Capítulo 14
2867palavras
2023-07-14 18:55
Pov's Annabelle Bieber
— Bom trabalho, agente!— agradece, estendendo a mão para me ajudar levantar. Por um instante achei que ele me mataria de verdade, quando me perguntou: "quais seriam as minhas últimas palavras". Mas foi um código que usamos, para nos comunicar um com o outro. E felizmente deu tempo dele matar o cara que estava atrás de si, prestes a atirar.
— Não tem de quê.— apenas respondo como se fosse uma coisa normal, sem me animar, para não acontecer de escutar algo do tipo "fez mais do que a sua obrigação ".
— Temos que dar o fora daqui.— vasculha uma saída dentro do galpão. A técnica que tem de mostrar calma nessa circunstância, é de invejar. — Essa bomba irá explodir a qualquer momento, iremos explodir juntos, se não acharmos uma saída.— engulo em seco, analisando o ponteiro do relógio cronológico girar.
Falta aproximadamente 5 minutos.
— Eu sei desarmar a bomba.— o informo, lhe pegando desprevenido. Vejo-o fazer uma careta de desaprovação, achando que estou blefando.— Aprendi no treinamento. Se não ensinaram isso ao chefe, mas a mim ensinaram.
— Sem arrogância, agente.
Reviro os olhos, porque até na beira da morte, não dar o braço a torcer.
— É sério? Estou tentando salvar a nossa vida. Se prefere não levar a sério as palavras de uma recém-recruta, pois bem, a gente espera — acabo sendo teimosa o suficiente e volto a sentar no chão, cruzando os braços.— Se quer morrer? Ok! Não tô nem aí. — dou de ombros, batendo de frente.— Se não tem nada a perder, mas eu tenho. Eu cuido dos meus irmãos e da minha filha. Eles precisam de mim — murmuro, com o coração apertado, recorrendo a qualquer sacrifício pelos três. Surge uma coragem até de onde desconheço. — Para de posse e me ajude a chegar até próximo da bomba.
— Não acho uma ideia.— recusa. Fecho a minha mão em punhos, lhe xingando mentalmente. Por que tão babaca? Curvo a cabeça para baixo, suspirando profundamente por não me dá ouvidos. — Mas eu não sou esse carrasco como você imagina. — ergue a mão para que eu levante. Hesito, o olhando de relance — Só não tente nos matar, ok?— concorda a contragosto decidido a nos ajudar fugir, mesmo não confiando 100% em mim. Pelo espírito de sobrevivência deixo qualquer orgulho de lado, o ajudando chegar até o cadáver que está alguns metros de distância sem vida.
Nos avista as chaves no bolso do indivíduo, pode ser do portão, como também dessas correntes que prendem os nossos pés.
Corremos contra o tempo.
Ele consegue me soltar primeiro.
— Vá!— pede para que o ignore e foque em desligar a bomba-relógio.
— E você?— viro, com uma certa culpa em deixá-lo para trás.
— Eu sei me virar.
Com a cabeça girando, arrasto-me cambaleando até onde o explosivo está localizado. Checo minuciosamente a quantidade de fios, se eu cortar um errado, todo esse lugar explode.
— Acaba logo com isso!— perde a paciência, pela demora que faço em escolher pra cortar.
— Calma, estou tentando. — grito de volta, por está perturbando o meu juízo.
— Não era você mesmo que sabia conter uma bomba? — confronta-me, deitado no chão. Meu sangue ferve pelo sarcasmo predominado em seu tom rouco. — No final, você não é nada, Annabelle Bieber. É assim que devo te chamar? — a indignação sobe pela sua atitude escrota em está tendo senso de humor, mesmo numa puta pressão.— Seu teste acabou. Zero competência, zero habilidade, zero aptidão para trabalhar em campo. Zero experiência. Zero conduta de agente. — impõe uma lista de coisas ao meu respeito.
— O quê?— o fito perplexa.— Está falando sério?— em meio uma situação catastrófica, tem a infantilidade de se prestar a esse papel.
— Óbvio! Por que não estaria? Fique sabendo que irá apodrecer dentro de uma jaula, porque lugar de criminosa, é na prisão.— acusa-me e fico horrorizada de como muda rápido de percepção.— Ainda tem mais: Seus cúmplices que estão envolvidos nesse teatro, irão cair um por um. Nem que seja a última coisa que faço, mas eu não vou sossegar até descobrir a identidade de cada um dos suspeitos. Torça para que eu não saía vivo daqui, porque se eu sair daqui respirando, vou acabar com esse joguinho.— soa bastante ameaçador.— Seja lá quais serão as exigências que vai querer em troca, mas não vou ceder as suas chantagens, hacker! Sou treinado para enfrentar pessoas da sua laia.
