Capítulo 92
1107palavras
2023-11-17 03:26
NINA
Quando contei aos meus pais o que tinha acontecido com Yasmin e que ela era a irmã perdida do Juan, o meu pai saiu e foi até o carro, vi da janela do meu quarto eles se abraçando eu juro que achei que não tinha mais lágrimas,mas chorei novamente olhando aquela cena, o meu pai era muito amigo do pai do Juan, e imagino como não foi difícil para ele perder o amigo daquela forma.
Todos na realidade saíram para fora, para conversar com ele, vi que ele ficou desconfortável pois não tem esse afeto todo que nós mostramos.
Coloco uma roupa para trabalhar bem rápido, acho que hoje vou demorar novamente queria tanto falar com meu filho, mas ele ainda vai estar se recuperando.
Desço as escadas e nossos olhares se encontram.
Como eu amo esse homem, ficarmos separados só me fez perceber, que procurava em outros homens eu nunca iria achar, só nele.
Nina — Tudo bem...
Pergunta assim que chego no carro.
Vincent — Sim está, vamos para dentro e boa sorte no hospital.
Liz — Se você puder voltar para casa hoje minha filha, o resultado do DNA, vai ser entregue para Polina.
Dou um beijo na testa da minha mãe e antes de sair Javier me para.
Javier — Nina, posso falar com você ali rapidinho.
Nina — Claro.
Vi que ele estava aflito e preocupado.
Javier— Essa história de irmã dele é mesmo cara.
Nina— Sim.
Javier — Porra... E como ela está.
Nina — Ainda não sei, vou até o hospital, ontem ela estava dormindo.
Javier — Posso visitar ela mais tarde.
Estreito meus olhos para ele.
Nina — O que aconteceu Javier.
Ele me olha.
Javier — Não sei direito, ela estava esquisita e conversamos bastante, ela me contou que não se lembrava de nada, de quem era, onde nasceu só lembrava do nome tutu que nem sei o que era, disse que não queria o bebê, eu saí e fui para a empresa quando cheguei ela estava desacordada no meu quarto, sangrando e com os vidros de remédios vazios.
Suspiro em imaginar o que poderia ter acontecido com ela.
Nina — Ela vai ficar bem Javier, vamos ter paciência, ela perdeu o bebê,mas a psicóloga do hospital vai falar com ela desbloquear as suas memórias.
Nina — Você está gostando dela.
Pergunto ele coça a cabeça.
Javier — Gostar não é a palavra, mas ela mexe comigo isso eu posso dizer com certeza.
Olho para ele e dou um beijo em sua bochecha.
Nina — Seja paciente, mulheres como ela traumatizadas, frágeis precisam de uma pessoa com paciência para noites escuras e acho que a Yasmin vai ter muitas.
Ele sorri meio sem jeito e saio, entro no carro e Juan estava me esperando.
Juan — Tudo bem.
Nina — Sim, só estava conversando com o meu irmão, ele gosta da sua irmã, espero que saiba esperar por ela.
Juan — Espero que ele não machuque ainda mais a cabeça dela.
Juan fala meio em tom de ameaça.
Nina — Ele não vai, Javier pode parecer ser meio inconsequente,mais nunca vi ele se apaixonar por uma mulher sem ter tocado nela.
Juan — Eu espero mesmo.
Para não começar uma pequena dr eu me calei,mas eu conheço o irmão que tenho, ele é mulherengo e as vezes idiota,mas ele tem coração bom.
Chegamos ao hospital meu coração começa a bater forte.
Juan — Me desculpa, eu só fico preocupado com o psicológico da Yasmin, ela já sofreu tanto e seu irmão é novo, bonitão, boa pinta, não sei se ele vai ter paciência para esperar por ela.
Ele fala e eu suspiro.
Nina — Você pode ter razão, mas vamos esperar se ele fizer algo ruim com a sua irmã eu mato ele pode deixar.
Fala e Juan ri, claro que prefiro eu a ele.
Nina — Vamos tenho que ir a UTI ver como o Rafa está.
Saímos do carro depois que Pardo abriu a porta, várias pessoas ficaram nos olhando entrar de mãos dadas, acho que esses anos todos eles nunca viram Juan Cochelo de mão dada com nenhuma mulher.
Enfermeira — Doutora Macnamara, colocamos a menina que veio ontem no apartamento ao lado do paciente Rafael, como foi pedido.
Nina — Obrigada.
Juan vai até o quinto andar e eu fico no quarto.
Nina — Até daqui a pouco.
Juan — Te espero.
Despedimos com um beijo rápido e vou até a minha sala, organizo alguns papéis e vou até a UTI.
Enfermeira — Bom dia doutora.
Nina — Bom dia, como ele passou.
Falo pegando o prontuário dele,nada de febre, nem intercorrências maiores, remédios ministrados no horário, pressão boa.
Enfermeira — Ele foi perfeito doutora, como a senhora pode ver ele não teve nenhuma intercorrência.
Nina — Ótimo,podemos começar a tirar algumas medicações.
Escrevo no papel as novas dosagens e tiro o sedativo o corpo dele agora vai começar a reagir sozinho.
Depois de prescrever a nova medição vou até o vidro e olho para ele.
Nina — Logo vamos estar juntos meu filho.
Observo a enfermeira olhando ele e começando a retirar o sedativo.
Nina — Qualquer coisa me chamem.
Enfermeira— Sim senhora.
Saio dali com meu coração mais calmo, vou até o quarto da Yasmin, Talvez para ela seja estranho ficar com o Juan.
Abro a porta devagar e vejo que ele está no sofá entro e ela ainda dorme.
Nina — Oi.
Juan — Ela está dormindo, o médico disse que ela ficou muito agitada a noite e que precisou dar um calmante para ela.
Olho para ela deitada na cama,seus pulsos estavam amarrados por conta dessa agitação, batem na porta e vejo se tratar do doutor Palhares.
Palhares— Bom dia.
Nina — Bom dia doutor.
Palhares— Ela se debateu muito, queria arrancar o soro, sair correndo, dizia que eles iam pegar ela, foi a única solução senhor.
Juan aperta a mão no queixo e não diz nada.
Nina — Nós entendemos doutor, obrigado por cuidar dela.
Palhares— Minha função doutora, agora ela está dormindo vai acordar em breve, vou mandar retirar as amarras e vê como ela reage, se me permite vou olhar sua temperatura e batimentos.
Nina — Fica a vontade.
Vou até o sofá e sento ao lado dele que apenas observava, suas mãos estavam brancas de tanto apertar.
Nina — Ei, ela vai ficar bem.
Juan — Mas Paniewisk não...
Nina — Sim, ele não.
Passo minha mão em sua perna e ele coloca a mão sobre a minha.
Nina — Eu estou aqui.
Juan — Eu sei.
Sorrio para ele que apenas pisca para mim.