NINA
Madalena — Oi minha filha,dormiu bem.
Mada me recebe na cozinha olho meu celular e já são dez da manhã.
Nina — Oi Mada,dormi na medida do possível, agora me diz onde todos foram?.
Madalena — Seus pais saíram e disseram que voltam logo, Javier já foi para a empresa,seu irmão é igualzinho ao seu pai, nunca vi, cara de um fucinho de outro, mas ele disse que vem para o almoço que está louco para te ver.
Sorrio ao me lembrar dele.
Nina — Mada, quero um café bem forte por favor.
Falo e ela começa a arrumar.
Madalena — Ela acordou a noite toda minha filha.
Nina — Sim, coitada, pesadelos horríveis, não imagino o que ela passou na vida,mais ela tem muitos traumas.
Madalena —Pela a Virgem de Guadalupe, como alguém pode fazer mal a uma criança..
Ela pergunta indignada.
Nina — Tem muitas pessoas ruins nesse mundo Mada, arruma alguma coisa vou levar para ela comer, coisas que sejam boas para o bebê que ela espera.
Mada me olha assustada e sai lágrimas de seus olhos.
Madalena — Quem fez mal a ela que pague pelos seus pecados...
Nina — Um dia a conta chega Mada,mas não chore minha linda, olha para mim, vamos ser fortes por ela,ok,imagina se com tantos traumas ela te vê chorando...
Madalena — Me perdoa filha, mas eu não aguento saber que uma criança foi violentada e abusada me deixa triste isso.
Ela fala arrumando uma bandeja e depois de beber meu café volto ao quarto,a menina já estava acordada sentada na cama com a cabeça entre as pernas chorando.
Nina — Bom dia, Mada fez um delicioso café da manhã para você..
Coloco a bandeja na cama e ela me olha ainda com os olhos marejados.
Nina — Coma, você e o bebê não podem ficar muito tempo sem se alimentar.
Antes de terminar de falar meu celular toca e me levanto para atender, estranho a ligação de um número desconhecido.
Nina — Alô
Ouço o homem falar do outro lado da linha e não acredito era quem eu estava pensando em ligar.
Nina — Olá doutor Pedro
Pedro — Olá doutora Macnamara, eu entrei em contato com sua assistente que me forneceu seu número, por se tratar de uma emergência.
Nina — Sim, não tem problema o que se trata.
Pedro — Se trata de uma criança de três anos, ele se encontra no hospital aqui em Cancún com um quadro severo de Glioblastoma e precisamos da ajuda da colega nesse caso.
Nina — Claro doutor, eu estou em Cancún nesse momento e daqui a pouco estarei no hospital.
Pedro — Obrigada doutora Macnamara, entramos em contato com sua assistente e ela tinha dito que estava na Rússia.
Nina — Sim, eu estava e me desculpa não vi os e-mails de Jenny,mas estarei aí dentro de uma hora.
Pedro — Obrigada doutora,esse criança está em estado grave e a família está disposta a começa o tratamento o mais rápido possível.
Nina — Eu entendo doutor, estarei aí sim.
Ele desliga e suspiro, foi para isso que me formei, ajudar pessoas como essa criança, assim como fui ajudada, uma meduloblastoma assim como a doença que tive.
Me viro para a cama e vejo que ela estava comendo.
Nina — Olha, vou ter que sair,mas aqui tem televisão,tem meu computador ali, você pode usar,tem banheiro tome um banho a banheira e enorme você pode ficar lá e acalmar seu coração, ah e se quiser sair do quarto pode sair, temos seguranças por todos os lados e nenhum deles vai chegar perto de você.
Ela balança a cabeça em afirmativo e vou até o closet troco de roupa e pego minha maleta.
Nina — Olha, não se preocupe viu, daqui à pouco minha mãe estará em casa e vem ver como você está,ah e a Madalena é certeza que vai vir trazer muitas comidinhas gostosas, uma coisa também temos um jardim maravilhoso vai lá tome um pouco de sol vai te fazer bem.
Menina— Obrigada...
Nina— Que isso,mas agora me deixa ir....
Falo e dou um tchauzinho sem graça e saio,assim que chego aí pé bda escada Mada estava lá.
Madalena — Onde você vai assim tão linda minha filha.
Falo e saio.
Nina — Vou ao hospital, chamada de emergência,fala para minha mãe ir no quarto de vez em quando e você também, não deixa NENHUM homem aproximar dela, se não todo meu trabalho até aqui está perdido, ah vê se ela sai do quarto e leva ela até o jardim é bom para ela pegar um sol, e por favor Mada, não fala e nem pergunta coisas do passado dela, vou ver no hospital uma psicóloga para me ajudar a ver o por que ela não se lembra de nada.
Madalena — Tudo bem minha filha que a Virgem te abençoe.
Nina — Amém.
Saio e Jonathan estava na garagem limpando um dos carros de meu pai.
Jonathan — Bom dia...
Nina— Bom dia Jonathan,me leve ao Memorial tenho uma emergência.
Jonathan — Sim senhora ...
Nina — Senhora Jonathan.. Falo brincando, Jonathan está trabalhando para o meu pai a anos,ele me conhece, sabe como o casamento da minha mãe e do meu pai aconteceu.
Jonathan — Desculpa Nina, força do hábito.
Ele fala indo até a porta do carro a abrindo para mim,entro e logo ele liga o carro indo em direção ao hospital Memorial.
Olho para as ruas que tanto gostava de ver, nossa como mudou,estava mais limpo,sem pichações, os prédios estava pintados,muita coisa mudou,olho uma praça nova que fizeram.
Jonathan — Muita coisa mudou né...
Nina— Sim, a cidade está mais limpa, diferente,aquela praça ali não existia.
Jonathan — Não,ela foi criada há alguns anos em memória de algumas pessoas influentes que morreram..
Nina — Nossa..
Falo e ele não diz nada e segue dirigindo até o hospital, olho meu celular, respondo alguns emails da Jenny minha secretária,e respondo o Leny que se preocupou com a menina, depois que atender essa criança vou mandar uma mensagem para Lupi avisando que estou na cidade, ela vai pirar....