— Da minha laia?— soa ofensivo o comentário.— Já falei que não sou HA-CKER. Quantas vezes vou ter que repetir?
—Será mesmo?— lança a frase no ar, insinuativo. Bufo fundo, me contorcendo por dentro.— Como se sentiu de ver os meus nudes?
Entorto os lábios, abrindo um sorrisinho. Foi isso que Giulia fez para chantageia-ló? Achei que fosse algo extraordinário, já que está tão "ferido." A pirralha abalou mesmo as estruturas do macho alfa.
— Nudes? Quê?
O olho enojada.
Eu quero vomitar!
Paro de perder tempo ouvindo suas lamúrias e puxo o fio amarelo, desativando a bomba.
— Viu, eu não sou tão ruim assim. Da próxima vez diga pelo menos obrigado, não custa nada.— dou de ombros, querendo afetar seu ego convencido. — Vamos! Temos que sair daqui o mais rápido possível.— percorro para soltá-lo. Na medida que tento abrir o cadeado, escuto passos se aproximando do galpão.
— Não dá tempo.— impede da minha mão continuar desprendendo-o. Seus olhos fixam aos meus.— Fuja.
— Aham? — engulo em seco, com o pedido.
— Eu estou mandando você fugir, agente.
— Eu não posso te deixar sozinho aqui.
— Não só pode, como deve. É uma ordem.
Nego balançando a cabeça. O olhar encorajador, me faz criar forças.
— Traga reforços.
Levanto imediatamente. Sinto vontade de retornar. Porque deixa-ló para trás, não é um dever de uma policial de verdade, sempre há uma ética de nunca abandonar os nossos parceiros em campo.
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POV's Giulia Bieber
É sangue por toda parte. Anna vai me matar. Como é que vou limpar toda essa bagunça?
— Estão bem?— deslizo os dedos pelo rosto das crianças que estão em pânico.
— Tia, o que é aquilo?— Melzinha aponta assustada. Viro a cara da minha sobrinha, tampando os seus olhos, para poupa-lá dessa monstruosidade.
— É apenas um corpo. — trato normalmente o ocorrido, querendo matar um certo alguém. É uma pena que tenha só 16 anos, não vale a pena perder o meu futuro, com um garoto que não vale nada.— Um corpo que o filho da puta teve coragem de matar a sangue frio.— jogo a indireta pro principal culpado, que está cabisbaixo sentado no sofá. Provavelmente arrependido, porque agora irá apodrecer num presídio de quinta categoria. — Bravo! Bravo! — aplaudo debochadamente. Que feio da sua parte mentir para mim, ainda por cima aparecer com esse cinismo todo, dando um de herói.
— Por que está com raiva de mim, Giulinha?— até me causa náuseas ouvir esse apelido.
— Ainda pergunta, seu otário? Trabalhando para aquela songamonga da minha irmã, aquela bandida sem caráter. EU CONFIE EM VOCÊ, AUSTIN! Confie até quando ninguém mais acreditava. Cheguei até ir contra a Anna por sua causa. — início a DR, alterada. Sinto vontade de enfiar minha mão em sua cara por ser tão mentiroso. Que futuro promissor eu vou ter, se continuar me relacionando com esse tipinho?
— Não sei do que você está falando.
— Acha mesmo que consegue me fazer de trouxa com esse papinho furado de "que não sei"?— imito sua voz pondo um tom mais fino. Rio do quão sonso é.— Austin, você não está lidando com essas garotas iludidas daqui do bairro. Eu sou diferente, eu posso arruinar a sua reputação em questão de minutos. Você não está lidando com uma qualquer, mas sim com uma hacker profissional. Acabei com o FBI, posso foder com a sua vida também.
— Está me ameaçando?
— Não baby, entenda como quiser. — lhe encaro de um modo superior. — Sacou?
— Saquei.— de cabeça baixa, repete a minha fala.— Temos uma confissão.— sussurra para si.— Sou agente especial da CIA, está presa por violentar os dados da segurança nacional. Tudo que disser, Giulia Bieber, será usado contra você. — põe as algemas nos meus braços. Merda, eu cai numa armadilha!
Ferrou.
