Capítulo 26
1164palavras
2023-12-14 14:44
"EU POSSO TE AJUDAR A RECUPERAR SUA LOBA."
Emília parou ali mesmo. Ela ficou chocada com aquelas palavras: 'Me ajudar a recuperar a minha loba?' Ela se virou e olhou para a senhora idosa: "O que você acabou de falar, vovó?"
A senhora idosa se levantou e Diaz a seguiu, levantando-se também. "Emília, não fique brava comigo, mas eu convenci a vovó a te ajudar. Ela é uma bruxa muito poderosa, ela pode te ajudar."

Emília ficou chateada com a Diaz, pois nunca pensou que a ela a levaria até lá para isso e, ainda por cima, que tinha contado para a avó dela sobre seu segredo.
A senhora idosa foi até Emília e disse para ela:
"Menininha, você é tão jovem e, mesmo assim, teve que sofrer com a perda da sua loba. Mas deixe-me te dizer uma coisa. Ela não se foi para longe. Ela está dentro de você, escondida em algum lugar. Ela teve que aguentar as consequências da rejeição."
Os olhos de Emília se arregalaram, e ela perguntou à idosa:
"C-como você sabe sobre a r-rejeição?"
A bruxa sorriu e acariciou a cabeça de Emília: "Querida, eu sei de muitas coisas. Com a velhice, não acumulei apenas anos, mas experiências também."

Emília estava olhando para ela em choque e em silêncio.
"Não se estresse. Se você quer ir pra casa, então eu não vou te impedir. Você pode ir pra casa e pensar sobre isso. Se for vir me pedir ajuda, venha hoje à noite. Começaremos à meia-noite, isto é, sexta à noite, e as sextas-feiras à noite são muito importantes para nós. Vou deixar tudo preparado para você."
Emília olhou para a senhora idosa, olhou para a Diaz e disse: "Diaz, vou pra casa agora."
Diaz a chamou e disse: "Deixe que eu vou com você, e se você se perder no caminho?"

Emília balançou a cabeça e disse: "Não precisa, eu memorizei o caminho pra não me perder depois."
Em seguida, Emília foi embora da cabana.
Ela começou a andar para frente, e depois começou a correr. Depois de algum tempo, ela chegou na estrada principal e pegou um táxi com a intenção de voltar para casa.
Quando voltou para casa, foi direto para o quarto. Ela mentiu para a idosa quando disse que sua mãe estava em casa. Sua mãe disse para ela que teria muito trabalho no escritório e que teria de passar bastante tempo lá hoje à noite. Então, ela não ia voltar hoje.
Emília ficou pensando o dia todo no que tinha acontecido hoje. No começo, ela não acreditava na avó da Diaz, mas uma mulher aleatória, contando para ela sobre seu próprio passado e falando sobre ajudá-la a recuperar sua loba, não poderia ser uma piada.
Mas então ela se lembrou dos seus sonhos e de como ela sonhou com a cabana naquela mesma estrada e no mesmo lugar. Como aquilo era possível? Ela até ouviu a voz da Emery, mas tinha a voz de mais uma mulher. Contudo, não era a voz da avó da Diaz, disso Emília tinha certeza. Então quem era ela?
Emília queria falar com a Emery, queria senti-la novamente.
"O que devo fazer, Emery?"
"Você vai voltar pra mim? Isso é mesmo possível?"
Então, Emília conversou com sua mãe. Sua mãe disse que não poderia voltar para casa hoje, o que Emília já sabia. Ela disse para Emília ficar bem e sempre trancar a porta. Emília disse para ela que faria isso.
Depois de tanto pensar, Emília decidiu ir para a cabana nessa noite. Ela murmurou para si mesma: "Eu não tenho a Emery comigo agora. Por que ela me machucaria? Agora sou só uma humana sem minha loba. Como ela poderia me machucar mais? Se ela realmente puder me ajudar, vai ser uma vitória para mim e terei a minha Emery de volta."
"Obrigada, Deusa da Lua, você tá me ajudando. Espero que não me deixe mal de novo e que devolva a minha loba."
Às 20h, Emília se preparou. Ela queria ligar para a Diaz, mas se lembrou que a Diaz morava em um lugar onde não tinha nenhum sinal de celular.
'Então, por que a Diaz usa um celular? Ah, exatamente, ela precisa fazer tarefas e passa a maior parte do tempo na universidade.
Emília balançou a cabeça e saiu de casa. Ela trancou a porta principal com cuidado e pegou um táxi até a floresta.
O táxi parou do lado da floresta. Ela desceu do carro e chegou perto da floresta, quando viu a Diaz. Emília ficou surpresa quando a viu.
"Diaz! O que você tá fazendo aqui?"
Diaz foi até ela e sorriu. Ela abraçou a Emília e disse: "A vovó me disse pra te receber, ela me disse que você viria com certeza."
E, então, Diaz se afastou do abraço. Emília olhou para Diaz e perguntou com curiosidade: "Como ela sabia disso?"
"Emília, eu te disse que ela tem muitos poderes. Quando eu senti que você não tinha sua loba, eu contei pra minha vó sobre você naquele dia. Ela disse que podia te ajudar, então eu a convenci. Ela me disse pra te trazer comigo. Acredite, ela pode te ajudar, minha amiga. Uma bruxa pode fazer várias coisas que você nem imagina."
Emília pensou sobre o que a Cecília disse para ela no celular:
"Emi, uma bruxa pode fazer várias coisas que nem imaginamos."
Ross sacudiu a cabeça para se livrar desses pensamentos e disse para a Diaz: "Vamos."
Emília e Diaz foram para a cabana. Emília sentiu a mesma sensação que tinha sentido em seu sonho.
Emília entrou na cabana e viu que tinha madeiras pegando fogo em ambos os cantos no lado de dentro da cabana: 'Nossa, sinto como se tivesse voltado mil anos atrás, sem eletricidade e esse tipo de coisa.'
Diaz se aproximou da Emília e sussurrou no ouvido dela: "Eu menti pra você". "Sobre o quê?"
"Que eu moro com a minha vó. Eu te falei pra vir aqui, mas eu moro nos dormitórios. Mas eu venho aqui toda sexta pra ficar com a minha vó."
"Por que toda sexta-feira?" Emília perguntou.
"Porque sexta à noite é uma noite muito pura. Nessa noite, as Bruxas ficam muito poderosas", a senhora idosa já tinha falado para a Emília sobre isso.
E, de repente, a bruxa entrou na cabana.
Quando a viu assim do nada, Emília ficou atordoada: "Eu saí pra coletar mais um pouco de madeira", a senhora idosa disse para ela.
Emília assentiu com a cabeça e perguntou: "O que tenho que fazer agora pra ter a minha loba de volta?"
A bruxa deu um vestido longo e branco para Emília. Era apenas uma peça simples que escondia todo o corpo.
"Pegue isso e vista-se. Volte aqui e sente-se ali. Vamos começar à meia-noite", ela disse.
"Mas ainda tá tão longe a meia-noite", Emília disse.
"Não se preocupe, podemos ficar sentadas aqui. Tudo vai se ligar automaticamente quando der meia-noite. Não precisamos nos preocupar com nada."