Juan — Dante…
Estávamos eu e Dante no carro dele e tenho um pensamento.
Dante — O que foi?...
Juan — A filha do Vincent que se meteu em confusão, não foi a doidinha, foi a Nina...
Falo e ele olha-me.
Juan — Como eu fui burro, estava com tanta coisa na cabeça que não prestei atenção, a Nina estava em Cazã até alguns dias desses, e se foi de lá que veio essa menina, foi a Nina que a trouxe.
Dante — Que merda hein...
Juan — O dia tem sido tão doido, que não me atentei as coisas que estavam na minha cara, Vincent não quis dizer ser a Nina devido ao nosso envolvimento e eu acreditei ser a outra.
Falo e bato na minha cara, como foi burro, agora eu tenho que mesmo que proteger ela.
Dante — O que vamos fazer.
Juan — Simples, ninguém entra sem a minha permissão, vamos colocar homens nas entradas de Cancún, só entra depois que eu disser.
Dante — Vou organizar isso.
Dante fala enquanto dirige para sua casa, hoje quero apenas me distrair um pouco, depois vou até o hospital e ficar com o meu filho.
Dante — Ainda não achamos o sangue compatível com o Rafael.
Juan — Eu sei, com aquela visita da bisavó da Nina, tudo ficou complicado, amanhã depois da cirurgia quero ter uma conversa coma Nina, mesmo ela não querendo ficar muito perto de mim.
Falo e Dante começa a rir do nada.
Dante — Hahaha... Se eu pudesse escrever um livro sobre a sua vida amorosa e a da Nina seria o destino de um Cochelo...
Ele fala e olho feio para ele.
Dante — Tá bom, não vou mais brincar…
Dante entra na garagem da sua casa e estaciona o carro, realmente o carro da Lupita não estava aqui.
Dante — Lupi disse que ia sair com uma amiga e olhando bem penso que essa amiga era a Nina e ela não quis-me dizer, vou pedir para o Pardo ir até elas.
Ele fala pegando o telefone e, ao mesmo tempo, abrindo a porta.
Dante — Sim, o GPS do celular dela está ligado, rastreia e.........
Mas nem terminamos de falar, as duas estavam sentadas no sofá da sala dele, Lupita olhou-nos dois e depois a Nina, os nossos olhos cruzaram-se e ela estava incrivelmente linda.
Lupita — O quê…
Lupita fala batendo na cabeça e Dante vai até ela.
Dante — Não disse que ia sair mais a sua amiga.
Os dois começam meio que uma discussão e os meus olhos não saem da Nina, ela levanta-se e quase caio no chão, como ela estava sexy para caralho.
Nina — Eu já vou, não precisa ficar brigando por minha causa.
Ela pega a sua bolsa, mas Lupi a para.
Lupita — Você não vai embora...
Dante — Não sabia que estariam aqui, desculpa amor, mas você disse que ia sair, apenas pensei em relaxar um pouco.
Nina — Tudo bem Dante, eu que estou na sua casa, mas já vou amanhã tenho uma cirurgia bem cedo, como está senhor Cochelo.
Ela fala e olha-me, estava em transe, todas as fotos que recebi dela por todos esses anos, nenhuma me mostrou o quanto ela mudou e ficou ainda maravilhosa.
Juan — Não precisa ir por nossa causa, afinal somos adultos e podemos deixar o passado para trás.
Vou até a Lupita e estendo a minha mão em sua direção, ela faz menção de não aceitar, mas olha para o Dante e depois estende a sua pegando em minha mão.
Juan — Quanto tempo Lupi.
Lupita — Sim, muito tempo.
Juan — Vejo que estão bem abastecidas.
Olho para a mesa de centro onde havia várias bebidas, queijos e vinhos.
Dante — Pois é, vão entrar em coma alcoólico... Dante perguntar brincando indo em direção a televisão que ali tem.
Juan — Espero que amanhã a doutora não esteja de ressaca, afinal tem uma cirurgia para fazer.
Olho para Nina falando que revira os olhos para mim, retiro a minha mão das mãos da Lupita que abria e fechava a boca várias vezes.
Nina — Quanto a minha (sobriedade) senhor Cochelo, não se preocupe não lhe devo satisfações.
Ela fala e volta a se sentar, cruza as pernas e a parte das correntes me deixa excitado só de ver.
Ando até o sofá que fica em frente ao que ela está sentada e me sento olhando fixamente para ela.
Juan — Ah sim! A doutora deve-me satisfações, afinal amanhã a doutora tem que estar bem para realizar a cirurgia no meu filho.
Falo e ela estreita-me os olhos e os revira, se ela revirar mais uma vez juro que perderei qualquer compostura que juntei todos esses anos.
Nina — Não se preocupe senhor, não que seja do seu interesse mais bebi somente um pouco de tequila e nada mais e para ser sincera nem me afetou, precisaria de um vidro inteiro para me derrubar.
Ela estreita novamente os olhos para mim e acabo sorrindo.
Dante — Pronto o jogo está começando.
Ela olha para Lupi que estava calada o tempo todo, Nina não estava constrangida ao ficar ao meu lado, pelo contrário ela ficava desafiadora, me olhava de frente e não abaixava a cabeça e isso deixava-me louco, por que não aceito nenhuma outra pessoa fazer isso comigo.
Lupita e Dante saem da sala e escutamos eles numa discussão, a casa deles transmite uma vibe boa, já tinha vindo aqui outras vezes, eu dei a ideia ao Dante para eles morarem juntos antes dele pedir ela em casamento, mas eles nem se deram conta que já estão mais casados que muitas pessoas que se casaram na igreja.
Nina — Você não vai beber nada.
Ela me tira dos meus pensamentos.
Juan — Não, estou de boa.
Nina — Uau, um mafioso que não bebe...
Reviro os olhos com essa pequena provocação.
Juan — Não é isso, mas assusta-me ver uma médica que vai fazer uma cirurgia amanhã de manhã e está na sua segunda dose de uísque.
Falo e ela revira novamente os olhos e vira o copo de uísque todo.
Nina — Quando eu pedir a sua opinião dê-me, ao contrário não precisa.
Sorrio de lado com a sua audácia.
Dante e Lupita retornam a sala, com pipocas e cerveja, observo Lupita tirando as bebidas forte da mesa.
Nina — Ei deixa o uísque.
Lupita — Não, você está ficando bêbada e amanhã tem a cirurgia do Rafa esqueceu?
Nina — Não, tá bom, eu preciso ir ao banheiro.
Lupita — Lá em cima, terceira porta a esquerda.
Ela se levanta e está mesmo meia tonta e sai.
Lupita — Ela estava de boa antes de vocês chegarem, o dia dela foi uma merda por isso ficamos em casa.
Dante — Eu disse que não fazia ideia que vocês estavam aqui.
Lupita — Eu vou ajudar ela.
Lupita fala mais eu a paro.
Juan — Pode deixar, eu a ajudo.
Levanto-me do sofá indo em direção ao banheiro, escuto Lupita falar um monte de coisa e a principal.
Lupita — Se machucar ela novamente, eu te mato senhor Cochelo.
Sorrio com isso e escuto Dante e ela falar, mas minha mente está nela, quando abro a porta vejo uma cena que me deixa com o coração apertado.