Capítulo 60
1117palavras
2023-11-08 17:32
NINA
Noto uma cara estranha do Leny olhando para a menina.
Nina — Você a conhece...
Leny — Não, ela se parece com uma pessoa mais não a conheço.
Nina — Leny.
Questiono, não sei se fiz certo mais se ele a conhece eu quero saber.
Leny — Eu juro Nina,eu não a conheço, mas ela não te parece com alguém,sei lá posso estar viajando,mas ela me lembra alguém.
Ele fala e olho para a menina, realmente me lembra alguém,mas não faço idéia de quem seja.
Pego meu celular e ligo para meu pai que atende no segundo toque.
Vincent — Oi bonequinha o que foi para você me ligar a essa hora.
Nina — Pai, eu salvei uma menina de dois caras que queriam fazer mal a ela, o motorista que estava nos ajudando me mandou sumir da Rússia...
Vincent — Estou mandando um jato te buscar.
Meu pai fala preocupado.
Sabemos que aqui tem muita máfia russa e não vou ficar para descobrir se mexi em algo sério.
Leny — O que faço com ela Nina.
Nina — Leva ela para o quarto, vou arrumar nossas coisas e vamos pegar um jato que meu pai está mandando.
Subimos às pressas
Leny — Droga...
Leny fala e olho para ele que estava sangrando.
Nina — Deixa eu estancar esse ferimento.
Entramos com ela no colo do Leny algumas pessoas no lobby ficaram nos olhando se não chamaram a polícia está de bom tamanho.
Assim que entramos no quarto, Leny coloca a menina na cama, enquanto vou pegar o kit de primeiros socorros para ajudar ele, faço um curativo em sua boca e ele me olha.
Nina — Obrigada por me ajudar,mas não poderia deixar ela sozinha naquela rua com aqueles homens ela deve ter o que 16 anos coitada, o que aqueles dois homens iam fazer com ela.
Falo e uma pontada se passa em meu coração em imaginar que ela poderia ser estrupada ou morta.
Leny — Estou com você sempre Nina, mas acho que devemos ir, se conheço a máfia russa eles não vão nos deixar ir sem nós torturar muito.
Engulo em seco e começamos a arrumar nossas coisas.
Leny — Vamos nos arrumar, não precisamos ter um alvo mas nossas cabeças Nina.
Nina— Eu sei Leny, vou organizar nossas roupas.
Graças a Virgem sou uma pessoa organizada então foi fácil enfiar tudo na mala, Leny aprendeu comigo a não deixar nada bagunçado, assim que organizamos, fui até a cama da menina,
Pego em seu braço e meço sua pulsação, há algumas marcar de cicatrizes em seu pulso, quando passo o dedo nelas ela acorda em um susto grandioso se levantando e tentando correr.
Menina — Não, não, me deixa por favor....
Ela grita e eu tento a acalmar.
Nina — Ei,Shiiii, acalme-se, olha para mim eu te salvei agora a pouco, você se lembra.
Falo e ela tenta correr.
Nina — Ei não faz isso...
Leny a cerca na porta e não deixa sair a menina estava tão apavorada e com medo que se ajoelha colocando a mão nos ouvidos e começa a cantar uma música que me lembra de minha mãe cantando para mim quando eu era pequena.
Menina — Se essa rua, se essa rua fosse minha... Eu mandava, eu mandava ladrilhar... com pedrinhas....
Nina — Com pedrinhas de brilhantes,Para o meu... Para o meu amor passar...
A acompanho a cantar ela vai se acalmando e me olha,estava cantando em espanhol, assim como minha mãe cantava para mim.
Nina — Confia em mim, não queremos te fazer mal.
A menina tira a mão dos ouvidos e me olha e passa a mão em meu rosto enxugando as lágrimas que caia em cascata.
Nina — Como vocês se chama...
Pergunto e ela me olha.
Menina— Não sei, não me lembro de nada,mais me chamam de idiota 039.
Ela fala e meu coração aperta,meu celular toca com uma mensagem de meu pai,eu olho e lá está avisando para irmos até o hangar que tem um jato esperando por nós.
Nina — Olha, precisamos sair daqui, ainda estamos em perigo e aqueles homens podem estar atrás de nós, principalmente de você...
Falo e ela se agita.
Nina — Calma, faz assim, veste esse vestido acho que te serve e nos acompanha,olha eu não vou te machucar,mas precisamos sair daqui.
Falo e Leny balança a cabeça.
Ela puxa sua roupa ali mesmo e Leny se vira eu fico chocando com o que vejo,suas costas tem cicatrizes enormes, que fazem uma lágrima sair de meus olhos em pensar o que essa menina sofreu, olho mais atentamente para sua barriga e a saliência me preocupa.
Nina — Você está grávida...
Ela me olha assustada,acho que não entende de nada do que estou falando, não posso com isso agora assim que chegarmos em Paris eu procuro ver tudo isso.
Ela termina de se vestir eu pego minhas malas e as do Leny, enquanto Leny desce e acerta com o hotel,eu e ela entramos em um táxi, e começo a estranhar uma movimentação na porta do hotel vários carros chegam ao mesmo tempo, alguns homens saem armados de seu interior entrando correndo para dentro do hotel, Leny passa de fininho entra no carro e mando o taxista sair,mas antes olho para trás para ver se não tem ninguém nos seguindo.
Leny — Acho que escapamos por pouco. Aquele pessoa era de Paniewisk.
Quando Leny fala esse nome a menina fica tensa e coloca a mão no ouvido e chora.
Leny — Precisamos ser mais rápidos ou eles nos pegam no hangar.
Ele fala e manda o motorista acelerar que pagamos mais dinheiro para ele correr,o homem interessado corre e chegamos até o hangar antes dos homens de Paniewisk.
Nina — Venha, vamos sair desse país.
Dou a minha mão a ela que meio acanhada pega e saímos até o jatinho que meu pai fretou, assim que entramos Leny coloca nossa bagagem.
Mais você vai me perguntar,por que raios não deixou as roupas no hotel,eu te explico roupas, dinheiro, passaportes, notebook, livros e pastas para a apresentação estavam tudo lá, estudos de meses que seria apresentados amanhã ficariam perdidos por isso voltei.
Me sento de um lado e vejo a menina se sentar no outro canto encolhida, pela Virgem de Guadalupe o que fizeram a ela.
Leny passa rápido por nós e manda o piloto decolar o mais rápido possível, olho para fora do avião assim que decolamos eu vejo faróis de carros invadirem o lugar,em que me meti, meu telefone toca e atendo na hora já sabe do quem é.
Vincent — Vocês estão bem.
Nina — Sim pai, obrigada.
Vincent — Quando vocês chegarem aqui estarei esperando.