Capítulo 77
1215palavras
2023-07-15 10:22
Após aguardar por horas na delegacia, Levi está exausto, ele nem consegue ficar com seus olhos abertos, ele novamente deita sua cabeça por cima dos seus braços, é só no início da tarde que o seu advogado retorna para conversar com ele.
– Sr. Schneider, o caso já passou pelo juiz, ele deu uma multa de 10 milhões para você responder em liberdade.
– Tudo bem, faça contato com o grupo Chastain e solicite ao Sr. Harps do financeiro que ele faça essa transação, se tiver dificuldade a Srta. Stone pode te auxiliar. Por favor, não demore com isso, estou exausto.
O advogado sai da sala para resolver tudo, após mais uma hora, ele retorna.
– Sr. Schneider, tudo certo. O senhor está liberado, você não pode sair da cidade enquanto o processo está rolando, vamos precisar de provas que foi ela quem entrou no teu quarto.
– Não sei como te ajudar com isso, não tem câmeras dentro daquela casa. Senhor Matty, use as informações que falei ao nosso favor, eu não estava bêbado como ela alegou. O senhor pode me dar uma carona até em casa?
– Claro, aproveitamos e vamos conversar sobre tudo, quanto mais detalhes você der, será melhor para usarmos na sua defesa.
Quando saem da delegacia, Levi é surpreendido por vários fotógrafos e jornalistas na porta, ele pisca em meio aos flashes e microfones apontados para o seu rosto.
– Sr. Chastain, quer comentar sobre a acusação feita pela Srta. Zimmermann? – Questiona um dos jornalistas.
– Sem comentários. – Responde Cedric guiando Levi para o estacionamento.
– Que porra! – Resmunga Levi ao entrar no carro do seu advogado.
– Certamente um dos policiais alertou eles ou a própria família dela! Podemos descobrir e processar se você quiser.
– Só quero resolver isso o quanto antes! – Diz ele com raiva. – " Eu vou matar essa vagabunda." – Pensa Levi, enquanto fica em observando o tumulto.
Levi e Cedric vão conversando por todo o caminho, Levi voltou a repetir tudo que já falou aos policiais, ele sabe que será a palavra dele, contra a dela.
– Obrigado pela carona Sr. Matty, vamos manter contato. – Diz Levy saindo do carro, ele caminha até a entrada da casa e quando entra se depara com a governanta. – Sra. Hoffmann, boa tarde.
– Sr. Schneider, boa tarde. – Ela observa a fisionomia dele de cansado. – O senhor quer almoçar?
– Não, obrigado! – Ele caminha até o bar e serve-se de uma dose de whisky. – A Sra. Keller esteve aqui hoje?
– Sim, ela esteve senhor, ela deixou a chave do carro, está na sua mesa no escritório. – Ele toma sua dose de whisky em um gole só, pois sabe que ela não pretende voltar ali.
– Ok, pode se retirar. – Ele fica sentado no bar bebendo, pensando em todos os acontecimentos da noite passada.
A campainha toca e ele segue sentado bebendo seu drink em paz, ele observa a governanta ir abrir a porta e em segundos ele avista Adolph entrar na sala, ele fica em silêncio observando-o.
– Você subornou alguém para sair tão rápido? – Questiona Adolph não escondendo a sua irritação. – É o que você sempre faz, não é? Paga para resolverem os seus problemas.
– Quem bom que eu posso pagar, vamos brindar a isso então. – Diz ele levantando o copo na direção de Adolph. – O que você faz aqui Adolph?
– Vim buscar a bolsa da minha namorada.
– Suba as escadas, quarto com a porta quebrada, pode ir. Saia da minha frente logo! – Diz ele bebendo.
– Levi, o que foi que aconteceu com você? Como pode fazer algo assim?
– Adolph eu estou exausto, envergonhado com a minha burrice, envergonhado pela forma que tratei a Kaira, eu sou um monstro mesmo. Mas ela, acho bom você escondê-la de mim, porque se eu enxergar ela na minha frente, eu a matarei!
– Você está cego de amor pela Kaira, não consegue ver o quanto ela te enganou.
– Mesmo apaixonado, eu segui culpando-a por tudo, maltratei ela, mas iria perdoá-la, porque eu a amo. Mas eu consegui entender que ela não é a mulher que causou tudo isso, é uma pena que tenha sido tarde demais, não acha?
– Levi, pelo amor de Deus, abre os olhos! Ela é manipuladora, ela destruiu você, como fez com o Keller, você errou em se apaixonar pela mulher que você deveria se vingar.
– Eu errei em não investigar melhor, você que é o cego Adolph, quanto você deu a ela? Quanto você já gastou com ela? Norabel, sim, é manipuladora, você querendo ou não, ela entrou no meu quarto e subiu em cima de mim, eu te disse centenas de vezes que tenho zero atração por ela, zero, por que diabos eu faria algo assim?
– Para tentar se convencer que Kaira é uma boa mulher, quando ela não é!
– Adolph, eu vim aqui para me vingar, eu farei isso, eu vou acabar com ela e não me importo que você a ame, você está escolhendo o seu lado, mesmo sabendo o quanto foi horrível o que ela fez.
– O que a Kaira fez, foi ela! Eu não vou permitir que você machuque Norabel.
– Tudo bem, você está demitido, leve amanhã o contrato de casamento até o escritório e passe no recursos humanos.
– Você é um hipócrita, o verdadeiro monstro em tudo isso e acha que está certo. Será um prazer não ter mais contato com você. – Adolph sobe as escadas e vai até o quarto que Norabel estava, ele pega a bolsa dela e vai embora sem dirigir a palavra a Levi que segue no bar. Ele sobe, fica mais de uma hora debaixo do chuveiro sentindo a água quente bater em seu corpo, enquanto sente suas lágrimas se misturarem na água, no momento que se apaixonou por Kaira, ele soube que no fim de tudo, ela não o perdoaria, ele sai do banho e cai na cama como uma pedra, depois que seus pensamentos se acalmam, ele enfim consegue dormir. No fim da tarde na casa de Briana, quando Kaira vê as notícias sobre o processo de assédio e a liberação de Levi, ela suspira sem conseguir definir os seus sentimentos.
– É ótimo ter dinheiro, não é? Ele conseguiu sair facilmente da prisão.
– Amiga, não fica brava comigo, mas agora que estamos apenas você e eu aqui, eu preciso perguntar, você acha que é possível que ele não tenha feito o que a tua irmã falou? Eu estou te perguntando isso, porque não faz sentido para mim, ele pode ter errado com essa história de vingança e tal, mas ele está realmente apaixonado por você, as peças não se encaixam.
– Eu gostaria de acreditar que sim, mas sei lá foi assustador, ele estava em cima dela, enforcando-a, eu estava me sentindo tonta, quando eu acordei, igual quando eu acordei no quarto do hotel. – Ela leva a mão à boca, ao lembrar-se da noite passada. – Ai meu Deus, eu preciso ir. – Ela levanta-se e pega a chave do carro da amiga. – Eu te devolvo depois. – Diz ela saindo apressada, deixando Briana confusa.