Capítulo 51
754palavras
2023-10-30 00:01
Ponto de vista da Madrina
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"Espere, não posso fazer isso..." Eu disse ao me afastar, fazendo-o suspirar.
"P*rra, só mais um beijo!" Derek disse com a voz quase suplicante antes de se aproximar dos meus lábios com fome, e eu balancei a cabeça, olhando ao redor, rezando para que ninguém estivesse nos observando.
"Não posso, não aqui." Sem avisar, o vampiro me pegou nos braços, e de repente comecei a me sentir tonta, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, caí sobre um material macio com um arquejo. Meu queixo caiu quando percebi que já estávamos no meu quarto, então Derek tirou a camisa e se elevou sobre mim, prendendo os dedos no meu cabelo enquanto eu permanecia absolutamente imóvel com o coração batendo forte.
"Me beije de novo." Abri a boca para responder quando ele pressionou os lábios nos meus, e eu congelei por alguns segundos antes de passar os braços em volta do seu pescoço e retribuir a carícia, seus dentes já puxando e mordendo o meu lábio inferior, dando-me arrepios por todo o corpo. Minha respiração falhou quando senti seus dedos deslizando pela minha blusa, e ele agarrou a minha cintura, pressionando o corpo no meu enquanto o beijo começava a ficar mais áspero e exigente.
"Derek..." Sussurrei quando ele se afastou e desceu até o meu pescoço, distribuindo beijos molhados. Contive um gemido quando ele começou a chupar o meu ponto fraco, mas eventualmente me mexi, fazendo-o ficar ainda mais tenso.
"Dere..." Congelei ao sentir sua língua roçar o meu pescoço várias vezes, fiquei um pouco desconfortável. "Espere, pare..." Comecei a entrar em pânico quando ele continuou lambendo o mesmo lugar parecendo faminto, e o homem segurou a minha cintura ainda mais forte quando tentei me libertar.
"Você cheira tão bem..." Estremeci de medo ao ouvir sua voz distante e diferente, então comecei a tentar empurrá-lo.
"Por favor, Derek, você está me assustando agora... pare..." Comecei a implorar, mas no fundo, sabia que ele estava perdendo o controle. "Pare..." Ofeguei quando senti algo afiado roçar a minha pele, lágrimas brotaram nos meus olhos. Com a última gota de força que tinha, agarrei seus ombros e o empurrei de cima de mim, com lágrimas já escorrendo de raiva e medo.
"Madrina..." Ele falou assim que percebeu o que estava prestes a fazer, e eu balancei a cabeça com raiva.
"Não! Apenas fique longe de mim!" Gritei, recuando até a beirada da cama, cobrindo o pescoço para me certificar de que ele não tinha me mordido. Eu tive sorte.
"Me desculpe, foi sem querer, eu não estava pensando direito..."
"Eu não me importo, apenas fique longe de mim, Derek! Não quero você perto de mim!" Retruquei quando ele se aproximou de mim, meu corpo tremia enquanto eu enxugava as lágrimas.
"Sinto muito, não era a minha intenção..." Ele parou ao me ver levantando e saindo do quarto. "Madrina, por favor!" Ele me chamou, agarrando a minha mão e me girando para encará-lo, mas eu me afastei de novo.
"Eu não deveria ter retribuído o beijo. Foi um erro. Você é um vampiro, e isso nunca vai mudar." Eu esperava vê-lo bravo com as minhas palavras, porém, por algum motivo, sua expressão permaneceu a mesma. Culpa e mágoa encheram os seus olhos quando ele deu um passo à frente, e eu recuei de medo.
"Não era a minha intenção, não vai acontecer de novo..."
"Me deixe em paz, Derek... por favor." Afirmei, virando-me, e ele entrou na minha frente novamente.
"Calma, cara de boneca..." Eu me afastei antes que ele terminasse de falar, e saí do quarto, ignorando-o completamente, corri para descer as escadas quando esbarrei em alguém e caí sentada. Com um gemido, olhei para Mark, que como sempre, já estava com a camisa meio desabotoada, e meus olhos se arregalaram de choque e medo.
"Você estava tentando se esconder de mim, amor?" Ele foi direto, curvando-se para encarar os meus olhos, enquanto o meu coração saltava com suas palavras. A música estava muito mais alta do que antes, e eu até tentei abrir a boca para gritar por socorro, mas não consegui falar nada.
"Eu... eu…"
"Ah, não tem nada a dizer?" Fui tomada pelo medo ao senti-lo acariciando as minhas bochechas com os longos dedos frios. "Você sabia que fica muito fofa quando está com medo?" Ele murmurou, aproximando-se sem expressão alguma do meu rosto, e eu me esforcei para encontrar as palavras certas, na verdade queria gritar.
"Agora, Madrina, o que devo fazer com você?"
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