Capítulo 13
1348palavras
2023-07-26 13:59
A última coisa de que Lancelot se lembrava era de ter fechado os olhos na escuridão, e deixado as ondas calmas do sono tomar conta dele enquanto ele inspirava e expirava profundamente.
Quando ele abriu os olhos, não havia nada ao seu redor, nada além da escuridão e o mar.
Lancelot congelou de frio e medo. A escuridão o aterrorizou, o mar em que ele se viu afundando o assustou.

Ele começou a bater as mãos e as pernas para chegar à superfície da água.
De repente, ele sentiu alguém tocar seus pés. Lancelot olhou para trás.
Ele viu o rosto de Bran.
Bran estava com um sorriso tranquilizador no rosto. Um sorriso que parecia dizer, "Vai ficar tudo bem".
Por um momento, ele teve esperança.
Seu irmão iria salvar ele.

Nada disso aconteceu. Lancelot continuou sentindo que estava se afundando cada vez mais na água. Ele olhou abaixo dele novamente, Bran não estava em lugar nenhum.
Por quê? Onde ele foi?
Ele sentiu o medo surgindo novamente. Lancelot tinha que chegar à superfície, ele não queria morrer naquele lugar.
O frio, a densidade da água e a escuridão sob o gelo o envolveram de uma só vez.

