Capítulo 19
1262palavras
2023-08-02 03:15
Robert
A vida não podia ser mais perfeita! Nos dias que se seguiram, Theodora e eu aproveitamos ao máximo a companhia um do outro. Além de uma química incontrolável que agia entre nós, eu me sentia à vontade ao lado daquela mulher linda e estava tão bem que não tive mais as enxaquecas e a queimação no estômago.
Algumas poucas vezes precisei ir ao escritório da RCS no centro de Ubatuba para despachar alguns documentos, porém como tudo parecia sob controle eu voltava o mais rápido possível para casa.

E naqueles dias, vivendo de maneira mais modesta e simples, percebi que ter paz era o melhor remédio para os meus males. Sem empregadas, sem passeios badalados, sem comida de restaurante… Apenas ela e eu numa casa de praia.
Eu pensava sobre todas essas coisas enquanto terminava de preparar o macarrão ao molho sugo, que era uma das poucas coisas que eu sabia cozinhar.
Fui até a sala onde Tessy dançava uma de suas coreografias. Eu me sentia hipnotizado pelos movimentos graciosos dela, ela parecia tão leve quando rodopiava. Os pés eram precisos e ágeis como os de uma garça, ela parou de dançar e olhou para mim sorrindo.
— Eu tenho uma plateia. — Ela veio em minha direção e me beijou nos lábios — Parece que você gosta de me assistir.
— Acho que você é talentosa. Quando te conheci imaginei que trabalhava com dança ou algo assim.
— Quem me dera! — Me abraçou com carinho — Mas quem sabe o que o futuro me reserva, né?

— Já falei que adoro seu cabelo assim? — Passei a mão pelos cabelos crespos, afundando meus dedos neles — Combinam demais com você.
— Fico muito feliz em ouvir isso. — Ela capturou minha boca, enfiando a língua úmida e macia. Desceu a mão até minhas nádegas e apertou, marotamente, então me soltou e riu — Senti o cheiro da comida.
— Venha comer, antes que esfrie.
Pegamos nossos pratos e nos sentamos no sofá da sala,ela pediu para continuarmos a assistir a série de comédia que iniciamos juntos. Então, depois de um grande prato de macarrão e dois episódios da série, Theodora adormeceu nos meus braços.

