Capítulo 8
1617palavras
2023-07-24 03:45
Eu ainda estava tentando recuperar meu fôlego enquanto Alejandro deslizava as mãos por meu corpo, subindo por minhas costas nuas e passando por minhas pernas, eu estava usando apenas o shorts colado e nada mais. A cabeça dele descansava sobre meus seios e eu esfregava seus cabelos.
Parecia até uma cena corriqueira, algo do nosso dia a dia, mas isso não era a verdade, nós nos detestávamos no dia a dia e escondíamos nossa atração mutua. Mas e agora? Como eu ia olhar pra ele e fingir que não me sentia atraída, que não o desejava depois de gozar em sua mão?
— E o que vai acontecer agora? — perguntei quando os lábios dele voltaram a se mexer sobre minha pele.
— Bem, eu não vou poder fazer muita coisa com minha perna engessada, mas você pode cavalgar gostoso aqui — ele colocou a mão na base das minhas costas e me empurrou para frente e para trás, me esfregando em sua ereção.
Eu não consegui segurar o riso, ele era um tarado mesmo, ainda estava pensando em sexo enquanto eu já estava pensando no amanhã.
— Seu safado, você é mesmo um tarado como Sophie falou. — falei fazendo ele erguer a cabeça finalmente.
— Não sei por que ela diria isso, eu sou um anjo.
— Sim, claro eu acredito em você, só que não. Sua cara de tarado diz exatamente o contrário. — estapeei o ombro dele o empurrando, mas isso só serviu para atrair a atenção dele de volta para os meus seios. — Não estou falando de como vamos transar, estou pensando sobre como vamos agir de agora em diante. Vamos fingir que nada aconteceu? — questionei cobrindo meus seios.
— Acho impossível, eu ainda não provei seu gosto, ou te fodi até que gritasse meu nome. — senti minhas bochechas queimarem com o descaramento dele. — Eu sei que você se masturbou na minha cama enquanto me ouvia chamar seu nome dentro do banheiro. Você não quer mais isso?
Alejandro segurou uma mecha do meu cabelo o jogando para trás do ombro e deslizou o dedo de forma despretensiosa sobre minha clavícula, descendo e me arrepiando completamente.
Eu não ia assumir nada sobre ter me masturbado na cama dele, ia levar isso para o túmulo comigo, não ia dar esse gostinho a ele.
— Ainda quero ver você tentar me fazer gritar seu nome. — murmurei altiva e vi um sorriso de lado crescer nos lábios dele. — Mas não quero que as outras pessoas saibam, as coisas podem sair do controle.
— Concordo, especialmente minha mãe. Se dona Rosa descobrir vai começar a ter ideias e fazer planos. — ele olhou para mim novamente mas suas mãos continuaram a passear por minha pele. — Podemos fazer isso funcionar em segredo. O que acha?
Os olhos de tom azul enigmático encararam os meus, me sugando para dentro dele, me seduzindo sem precisar fazer muito.
Podia ser um grande erro, me deixar levar e fazer isso, mas eu não conseguiria me afastar sem ter mais dele, não depois do que ele tinha acabado de fazer comigo sem nem precisar tirar meu shorts.
— Vamos fazer isso em segredo. — concordei rápido totalmente tomada pelo desejo.
Alejandro ergueu a mão passando o polegar por meus lábios os encarando com fome, eu podia ver a luxúria brilhando nos olhos dele.
— Então vem aqui, porque quero você gemendo a noite toda. — ele murmurou mas eu segurei a cabeça dele e o empurrei para trás, contra a cabeceira da cama.
Me aproximei devagar descendo o meu rosto até nossas bocas estarem na mesma altura e mordi a parte inferior, puxando o lábio carnudo e fazendo ele soltar um gemido.
— É minha vez de brincar! — afirmei me afastando um pouco e ele abriu um sorriso sacana erguendo os braços.
Segurei a barra da camisa dele e a arranquei do seu corpo com pressa, passar aquele tempo todo olhando aquele peitoral sem poder tocá-lo tinha sido difícil, mas agora eu finalmente poderia colocar minha mão sobre ele.
Agarrei o peitoral recém depilado, a pele bronzeada era mais macia do que eu imaginava, Alejandro fazia um bom trabalho em cuidar do próprio corpo. Desci por seu abdômen e me curvei colando os lábios no pescoço dele, ouvi ele soltar um arquejo e continuei descendo pelos ombros indo em direção ao peitoral.
Minha mão alcançou o cós da samba canção dele e eu senti a ereção dura e apertada contra o tecido. Não me contive e apertei contornando o comprimento com as mãos.
— Oh Barbie. — ele gemeu e eu mordi o peito dele.
Ergui meus olhos e o vi chocado, mas com o tesão ainda mais evidente nos olhos me dizendo o quanto ele gostou.
