Capítulo 29
1669palavras
2023-12-14 14:44
"COMO SUA PALMA PODE ESTAR TÃO CLARA? COMO AQUELA FERIDA PROFUNDA SE CUROU TÃO RÁPIDO?"
Ao ouvir isso, Emília mirou a palma da mão, e ela realmente estava curada. "E-eu não sei, vovó", ela respondeu impotente.
Vovó olhou para a palma da mão de Emília por alguns segundos, e então ela soltou a mão da garota. Ela pegou a xícara de chá e deu para Emília, que a segurou e perguntou: "Vovó, tem algum problema com a palma da minha mão?"
Vovó balançou a cabeça e sorriu: "Não, querida. Não é um problema. Ainda bem que você se curou rápido. Agora, beba seu chá se não vai esfriar."
Emília assentiu com a cabeça e bebeu o chá.
Emília conversou com a Diaz por algum tempo. Ela não queria ir para a universidade hoje. "Amanhã é final de semana. Não quero ir pra nossa faculdade hoje", Emília disse para Diaz.
"É verdade, também não quero. Já tá tarde e eu também tô cansada. Vamos pra lá só depois de amanhã, é melhor", sugeriu Diaz.
Emília concordou com a cabeça e mandou uma mensagem para Cecília, falando que ela não iria para a universidade hoje.
A avó disse para Emília almoçar com elas, convite que ela aceitou.
Depois de almoçar, Emília saiu da cabana. Diaz foi com ela até a estrada principal. Emília olhou para Diaz e agradeceu: "Obrigada, Diaz. Fico te devendo uma, mas o que você fez por mim é impagável. Não posso pagar a dívida que tenho com você nem se eu ficasse a minha vida toda tentando.
Diaz a abraçou e consolá-la: "Fique tranquila, só continue sendo minha amiga. Você é a primeira amiga em quem confio muito e que tentei ajudar. Eu estava sozinha por ser uma bruxa, mas você aceitou minha amizade. Então, eu que te agradeço e fico feliz em poder te ajudar."
Emília sorriu para ela e disse que elas se encontrariam depois de amanhã.
Quando a Emília chegou em casa. Ela viu que sua mãe já tinha chegado, então a chamou: "Mamãe."
"Você saiu da faculdade mais cedo hoje. Chegou em casa pelo menos uma hora mais cedo."
"Eu não estava na faculdade."
Helen franziu a testa para ela e perguntou: "O que você quer dizer com isso, Emília? Onde você estava?"
"Eu fui pra casa da minha amiga ontem à noite."
"Da Cecília?"
"Não é ela, mãe."
"Então, foi pra casa de quem? Do Marcus?" Helen perguntou.
"Não, mãe! O que você tá falando? Eu estava na casa da Diaz. Ela é uma das minhas amigas, fizemos uma noite das garotas."
"Então, por que você não me contou?"
"Pensei que você fosse ficar preocupada comigo, mãe. Não quis te incomodar."
"Tá bem, mas, da próxima vez, me fale antes de ir."
"Tá bom, mãe."
"Você almoçou?"
"Sim, mãe. A avó da Diaz é uma cozinheira de mão cheia. Ela não me deixou vir sem almoçar."
Helen sorriu para a filha, pois a Emília parecia estar feliz hoje. Ela gostava de ver o rosto feliz da filha.
Emília foi para o quarto e passou o resto do dia pensando na noite anterior. Ela estava esperando a loba dela falar com ela.
Naquela noite, quando Emília adormeceu, ela teve outro sonho. Era o mesmo sonho que ela tinha tido antes. Dessa vez, ela entrou na cabana. Ela foi para um círculo e sentou-se lá dentro sem a direção de ninguém.
Embora, em seu sonho, seus olhos estivessem fechados, Emília conseguia ver tudo que acontecia ao seu redor, inclusive o fogo. De repente, uma mulher, usando um vestido preto, apareceu na frente dela.
Emília conseguia se ver em seu sonho. A mulher disse algo para ela: "Criança, você queria sua loba de volta mesmo sabendo que isso era contra sua lei. Você queria quebrar sua lei e reaver sua loba."
Sem abrir os olhos, Emília disse: "Eu não quebrei nenhuma lei, foi o Alfa quem quebrou. Eu disse pra ele considerar nosso vínculo, mas ele me rejeitou, mesmo sabendo de tudo que isso acarretaria."
"Eu sei de tudo, querida. Você e sua loba suportaram muita dor e até as consequências de erros causados por outros. Então, dessa vez, a Deusa da Lua te dará poder conforme sua paciência."
"Poder? E quem é você?"
"Eu sou Stuart Owen. A bruxa do mais alto escalão, aquela que tem o poder da versatilidade."
"Posso abrir meus olhos?"
"Não, você não pode me ver. No entanto, você tem dois dos meus poderes. Você vai entendê-los mais pra frente, mas use-o com responsabilidade."
"O que você quer dizer?"
"Somente se lembre de uma coisa, use seu coração, não seu cérebro. Seu destino reverterá tudo para você. Ele reverterá sua dor e sofrimento para aquele que lhe causou tudo isso. Mas você tem que ser forte até seu coração não dizer mais nada."
Emília estava confusa nesse sonho. Ela queria abrir os olhos e olhar para a mulher.
Contudo, quando abriu os olhos, ela estava em sua cama.
