pegar a xícara da senhora idosa,
mas a avó de Diaz não lhe deu a xícara. Em vez disso, ela pegou a palma da mão direita de Emília e perguntou:
"COMO SUA PALMA PODE ESTAR TÃO CLARA? COMO AQUELA FERIDA PROFUNDA SE CUROU TÃO RÁPIDO?"