Capítulo 101
1243palavras
2023-11-20 02:01
Alguns dias se passaram, Rafa está bem e foi para casa, tiramos os pontos de seu corte e agora ele está se recuperando, decidi contar para ele que era sua mãe,mas antes tenho que dizer para meus pais, encarar a fera Liz não vai ser fácil.
Nina— E aí cabeção...
Falo para Javier assim que entro em casa.
Javier — Lembrou que tem casa.
Ele fala me olhando de cima a baixo, Yasmin já recebeu alta do hospital e como foi pedido ela ficou aqui em casa, Juan está levando ela a psicóloga e Javier vem ajudando ela em casa, ela conseguiu desbloquear algumas coisas do passado,outras são coisas que a psicóloga está tentando ajudar a superar, mas o amor em reencontrar os irmãos, saber que a família a ama, mamãe a está ajudando muito com alguns bloqueios.
Nina — Oi min.
Yasmin— Oi Nina.
Ela vem me abraçar.
Yasmin — Você está linda.
Nina — Você também... Mamãe te levou na tia Karen…
Yasmin — Sim, a tia Karen me fez comprar quase todas as prateleiras da loja.
Caio na gargalhada, elas eram assim, comigo então.
Nina — Aproveita boba, aproveita tudo que a vida lhe oferece.
Yasmin — Eu ainda vou me acostumar.
Nina — Cadê a Laila..
Javier — Saiu agora a pouco, ela anda misteriosa, sai não diz onde vai, volta e mamãe não a vê e fora que ela dormiu fora de casa essa noite, papai ficou daquele jeito.
Olho para Yasmin que com concordava com a cabeça.
Nina — Espero que ela não esteja aprontando.
Falo pensando, depois vou pedir o Juan para ficar de olho nela.
Nina — Cadê a mamãe e o papai.
Javier— No escritório, parece que eles vão até a Rússia conhecer as coisas da mamãe e tal.
Nina — Ok, vou lá.
Mando beijos para eles e vou na direção do escritório, bato na porta e respiro fundo, Juan ia vir comigo mais achei que essa conversa séria melhor sem ele.
Nina — Oi... Falo e entro.
Vincent— Oi bonequinha..
Nina — Oi pai.
Liz — Oi minha filha.
Vou até eles e os abraço,que saudades.
Vincent — Que bom que lembrou que tem casa. Meu pai fala e sorrio com isso.
Nina — Que ciumento...
Minha mãe senta no colo do meu pai e os observo conversando, a minha mãe dana com ele que dana com ela é engraçado.
Nina — Vocês vão mesmo para Rússia.
Liz — Sim, sua bisa convidou, na realidade implorou agora ir conhecer a família, mas me conta como está o pequeno.
Minha mãe fala, acho que ela tem sexto sentido pois me encarou como se visse a minha alma.
Nina — Ele está bem, e eu vim falar sobre ele, na realidade sobre algumas coisas.
Respiro fundo e começo.
Nina — Mãe, é complicado mas vamos lá. Ah três anos atrás eu fui a uma clínica em Paris, a minha ginecologista me indicou e fui, eu não estava pensando em ter filhos, então congelei os meus óvulos, entretanto o Juan estava querendo um herdeiro.
Liz — Virgem santíssima.. Eu sabia que havia algo errado.
Minha mãe fala e fica em pé, depois se senta no colo do meu pai que olhava para nós duas sem entender.
Nina — Rafael é meu filho e do Juan.
Liz— Pela Virgem de Guadalupe, eu sabia eu sentia, eu disse que aquela criança se parecia muito com a Nina, e você disse que era a cara do Sebastian, mas eu sentia, e quando eu o vi.
Minha mãe fala e meu pai calado, de repente ele levanta com minha mãe em seu colo.
Vincent — Eu vou matar o Juan...
Nina — Não pai, o senhor ainda não ouviu tudo.
Vincent— Nem quero.
Nina — Mas eu vou falar.
Falo mais alto e paro na frente dele.
Nina — O Juan errou sim, em pegar um dos meus óvulos e fazer uma fertilização in vitro, sim ele errou, o erro maior foi ele fazer isso sem meu consentimento, sim eu concordo,mas vejamos pelos lado prático eu tenho um filho, lindo, carinhoso, coração forte, que me ama sem nem ao menos saber que sou sua mãe, inteligente, educado e graças a Virgem não passei pela fase da gravidez.
Falo rindo e meu pai me olha feio e minha mãe começou a rir.
Liz — Você tem certeza.
Nina — Sim mãe, eu fiz o teste, foi por isso que pedi a senhora para doar sangue.
Ela olha para meu pai.
Liz — Vincent ,somos avós...
Ela fala e meu pai se senta.
Vincent — Ah, pela virgem estou velho demais para isso.
Minha mãe me abraça apertado.
Liz — Eu quero matar o Juan,mas agradeço pelo neto.
Vincent — Eu vou matar o Juan, e também agradeço pelo neto, poderia dizer mais mil coisas, como ele é louco, doente, maníaco, mas a intenção...
Nina — Eu concordo pai, na cabeça dele não íamos nos ver nunca mais, e ele quis um filho nosso, fiquei brava com ele, bati nele, gritei,mas ver meu filho com a mesma doença minha, cuidar dele, tratar, estar com ele, me fez entender que foi a melhor coisa que me aconteceu.
Falo quase chorando, depois que descobri que Rafa era meu filho, algo em mim mudou, fiquei mais forte por ele.
Vincent — Ele pode vir aqui ou podemos ir ver ele.
Nina — Claro que vocês podem ir ver ele,ou eu o trago o que vocês quiserem.
Vincent — Eu Vincent Macnamara 54 anos e avô...
Liz— Um vovó gostosão.
Nina — Ah pela virgem...
Falo revirando os olhos e eles caem na gargalhada.
Combinamos de ir até a casa do Juan depois de amanhã, conversamos mais algumas coisas, fiquei por cerca de uma hora com eles, quando sai de casa eu me deparo com Laila saindo do carro do Leny, essa semana tentei falar com ele que sempre desviava o rumo da conversa.
Laila— Nina...
Ela fala em espanto.
Nina — Vai para dentro Laila.
Falo brava, não por ciúmes mas por que ele não me contou.
Laila— Nina por favor, não aconteceu nada.
Nina — Vai para dentro ou quer que eu chame o papai.
Ela passa correndo.
Leny — Me desculpa Nina.
Nina — Aham, olha eu falo você escuta, não estou brava, sempre deixei claro para você o que pensava ou sentia, você sempre soube, essa semana te liguei para contar que estava com o Juan e que não iria te prender mais, mas você não me ouviu, te conheço Leny e conheço minha irmã, ela está apaixonada por você então só vou te dizer uma coisa não pise nós sentimentos dela que eu posso, não posso é uma palavra pequena, eu vou te fazer em picadinho.
Ele sorri e diz.
Leny — Eu sempre soube que um dia você e o Juan voltaria, quando chegamos fiquei sabendo do filho e que você era a médica e não deu outra eu sabia que era questão de tempo, sobre sua irmã eu gosto dela Nina, e disse tudo para ela sobre nós como era nossa relação, não vou machucar sua irmã.
Ele fala e sorrio vou até ele e o abraço.
Nina — Não a machuque seja verdadeiro e desejo felicidades a vocês.
Leny — Obrigado.
Depois de mais algumas conversas e avisos eu saio, estou arrumando meu consultório e preciso estar no hospital antes de ir para casa ver meu filho.