NINA
Os primeiros raios de sol batem em meu rosto e eu me assusto, olho para a cama e Juan estava deitado passei a noite toda cuidando dele, troquei o soro, apliquei alguns medicamentos que o Pedro passou, não sei como mas Dante conseguiu até alguns que são vendidos com receita médica, ainda estou meia sonolenta me levanto e vou até o banheiro e tomo um bom banho para recuperar minhas energias.
Saio do banheiro e ele ainda está dormindo, meço a febre que graças a Virgem já está abaixando,olho o soro que ainda dá para mais uma hora e saio do quarto,assim que abri a porta vejo na sala que o Dante ainda está aqui.
Nina — Bom dia Dante.
Dante — Bom dia..
Nina — Como está seu ombro.
Dante — Sinto um pouco de dor,mas nada grave.
Nina — Deixa eu ver...
Vou até ele e tiro o curativo, passo uma fase com soro fisiológico e álcool com iodo, limpo e depois volto a tampar com o curativo.
Nina — Pronto,vocês devem dar graças a Virgem de Guadalupe por eu ter feito um treinamento com ferimentos,pois não sou apta a fazer isso, estou no meu primeiro ano de curso e não aprendemos nada disso ainda.
Falo para ele que me olha sem graça.
Dante — Me perdoa Nina, na hora do desespero lembrei de você e soube que você seria a única que nos ajudaria sem medir esforços ou pedir vantagens...
Ele fala e fico confusa.
Nina — Vantagens Dante..
Ele se levanta do sofá e coça a nuca.
Dante — Falei demais né, eu vou ao banheiro..
Ele fala e sai me deixando ainda mais pensativa o quê eles escondem.
Me levanto jogo as coisas fora e guardo o restante indo até a cozinha e preparo um café, quando estou quase terminando de arrumar a mesa meu telefone toca,olho para ele e o nome Vincent pisca na tela.
Nina — Puttz... Oi pai...
Vincent — Oi bonequinha,como está chegou bem...
Nina — Chegamos sim, estou bem...
Vincent— Sua mãe está aqui te mandando beijos..
Nina — Manda milhões para ela..
Vincent — Nina, seu que não deveria me preocupar com isso,pois te criei e sei da sua índole e do seu caráter,mais uma grande quantia em dinheiro foi retirada da sua conta, você sabe que não me importo com isso,mais achei super estranho já que você não faz isso filha.
Sabia, que merda, o que digo para ele.
Nina — Me desculpa pai,eu ia te avisar, é que um colega estava precisando muito sua família estava necessitando e como eu podia ajudar não pensei..
Vincent — É isso mesmo...
Nina — Sim pai, confia em mim...
Vincent— Confiamos minha bonequinha,por isso estou aqui te perguntando e não para o Pedro...
Quando ele fala isso meus olhos se arregala, Lupi que estava entrando na cozinha para e fica em estátua me olhando.
Nina — Não é nada que tenha que se preocupar pai, só confia em mim....
Falo implorando aos céus para que ele dê por encerrada essa história.
Liz — Nós confiamos filha, por isso estamos falando com você, se foi para ajudar um amigo acreditamos não é Vince... fica com a Virgem filha e boa aula...
Minha mãe fala e agradeço aos céus.
Nina — Obrigada mãe,amo vocês...
Desligo e a Lupi me enche de perguntas.
Lupita— O que foi, tio Vince já sabe, estamos mortas e enterradas, que dia é nosso velório...
Nina — Calma Lupi, ele não descobriu, ele só sabe que dei um cheque com uma alta quantia para o Pedro calar a boca e ficou preocupado já que detesto gastar o dinheiro dele.
Ela se senta na mesa e suspira aliviada.
Lupita — Você tem certeza que o tio Vince não é um investigador,ou sei lá...
Nina — Ai Lupi...
Falo revirando os olhos, mas nem respondo Dante aparece na cozinha.
Dante— Aconteceu alguma coisa..
Nina— Não aconteceu nada, quero pedir um favor Lupi, não vou à aula hoje,pode pedir para Silvana o conteúdo de hoje e tira fotos para me mandar...
Eles me olham.
Lupita — Você não vai para a aula ?.
Nina — Não, ele tem medicação a cada duas horas para abaixar a febre, e você Dante tomou os medicamentos..
Pergunto e ele olha para a Lupi sem graça.
Dante — Tomei sim, a Lupi me ajudou.
Olho para ela que abaixa a cabeça vermelha, senhor o que a Lupi aprontou...
Nina — Ok... Agora deixa eu ir até o quarto ver o soro,a senhora dona Lupi, já para a aula e o senhor senhor Dante precisa de uma roupa limpa e trás roupa para o Juan também..
Ele me olha e sorri, Lupi me olha com os olhos querendo me matar e eu rio e balanço a cabeça saindo em direção ao quarto.
Abro a porta e ele está lá dormindo ainda, vejo o soro que está no finalzinho, meço a temperatura que ainda está um pouco alta e suspiro.
Troco o soro, pego alguns medicamentos e dou para ele,vou até o banheiro e pego uma toalha e água morna e começo a passar nele o limpando.
Nina — O que você aprontou Juan...
Passo a toalha pelo seu abdômen, como pode um rapaz de 18 anos assim tão em forma, seus braços grossos, sua boca vermelha,acho que viajei tanto que nem vi que ele estava de olhos abertos.
Juan — Oi meu anjo... Ele fala e dou um pulo da cama parando em pé...
Nina — Juan...
Ele fala com muita dificuldade.
Juan — Estou com sede...
Olho para ele e saio em direção a cozinha Dante estava lá sentado no sofá com cara de pensativo.
Nina — Dante ele acordou, onde está a Lupi..
Dante — Ela foi para à aula, eu posso ver ele?.
Nina— Sim, vou pegar uma água para ele, só não faz ele se agitar por favor.
Dante balança a cabeça em positivo e sai eu vou em direção a cozinha pego uma água para ele e retorno,escuro uma conversa no finalzinho, não vou ficar escutando atrás da porta,quero ouvir da boca dele tudo que está acontecendo.