Capítulo 61
1084palavras
2023-11-08 20:46
NINA
Nina — Pai, eu não vou para o México,vou voltar para Paris , depois vou ver o que fazer com ela.
Vincent— Não senhora Nina Macnamara, você vai voltar para casa.
Bufo frustrada, tenho de 28 anos e sou tratada como uma menina ainda.
Nina — Pai...
Mas antes que eu fale escuto a voz da minha mãe.
Liz — Nina, Paniewisk é um mafioso sem piedade, e pelo que seu pai me disse essa menina era sua escrava, venha para casa meu amor, só aqui poderemos te proteger e ajudar ela.
Minha mãe fala e uma lágrima involuntária sai de meus olhos, sabe quando sua mãe fala as coisas e mesmo você não querendo acaba chorando.
Nina — Ok...
Vincent — Bonequinha, aqui ela estará segura e você também.
Nina — Eu entendi pai, até amanhã a noite.
Vincent — Beijos fiquem bem.
Quando ele desliga uma merda de constatação me atinge. EU MEXI MESMO COM A MÁFIA e essa menina era escrava desse monstro,imagino quantas meninas estão na mesma situação que ela, pela Virgem, ela está grávida daquele monstro.
Leny — O que foi querida.
Ainda estava atônita quando Leny se senta ao meu lado ele tinha ido ao banheiro, me abraça de lado e beija minha cabeça.
Nina — Leny, ela está grávida e meu pai descobriu que tem várias meninas sendo escravizadas pelo tal de Paniewisk.
Leny — Eu imaginei,notei a barriga dela redonda, Nina você não imagina como são os verdadeiros mafiosos, eu vivi, cresci dentro de uma organização,e você sabe como sai,espero que dentro da barriga dela não seja filho desse homem pois vamos precisar de proteção se você for continuar a ajudá-la.
Ele fala e eu começo a entender o mundo em que o idiota vive.
Depois de 22 horas de vôo começo a ver as luzes da cidade, tivemos três paradas para trocar de jatinho meu pai literalmente pensou em tudo, trocamos de roupas também, a menina não dormia e quando cochilava ela acordava gritando, imagino o que ela passou e como era tratada, muita das vezes eu me peguei pensando e acabei passando mal, Leny falava que era por que eu era boa e nunca soube o que se passava realmente dentro de uma máfia.
Nina— Oi, chegamos...
A chamo e vejo ela arregalando os olhos e me olhando sem entender.
Nina — Acalme-se, confia em mim, eu nunca vou te fazer mal, nós vamos para minha casa e lá você estará segura,me entendeu...
Ela balança a cabeça e descemos,vejo meu pai parado em um carro próximo a pista.
Nina — Pai...
Corro até ele que me abraça forte.
Vincent — Bonequinha, que saudades....
Nina — Pai, o senhor me viu semana passada...
Vincent — Então... São muitos dias..
Ele olha para o Leny atrás de mim,e posso dizer que o meu pai não gosta dele, ainda mais depois que descobriu que o Leny trabalhava na máfia, mas se suportam por que eu pedi, durante 1 ano para meu pai parar de pegar no pé dele.
Leny — Senhor Macnamara...
Vincent — Leny
Eles pegam um na mão do outro e eu sorrio.
A menina chega perto de mim e pega na minha mão, meu pai a olha e me olha.
Nina — Esse é meu pai, ele é do bem e vai te ajudar ok..
Falo e ela se esconde atrás de mim.
Nina — Ele tem essa cara feia mesmo, mas não é mal...
Falo fazendo Leny rir e meu pai olhar para ele sério.
Vincent — Vou contar para sua mãe...
Nina — Você sabe que eu te amo né.
Vincent — Me chamo Vincent e não vou te fazer nenhum mal, aqui você vai estar segura.
Meu pai fala e estende a mão para a menina, que o olha, homens iguais a meu pai que exalam poder e medo a devem ter feito muito mal, ela simplesmente se esconde atrás de mim e aperta minha mão se tremendo toda, ficamos em silêncio até Leny dizer.
Leny — Vamos, estou cansado da viagem...
Vincent — Você falou algo interessante, vamos o outro carro te levará para seu apartamento e nós vamos no outro.
Nina — Pai...
Vincent — Minha casa, minhas regras mocinha, dormir juntos só depois de casar e pelo que vejo não é a opção de vocês dois,graças a Virgem, então você para sua casa e nós para a nossa, vamos sua mãe deve estar aflita.
Dou um beijo no Leny e entramos no carro, já sabíamos que ele iria fazer isso, Leny tinha vendido tudo que era do pai aqui em Cancún mas deixou um apartamento, ele não queria voltar tão cedo, nem ele e nem eu na realidade, mas cá estamos.
Assim que o carro para em frente a porta de nossa casa,uma nostalgia me atinge,o lar onde fui muito feliz em minha infância, onde aprendi a ter uma família completa, onde meus irmãos cresceram.
Nina — Venha, você precisa descansar...
Falo para a menina assim que a porta do carro se abre meu pai passou o caminho todo falando com algumas pessoas, era sobre nós,sobre o que fiz, mas não quis entrar em detalhes na frente dela.
Entramos e Mada e minha mãe aparecem na porta.
Liz — Oh,minha bonequinha...
Ela me abraça apertado, ai como é bom um abraço de mãe, mesmo que seja daqueles esmagadores que te sufocam...
Madalena — Princesa...
Nina — Oi Mada..
Madalena é como se fosse minha avó, me trata como uma neta,sabe aquelas avós que te empanturram de comida e mimos essa é a Madalena.
Vincent — Oi amor...
Eles se abraçam e meu pai passa por nós, preciso falar com ele,sei que há algo errado.
Liz — E essa moça linda quem é...
Minha mãe fala e a menina sai de trás de mim,olha a minha mãe e a Mada.
Liz — Oi me chamo Liz e sou a mãe da Nina, vamos vou te levar até seu quarto, você deve estar cansada da viagem.
Mas ela nada diz, simplesmente aperta minha mão.
Madalena — Bom, eu vou arrumar um lanche e vou levar no quarto para vocês...
Nina — Não precisa Mada.
Minha mãe pigarreia e eu sorrio
Madalena — Já sei comeram no avião, olha eu tenho uma raiva disso, carboidratos e besteiras, nada saudável, e olha que você está precisando se alimentar, está tão magrinha, como uma médica pode ficar assim...
Ela sai falando e gesticulando com as mãos e rimos eu e minha mãe.