Fui feita de idiota esse tempo todo pelo cara que eu achava que estava apaixonado por mim. Droga, ele é um agente secreto.
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POV's Mabel Bieber .
Hospital Washington DC
Gelei com a possibilidade de levar um tiro, mas graças a Deus que o meu pai chegou a tempo, salvando a minha vida por meio do revólver que o emprestei. Essa foi por pouco!
— Se sente bem?— quando abaixa a arma de fogo, pergunta preocupado, estando ofegante. Balanço a cabeça, assentindo.
— Não, mas eu vou saber superar.— garanto de que a cena que ocorreu a minutos atrás, jamais será uma coisa que irá abalar o meu emocional. Para quem enfrentou coisas piores, é fichinha.— Temos que tirar a mãe daqui, pai, não é seguro para ela.— começo a retirar os lençóis que a cobre. Os olhos da própria, permanece voltados para os dois homens caídos um de cada lado.
— Quem são essas pessoas, Mabel?— interroga-me incrédula, havendo uma tensão em suas pupilas. No intuito de não preocupa-lá por está enferma, opto em esconder a realidade dos fatos.
— Não faço a mínima ideia. — meu tom ecoa com convicção, acreditando que estou sendo sincera. Virou até um costume mentir, então se torna fácil engana-lá. — Suspeito que tem haver com o Richard, ele era misturado com coisa ilegal e foi assassinato semana passada. Imagino que os compassas dele querem achar um culpado.
— Oh meu Deus! Richard está morto?— expressa uma cara de espanto, meu pai tem a mesma reação, ambos ficam incrédulos com a notícia. É, não sou a única ovelha negra da família que guarda segredos sujos, Annabelle esconde dos nossos pais que é uma assassina. A boa samaritana, não é tão santa assim.— Sinto muito, querida.— acaricia a minha mão, achando que estou sofrendo por aquele bastardo.
— Não sinta, mãe.— ela franze a testa estranhando a forma fria de como eu lido.— Eu e ele não estávamos mais juntos, éramos muito incompatíveis e não funcionou o relacionamento. Infelizmente não tenho sorte com o amor, nunca tive.— revelo abertamente desanimada, expondo coisas relacionadas ao coração. Will foi um boy lixo, Richard igualmente.
O receptor apita.
— Temos que ir agora.— os aviso, ajudando-a sair da maca. Me dou conta que estamos perdemos bastante tempo conversando. E para conseguir fugir do hospital, teremos que sair pelos fundos.
— Não, Mabel, sua mãe não pode ir. — há uma interrupção na voz afobada do meu pai.— Ela precisa fazer o transplante.— ah caramba!— Porque tirar a Selena nessa condição, piorará mais o quadro dela.
— Justin tem razão. — entreolha pro mais velho que está em pé, segurando em sua mão. É uma das poucas vezes que ela não o questiona. Minha mãe sempre teve as rédeas de tudo, é até um pouco surpreendente ela não está o contrariando.— Eu não posso. — se nega.
Suspiro fundo, pensando no jeito de fazê-los mudar de ideia.
— Como não pode, mãe? Podemos fazer o transplante em outro lugar. Posso pagar o melhor tratamento longe da América. O pai conversou comigo e eu pensei bem... Pensei nos prol e contras, mas qualquer risco não importa — olho para dois, antes de dizer a minha decisão. Sei que fui egocêntrica no começo, mas...— Eu vou doar o meu rim. Eu vou salvar a sua vida, mãe.— a prometo, tocando na sua mão.
— Está falando sério?— existe uma emoção nas suas orbes pretas. Assinto em sinal de positivo, emocionada.
— Claro que sim.— a abraço após afirmar as palavras, voltando a matar saudade de como estava sem nenhum deles. Aquele presídio era um inferno, só não fiquei louca porque botei na mente que precisava resistir a toda pressão.
— Filha, tenho que te contar uma novidade.— pronuncia sorridente, com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto abatido. Peço que não se force tanto pelo seu estado fraco. No entanto, fico curiosa em saber o motivo da empolgação toda. — Sei que não tenho mais idade, nem eu esperava, mas... Fala você, Justin.
— Eu?— joga pro meu pai contar.— Por quê eu?
— Porque estou com vergonha.— esconde o rosto.
— Dona Selena está com vergonha, essa é nova.— tiro sarro, brincalhona, adorando me divertir com a sua cara. Sou muito maluca em está caindo na gargalhada enquanto tudo está desmoronando em nossa volta.
