Capítulo 89
1052palavras
2023-11-15 00:32
As portas da enfermaria se abre e o Juan aperta ainda mais minha mão quase a esmagando, não reclamo pelo contrário aperto a dele também.
O doutor Palhares vai na nossa frente e para no leito número 39, a coincidência é a pior coisa que poderia acontecer.
Mas o que acontece nos momentos seguintes rasga o meu peito, ela estava dormindo e com soro em seu braço, Juan olha para ela e vai até a sua cama retirando o cabelo que estava cobrindo seu rosto e é aí que vejo o homem que eu amo, cair no chão ajoelhado e chorando, a confirmação que era a Yasmin veio como uma rajada de emoção e dor.
Ele não gritou, ele não falou nada apenas ajoelhou e chorou ao lado da cama, o meu coração que estava pequeno me fez seguir seu caminho, imagino como ele não está se sentindo, seis anos que ele não vê a irmã e agora a vê nessas condições.
Pego em sua mão para saber que estou aqui com ele, que ele não está sozinho e nunca vai estar.
Vejo o seu olhar quando levanta os seus olhos para me olhar.
Juan — Obrigado por ter ajudado ela, obrigado por estar lá para meu filho.
Eu chorei nesse momento, não tinha me dado conta que foi a minha teimosia que achou a irmã dele, não tinha me dado conta que fui eu que ajudei ela, a trouxe para casa sem nem ao menos imaginar o que estava fazendo.
Abraço ele tão apertado e ouço ele dizendo:
Juan — Pode descansar em paz pai, ela está em casa novamente.
Aquelas palavras me fizeram chorar ainda mais, eu o abraçava tão apertado, queria sanar a sua dor, queria fazer com que cicatrizadas a sua ferida.
Juan — Eu vou acabar com Petrowievisk, como se acaba com uma formiga, quero esmagar a cabeça dele com as minhas mãos.
Juan fala e sinto sua ira, sua raiva.
Nina — Eu vou te ajudar...
Falo sem medo e sem sombra de dúvidas e ai dele se não me deixar.
Olho ao redor e várias pessoas estavam nos olhando, saio do seu abraço e me levanto.
Nina — Por que não estão trabalhando?
Pergunto com a cara e a voz mais séria, fazendo todos voltarem aos seus trabalhos.
Olho para Juan ainda de joelhos no chão, apertando a sua mão em punho no chão até sair sangue, pego uma divisória e estico ela para tampar essa cena.
Não vou deixar às pessoas o vendo em seu momento de fraqueza e dor, vou até ele e o levanto.
Nina — Vamos destruir esse cretino juntos e não vou aceitar um não como resposta.
Ele olha para mim e me beija e retribuo na mesma fora a do meu coração.
Juan — Eu te amo tanto.
Ele fala me apertando.
Nina — Eu também meu amor.
Sua mão sai do meu rosto e olha para a sua irmã novamente.
Juan — Não precisa de DNA é a Yasmin, não tenho dúvidas, ela está crescida, mas a mesma carinha, a mesma forma, daqui a três meses ela vai fazer 19 anos e não mudou nada apenas cresceu.
Ele fala retirando o celular do bolso do paletó e abre em uma foto da irmã mais nova,olho para ela e concordo ela não mudou quase nada.
Levo a minha mão na boca em espanto e vejo que era mesmo a Yasmin, eu não cheguei a conhecer e nem vi uma foto dela,mas olhando agora entendo ainda mais a sua emoção.
Nina — O que vai fazer agora.
Pergunto e vejo ele levando a mão até a sua irmã e afagando os cabelos dela.
Juan — Primeiro vou esperar o dia amanhecer, ver meu filho, depois vou a caça de Paniewisk e por último ajudar a minha irmã a recuperar a sua memória.
Ele abaixa a cabeça e deposita um beijo na testa da Yasmin, a enfermeira aproxima meio receosa dizendo:
Enfermeira— Doutora, senhor, a paciente precisa descansar.
Juan — Estamos de saída.
Sorrio para ela que fica com medo quando Juan fala grosso e forte.
Ele beija mais uma vez a testa da irmã e pega em minha mão me puxando para fora do quarto.
Mas antes de sair ele fala para o doutor Palhares.
Juan — Peçam para que a coloque em um apartamento ao lado de onde o meu filho está.
Palhares balança a cabeça em afirmativo e saímos, na recepção Dante e Martín se levantam das poltronas olhando com expectativas.
Juan — É a Yasmin.
Ele fala e Dante pula no ar batendo a mão, Martín pela primeira vez sorri e depois abaixa a cabeça e coloca as mãos entre ela, vejo Maria indo em sua direção o abraçando e ela aceita, pelo que entendi Martín não demonstra sentimentos,mas ali naquele momento ele demostrou o amor que sente pela irmã.
Lupita pega na mão do Dante e ele a beija.
Juan — Vão para casa, descansem, amanhã temos um longo dia pela frente.
Dante — Achamos ela meu irmão.
Dante vem até ele e o abraça eu olho para Lupi que estava chorando e acabo chorando também,sua mão nunca deixou a minha. Era como se ele estivesse precisando de mim ali o tempo todo, passo meu polegar em cima de seus dedos assim como ele fazia, Dante o solta e sorrio com isso.
Juan — Agora vão, amanhã iremos organizar um golpe contra Paniewisk,ele vai aprender a nunca ter mexido com uma Cochelo.
Depois de nos despedir de todos, Juan chama Stallone.
Juan — Leve ela para casa, ela precisa comer e descansar.
Nina — Ei, eu estou aqui e não vou para casa sem você.
Juan — Meu anjo, eu não vou entra na sua casa sem ser realmente aceito pelo seus pais, agora vai descansar nosso filho precisa de você.
Nina — Eu vou, mas vamos juntos, você também precisa descansar.
Juan — Nina...
Nina — Vamos os dois, foram muitas emoções por hoje.
Ele tenta argumentar mais não deixo e saímos, andamos por um tempo e vejo que ele estava indo na direção do centro.
Nina — Onde vamos.
Ele sorri de ladinho.
Juan — Uma surpresa que tenho fechado a anos esperando esse momento.
Ele fala misteriosamente me fazendo olhar para o caminho.