Tudo aquilo era tão bom. Ter ela comigo dormindo tão serena e despreocupada, saber que ela estava ao alcance das minhas mãos. Eu não queria que aqueles dias acabassem.
A peguei no colo e a carreguei até o quarto que agora dividimos, não queria passar um minuto sequer longe dela, era como um vício.
Naqueles dias ensolarados que passamos juntos, o que eu sentia deixou de ser apenas uma atração fatal, eu sentia algo além disso, o sentimento era muito bom.
Eu ainda estava cobrindo-a com uma manta quando meu celular tocou. Andei até a porta e verifiquei, era uma chamada era do meu pai:
— Oi, boa tarde, pai.
— Oi, filho.
— Está precisando de alguma coisa?
— Eu não gosto de rodeios, então vou direto ao ponto, sei que está aí em Ubatuba com a sua amante.
— Sim — eu admiti, pois não via mais motivos para negar. — Como soube?
— O funcionário que levou as compras que você pediu relatou que você estava acompanhado. Depois, o filho do Toninho disse que havia emprestado a casa para a ex-namorada.
— Uma feliz coincidência. — Não pude evitar o sorriso.
— Escute, filho...
Meu pai foi interrompido e logo uma voz feminina e irritada assumiu a ligação:
— Aqui é a sua mãe!
— Oi, mãe.
— Você está maluco? Está aí com aquela moça? Achei que você não faria uma coisa dessas!
— Não foi premeditado, mas se o destino quis assim, quem sou eu para lutar contra?
— Destino é uma pinoia! Pegue suas coisas e venha embora agora, essa garota é uma destruidora de lares!
— Que lar? Não sou casado — afirmei, mantendo a calma o tempo todo.
— Eu estou falando sério! Robert Servantes, venha embora imediatamente! — Minha mãe estava praticamente gritando ao telefone — Ou eu vou aí e te arrasto para fora!
— Querida mãe, eu vim com o objetivo de melhorar minha saúde e adivinha? Só tenho melhorado a cada dia na companhia de Tessy. Você não tem o direito de intervir.
— Você não me ouve! Será que estou falando grego? — bufou. — Pensa na sua noiva, acha que a Betina merece isso?
— Você tem razão mãe, a Betina não merece nada disso. Então quando eu voltar, serei sincero com ela e vou romper esse noivado. Para mim perdeu totalmente o sentido.
— Pelo amor de Deus, Rob!
Desliguei.
Respirei fundo, tomei uma decisão muito importante sobre o meu futuro.
Independente do aconteceria entre Theodora e eu, estava nítido que jamais seria um bom marido para minha amiga Betina. Não existia química, nem aquela vontade maluca de ficar ao seu lado, mesmo que fosse fazendo coisas corriqueiras, como assistir TV.
Me virei e percebi que Tessy estava sentada na cama e provavelmente tinha escutado a conversa.
— É verdade? Você vai terminar com a Betina?
— Você acha que eu devo? — Rebati a pergunta, me sentei ao lado dela na cama.
— Não posso te falar o que fazer, mas posso te dizer o que quero. — Pegou na minha mão — Quero você só para mim e sofro pensando na ideia de dividi-lo. Consegue entender isso?
— Entendo porque eu também odiaria dividi-la.
— Esses últimos dias juntos foram incríveis, não quero que acabe.
— Não vai acabar aqui, não é um romance de verão, eu te quero cada vez mais.
A cobri de beijos, deitando meu corpo sobre o seu. Permaneci longamente saboreando a boca deliciosa, sentindo o cheiro de flores que exalava do cabelo escuro.
— Quero te deixar satisfeito — afirmou, com os olhos verdes brilhantes e repletos de expectativa.
— Eu já estou satisfeito. — Mordisquei-lhe o pescoço.
— Eu quero fazer mais.
Então ela rodou na cama e invertemos de posição, fiquei deitado por baixo e ela sentou-se sobre mim.
— Me ensine a fazer do jeito certo.
Puxou minha roupa deixando-me nu da cintura para baixo, olhou demoradamente para o meu membro já ereto e então se curvou na direção dele, engolindo-o com a boca.
Só com a visão dela debruçada sobre meu torso, eu enlouqueci. Inexperiente, ela começou a lamber em volta como um picolé, se familiarizando com aquela parte do meu corpo. Deixei-a brincar um pouco antes de segurar a cabeça dela para que voltasse a me abocanhar.
Então a guiei num movimento ritmado e controlado, deixando que ela respirasse ocasionalmente. Eu estava quase explodindo, e intensifiquei a estocada. Theodora mal conseguia acompanhar, mas estava tão bom, os lábios eram tão macios, Os olhos verdes me encaravam em sinal de submissão, tentando não engasgar quando eu me afundava mais em sua boca. Então gozei deliciosamente, ela segurou parte do líquido na boca enquanto o restante escorria pelo pescoço, que visão maravilhosa!
Theodora ficou sem saber o que fazer em seguida.
— Engole ou cospe? — perguntei.
Tessy levantou-se correndo e foi ao banheiro e a ouvi cuspindo, ri. Ela voltou com um sorriso safado nos lábios e se deitou ao meu lado.
— Eu fui bem?
— Muito bem. — A abracei — Você é incrível.
— Talvez seja cedo para eu falar isso, mas… eu te amo, Robert.
Eu respondi com um beijo intenso e poderoso.
— Agora é a minha vez de satisfazê-la, Tessy.
Então coloquei minha cabeça entre as pernas dela e a ouvi gemer, satisfeita.