Capítulo 25
1137palavras
2023-12-14 14:44
'ESSE É O LUGAR QUE VI NO MEU SONHO!'
Emília estava confusa. Ela não conseguia acreditar que esse tipo de lugar existia, pois tinha acabado de observá-lo em seus sonhos. Como é possível sonhar com um lugar desconhecido?
"O que foi, Emília?" Diaz perguntou para Emília.
"Nada, não. Essa é a sua casa? Você mora aqui?" Emília perguntou para ela.
Diaz pensou que a Emília estava se sentindo inquieta por ter sido levada para um lugar pobre que nem uma cabana.
"Sim, me desculpe por fazer você se sentir desconfortável. Na verdade, não temos muito dinheiro. Minha vó e eu moramos aqui. Eu te contei que meus pais morreram, né? Então, depois disso, viemos morar aqui."
Emília percebeu que a Diaz tinha entendido errado a situação.
"Não, não fala assim, Diaz. Eu não quis dizer isso. Tô só falando sobre esse lugar. Você mora aqui, no meio da floresta? Você não sente medo?"
"Você é uma lobisomem, Emília, e mesmo assim tá falando sobre sentir medo?"
"Não, quero dizer, você não é uma lobisomem como nós. E, com relação a sua avó, ela não é idosa? Quando você a deixa sozinha aqui todos os dias, ela não se sente insegura?" Emília perguntou, olhando para a cabana.
"Não, ela é muito forte. Ela é uma das bruxas fortes do alto escalão. Ela não tem medo de nada. Ela até ajudou alguns lobisomens na última guerra. Ela tem os poderes dela, então não precisa sentir medo. Mas se ela se sente sozinha? Sim, ela se sente solitária às vezes. Vamos lá vê-la. Ela vai ficar tão feliz quando te ver", disse Diaz.
"Sim, vamos lá."
Emília e Diaz estavam se aproximando da cabana. Emília estava se sentindo um pouco nervosa, ainda mais que estava começando a se lembrar do sonho.
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Flashback
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De repente, ela se viu no meio de uma escuridão que se estendia por toda parte. Alguém estava chamando por ela em meio a prantos.
"Emília."
"Emery?"
"Emília, por favor, me salve, Emília."
"Emery, cadê você???"
Emília estava correndo para dentro da floresta escura, sem reconhecê-la. Como se ela nunca tivesse adentrado a floresta.
"Cadê você? Por que não consigo te encontrar, Emery?"
"Você tá muito perto, Emília."
Ela viu que suas pernas estavam sangrando e que ela não conseguia se levantar de onde estava. Ela viu a velha cabana, cuja porta se abriu, liberando fumaça e luzes que saíram por lá.
"Levante-se, Emília", ela ouviu uma voz dizer. Ela não conseguiu identificar de quem era essa voz, a qual era feminina e desconhecida.
"Quem é você?"
"Venha cá. Sua sina, seu destino te espera aqui."
A voz era tão atraente e, ao mesmo tempo, tão profunda. Foi fascinante.
"Como assim?"
"Venha cá, e você irá descobrir tudo."
Emília tentou se levantar, sentiu dor, mesmo assim se levantou e foi até a cabana.
Ela estava quase chegando lá, estava muito perto da cabana. Quando a luz da cabana brilhou nos olhos dela, ela os fechou e abriu novamente.
Mas, dessa vez, ela estava em seu quarto, em choque e suando.
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De volta ao presente
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Emília pensou nisso e suspirou. Era tudo muito confuso.
"Emília, por que você tá parada aí? Venha cá", disse Diaz.
Emília acenou para ela e foi até a cabana, onde entrou com a Diaz. Ela viu que a cabana era feita de bambu por dentro. Tinha uma cama pequena para duas pessoas, uma parte para a cozinha, uma porta que possivelmente levaria a um banheiro, um sofá pequeno, um armário e uma mesinha com uma prateleira pequena.
Emília não conseguia acreditar no que estava vendo. Nessa geração, com tanta tecnologia, como celulares, notebooks e internet, Diaz vivia em um lugar onde não existiam conexões.
"Talvez a vovó esteja lá fora. Vamos sentar aqui, ela vai vir logo, logo", Diaz disse e Emília assentiu com a cabeça.
Eles se sentaram no sofá pequeno e conversaram por alguns minutos.
E, então, Emília viu uma senhora idosa entrar na cabana. Ela parecia ser bem velha, tinha uma pele clara e limpa, e o seu cabelo era branco e brilhante, além de ter olhos esverdeados.
Emília se levantou na mesma hora e a cumprimentou: "Olá, vovó."
A idosa olhou para ela e franziu a testa. Emília não conseguia entender por que ela não tinha respondido o cumprimento da neta.
A idosa virou o rosto para Diaz e perguntou: "Quem é ela?"
Emília achou que ela era rude e não descente.
"Vovó, ela é minha amiga. Você me disse que queria conhecer algumas das minhas amigas, certo? Ela é uma das minhas amigas mais próximas."
Emília sorriu meio sem jeito para elas.
A senhora idosa desfez a cara carrancuda e olhou chocada.
Sim, ela estava chocada.
"Ela é sua amiga?" A idosa perguntou com surpresa outra vez, "Sim, vovó." A neta respondeu.
A idosa se aproximou de Emília, que estava se sentindo desconfortável, e disse para ela: "Sinto muito, querida. Eu não sabia que você era amiga da minha neta."
"Tudo bem, vó." A idosa sorriu para ela e disse: "Sente-se aqui, vou fazer um pouco de chá pra você", Emília assentiu com a cabeça para ela.
Quando a idosa foi para a parte da cozinha, começou a fazer o chá. Emília olhou para Diaz e sussurrou: "Tô me sentindo nervosa na frente da sua vó." Diaz riu dela e acalmou-se: "Não precisa ficar assim. Ela não é amigável com estranhos, mas você é minha amiga, então não precisa se preocupar." Emília assentiu com a cabeça para ela.
Depois de preparar três xícaras de chá, ela foi até as garotas e lhes deu as xícaras e, em seguida. sentou-se com a Emília e a Diaz.
Emília pensou um pouco antes de beber o chá. Ela não tinha mais a loba dela, então ela não conseguia sentir nenhum cheiro de perigo, mas ela acreditava que a Diaz era uma garota legal, então ela tomou um gole do chá mesmo assim.
"Você é linda, minha criança. Mas por que você tá tão pálida?" A senhora idosa perguntou para Emília.
Emília olhou para ela, mas não sabia como responder. O que ela responderia?
A idosa bebeu um pouco do chá e perguntou para Emília:
"Onde está a sua loba?"
Emília ficou em estado de choque: 'Ela consegue sentir isso também, igual a Diaz? Ou a Diaz contou pra ela sobre mim?' Emília pensou.
Emília olhou para Diaz, a qual fez um gesto com a cabeça como se estivesse falando para ela responder a avó.
"Não é nada, vó. Acho que é melhor eu voltar. Já é meio-dia, minha mãe já deve ter chegado em casa."
Emília se levantou e foi até a portinha da cabana. Bem nessa hora, ela ouviu a senhora idosa dizer:
"EU POSSO TE AJUDAR A RECUPERAR SUA LOBA."