JUAN
Estávamos esperando a Yasmin acordar e me lembrei de uma canção que minha mãe cantava para ela, me levanto do sofá e vou até perto dela, passo minha mão em seus cabelos e faço como fazia antes.
Juan —Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhantes
Para o meu amor passar
Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhantes
Para o meu amor passar
Dentro dela tem um bosque
Que se chama solidão
No fim dele mora um anjo
Que roubou meu coração
Se eu roubei seu coração
É porque tu roubaste o meu também
Se eu roubei seu coração
É porque te quero, te quero bem
Te quero
No fim dela tem um bosque
Que se chama solidão
Dentro dele mora um anjo
Que roubou meu coração
Se eu roubei seu coração
É porque tu roubaste o meu também
Se eu roubei seu coração
É porque te quero bem...
Canto o começo meio sem coragem mas no final eu já tinha me lembrado de minha mãe com a Yasmin no colo cantando essa música.
Ela abre os olhos e começa a chorar o final ela canta também.
Yasmin — Se eu roubei teu coração
É por que te quero bem.............
Ela me olha depois olha para Nina que chorava ao meu lado.
Yasmin — Tutu...
Yasmin levanta da cama e me abraça forte eu faço o mesmo.
Yasmin — Tutu...me ajuda...
Juan — Ninguém nunca mais vai fazer nada com você, eu te prometo minha irmã…
Ela chora e nada diz, não sei o que se lembra.
Yasmin — A mamãe mandou eu esconder, eu lembro que tinha muito barulho, o papai tinha dito sobre o porão, eu corri,mas o corredor era grande eu caí e lembro daquele homem me pegando e colocando um pano na minha boca,eu ainda lembro do barulho, pá, pá, pá e o escuro depois, eu tentei tutu, correr mais cai, eu tentei, eu tentei.....
Eu abraço ela ainda mais forte.
Juan — Shiiii, agora você está aqui, não precisa mais correr, nunca mais.
Yasmin — Não deixa aquele homem chegar perto de mim, não deixa...
Ela fala tremendo e me aperta cada vez mais forte.
Juan — Ele não vai, fica calma...
Nina abraça nós dois e Yasmin olha para ela e fala.
Yasmin — Eu não queria o bebê Nina, ele mexeu, ele mexeu eu fiquei apavorada, ele mexeu era como se aquele homem tivesse mexendo comigo, o bebê mexeu…
Ela gritava e falava tão alto e chorava, Nina a abraçou.
Nina — Já passou, já passou... Não vai ter bebê...
Yasmin— Eu fiquei com medo quando mexeu, eu fiquei com medo....
A dor na voz dela era tão profunda que não vi mais nada na minha frente, sai do quarto, se me perguntarem como cheguei no galpão eu digo que não sei ,uma luz negra acendeu em meus olhos e não enxerguei o que fiz.
Dante — Senhor.
Juan — Prepare a emboscada para Paniewisk, mas precisamos ser cautelosos nenhum erro Dante será tolerado, temos os homens da Polina em Cancún, do Vincent também.
Dante — O que aconteceu Juan.
Juan — Eu quero a cabeça daquele desgraçado não será só aqui no México que vou exibir ela, vai ser em se território, vou a caça de todos da sua família, não vamos deixar um vivo.
Dante — Sim senhor.
Nessa hora eu não era o Juan amigo, o Juan namorado, o Juan irmão eu era o Don mexicano, La Sombra Negra e vou ensinar a Paniewisk que nunca mais vai mexer com ninguém.
Armamos nosso plano, temos que pisar em ovos, pois não sabemos até onde esse bastardo chegou, não sabemos até onde esse desgraçado foi em busca da verdade sobre a família da Nina.
Dante — Marquei a reunião, ele está no hotel Macnamara na costa sul de Cancún.
Juan — Vamos então.
Saímos em uma comitiva em cinco carros, alguns homens tinham sido encaminhados como vigias, Paniewisk se bem imagino não vai fazer nada em um hotel, então iremos apenas conversar o que é dele está marcado,mas será devagar, lentamente.
Paramos na porta do Macnamara hotel, observamos a movimentação dos homens aliados a Paniewisk.
Juan — Ele está bem preparado, vamos ver como reage.
Entramos no hall do hotel, grandioso e espaçoso, com adornos de requinte e riqueza, Vincent não mediu esforços para entregar aos seus hóspedes classe alta um padrão de qualidade.
O concierge do hotel vem nos atender.
Concierge — Boa tarde senhor Cochelo, o senhor Paniewisk o aguarda no restaurante.
Apenas balanço a cabeça e ele conduz eu, Dante, Pardo e Stallone para dentro do restaurante.
Entramos no restaurante e o homem careca e baixo nos chama atenção.
Dante — Boa tarde.
Dante fala e arrasta a cadeira para me sentar.
Paniewisk — Que bom que aceitou o meu convite a essa reunião senhor Cochelo.
Olho para ele, a minha vontade era estourar os miolos dele aqui, mas sou calmo e paciente.
Paniewisk — Me chamo a Coslov Paniewisk, capo da Rússia e é um prazer estar em terras mexicanas.
Ele fala com um sorriso nos lábios
Juan — Seja bem-vindo as minhas terras, mas a que devo a honra.
Paniewisk— Como disse senhor, há alguns dias atrás uma de minhas meninas a melhor a que escolhi para ser mãe do meu filho, estava no hospital devido a um pequeno problema, uma mulher a viu em um momento de distração dos meus homens e a tirou de mim, como ela tem uma família forte e rica em Cancún eu pensei em sua ajuda senhor, afinal teremos muito que ganhar de ambos os lados.
Olho para ele e pergunto.
Juan — O que você quer...
Paniewisk — A menina com meu herdeiro, a cabeça da mulher que me causou esse pequeno problema e a ruína da sua família.
Juan — Em troca.
Paniewisk — Rússia a seus pés, podemos fazer uma grande parceria, soube da pureza em sua cocaína e sobre as mulheres e em troca os nossos mísseis agora com alta tecnologia.
Juan — Proveitoso, uma boa parceria.
Me levanto da cadeira.
Juan — Terá a cabeça dela e toda a sua família, o meu subchefe vai te dar o endereço e o local.
Paniewisk — Ah senhor Cochelo...
Ele fala antes que eu me viro completamente.
Paniewisk — Sei de seu envolvimento com a família e quero deixar claro que não sou tolo ou ingênuo quero todos os verdadeiros Macnamaras em minhas mãos, acho que seria bem melhor para nós dois se não tentasse nenhuma estratégia,pois vai falhar em todas.
Ele fala em tom de ameaça.
Juan — Cuidado Paniewisk, o senhor não está em seu território, espero que aprenda a entrar em terras desconhecidas e reconhecer quem é o dono do local.
Falo e me viro saindo do hotel.