Capítulo 83
1225palavras
2023-11-14 00:37
Entro em casa e o meu pai me para na sala, quase que dou um troço.
Nina — Bom dia pai, como dormiu e as coisas aqui, tenho que subir, estou atrasada para uma cirurgia...
Falo e tento sair de fininho mais ele me para.
Vincent — Os carros na porta, pelo que vejo é o Cochelo, afinal reconheço esses carros.
Ele fala e suspiro.
Nina — Sim, não vou mentir, aliás, nunca menti para o senhor, eu passei a noite com ele e realmente tenho que me arrumar para uma cirurgia do filho dele, e estou começando a me atrasar.
Falo e ele simplesmente estala os dedos.
Vincent — Não me importa quem ele é, se ele fizer mais algum mal a você eu o mato.
Ele fala e paro no lugar, viro e vou em sua direção.
Nina — Obrigada por se preocupar comigo, eu te amo, não se preocupe se algo acontecer eu mesmo o mato.
Falo e dou um beijo em sua bochecha e ele ri.
Nina — Agora preciso realmente ir, a cirurgia vai demorar no mínimo 10 horas.
Falo e corro para as escadas.
Vincent — Vou pedir a Mada para fazer um bowl de salada de frutas.
Ele fala e levanto o dedo em afirmativo e subo as escadas correndo.
Nina — E um café bem forte na térmica...
Subo as escadas correndo, ainda está a muito cedo, entro no meu quarto sem fazer barulho, a porta quase flutua e abaixo para tirar os meus sapatos, mas na hora que levanto a minha cabeça e olho para a cama quase tenho um ataque do coração, ainda com um pé no salto e o outro sem, vou até à cama e puxo a sua orelha o fazendo acordar assustado.
Nina — Javier Macnamara filho do meu pai que se eu xingar é pior.
Puxo a sua orelha e o fazendo sentir dor.
Javier — Ai, ai, ai, Nina eu posso explicar.
Falamos sussurrado para a menina não acordar.
Nina — Explica ou eu vou chamar o meu pai e te matar na frente dele.
Javier— Calma,calma ..
Tiro a minha mão da sua orelha e olho para ele, que estava só de short do pijama, ele estava dormindo abraçado a menina.
Nina — Fala agora Javier.
Javier— Ela acordou no meio da madrugada chorando e gritando, o meu quarto é próximo, a mamãe está tomando calmante para dormir por conta das emoções e eu vim ajudar, ela gritava o tempo todo e chorava chamando um tal de Tutu, pedia para ajudar ela, eu entrei e a ajudei a se acalmar, não rolou nada Nina, ela estava assustada demais, sou um galinha sim, mas nunca fiz nada com uma pessoa no estado dela. Foi isso que aconteceu.
Ele fala e eu já estava com o meu sapato na mão, solto a orelha dele e olho para ela.
Nina — Obrigada por vir, me desculpa queria que eu pensasse o quê, entrei no meu quarto te vi dormindo de conchinha com uma menina traumatizada, só agi por impulso.
Javier — Vou ficar magoado por pensar essa merdas de mim.
Ele fala e fico triste.
Nina — Desculpa, Javizinho, tem tanta coisa acontecendo que fugiu do meu pensamento, obrigado por ajudar ela.
Javier — Foi um prazer...
Ele fala com a sua cara mais safada e dou um tapa no seu braço.
Nina — Seu...
Ele beija o meu rosto e sai correndo porta a fora e estava com o meu outro pé de sapato na mão e taco nele, escuto um gritinho no corredor.
Balanço a cabeça e olho para ela na cama.
Tutu... Deve ser alguém importante.
Penso indo até o banheiro, tomo um banho bem rápido para alertar o sono, saio correndo e vou no meu closet e visto uma roupa, um anel, perfume, um brinco pequeno maquiagem clássica nada exagerado, pois não tenho tempo, na boca só um gloss.
Pego uma gola alta para esconder os chupões no meu pescoço, um salto mais baixo hoje vou andar muito.
Olho para ela que dormia profundamente, pego a minha maleta, bolsa, celular e saio do quarto fechando a porta bem devagar.
Chego nas escadas e madame está lá em baixo com um bowl e uma térmica com o que acho ser café.
Madalena — Bom dia minha filha, já está pronta…
Nina — Bom dia Mada, sim e pronta para uma cirurgia importantíssima para uma criança especial para mim.
Ela sorri me entregando tudo.
Madalena — Tenho certeza que essa criança sairá bem, pois tem a melhor médica do mundo cuidando dela.
Ela fala e dou um beijo nela.
Nina — Avisa para a mamãe que vou ficar o dia todo lá, e que não adianta me ligar a cirurgia é de no mínimo dez horas e ah! depois que tudo ficar bem eu quero uma reunião familiar...
Falo indo em direção a porta, abro e vejo o meu pai gesticulando e um Juan calado.
Nina — O que está acontecendo aqui.
O meu pai abaixa o braço e não olha para trás, apenas fala olhando para o Juan.
Vincent — Estava apenas avisando ao senhor Cochelo, que hoje ele pode ser um homem temido, mas se fizer mal a você mais uma vez, será um homem morto.
Ele se vira para mim e vejo as mãos do Juan ficarem brancas de tanto apertar.
Vincent — Boa sorte na sua cirurgia bonequinha.
Ele beija a minha testa e passa por mim, entrando na casa eu olho para o Juan e começo a rir,acho que foi de nervoso.
Nina — Hahaha, o meu pai te odeia... Mas acho que é só um pouquinho.
Passo por ele entrando no carro.
Nina — Vamos, senhor Cochelo ou vamos nos atrasar.
Ele entra no carro sorrindo.
Juan — Você ainda vai me matar.
Estico o meu pescoço em sua direção e dou um beijo em sua bochecha.
Nina — Café.
Juan — Obrigado.
O carro sai da porta de casa indo em direção ao hospital
Escuto ele falar com alguém no telefone, enquanto como salada de frutas que a Mada preparou para mim, as vezes eu colocava uma fruta na boca dele, outra ele não aceitava. Achei um máximo ele todo compenetrado, falando e falando, ficava bravo xingava, muito sexy.
Pego o meu telefone e mando mensagem para Jenny, para o hospital avisando que já estou chegando e para Lupi que me manda um emoji de coração e duas carinhas bravas e depois coração novamente...
Sorrio com isso, mas desligo assim que o carro para na frente do hospital.
Juan — Vamos meu anjo.
Ele estende a mão para mim e aceito.
Nina — Vamos...
Entramos de mãos dadas, as pessoas nos olhavam e cochichavam, mas pouco me importava já passei da época de ficar sem dormir por que alguém falou de mim.
Juan — Ah! Você está linda sabia.
Ele fala assim que as portas do elevador fecham.
Levanto os meus pés e dou um selinho em sua boca.
Nina — Eu não vou subir até o quarto por agora, preciso ver como está a programação e depois vou visitar ele.
Falo assim que o elevador para no meu andar.
Juan — Tudo bem, te esperamos no quarto.
Dou mais um selinho nele e saio do elevador indo em direção a minha sala.