Capítulo 98
1106palavras
2023-11-18 02:42
Paniewisk — Olha só, seu moleque insolente, acha que pode me ameaçar.
Ele fala rindo e se virando para mim.
Juan — Eu acho não, eu tenho certeza, você achou que viria as minhas terras, entraria, pegaria a minha mulher, me ameaçaria e ainda ia levar a minha irmã,ah mais você está enganado.
Paniewisk começa a rir.
Paniewisk — Aquela vadia é sua irmã, bem que desconfiei quando busquei informações sobre ela, mas me lembro de Eduardo ter me entregado um lote de vadias e ela era a cadela número 39.
Ele dá uma longa tragada no charuto e começo a rir.
Juan — Gostoso não é, você sabia que que existe uma cobra chamada thaipan costeira, fui presenteado alguns anos com uma dessas lindezas vindo direto da Austrália, você sabia que sua concentração de veneno é maior que as outras.
Falo me sentando e dando outra tragada no meu charuto, ele olha e cospe jogando o charuto longe.
Paniewisk — Seu porco...
Começo a rir.
Juan — Achou mesmo que ia gastar o veneno dessa belíssima cobra com você.
Falo e antes que ele vem até mim eu o paro com um soco em sua cara que o faz voltar para trás cambaleando.
Juan — Sabia que sou chamado aqui no México como a sombra negra, que mato os meus oponentes e eles só me percebem quando estou perto.
Falo e ele se levanta.
Paniewisk — Você acha que vai me matar facilmente, o que você quer vingança por ter pego sua irmã, não foi eu, foi Eduardo que me vendeu ela como vários outros me venderam essas cadelas sem pai, nem mãe.
Ele fala cuspindo sangue no chão e levando a mão até a boca, quebrei um dente dele e nem reparou.
Juan — Quem disse que quero te matar facilmente, quero te caçar, quero ter o prazer de te ver implorando pela morte.
Falo e ele se levanta, ele é um velho de sessenta anos, mas é ágil ele correu até Yolanda que estava caída no chão e apegou, ele tinha uma arma pequena no sapato.
Paniewisk — Porco, fique longe ou eu a mato.
Ele fala e começo a rir, antes do plano começar precisava trazer ele até o galpão, soube que os seus homens estavam prontos para atacar a casa do Vincent e o hospital, mas com a ajuda de Polina peguei eles primeiro, aí foi só montar o esquema, arrumei uma mulher grávida e peguei Yolanda, Dante cortou os cabelos e pintamos do jeito da cor do cabelo da Nina, o restou foi encenação.
Juan — Pode matar ela não me serve para nada.
Falo e me sento de novo na cadeira.
Yolanda — Me perdoa Juan, eu não fiz por mal.
Juan — Pode matar ela.
Paniewisk — Porco, quem é essa mulher...
Juan — Ninguém, uma vadia asquerosa que está fazendo hora extra na terra.
Falo e Yolanda começa a gritar, quando Paniewisk ia atirar na cabeça da Yolanda, ele vira a arma na minha direção, mas antes que ele atire, um estampido de um revólver reverbera pelo galpão e Paniewisk cai de joelhos com um tiro na perna.
Paniewisk — Ah, seu porco, filho da puta...
Escuto o tilintar de passos, dois e da escuridão sai o meu anjo com a arma em punho, apontada para ele, a minha boca se abre e vejo Polina ao seu lado.
Paniewisk — Os ratos todos juntos.
Polina— Mais o rato maior pegamos na ratoeira.
Nina me olha e não consigo acreditar que foi ela que atirou tão perfeito.
Polina— Ah ,deixa eu te apresentar essa é minha bisneta Nina Macnamara, sabia que a mãe dela é a minha neta que vocês tiraram de mim, mas eu a achei novamente.
Polina fala e olho para Nina que tinha os olhos vidrados em cima de Paniewisk.
Paniewisk — Hahaha, e quem é essa senhor Cochelo.
Antes que eu fale, Nina diz.
Nina — Uma cachorra imprestável. Ela vira a arma e acerta um tiro na perna da Yolanda que cai no chão gritando de dor.
Eu estava simplesmente em choque, como assim meu anjo atira, como assim a mira dela é perfeita.
Sorrio e passo a mão na minha cabeça ajeitando os fios que estavam fora do lugar.
Polina— Viu, o sangue fala mais alto Paniewisk.
Nina tira os olhos de Paniewisk por um segundo e me olha e pisca para mim, me senti importante com isso.
Paniewisk— Então a senhora achou a bastarda da sua neta e ainda veio com prêmio a família, mas você não pode ter uma boa vida Polina, se não voltar a Rússia os meus homens tem ordens para invadir a sua organização.
Ele fala e me adianto, mas antes de passar a frente da Nina, paro e pisco para ela que sorri lindamente.
Juan — Antes o que era sua organização é de Polina Vasiliev, vocês deixaram de existir assim que pois os pés no México,sua organização agora é totalmente morta, seus dois filhos estão mortos, assim como bebê na barriga de minha irmã.
Falo e jogo inúmeras folhas no chão, eram fotos de suas casa pegando fogo, as suas lojas pegando fogo, sua gente morrendo, seus filhos mortos.
Paniewisk — Porcos desgraçados...
Ele tenta se levantar e o estampido do revólver da Nina ecoa novamente pelo galpão e acerta o outro joelho dele que cai gritando de dor.
Porra, eu juro que terminando aqui vou me casar com essa mulher.
Mas antes que viro a cabeça para olhar para frente ela atira novamente e a bala bate no chão a poucos metros de Yolanda, eu olho agora a mão dela e vejo que ia pegar a arma que Paniewisk jogou no chão, Dante tira e a joga longe.
Polina — Você sabia que minha bisneta treinou com a guarda parisiense...
Olho para a Nina e sorrio, se eu pedir a mão dela agora fica estranho.
Saio de perto de Paniewisk e vou em direção a Yolanda.
Juan — Você não era uma menina boazinha...
Estalo a língua em reprovação.
Juan — Tira ela daqui Dante e coloca ela com as nossas amigas taipan.
Falo e ela começa a gritar.
Nina — Espera…
Antes que Dante tire Yolanda da sala, ela grita, abaixa a arma e vai até Yolanda.
Nina — Não mate ela agora, eu a quero a muitos anos.
Ela fala e acerta um soco na cara da Yolanda que chega a voar sangue pelo lugar.
Fico estático, como meu anjo se tornou esse demônio vingativo.
Dante — Sim senhora...
Dante sai sorrindo e fico ali olhando ela voltar para perto da bisavó.