Capítulo 62
1140palavras
2023-11-08 20:46
NINA
Liz — Ela vai empanturrar você até virar uma bolinha, escuta o que estou te falando,eu tenho que malhar todos os dias por culpa dela, oh coisa chata, mas seu pai é assim, malhar para comer a comida da Mada...
Rimos disso..
Liz — Venha,vamos subir.
Minha mãe nos conduz até o quarto, conversamos coisas cotidianas para amenizar o medo que a menina estava sentindo, perguntei de meus irmãos e minha mãe disse que a Laila estava em Nova York e Javier estava na casa da namorada ou ficante minha mãe não entendi ele.
Liz — Aqui, esse é seu quarto querida, ao lado da Nina e próximo ao meu,entre tem banheiro ,cobertor e toalhas limpas, ah e tem algumas roupas da minha Laila ela deve ter sua idade e acho que as roupas vão cair como uma luva, se não servir amanhã iremos ao shopping.
Entramos mas ela não relaxou,estava à noite e o quarto é grande bem decorado, mas eu acho que a sensação de ficar sozinha para ela era tenso.
Nina — Mãe, pede para colocar uma cama auxiliar no meu quarto, ela vai ficar comigo essa noite,que tal...
Falo e ela me olha e balança a cabeça em afirmativo,desde que chegamos ela quase não falou um a se quer.
Liz — Sim, claro filha.
Saímos do quarto e vamos ao meu,estava tudo igualzinho, sensação boa de lar,de casa.
Nina — Pede para colocarem ali ,por favor.
Liz — Eu vou.
Nina — Obrigada mãe,pede para o Marcos trazer minhas coisas preciso da minha maleta aqui,tenho que fazer alguns testes nela, medir pressão, ela deu muita febre e principalmente ver como está o bebê..
Minha mãe me olha e arregala os olhos, mas não diz nada, vejo que ficou triste, acho que essa parte meu pai não disse nada para ela.
Liz — Ok,meu amor, eu vou.... Pedir para a Mada trazer algo para vocês comerem e vou ver... hã, é.... pela Virgem, depois você desce até o escritório do seu pai..
Ela fala sem jeito e meio estranha.
Nina — Eu vou...
Ela me beija na testa e olha para a menina com afeto e sai nos deixando a sós.
Nina — Bom, eu preciso tomar um banho, você se senta na cama e fica a vontade, quando minha mãe vier trazer a comida pode comer a vontade,aqui você não precisa se preocupar, você está segura, e se você confia em mim, pode confiar em todos aqui dentro ok..Todos aqui dentro ok..
Ela balança a cabeça e chora.
Nina — Ei, não chora vai...
Menina — OBRIGADA, NINA...
Ela fala entre um soluço e outro,eu a abraço apertado para saber que estou aqui.
Nina — Não me agradeça..., Estou aqui para te ajudar, na realidade estamos aqui, minha família vai te ajudar e tenho certeza que logo você não vai se lembrar de mais nada ruim.
Falo a abraçando, ela poderia ser minha irmã, afago seus cabelos e a levo de vagar até a cama,ela se deita e continuo afagando seus cabelos assim como fazia com a Laila até que ela dorme,meu coração fica pequeno com isso, entro no banheiro e tomo um bom banho para relaxar, se é que posso dizer que relaxei,cada pequeno pedaço do meu corpo está dolorido.
Passo pela cama e ela ainda está lá,vou até o closet e visto um pijama e desço até o escritório do meu pai,as luzes estão acesas e acho que é por minha causa, bato e escuto ele fala e entro, minha mãe estava ao seu lado massageando seus ombros.
Vincent — Oi bonequinha
Nina — Fiz uma grande merda né...
Pergunto me sentando na cadeira a sua frente.
Nina — Mais eu não podia ter deixado ela lá, pai, mãe, vocês precisavam ver ela coitada, sendo perseguida por dois caras grandes e o olhar dela de medo.... Foi....foi...
Falo e começo a chorar, minha mãe estava ao lado do meu pai vem em minha direção e me abraça.
Liz — Ei... não estamos falando nada minha florzinha,olha para mim...
Ela me dá um beijo em cada pálpebra de meus olhos, assim como ela sempre fazia comigo quando era pequena e chorava.
Vincent — Nina, você fez o certo querida, não estamos brigando e nem nada filha, mas mexemos sim com gente pesada russa, mas vamos contornar isso, já estou mexendo meus pauzinhos e se for para proteger vocês eu faço qualquer coisa.
Nina — Mas pai não quero que faça coisas das quais vamos nos arrepender eu não quero isso, acho que temos que voltar para Paris eu não queria trazer nada ruim aqui para casa.
Liz — Filha, você acha que vai estar segura lá, eles tem homens em todos os lugares e aqui querendo ou não temos homens que não deixam a máfia entrar, sei que passamos por muito e que você não quer ouvir o nome do filho do Sebastian,mas aqui em Cancún não entra máfia alguma, a não ser com autorização dele.
Vincent — E se preciso for eu falarei com ele sobre a menina e pedirei para não autorizarem a entrar.
Nina — Não, o senhor não vai falar com ele, quero distância dele e se preciso for eu a levo para longe, mas não quero nada que venha dele, nem favor.
Falo me levantando.
Nina — Vou dormir, estou muito cansada, amanhã quero ver se consigo falar com o doutor Pedro, ela precisa de um obstetra o mais urgente possível, ela deve ter 16 anos e acho, não sou obstetra,mas ele deve estar no mínimo cinco meses de gestação e duvido que teve algum acompanhamento médico.
Beijo minha mãe e vou até meu pai.
Nina — Me desculpa por trazer isso até vocês...
Vincent — Somos uma família bonequinha..
Dou um beijo em sua testa e volto para meu quarto, abro a porta devagar e ela ainda dorme, a cama auxiliar já está no lugar, não irei acordar ela me deito e acabo adormecendo.
Menina — Por favor não.... não...
Sou acordada pelos gritos dela, o pânico e o pavor em sua voz me desperta rapidamente e eu acendo a luz.
Nina — Calma, eu estou aqui, calma.
Menina — A luz, por favor não a apague nunca mais....
Ela grita e eu a abraço.
Nina — Não vou apagar,agora respira comigo.
Eu inspiro e respiro e ela faz junto comigo.
Nina — Isso acalme-se, vamos voltar a dormir, ainda está de noite.
Menina— Por favor, não apague a Luz...
Nina — Não irei.
Me deito na cama e ela se deita e fica quieta posso dizer que ela acordou outras vezes gritando e pedindo socorro, me levanto o sol já batia na janela e deveria ser tarde, vou ao banheiro e minha olheiras estão enormes, me arrumo e desço preciso de um café bem forte da Mada.