Capítulo 57
1216palavras
2023-11-08 17:30
JUAN
Yolanda diretamente foi responsável por toda desgraça na minha vida,e por isso ela teria que pagar como tal, mas o nascimento de Rafael,me deu um certo momento de felicidade,meu filho hoje está com 3 anos é incrível,muito prestativo, atencioso, uma criança formidável.
Assim que entro vejo, Maria sua babá com ele,ela me olha e coloca uma toalha molhada em sua testa.
Juan — Como ele está.
Pergunto e ela me olha.
Maria — Com febre senhor, essa semana foram várias em um curto período, aconselho a levar ele até um hospital para fazer alguns exames,eu disse para a senhora mais ela disse que não era nada.
Fecho meus punhos, mais tarde dou uma lição Yolanda.
Vou até a cama e me sento ao seu lado,ele dorme profundamente,acaricio seus cabelos loiros e dou um beijo em sua testa,ele se parece muito com meu pai.
Juan — Amanhã de manhã prepare ele partiremos às 6, se algo de errado acontecer essa noite me chame no meu quarto.
Maria — Sim senhor.
Ela fala e eu me levanto, Maria era uma boa moça, Martín estava apaixonado por ela, mas não admitia e ela por ele,acho que por causa dela meu irmão está diferente, não o condeno quando eu amei um dia fui assim.
Desço até a sala e Yolanda está lá ajoelhada.
Juan — Por que diabos não levou o menino ao hospital.
Pergunto e ela começa a gaguejar.
Yolanda — Eu...Eu....achei que não seria necessário,coisa de criança.
Juan — Maria disse que foram várias vezes essa semana, não vou falar novamente Yolanda,ou você cuida dessa criança ou te coloco em uma cela cheia de ratos e baratas, acho que você se lembra da última vez.
Falo e pego em sua garganta.
Juan — Vai ficar aí ajoelhada até eu falar que pode sair.
Ela olha para minha cara e começa a chorar.
Juan — Já disse que suas lágrimas não me importam.
Falo a soltando e saindo para o escritório.
Sento em minha cadeira e coloco um copo com tequila para mim,bebo e o líquido já nem queima minha garganta,depois de várias doses resolvi ir para o meu quarto, passo pela sala e Yolanda ainda está lá de joelhos, ela sabe que não pode me desafiar, entro no meu quarto e me jogo na cama,estou bêbado e durmo rápido.
Sou acordado por uma batida forte na porta,meu sono por mais que tivesse bebido ainda é leve,saio da cama com minha arma em punho e quando abro vejo Maria com cara aflita, ela para e olha para a arma em minha mão e fica mais assustada ainda.
Maria — Me perdoa senhor.....Me perdoa ter te acordado...
Juan — O que foi...
Maria — Rafael,ele está pior com a febre, está até delirando.
Juan — Vou me trocar, coloca uma roupa nele e estamos saindo.
Maria — Sim senhor.
Volto para o quarto e tomo um banho não vou levar ele até o hospital fedendo tequila, assim que termino de tomar banho me troco bem rápido,chego no quarto e Maria está terminando de trocar Rafael, olho para o lado e vejo Martín a olhando e olhando meu filho.
Juan — Prontos...
Maria — Sim senhor....
Pego meu filho no colo e ele está quente e com as mãos geladinhas, abraço seu corpinho pequenino e descemos as escadas, assim que chego na sala Yolanda estava lá ajoelhada ainda.
Yolanda — O que está acontecendo.
Juan — Sua irresponsabilidade como mãe,ele está ardendo em febre, estou levando ele para o hospital.
Ela ia se levantar.
Yolanda — Eu vou......
Juan — Eu mandei ficar de pé....
Ela se abaixa e volta a ficar de joelhos
Juan — Vamos ...
Saio a deixando lá,mas Juan você vai me questionar eu sei,ela é a mãe,ela deveria ficar com ele, não ela não é a mãe, mãe é quem cria, dá amor, carinho,eu sei por que tive uma mãe assim, Yolanda não passa de uma barriga,ela acha que não sei que pouco se importa com Rafael, às vezes nem sei por que ela está viva,minha vontade era de estourar os miolos dela, mas me lembro do meu pai morrendo,dos meus irmãos sofrendo e acho que a morte é pouco para ela.
Assim que chegamos no hospital, uma enfermeira vem nos atender,ela para e me olha e seus olhos se arregalam com o susto.
Enfermeira — Senhor Cochelo
Juan — Meu filho está ardendo em febre e começou a convulsionar.
Enfermeira — Sim, me dá ele por favor.
Dou um beijo em sua testa quente e com suor gelado e ela o leva para dentro.
Martín — Vai ficar tudo bem senhor.
Juan — Eu sei....
Uma mulher aparece onde estamos pedindo a documentação de Rafael,todos aqui no México me conhecem,todos me temem e acho bom,sou impiedoso..
Maria — Ele já estava lá a muito tempo....
Ela fala e se levanta andando de um lado para o outro, Maria é mais mãe do que a própria, olho para Martín que a olha de soslaio.
Pedro — Boa noite senhor Cochelo.
O médico fala assim que adentra a recepção.
Pedro — Meu nome é Pedro e sou o médico que está acompanhando o pequeno Rafael,gostaria de fazer algumas perguntas se possível.
Ele fala e me olha com a cabeça abaixada.
Pedro — A quanto tempo Rafael vem sentindo febre.
Ele me olha e não faço idéia.
Maria — Há quatro dias, mas no começo foi uma leve febre que foi aumentando gradativamente.
Maria fala por que sabe que eu não saberia responder.
Pedro — A sim...
Ele fala anotando em um papel.
Pedro — Dores,ele reclamou de algo.
Maria — Às vezes ele colocava a mão na cabeça, acho que ele sentia mas não falava,eu tentei várias vezes, perguntei várias vezes mais ele não dizia nada. Ele é um menino muito forte doutor.
Ela fala e ele anota mais ainda.
Pedro — Mais alguma coisa que queira relatar.
Maria — O nariz....Ele sangrou ontem e demorou a sarar.
Pedro — Sim, obrigada senhora Cochelo.
Maria — Ah... Não sou a mãe...sou a babá...
Ela me olha e abaixa a cabeça.
Juan — O que pode ser doutor.
Pedro — Ainda é cedo senhor Cochelo para dizer, vou mandar fazer alguns exames para melhor diagnosticar,mas ele está no quarto nós o medicamos e amanhã lhe responderei mais precisamente, se o senhor quiser pode ver ele.
Ele sai e eu olho para Maria
Juan — Há quanto tempo ele estava com esse sangramento no nariz.
Maria — Ele começou ontem, teve pequenos momentos durante o dia e depois o sangramento continuou a noite, mas com intervalos que parava.
Juan — Vamos ver ele.
Me levanto da cadeira e a enfermeira nos conduz até o quarto, assim que abre vejo meu filho e uma enfermeira do lado,ele estava com soro no braço,eles tinham colocado um aparelho para medir os batimentos e um soro com remédio.
Fico olhando ela fazer seu trabalho e assim que sai vou até ele,acho que foquei em ter um império e esqueci meu filho, por mais que meu pai fosse Sebastian Cochelo ele nos tratava como filhos e nos amava,eu esqueci dessa parte,eu foquei em ser Juan Cochelo e esqueci meu filho, beijo sua testa que estava um pouco suada,mais já não estava com febre.