Capítulo 32
1272palavras
2023-11-21 00:19
Sherry piscou duas vezes antes de responder, "Faz muito tempo, Ted—tempo demais."
Ted não respondeu enquanto esfregava a nuca. Maria se retesou ao lado dele.
Imediatamente Sherry entrou em modo de femme fatal. Ela projetou o quadril e arqueou uma sobrancelha delicadamente quando avaliou a situação. Parecia que as irmãs Owen estavam de acordo com o grande momento agora.

Não foi perdido por Sherry que sua suposta melhor amiga, Madrina, não mencionou uma palavra disso quando elas se encontraram no outro dia. Inferno, Sherry ainda estaria no escuro se não tivesse passado na casa dos pais de Madrina e recebido o endereço.
Seus olhos observaram as duas irmãs e o belo cavalheiro, que estavam parados muito perto delas. Isso vai ser divertido, ela pensou consigo mesma.
Maria estava começando entre Sherry e Ted, "Vocês dois se conhecem?"
Sherry sorriu. Era um sorriso do tipo gato que tinha invariavelmente conseguido o creme. E para adicionar insulto à injúria, Sherry lambeu o lábio inferior antes de responder, "Ah, nós nos conhecemos—intimamente".
O que Sherry não esperava era o pandemônio que se seguiu.
Maria não respondeu a Sherry. Ela não gritou ou xingou, nem mesmo bateu em alguém. Ela se virou nos calcanhares e saiu direto pela porta. Ted estava ocupado pegando chaves e a bolsa dela, mas seguiu atrás de Maria.

Sherry lançou um olhar satisfeito para Madrina. Ela não tinha certeza de quem era este outro cara. Mas ele parecia muito familiar. E o fato de que ele estava no mesmo quarto que Ted levou-a a uma conclusão.
"Você trabalha com o Ted?" Sherry perguntou em um tom que se poderia chamar de acusatório.
"Quem é você?" Olive disparou, "E como se atreve a entrar na minha casa e tratar meus convidados de maneira tão rude."
Sherry não se deu ao trabalho de parecer envergonhada porque ela não estava. Mas seus olhos se estreitaram em Madrina que parecia congelada no espaço em que estava.

