Capítulo 12
1547palavras
2023-07-29 22:33
Prendi meus olhos no homem, nossos rostos ainda estavam próximos e ele segurava meu queixo, nossos narizes se tocavam em um carícia a cada movimento nosso.
Alejandro voltou a me beijar não se importando que eu tivesse acabado de engolir seu gozo. Ele agarrou meus cabelos com firmeza e eu não consegui evitar de rebolar contra ele.
— Preciso sentir o gosto dessa boceta. — ele falou com os lábios contra os meus e soltou meu queixo descendo por meu corpo até alcançar minha bunda. — Acho que você está muito vestida Barbiezinha.
— Acho que temos que fazer alguma coisa sobre isso.
Eu sorri me afastando apenas o suficiente para que ele conseguisse abrir meu zíper, aproveitei para arrancar minha blusa e os olhos dele foram direto para o meu corpo, me esquadrinhando cada pedacinho.
Então me levantei para tirar o shorts e a expressão dele fez todo meu corpo entrar em combustão. Ele já tinha me feito gozar no outro dia, mas hoje, estar ali só de calcinha na frente dele sabendo que iríamos transar me deixou incrivelmente nervosa.
Não estava acostumada a me sentir assim, geralmente eu só pensava em um milhão de coisas diferentes, coisas que me deixassem feliz, qualquer coisa que não me fizesse pensar no momento, no que estavam fazendo com meu corpo e rezava para acabar rápido, o que geralmente acontecida.
Mas com Alejandro eu sabia que não seria rápido, o olhar dele de fome e sedutor me dizia que ele ia me fazer sentir várias formas de prazer, ele já tinha provado isso.
— Ei, tudo bem? — ele perguntou estendendo a mão em minha direção e eu aceitei, deslizando meus dedos sobre os dele e deixando que ele me puxasse de volta para o seu colo.
As mãos de Alejandro subiram por minha cintura, tocando a pele nua e me arrepiando de um jeito gostoso, me fazendo ansiar pelo que estava prestes a acontecer.
Não sei porque a realidade disso me deixava ainda mais nervosa, provavelmente porque eu nunca quis que os outros gostassem do meu corpo, que sentissem prazer comigo e quisessem repetir, mas olhando para Alejandro eu só queria que ele adorasse cada minuto da nossa transa. Ou talvez porque eu sabia o quão fodida eu era, suja era a palavra certa, diferente dele.
Aquele pensamento fez meu estômago se afundar e minhas mãos suarem, começar a pensar a nisso logo agora não era a melhor coisa, estava estragando todo o momento, os lábios dele estavam tocando meu pescoço e eu nem estava aproveitando.
Então agarrei o corpo dele precisando me apegar ao momento e não na voz em minha mente me depreciando. Desci as mãos por seu abdômen até alcançar sua ereção, começando a masturbá-lo enquanto os beijos dele desciam até meus seios.
Olhei para baixo procurando o olhar dele e encontrei uma marca da surra que tinha levado, a maioria já tinha sumido e essa estava mais clara, porém serviu como um lembrete de quem eu era.
Fechei meus olhos com força e puxei minha calcinha para o lado pronta para acabar com aquilo logo, necessitando de algo que não me fizesse sentir como um pedaço de merda, uma pessoa usada e descartada.
— Com pressa Barbie? — me perguntou e eu senti quando ele se afastou de mim, mas me recusava a abrir meus olhos, pois se olhasse para ele eu desistiria disso antes mesmo de começar. — O que aconteceu?
— Não fala nada, só me beija, por favor. — pedi tentando que ele continuasse e esquecesse minha expressão horrível.
Senti quando as mãos dele soltaram minha cintura e deslizaram por minhas bochechas segurando meu rosto e esperei pelo beijo, mas nunca veio.
— O que aconteceu, Magie? — ele questionou novamente deslizando os polegares na maçã do meu rosto aumentando meu nervosismo.
— Acho que é a primeira vez que você fala meu nome. — murmurei, mesmo que soubesse que era uma mentira, mas queria tirar a atenção dele do assunto.
Soltei a ereção dele e coloquei minha calcinha de volta no lugar, já me sentindo pronta para correr dali.
— Você não vai fugir de mim. — ele aumentou seu aperto, me impedindo de sair. — Me conta o que se passa nessa sua cabecinha.
Desviei o olhar dele sentindo o ar faltar nos meus pulmões, não conseguiria encará-lo e falar sobre a merda de vida que tive.
— Eu só não estou acostumada a estar com alguém que eu realmente quero. — murmurei contornando o assunto. — Isso nunca aconteceu antes.