— Selena vem mudando muito. — ele comenta, parecendo "orgulhoso". Será que já voltaram? Eles vivem em altos e baixos dentro do casamento, mas parecem estarem bem unidos. Pelo que os meus informantes relataram, o meu pai estava em outro relacionamento. Será que já cansou da vagabunda?
— Não é para tanto. — dá de ombros.— Só não quero mais quebrar a cabeça.
— Ah, sei.— sôo irônica, com um olhar desacreditado.
— É sério, Mabel, já aprontei muito nessa vida e uma hora tudo cansa.
— Então me responda mãe, se tivesse a chance voltar pro FBI um dia, voltaria?
— Voltaria.— para minha surpresa, responde uma coisa inesperada. Arregalo os olhos, completamente chocada. — Porque lá sempre foi a minha segunda casa, me dediquei muitos anos da minha vida lá dentro. Cometi muitos erros, mas eu também salvei muitas vidas.
— E você, pai?— direciono o meu olhar intercalado de curiosidade, onde se encontra parado só ouvindo.
— Talvez.
— Você sente falta do FBI, Justin? — ela o pergunta pasma, havendo incredulidade em descobrir o desejo oculto. — Por que não me disse isso antes?
—Larguei o departamento querendo viver uma vida sem agitação, Selena, mas aquele lugar me traz vida. Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente.
Ouvi-los expor às vontades que sentem de querer retornar, me faz tomar uma decisão.
" Podem matar ele"
Mando assassinar uma das poucas pessoas que mais acreditou em mim quando eu era uma mera agente. É esse o preço que tenho que pagar todos os dias, ter que carregar comigo a culpa de matar até mesmo os inocentes. O agente Lorenzo é apenas um barco nesse naufrágio.
" E soltem a minha irmã."
Clico em enviar. Em seguida, recebo uma chamada de vídeo internacional.
Número desconhecido.
— Preciso ir atender, só um momento.— os deixo, seguindo pro toalete apressadamente.
Fecho a porta, trancando. Respiro muito fundo, de olhos fechados, antes de permitir. Desligo a câmera, sem autorizar que o meu rosto apareça do outro lado da tela.
— Inglês.
— Russo.
— Inglês!— insisto de que a minha língua de nascença seja falado na comunicação.
— Por que vocês americanos acham que podem ditar esse idioma de merda no mundo inteiro?— reclama por meio do tradutor. A voz é robótica, devido o computador está traduzindo.
Só aparece uma sombra preta do outro lado, ele se esconde virado de costas, sentado na cadeira giratória. Nunca vimos a sua face, sua identidade é um mistério. Ele é conhecido como Nameless.
— Todos devem se curvar a América. Somos a maior potência mundial. — me gabo que o meu país é de primeiro mundo.
— Vocês americanos são tão patéticos. — rolos os olhos, entediada.— Não sabem nem diferenciar um continente, de um país.
— E os russos sabem? Querem se apossar das riquezas de outros países. Ucrânia, é um grande exemplo disso.
— Está tomando as dores de um país medíocre, americana?
—Apenas ressaltando.— conserto a tempo, para não parecer rebelde demais. Porque do jeito que são surtados, não quero piorar as coisas pro meu lado.
— A reunião não é a respeito da aliança que temos.
Aperto fundo os meus olhos.
— E o que é, chefe?— pergunto, com a voz mansa, lhe tratando super bem.
— Preciso ganhar cidadania americana para passar uma temporada em Las Vegas.
— É um pouco burocrático, mas farei o que tiver ao meu alcance. Quando eu tiver no meu cargo novamente, as coisas voltarão a ser como antes.
— Consultei os meus advogados jurídicos, achamos uma saída mais facilitada. Com muito pesar resolvi abandonar a vida solitário, para casar com uma linda americana e conseguir o visto permanente.
— Quem será a sortuda?— questiono, com uma vibe alto astral. Do jeito que é bilionário, a mulher que casar com ele, nunca mais precisará trabalhar na vida.
— Estou falando com ela agora.
Arregalo os olhos, quase tendo um ataque cardíaco.
— Está me dizendo que vou ter que me casar com você? — me falta até a voz de tão nervosa que fico. Estou entrando em desespero.
— У вас нет выбора.— traduzo pro inglês, onde diz claramente: você não tem escolha — By, americana. Até breve.— encerra a ligação rapidamente, sem nem me deixar falar. Quando penso que vou ter que entrar num casamento de "aparências" e me casar com um velho - ele deve ser um velho gagá, com certeza- sinto vontade de morrer.