Capítulo 99
867palavras
2023-05-18 20:24
Sem gracinhas. – Eu repeti. Girei a maçaneta e sai na varanda de madeira, a Patrícia veio logo atrás de mim fechando a porta atrás de si. Antes da porta se fechar por completo pude ver a Sara se abaixando para desamarrar minha menina.
Agora vamos! Finalmente poderemos esquecer essas vadias e todo o mal que elas nos causaram, finalmente vamos ser felizes meu amor. – Ela estava animada como uma criança que ganhou um chocolate. Eu estava alguns passos à frente dela, ela ainda estava ao lado da porta com a arma apontada na minha direção. – Eu estou tão feliz que você finalmente percebeu que me ama. – Olhei para a arma na mão dela e ela seguiu meu olhar. – Não se preocupe com isso! – Ela falou se referindo a arma. – É só para garantir que você não vai me abandonar de novo, é só por garantia! Você entende ne meu bem? – Acenei com um gesto positivo em reposta. – Então agora vamos! Continua andando e entra logo no seu carro. – Meu carro estava parado um pouco à frente da varanda onde estávamos. Me virei e segui na direção do carro, ouvi os passos dela vindo logo atrás de mim. – Finalmente! Finalmente você percebeu o quanto nos dois nós amamos. Nos dois vamos ser muito felizes juntos! – Continuei andando em silencio enquanto ela falava, quando cheguei no carro parei e me virei para ela. – Que foi? Vamos? Por que você parou?
- Patrícia! – Eu falei de frente para ela. – Se eu te fiz tanto mal assim me perdoa? Eu nunca quis te machucar, nunca quis te magoar, mas, se você desistir agora dá tempo de concertar as coisas.

- Não! Não! Não, não, não, não, você não pode ter me enganado! NÃO! – Ela estava desesperada. – Não! Que porra Damian! Você me enganou de novo? Porra! – Ela levou as mãos no rosto tampando o rosto.
- Eu precisava tirar você de lá, não podia arriscar a vida da minha menina. - Assim que ela ouviu minhas palavras ela abaixou as mãos revelando um sorriso perverso e um olha cheio de ódio.
- E quem te disse que eu vou voltar lá e matar as duas? E quem te disse que depois de você ver elas agonizando pela morte eu não matar você também? – Ela girou nos calcanhares e começou a caminhar rapidamente de volta a cabana.
- Eu! – O Carlos e mais alguns policiais apareceram de trás de alguns arbustos próximos de onde estávamos. – Você não vai tocar nela! – Ele estava usando um colete a prova de balas por cima de uma camisa preta, ele empunhava uma arma que estava apontada em direção a patrícia. O plano do Carlos era um pouco ousado, me usar como distração para que eles e os policiais pudessem chegar ao esconderijo, como essa era a única entrada eles teriam fugido ao ver todos nos chegando de uma vez, ou até pior, eles poderiam ter matado a minha menina. Então eu cheguei sozinho, entrei e distrai todos eles lá dentro para que eles se posicionassem em silencio. Tirar eles de dentro de casa também foi ideia do Carlos, mas eu confesso que foi mais difícil que imaginei.
- FALA SERIO!!! – Ela esbravejou furiosa. – MAIS UM ADMIRADOR DAQUELA PUTA?
- Acabou senhora patrícia! – Um policial gordinho falou. – A senhora está presa por sequestro, tentativa de homicídio, chantagem entre outros delitos, solte a arma e se entregue!

- Não! Isso ainda não acabou! – Ela parecia estar desesperada e furiosa.
- Patrícia por favor? – Eu levantei minhas mãos e caminhei na sua direção. – Chega! Por favor? Essa vingança não tem sentido algum, você está com raiva, eu sei, eu entendo você, mas por favor? Não vale a pena morrer para me fazer sofrer. – Parei de frente a ela. – Por favor? Chega!
- Você não entende porra nenhuma! – Ela apontou a arma no meu rosto, os policias estavam prestes a atirar, mas eu vi que ela estava fraquejando.
- Não atirem! Por favor não atirem.

- Que porra é essa Damian? – O Carlos me repreendeu, mas, eu o ignorei, e continuei tentando apelar para a razão da patrícia, não queria ver ela morrendo por minha causa, não queria que ela morresse.
- MERDA! PORRA! Eu não consigo matar você! – Eu soltei o ar que estava prendendo, e por alguns segundo me senti aliviado. – Você sabe que eu te amo, eu não posso matar você! – Nesse momento minha menina abriu a porta da cabana de uma vez.
- Damian! – . Olhei para minha menina que ainda estava parada na porta da cabana olhando para mim, depois me virei pra Patrícia, vi o olhar dela mudar, vi os olhos dela queimarem como fogo, vi o seu rosto se contorcer de raiva, e vi um sorriso perverso e diabólico se formar em seus lábios. Ela levantou o braço rapidamente apontando a arma para minha menina.
- Mas você eu posso! – Antes que eu pudesse reagir ouvi o som do disparo, já era tarde!
- NÃOOOOO.