Alejandro esfregou minha bochecha e se aproximou de mim, mas eu não o olhei, continuei focando na janela do outro lado do quarto.
— Aquele babaca não te merecia, não tem nada com o que se preocupar aqui. — a voz calma e doce só me fazia querer rir do quão diferente aquilo era. — Então você realmente me quer, não é Barbie? — ele falou tentando aliviar o clima me fazendo voltar a olhá-lo.
— Você é o primeiro de todos com quem eu realmente quero transar. — um vinco se formou naquela testa perfeita e ele afastou o rosto um pouco mais me olhando por um longo minuto antes de falar.
— De todos? Achei que você tinha se casado virgem com aquele maldito, não foi isso que você me disse?
Suspirei vendo que tínhamos rodado tanto e acabado voltando para o mesmo assunto. Coloquei minhas mãos nos ombros dele e desci do seu colo sem lhe dar nenhuma explicação, não queria fazer isso quando estávamos em uma posição tão íntima.
— Sim, eu me casei virgem com aquele pedaço de merda, aos dezoito anos. — falei pegando minha blusa no chão e a colocando novamente e Alejandro pareceu prestes a protestar, mas eu segui com minha explicação. — Mas ele não foi o único homem que quis colocar as mãos na boneca novinha e boazinha.
— O que você está dizendo? — o rosto de Alejandro estava ainda mais confuso e eu só podia dar aleluia por ele ser alguém tão inocente para não entender.
Apanhei meu shorts do chão sabendo que foi bom nada ter acontecido entre nós afinal de contas, porque eu me sentiria muito pior em contar isso a ele depois de termos transado.
— Charles gostava de me mostrar em festas, jantares, os amigos sócios dele gostavam de me ver por perto e não demorou para que ele começasse a trocar favores por uma noite comigo...
— Ele o que? — a voz dele soou bem mais alta me interrompendo e em sua cara eu via o espanto.
Mas eu não queria me estender naquele assunto, já estava me dando ânsia de vômito e uma vontade de chorar tremenda, se eu continuasse falando sobre isso provavelmente vomitaria e choraria tudo ali.
— Eu era uma moeda de troca, Charles queria algo e eles me queriam. Faça as contas Alejandro! — bradei saindo de lá e batendo a porta do quarto já começando a chorar.
Era injusto eu ser grossa e estúpida com ele quando, já que o pobre só queria entender a merda que tinha acontecido comigo, mas eu não tinha mais nervos para ficar na frente dele me fazendo de durona enquanto destrinchava toda a sujeira da minha vida.
Me joguei na cama chorando como uma criança e me enfiei debaixo dos lençóis precisando sentir algo quente e aconchegante, qualquer coisa que acalmasse meus nervos e arrancasse aquele bolo da minha garganta.
Mas antes que eu me afundasse na minha própria miséria ouvi a porta se abrindo e me virei espantada. Não tinha escutado nenhum carro que indicasse que Rosa já havia voltado, então só podia ser... Alejandro estava se segurando na porta e pulando com um pé só, enquanto mantinha o outro no ar.
— O que você está fazendo aqui? Não pode andar desse jeito! — gritei sabendo que as duas coisas estavam erradas, eu não o queria ali e ele já tinha forçado o pé tomando banho.
— Vim conversar...
— Eu não quero conversar, quero ficar sozinha. — limpei minhas lágrimas e ergui o queixo colocando a máscara de durona, mas ele não se importo e se sentou ao meu lado na cama.
— Tudo bem, então vamos ficar calados. — ele falou enquanto continuava a se mexer como se eu não tivesse dito nada. — Vem aqui. — Alejandro agarrou meu braço e me puxou até que eu estivesse deitada ao lado dele.
— O que... O que você está fazendo? — questionei quando ele apertou meu corpo contra o seu e se aconchegou contra mim, deixando meu rosto contra seu peito.
— Não conversando, como você quer. — ele puxou meu cabelo para o lado e falou perto do topo da minha cabeça. — Tudo bem se não quiser falar, mas não vou deixar você chorando sozinha, vou ficar aqui e quando estiver pronta pra falar podemos conversar.
Meu corpo estremeceu e ele plantou um beijo contra os meus cabelos, eu precisei morder meu lábio para segurar o soluço que queria escapar enquanto as lágrimas voltaram a descer.
Alejandro estava acabando comigo e eu nem podia reclamar porque ele estava fazendo o que eu queria segundos atrás, alguém para me acalmar e me aconchegar.