"Eu sou a melhor amiga e ex-colega de quarto de Madrina. Eu não sabia que ela manteve contato com alguém depois da festa."
"Que festa?" Olive expostulou, "Do que você está falando?"
O sorriso de Sherry se alargou, "A festa à fantasia que eu e a Madrina trabalhamos. Tinha um grupo de patrões corporativos. Foi há uns sete ou oito meses."
E então ela parou, com os olhos arregalados e olhando para onde Madrina estava, pálida como um fantasma. Sherry começou a rir. Era um som amargo e desagradável que irritava os ouvidos de todos.
"Isso é demais!" Sherry balançou a cabeça, "Só você mesmo, Madrina, para conseguir engravidar do cara mais rico da cidade."
E foram essas palavras que causaram o efeito.
Olive olhou para Madrina com um olhar selvagem e o sentimento de culpa e vergonha estava escrito claramente no rosto dela.
Isso parecia ter estimulado her a agir, "Você não sabe nada sobre isso, Sherry. Olive Dnieper é meu chefe, apenas isso."
Ela ignorou a mágoa nos olhos dele.
Sherry deu um passo na direção de Madrina, "Você não dorme por aí, inferno, você não tem encontros casuais e nem pega caras em festas. Mas você fez isso naquela noite. Você foi para casa com um homem de máscara azul real e cabelos escuros como o dele."
Lágrimas se formaram nos olhos da Madrina, mas ela se recusou a deixá-las cair.
"Sherry, seu acidente aconteceu logo após isso. Você não está lembrando as coisas direito."
Olive apertou o braço de Madrina, "Você trabalhou naquela festa de máscaras na doca?"
Uma lágrima escorreu, imprevista, enquanto Madrina assentia uma vez.
Fazendo as contas, ele olhou do rosto aflito dela para a barriga arredondada e imediatamente soltou seu braço.
"Esse é o meu filho?" Sua voz estava firme e exigente.
Madrina fez a primeira coisa que lhe ocorreu e tentou colocar certa distância entre eles.
Ele elevou sua voz, "Responda-me!"
Sra. H e Berkeley saíram às pressas dos quartos dos fundos. Ao verem a situação tensa e a mulher estranha, não tinham certeza do que estava acontecendo.
Os lábios de Madrina tremiam enquanto ela baixava a cabeça e uma sílaba escorregou, "Sim."
Parecia que o tempo havia parado.
Parecia que suas belas férias estavam desaparecendo à medida que mentiras e traição ganhavam precedência.
Olive se voltou para Berkeley, "Leve-a daqui para fora e nunca mais a deixe entrar."
Sherry piou indignada e Berkeley a escoltou firmemente para a porta. Ele a seguiria até o saguão, onde poderia informar ao porteiro que ela estava banida do local.
"Você sempre soube?" A voz de Olive havia se aprofundado perigosamente. "É por isso que o Dr. Berkeley sugeriu que você viesse trabalhar para mim? Isso tudo era um jogo? Eu suponho que seria uma grande cooperação enganar Elliott Dnieper."
"Não era nada disso!" Madrina protestou. “Eu não sabia o seu nome. Então, quando descobri que estava grávida, não consegui contatá-lo. E então perdi o emprego e meu apartamento e acabei voltando para a casa dos meus pais. O Dr. Berkeley estava apenas tentando me ajudar. Eu não sabia que era você até a entrevista.”
O olhar dele estava cheio de desprezo glacial, "Você soube desde o dia da entrevista?"
"Sim," outra admissão que parecia arrancada de sua alma.
"Você algum dia iria me contar?" ele perguntou friamente.
Madrina não conseguiu conter as lágrimas, "Claro que sim. Eu quase contei muitas vezes."
"Mas você tinha medo que eu fosse cruel com você? Que eu rejeitaria meu filho?" Seu tom era de incredulidade.
"Não!" ela interrompeu, "Você não está entendendo, Olive. Eu não te contei porque pensei que você ficaria com raiva, que você me odiaria. E quanto mais o tempo passava, mais difícil era admitir a verdade."
"Você está certo sobre uma coisa", seus lábios se comprimiram em uma linha antes de ele pregar o caixão, "Estou extremamente irritado."
Madrina virou-se e correu para o quarto dela, lágrimas borrando o caminho e ele, desta vez, não a impediu. A Sra. H olhou dele para Madrina e de novo para ele antes de balançar a cabeça e seguir Madrina.
Olive praguejou.
Pegando a coisa mais próxima, ele atirou contra a parede. Só quando olhou para baixo que ele percebeu que havia sido o desenho dele e da sua mãe que Madrina lhe havia dado. Uma onda de remorso tão forte o invadiu. Ele caminhou até lá e, ignorando o buraco na parede, pegou a moldura quebrada.
Ele afastou o vidro e removeu o desenho, deixando o resto cair.
Olive olhou para ele por um longo tempo.
Finalmente, ele dobrou o desenho e colocou no bolso, próximo ao coração. Pegando algumas chaves, ele deixou os apartamentos. Não tinha certeza do que ia fazer, mas não poderia ficar lá por mais um momento.
Ele não a odiava. Não podia. Mas Olive estava muito irritado para permanecer ali e a última coisa que queria era ferir Madrina com palavras que era melhor não dizer. Depois que se acalmasse, eles poderiam conversar sobre coisas.
Seria melhor assim, ele tentou se convencer.
Olive entrou no seu carro esporte e saiu acelerando da garagem. Ele dirigiu durante horas, como que pareciam, e acabou pegando uma bebida em um bar de aspecto duvidoso. O tempo fora benefíco para ele visualizar a posição que Madrina tinha estado. Ele ainda não gostou do fato de que ela não tinha sido honesta com ele.
Mas uma grande parte dele entendia por que ela estava tentando se proteger e proteger seu filho ainda não nascido. Ele teve que respeitar isso. Ele não sabia como as coisas estavam entre eles e não tinha certeza de como as questões se desenrolariam.
Mas finalmente estava pronto para conversar.