Capítulo 18
1174palavras
2023-08-02 03:15
Theodora
Me levantei da cama preguiçosa. Eu estava tão feliz por ter me entregado ao Robert, pois não poderia ter sido mais perfeito. Meu corpo estava levemente dolorido e talvez um pouco, mas era um incômodo gostoso.
Não pude deixar de lembrar do passado, quando me senti tão pouco mulher por ser incapaz de ir até o fim com certo homem e agora… Bem, agora eu estava completa.

Olhei para a cama e vi as marcas de sangue no lençol, gelei. Ele teria percebido que era meu? Kaique e eu demos tanto a entender que éramos um casal bastante ardente, Como eu explicaria aquilo?
Arranquei o lençol da cama num único puxão e corri com ele para o tanque que ficava nos fundos da casa, esfregando-o com afinco. Robert se aproximou da porta e me viu, meu rosto se aproximou da porta e me viu. Meu rosto pegou fogo e eu não sabia exatamente o que dizer.
— Depois que você terminar, venha para a sala, nós precisamos conversar.
A voz dele não deixava transparecer nenhuma dica do que ele sentia, se entendia a minha situação. Demorei o máximo que pude, me lavando no banheiro do meu quarto antes de voltar para a sala.
Eu havia trocado de roupa e lavado o cabelo, Robert estava sentado no sofá e bebericava um vinho tinto numa taça de tamanho singular. Eu engoli em seco e me sentei no mesmo sofá, em uma distância segura.
— Você queria conversar comigo — comecei dizendo.

— Theodora, seja sincera comigo, você era virgem? Ou foi minha imaginação?
Robert me encarou com aquele olhar firme e muita coisa passou pela minha cabeça. Pensei em mentir e dizer que me machuquei, no entanto, eu não queria mentir mais.
— Sim, eu era.
— Virgem… Como isso é possível? — O rosto dele foi tomado pela dúvida — Eu jamais imaginaria! Você já tem vinte e cinco anos e além disso, estava namorando! Você e o Kaique… Eu ouvi falar muito sobre vocês, inclusive a Betina escutou da sua própria irmã que vocês eram como coelhos.

— Eu sei, posso? — Peguei a taça da mão dele e bebi um grande gole. Meus olhos arderam — Lisa quis apenas constranger a Betina.
— Eu preciso que explique melhor, a situação é toda estranha.
— Eu vou ser sincera com você Robert e não sei como vai me julgar depois disso, mas preciso ser honesta. Kaique nunca foi meu namorado, aliás, ele é gay.
— Ah, bem que todo mundo suspeitava!
— Sim, mas como seu pai está sendo processado por homofobia… e também ele ficou perguntando para o Kaique se ele tinha uma namorada… ele se preocupou. — Preferi omitir que a preocupação era primeiramente do Toninho.
— Então ele achou que meu pai poderia dispensar o negócio apenas por ele ser gay? Que bela imagem ele fez do meu pai.
— Você falando desse jeito realmente parece um absurdo. A história toda foi uma idiotice, mas o Kaique insistiu tanto, seria só por uma noite, que mal faria? — Me levantei, não aguentei ele me encarando tão diretamente — E as coisas foram acontecendo...
— Meu pai tem muitos defeitos, entretanto sempre foi muito profissional. — Os olhos deles eram acusadores — Isso me passa uma péssima impressão, Theodora. Quero muito acreditar que você não fez nada de propósito.
— Não me aproximei de você de propósito.
— Deveria ter me contado.
— Agora eu sei Rob e peço desculpas, se não puder me perdoar por essa mentira, eu entendo.
Saí da sala apressada e alcancei a porta da saída, respirei profundamente e percebi que algumas lágrimas começaram a rolar por minha face.
Me afastei da casa, andando a ermo em direção a praia. Como era uma terça-feira, poucas pessoas estavam sentadas na areia, apreciando a vista do mar e o céu repleto de nuvens tão brancas quanto o algodão. Eu continuei caminhando até encontrar um ponto solitário entre as rochas.
Não estava arrependida de ter ficado com Robert, mas não queria que um momento que tinha sido perfeito terminasse assim.
Talvez eu devesse ir embora, conclui.
— Tessy.
Me virei e vi Robert vindo em minha direção a passos largos, mordi os lábios. Mesmo que ele brigasse comigo, tudo tinha valido a pena.
— Você saiu sem me dar a chance de concluir nossa conversa.
— Me desculpe.
— Você chorou. — Ele chegou mais perto e passou o dedo pelo meu rosto — Não gosto que chore.
— Eu quero que saiba que mesmo que pense o pior de mim, estou feliz que tenha sido com você.
— Caramba, Tessy! — Me abraçou — Tolinha, foi uma mentira muito idiota, mas se não fosse por todo esse teatro eu não teria te conhecido. Não poderia ter você nos meus braços desse jeito tão bom.
— Ah, Rob!
— Estou feliz de ter sido o primeiro. É a primeira vez que fico com uma jovem inocente e saber que só eu a conheço, me excita demais. — Me beijou com vigor.
A mão dele alcançou minha nádega e a apertou com força. A barba dele por fazer, começou a roçar em meu pescoço de maneira deliciosa. Me senti úmida e meus seios se arrepiaram com aquelas carícias, as mãos de Robert sabiam exatamente onde me tocar para despertar meu corpo para a paixão.
— Eu fico totalmente sem controle quando estou com você, Tessy. Veja como estou duro. — E levou minha mão até seu membro.
— Eu também estou acesa.
Ele enfiou a mão por dentro da minha saia e encontrou o meio das minhas pernas.
— Você está molhada. — Seus olhos brilharam — Quero você agora, Tessy.
— Agora? Alguém pode nos ver!
— Não vão, estamos atrás das rochas. — Voltou a beijar meu pescoço e eu perdi minha sanidade aos poucos.
— Eu não sei...
— Seremos rápidos — ele disse, olhando ao redor.
Então me colocou de costas contra a rocha e levantou minha saia, puxando a calcinha para o lado. Senti ele se posicionando atrás de mim e encaixando na minha entrada. Ele colocou tudo para dentro num só movimento e eu soltei um gritinho. Ele mordeu minha orelha e começou a se movimentar dentro de mim.
Eu tentava me segurar em algum lugar, mas era em vão. Quando ele quis aumentar a frequência das socadas, pegou minha perna e a dobrou para ter ainda mais acesso.
A adrenalina de estar com ele, transando na praia em plena luz do dia, fazia meu coração bater descompassado. Meu rosto e meus seios balançavam contra a rocha enquanto ele batia a virilha nas minhas nádegas cada vez mais rápido.
Não demorou muito e ele gozou.
— Você é maravilhosa!
Ele me ajudou a me recompor, baixando minha saia. Saber que eu o excitava ao ponto dele se arriscar daquela maneira me animava.
Voltamos para casa de mãos dadas, enquanto caminhamos com os pés descalços na areia morna eu só conseguia pensar no quanto estava apaixonada.