Eu estava prestes a descer ainda mais quando a mão dele se enfiou dentro dos meus cabelos e ele me puxou para cima tomando meus lábios. Alejandro enfiou a língua em minha boca com desespero, se enrolando com a minha, me seduzindo.
As mãos agarraram minha cintura me apertando contra seu corpo, mas eu não podia deixar ele tomar o controle novamente, era a minha vez de brincar.
Então enfiei a mão dentro da samba canção sentindo a pele quente e perfeitamente depilada, antes de agarrar a base do seu pau.
Alejandro se inclinou contra minha mão e eu abri os olhos querendo observar cada reação do seu corpo. Quando eu o puxei para fora precisei me afastar para comprovar o tamanho dele, tinha fantasiado com isso por tempo de mais para não ver com meus próprios olhos.
E era maior do que eu tinha imaginado, grande e robusto, a cabeça rosada e larga fez minha boca encher de água, eu não consegui evitar que minha boceta pulsasse com a ideia de tê-lo dentro de mim.
— Gostando do que vê? — o safado perguntou trazendo minha atenção de volta a ele. — Oh porra Barbie, está me matando assim. — ele trincou os dentes quando eu contornei o polegar em sua glande e passei a língua sobre meus lábios os umedecendo.
— Não é tão surpreendente, mas dá para o gasto. — menti para ele só para provocá-lo.
Alejandro sorriu se remexendo em baixo de mim, mas isso mexeu na sua perna e no segundo seguinte ele rosnou com dor.
— Droga de perna!
— Não devíamos fazer isso, não enquanto você está assim! — falei colocando a samba canção de volta no lugar e me afastando. — Você tem que ficar de repouso, lembra o que a médica disse?
Sai de cima dele no mesmo instante, antes que ele pudesse me segurar e fui pegar a jarra na cômoda.
— Volta aqui, não precisamos parar assim. — Alejandro reclamou e eu voltei para a cama entregando o copo de água para ele.
— Vamos parar sim, você quebrou a perna hoje, seu tornozelo está inchado e torcido. Vamos parar ao menos hoje, não quero você machucando essa perna de novo.
Me sentei ao lado dele e peguei minha blusa a colocando de volta no corpo, cobrindo meus seios ou não voltaríamos para onde estávamos.
— Você é uma coisinha má. Vai só me deixar pensando nisso a noite toda, Barbiezinha. — sorri sabendo que era exatamente isso o que ia acontecer, nós dois ficaríamos só na vontade hoje. — Porque quando você gozou me encarou com surpresa, quase como se não acreditasse no que tinha acabado de acontecer?
Desviei meus olhos dele e encarei minhas mãos, merda eu não queria ter sido tão óbvia em minha surpresa, e também não queria voltar a pensar naquilo.
Mas Alejandro segurou minha mão, me impedindo de me fechar e fingir que tudo estava bem.
— Eu nunca tinha... não com um homem. — o polegar dele circulou a palma da minha mão em uma carícia, mas eu ainda não conseguia olhar pra ele, não enquanto eu falava dele. — Ele nunca me fez gozar, nunca me deu prazer.
Não queria me lembrar daquele merda, muito menos depois do momento bom que tivemos ali, mas eu estava marcada por Charles, ele nunca sairia da minha vida pelo jeito.
— Então eu acho que tenho muito trabalho pela frente. — Alejandro falou me surpreendendo. — Muitos orgasmos pra compensar você por todos esses anos sendo negligenciada.
Ergui meus olhos surpresa e ele me puxou para perto voltando a me beijar. Mas dessa vez antes que as coisas voltassem a esquentar a voz de Rosa invadiu a casa nos obrigando a nos afastarmos.
— Acho bom esconder essa ereção antes que ela chegue aqui, ou vai achar que eu estava me aproveitando do filhinho dela. — me levantei sabendo que precisava trocar aquele shorts antes que Rosa me visse.
— Ei, porque não é boazinha e me dá sua calcinha antes de ir?
Parei na porta e me virei para ele já ouvindo os passos da mãe dele nas escadas.
— Quem disse que eu estou usando uma? — eu realmente não estava usando, a expressão dele em saber disso e a mão indo para o pau me deixou ainda mais feliz por não estar usando uma.
— Eu tenho pena de você, pois quando minha perna estiver melhor vai pagar por toda essa provocação, Barbiezinha!
— Estou aguardando você cumprir suas promessas, bobinho! — rebati e corri para o meu quarto antes que Rosa aparecesse ali.
Fechei a porta apoiando as costas contra ela e sorrindo como uma boba. Deus me ajudasse, mas eu estava ansiosa para que ele melhorasse logo, só assim eu teria um gostinho de como era estar com um homem de verdade pela primeira vez na vida.