Lancelot não parou de lutar. Ele bateu as mãos e as pernas com toda a força que tinha, se lembrando continuamente de que não poderia morrer no mar.
Um feixe de luz brilhou sobre sua cabeça, risadas fracas ecoaram em seus ouvidos. Lancelot abriu caminho acima do gelo e colocou a cabeça para fora da água.
De repente, ele saltou da cama. E percebeu que tudo aquilo era um pesadelo. O quarto estava escuro, assim como o mar em seu sonho.
Ele olhou para o relógio digital que estava apitando suavemente ao lado da cama.
Era 11:30 da noite.
Lancelot suspirou fundo, ele não tinha dormido por quase uma hora, por causa do pesadelo.
Gotas de suor escorriam pela sua testa, apesar do frio no quarto por causa do ar condicionado que estava ligado.
Lancelot tentou controlar a respiração. Ele ainda se sentia sufocado e sem fôlego: quase como se ele estivesse se afogando de verdade.
De repente ele percebeu a escuridão no quarto. Lancelot odiava ficar sozinho no escuro. Na verdade, os acontecimentos do passado fizeram com que ele ficasse terrivelmente apavorado com isso.
Como ele havia se esquecido de acender as luzes antes de dormir? Como ele tinha conseguido dormir com as luzes apagadas em primeiro lugar? Lancelot sabia que tinha pesadelos recorrentes quando ficava sozinho ou dormia no escuro.
Seus olhos percorreram ao redor do quarto escuro enquanto ele suspirava. O que importava agora era chegar ao interruptor e acender as luzes.
Ele odiava ficar no escuro. Isso o fazia relembrar de memórias, muito ruins.
Nesse momento, Lancelot sentiu algo... não, alguém, se movendo em sua cama. Assustado, ele se afastou e virou para a direita.
Foi quando ele a viu.
Mechas soltas de cabelo castanho espalhadas por todo o rosto, os olhos fechados dormindo tranquila. Ela roncava baixinho, murmurando coisas durante o sono.
Como ele não a tinha visto antes? Lancelot começou a relembrar os acontecimentos da noite. Ele balançou a cabeça, não o admira que tivesse adormecido sem ligar as luzes. Ele estava exausto, alegremente exausto.
Enquanto ele tentava se levantar para acender as luzes, ela mexeu a mão esquerda dela e colocou sobre a cintura dele durante o sono. Ele se virou para ela novamente, a observando enquanto ela se aproximava ainda mais dele.
A onda de tranquilidade que o envolveu foi inesperada. Enquanto ela se agarrava à cintura dele e pressionava o rosto contra o corpo dele, ainda murmurando palavras que Lancelot mal conseguia entender, ele sentiu seu batimento cardíaco se estabilizar. Ele se sentiu calmo, de repente, ele estava à vontade.
A escuridão não o deixava mais com medo. Enquanto ela roncava baixinho, Lancelot se sentiu relaxado ao ouvir o som.
Ele fechou os olhos e respirou fundo, inspirando e expirando. Sua respiração se estabilizou, e seu coração acelerou ainda mais.
Isso não era um bom sinal, e ele sabia disso. Ele nunca sentiu isso por uma mulher, então por que essa mulher o ajudou a não sentir tanto medo com apenas um toque?
Ainda assim, ele ignorou seus pensamentos e se deitou na cama.
Ele se permitiu sentir tudo o que ela o fazia sentir, só por essa noite.
Ele cuidadosamente colocou o braço dela em volta do seu peito novamente, com cuidado para não acordar ela.
Enquanto colocava a cabeça cuidadosamente no travesseiro, ele continuou se perguntando.
O que havia nela que o fazia se sentir tão calmo, seguro e protegido? O que havia nela que, de repente, fez todas as suas preocupações desaparecerem?
Ele sentiu o sono tomar conta do seu corpo novamente. Lancelot bocejou fracamente.
Ele pensaria sobre tudo isso, no dia seguinte.
Agora, ele tinha que...
E foi isso, ele caiu no sono antes que pudesse completar sua linha de pensamento.
*************
Pela manhã, Roxanne acordou. Quando seu olhar avistou um lustre pendurado no teto acima da sua cama, ela piscou duas vezes. Ela estava tentando enxergar direito.
Quando e como Emily instalou um lustre em seu quarto sem avisar nada? Ela iria questionar Emily sobre isso, logo depois de lutar contra a preguiça de se levantar da cama.
Ainda em seus pensamentos, outra coisa estranha aconteceu.
Roxanne ouviu o som de um ronco masculino. Um ronco fraco, mas mal-humorado, como se a pessoa estivesse com raiva durante o sono. Roxanne sentiu pena dele, claro que ele ficaria com raiva! Ele não apenas tinha passado a noite com uma mulher amarga, mas também em seu quarto pequeno e apertado.
Espere. Espere um minuto.
Os olhos de Roxanne avistaram uma magnífica penteadeira ao lado da janela hexagonal quando ela virou o rosto.
Seu batimento cardíaco parou por alguns segundos.
Ela não tinha lustre em seu quarto.
Ela não tinha uma janela tão grande quanto aquela ao lado de sua sua cama.
E aquela penteadeira certamente não era dela.
Seu olhar analisou as paredes vermelhas polidas.
Seu coração estava acelerado.
Não, a parede do seu quarto também não era pintada de vermelho.
Mais uma coisa. Emily definitivamente não poderia ter feito todas essas mudanças em apenas uma noite. Então, onde di*bos ela estava?
Assustada, ela virou o rosto para ver de perto quem era o homem que estava ao seu lado.
Seus olhos analisaram sua aparência.
Cabelo loiro escuro, lábios rosados ​​exuberantes, nariz pontudo e sobrancelhas perfeitamente arqueadas. Os olhos dela se desviaram para os dedos dele, avistando um anel de prata no dedo mindinho da mão esquerda.
Seus olhos se arregalaram ao perceber o que tinha feito.
Foi apenas por um breve segundo, mas ela tinha visto aquele anel no dedo do Sr. nariz empinado na noite anterior. Ela olhou para ele novamente.
'Oh, inf*rnos!', ela pensou.
Ela começou a sentir uma dor na cabeça ao pensar no que tinha feito.
Ela queria continuar deitada na cama e cuidar de sua enxaqueca depois de ter acordado pela segunda vez. Mas, ela tinha que dar o fora daquele quarto!
Como ela deixou isso acontecer em primeiro lugar?!
"Tire sua mente do p*nis de Jonah", Emily tinha falado na festa. Mas ainda assim, não era pra ela ter levado as palavras de Emily tão a sério.
Envergonhada, ela ergueu o edredom e olhou embaixo dele.
Ela estava 'pelada'.
Assustada, ela se levantou e saiu da cama imediatamente. Aquilo era demais, demais.
Ela mal havia superado sua raiva, desgosto e amargura por Jonah. No entanto, ela estava na cama de outro homem NA PRIMEIRA NOITE EM QUE O CONHECEU.
Roxanne nunca foi esse tipo de mulher. Depois que conheceu Jonah, ela nunca tinha pensado em ficar com mais ninguém, mas lá estava ela.
Enquanto ela andava na ponta dos pés pelo quarto, ela conseguiu colocar a calcinha e o vestido, enquanto agradecia por ele não ter rasgado o vestido em pedaços.
Quando ela se vestiu rapidamente e viu o cartão-chave dele no chão ao lado do short, ela deu um suspiro de alívio.
Ela ia dar o fora daquele lugar agora.