Emília se sentou imediatamente na cama e sussurrou: 'O que tá acontecendo comigo? O que aquela mulher estava dizendo? Poderes? De que poderes ela estava falando?'
Ela não conseguia entender nada e estava suando. Em seguida, ela pensou: "Tô em apuros. O que devo fazer?"
Emília colocou ambas as mãos no rosto. Ela estava confusa com tudo aquilo, mas, de repente, ela ouviu uma voz que a deixou em choque.
"Emília."
"Emery. Onde você estava, Emery? Eu pensei que tivesse te perdido pra sempre."
"Eu estava dentro de você, Emília", Emery respondeu.
"Tô tão feliz, Emery. Não acredito que você voltou pra mim. Achei que você tinha ido embora. Perdi todas as esperanças de viver."
"Emília."
"Sim, Emery?"
"Vamos correr um pouco", Emery disse.
Emília entendeu que sua loba precisava correr livre um pouco. Então, ela concordou com a loba.
Silenciosamente, Emília saiu de casa. Ela não incomodou a mãe e foi direto para a floresta, onde deixou sua loba possuí-la.
Emília se transfigurou para sua forma de loba. Com o pelo branco e os olhos azuis, qualquer um que a visse diria que ela estava linda. Mas ela nunca se transfigurou na frente de ninguém, exceto sua mãe. Sua mãe não a deixava se transfigurar na frente de outras pessoas, porque ela era uma Ômega sem companheiro. Seria perigoso para ela.
A loba branca começou a correr pela floresta escura. A loba se sentia viva novamente. Ela tinha ficado enjaulada dentro de casa por dias.
Emília se sentiu revigorada quando o ar tocou o pelo da sua loba.
De repente, o barulho de um rosnado alto.
A loba branca se assustou e começou a correr rápido. Ela começou a voltar para onde ela tinha se transfigurado.
Entretanto, o som de ranger de dentes chegou em seus ouvidos. Ela entendeu que, talvez, algum lobo a estivesse seguindo. Ela correu rápido e chegou perto de casa, onde ela tinha se transfigurado e deixado as roupas.
Emília colocou suas roupas ofegante. Ela foi para sua casa imediatamente e fechou a porta. Ela suspirou de alívio e correu para seu quarto.
Ela pensou que podia ser algum ladino que estava seguindo-a. Por conseguinte, ela se sentiu relaxada por não ter sido pega por nenhum ladino.
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Durante o final de semana, Emília ficou em casa e não foi para nenhum lugar. Ela estava cansada por algum motivo, mas supôs que fosse por causa de toda aquela feitiçaria.
Ela conversou com a Diaz e a agradeceu mais uma vez. Ela conversou com a Cecília e contou tudo para ela, o que fez com que a Cecília ficasse muito feliz.
Na manhã seguinte, Emília acordou cedo e se preparou para ir para a universidade. Ela desceu as escadas e viu que sua mãe já tinha feito o café da manhã para ela.
"Mãe", ela foi até ela e a beijou nas bochechas.
"Todos os dias, você vai pra faculdade sem tomar seu café da manhã. Então, hoje eu acordei mais cedo por você. Como que você acordou cedo hoje? O sol nasceu do outro lado hoje?" Helen disse.
Emília riu com o que a mãe disse. "Mãe, pare de implicar comigo, acordei feliz hoje."
"Fico feliz que você esteja feliz", Helen disse.
Emília sorriu para ela, sentou-se em uma cadeira e tomou seu café da manhã.
Emília se despediu da mãe e foi pegar o ônibus no ponto. Ela pegou um ônibus e sentou-se em um dos bancos. Ela estava feliz hoje porque, a partir de hoje, sua vida voltaria a ser como era antes. Sem mais preocupações, sem mais tensões, apenas uma vida relaxante.
Emília chegou na universidade e entrou.
Ela procurou tanto pela Cecília, quanto pela Diaz. Depois, ela mandou uma mensagem para elas, dizendo que tinha chegado. Cecília disse que já tinha chegado lá e que estava indo até ela. E Diaz disse que logo chegaria na universidade também.
Cecília aproximou-se de Emília e a abraçou, dizendo: "Senti tanta saudade de você. Quase que fiquei sem te ver por meia semana."
"Eu estava tão cansada que não consegui te encontrar lá fora", Emília respondeu.
"Tá tudo bem, tô feliz por você, Emi", Cecília disse.
"É tudo graças a Diaz e a avó dela. Eles são pessoas boas."
"É verdade, você tá certa", Cecília disse e concordou com a cabeça.
"Vá pra aula que eu já vou."
"Por que você tá indo embora, Emi?"
"Eu esqueci de tirar meus livros do armário", Emília respondeu.
"Ah, tá bom. Venha logo", Cecília exotou.
Emília assentiu com a cabeça e saiu de lá em seguida.
Ela foi até seu armário e o abriu, pegou a agenda e um livro. Ela viu que a entrada e o corredor estavam vazios. Os estudantes já tinham ido para as suas respectivas salas de aula. Era horário de aula.
Emília arrumou todos os seus livros e trancou seu armário.
Ela começou a andar para sua sala, mas, de repente, uma mão a puxou, e ela acabou esbarrando em um peitoral forte.
Ela ouviu uma voz grave sussurrar no seu ouvido esquerdo:
"Companheiro?"