Capítulo 64
1029palavras
2023-11-08 20:47
NINA
Assim que Jhonatan estaciona na porta do hospital, vejo que mudou bastante desde minha última vinda aqui, foi quando minha mãe veio dar a luz ao Javier e olha só 18 anos se passaram, Jhonatan abre a porta e saio.
Nina— Obrigada Jhonatan, você pode ir,eu não sei quanto tempo irei demorar,mas mando uma mensagem te avisando que estou pronta.
Ele sorri e balança a cabeça.
Jonathan — Ok Nina, até mais tarde e bom trabalho.
Ele fala e sorrio, saio do estacionamento e entro no hospital,aqui dentro também mudou bastante, uma pouco de nostalgia me toma, foram tantas vezes que vim quando criança, por mais que minha cirurgia tenha sido um sucesso eu ainda tive que fazer algumas sessões de quimioterapias.
Segurança — Bom dia senhora, precisa de alguma ajuda ou informação.
Um cara alto e forte me pergunta,eu estava parada na entrada e me assustei pelo seu tamanho.
Nina— Me desculpa por ter ficada parada,mas não preciso de ajuda obrigado.
Falo e sorrio em agradecimento indo em direção a recepção.
Nina— Bom dia, me chamo doutora Nina Macanamara e estou aqui para falar com o doutor Pedro Aguirre.
Recepcionista — Bom dia, ah sim ele deixou avisado na recepção,me desculpa aqui hoje está um pouco agitado,temos pessoas importantes no hospital e os seguranças deles assustam às vezes...
Ela fala e olho para trás e noto mesmo vários homens rondando a entrada.
Recepcionista — Aqui doutora, seu passe, o consultório do doutor fica no quarto andar.
Pego o crachá e coloco em minha blusa.
Nina — Obrigada.
Falo e saio de lá indo em direção ao elevador,assim que as portas se abrem eu entro e quando aperto o quarto andar olho para frente e tenho a sensação de ter visto o Dante antes que as portas do elevador se fechassem.
Nina — Estou ficando doida. Falo e sorrio para mim mesmo, Dez anos que não o vejo, só sei que está mais velho assim como estou,agora como ficou não faço idéia, o som do elevador parando me faz voltar a realidade e saio indo em direção a recepção do quarto andar.
Nina — Bom dia,me chamo doutora Nina Macanamara e estou aqui para ver o doutor Pedro Aguirre.
Recepcionista 2— Bom dia doutora, ele está a aguardando,venha vou levar a senhora até a sala.
Ela se levanta e a sigo pelo corredor onde tem várias salas de médico em suas especializações,Ela bate a porta e olha dentro.
Secretaria 2— Doutor Aguirre,a doutora Macnamara está aqui.
Escuto ele dizendo que irá falar comigo e pede para esperar um pouco.
Secretaria 2— Doutora Sente-se aqui,ele está com um paciente e logo falará com a senhora.
Nina — Obrigada.
Me sento no banco e espero,mando uma mensagem para minha perguntando se ela já está em casa se foi até o quarto, assim que tiver uma oportunidade quero conversar com o doutor Pedro sobre ela,mas ainda não sei como abordar a parte de que ela não tem documentos ou de como a trouxe para o México,ainda vou pensar em tudo isso,quando estava pensando a porta do consultório se abre uma mulher sai de dentro acompanhada por um senhor de no máximo 75 anos,doutor Pedro Aguirre foi meu médico quando estive no hospital e hoje é o diretor do Memorial, por mais engraçado que a vida seja alguns anos atrás soube que Pedro que foi meu mentor na faculdade era seu filho, Pedro Aguirre júnior,como não tivemos muito tempo de conversa na época só fui ficar sabendo em um congresso que participei.
Pedro — Doutora Macnamara... Ele fala vindo em minha direção.
Nina — Doutor Aguirre...
Nos cumprimentamos.
Pedro— Me perdoe por fazê-la esperar, mas esse paciente precisava da sua avaliação.
Nina — Não precisa se desculpar sei bem como é.
Pedro— Doutora vou direto ao caso do paciente,vamos entrar no consultório que lhe mostrarei todos os exames.
Entro e ele vai até sua mesa e retira uma pasta me entregando,me sento e começo a ler.
Pedro— Como a colega está vendo, o paciente foi diagnosticado com uma Glioblastoma,o tumor já está comprimindo a região frontal do córtex cerebral,fazendo ele ter sangramento pelo nariz e dor na cabeça.
Suspiro em frustração,como uma doença dessas tão grave pode acontecer com uma criança tão pequena.
Nina — Sim, vejo que o caso realmente é grave, a família não notou nada antes dos sangramentos.
Pedro— Não, pelo que foi relatado ele brincava ,tinha uma vida normal até dias antes de começar o sangramento e reclamar de dor na cabeça.
Nina — Ok, ele está acordado ou precisou ser sedado.
Pedro— Ele é um rapazinho forte, está consciente e por mais que demos o remédio para deixar ele mais calmo ele gosta de conversar.
Nina — Posso ir ver ele, gosto de interagir com meus pequenos antes da cirurgia,ajuda bastante a ficarem calmo e confiar em mim.
Pedro — claro, vamos...
Nos levantamos e saímos de seu consultório andamos pelo corredor e noto alguns homens andando, Pedro nota meu olhar e diz:
Pedro— Sei que notou os seguranças, como disse esse garoto ele é de uma família muito importante aqui na cidade,assim como sua família também doutora, sobre o dinheiro da cirurgia não será problema o pai disponibilizou a quantidade que for necessária.
Ele fala,mas mesmo pelo dinheiro eu faria a cirurgia sem qualquer valor,salvar vidas vem antes de enriquecer a qualquer custo,assim que chegamos na porta do quarto havia mais dois seguranças,que vê o doutor e depois olha o crachá no meu peito e liberam nossa entrada, fico pensando qual família teria tanto cuidado assim com uma criança, a porta se abre e vejo uma moça de cabelos vermelhos que estava ao lado da cama segurando a mão da criança.
Pedro— Senhorita Maria,essa é a doutora responsável pela cirurgia do paciente.
Doutor fala e ela se levanta rápido.
Maria— Oh, pela virgem obrigada por ter vindo antes Doutora.
Ela vem até mim e pega em minha mão,sua mão estava suada e fria.
Nina — Olá me chamo Nina e estrei acompanhando ele nessa jornada.
Assim que falo um rapaz sai de não sei de onde me assustando, ele estava calado no canto, como uma sombra.