Capítulo 123
1553palavras
2023-06-26 00:01
(Ponto de vista de Ashley)
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Avançando rapidamente para três semanas depois daqueles acontecimentos, sentei-me em uma mesa ao mesmo tempo em que observava o vestido no qual Cindy e eu trabalhamos por dias preparando-nos para a última fase do concurso de design mais esperado de Paris. Suspirei de alívio quando vi a nossa obra-prima no manequim.
"O que você acha, Teddy?", perguntei ao meu filho que estava sentado com as pernas dobradas na minha cadeira de trabalho, a qual era do tipo executiva. Segurando seu ursinho de pelúcia, Kiko, ele olhou para cima e sorriu para mim.
"Mais brilho, mamãe", ele sorriu, mostrando seus dentinhos fofos. Em seguida, ele colocou as mãozinhas gordinhas no queixo, para analisar o vestido mais uma vez: "Você vai vestir isso? Acho que o papai não vai gostar, mamãe."
Eu ri e belisquei suas bochechas: "Mamãe vai vestir o que ela quiser e papai não tem que falar nada."
"Papai vai queimar o vestido todinho se a mamãe ousar sair desfilando com esse pedaço de pano", ouvi uma voz familiar, então olhei para a porta e vi que Nikolai estava entrando no estúdio, com a testa franzida enquanto olhava para o vestido. Ele me deu um beijo e um buquê de flores, o que colocou um sorriso no meu rosto. "Eu te amo, mas esse vestido não vai tocar no seu corpo perfeito. Você é minha agora, minha esposa. Ninguém mais deveria ver seu corpo nu além de mim", ele frisou.
"Nikolai", dei um tapa de brincadeira no peito dele e então beijei seus lábios, "Vai ser a Cindy quem vai vesti-lo dessa vez."
Ele assentiu com a cabeça e beijou minha testa. Colocando a mão na minha barriga ainda lisa, ele sussurrou: "Como estão meus bebês, querida?"
"Nossos bebês, Nikolai. Não é você quem tá grávido", coloquei uma mão em cima da mão dele, enquanto ria da tentativa dele de beijar meu pescoço e descer com os lábios até meus ombros, "Nikolai, pare com isso. Nosso filho tá aqui."
Ele sorriu e sussurrou perto do meu ouvido, antes de morder a minha orelha gentilmente: "Vamos continuar mais tarde."
Teddy ainda estava observando o vestido, com os olhos focados na barra: "Mamãe, você pode fazer um pra Crystal também? Ela ficaria bonita nele."
Olhei para Nikolai, o qual franziu a testa para o filho. Ele balançou a cabeça e mexeu com o cabelo do Teddy: "Não tão rápido, meu filho. Você precisa ir devagar pra conquistar aquela mulher perfeita.”
Ele piscou para mim e segurou minha mão para beijá-la: "Vale a pena esperar. Mas, querida, você não vai usar esse vestido sexy nem que a vaca tussa."
"É a minha obra-prima, Nikolai, minha e da Cindy. Essa vai ser a nossa chance de vencer o concurso. Estamos tão perto. Não seja um estraga-prazeres", revirei os olhos e cruzei os braços. Ele era tão controlador, ficava monitorando tudo o que eu fazia e aonde ia. Às vezes, tudo o que eu comia também.
Entretanto, eu sabia que ele fazia tudo isso, porque me amava.
O que aconteceu há três semanas atrás fez com que ele se tornasse tão protetor com o Teddy quanto ele era comigo. Ele até providenciou a reforma de uma parte do palácio para que eu pudesse usar como um estúdio de trabalho. Era enorme, com uma janela de vidro do chão ao teto, a qual dava para o jardim.
Adorei a nova seção e tornou meu trabalho de desenhar meus vestidos muito mais fácil no estúdio de última geração que ele construiu para mim. Ele até conseguiu que algumas das mulheres lobisomens trabalhassem para mim. Fiquei feliz por ter mãos extras para atender as demandas dos vários novos clientes que surgiram em Xevia.
Eu havia promovido Cindy a diretora de marketing. Ela era completamente capaz de lidar com os novos clientes que estávamos recebendo, especialmente devido aos contatos comerciais de Nikolai.
Quanto a minha boutique em Amberose, Paulina e Sandy estavam lá para cuidar dela. No começo, Nikolai não ficou feliz por eu ainda conversar bastante com a irmã de Philip, Paulina. Isso significava que eu teria que conversar com Philip para tratar dos meus negócios em Amberose, já que sua irmã era muito próxima dele. Encontrar-me com Philip pelas costas de Nikolai também era uma potencial opção.
Mas eu assegurei para Nikolai que Philip havia me dado sua bênção para que eu ficasse com ele.
Embora não tenha sido fácil. Há uma semana atrás, Philip quis acabar com a própria vida quando ouviu sobre meu casamento com Nikolai. Minha cerimônia de casamento no estilo tradicional dos lobisomens foi bem íntima, na qual compareceram apenas membros da família e da alcateia de Nikolai.
Philip não aguentou. Ele ainda implorou para que eu voltasse para ele.
Eu tive que confortá-lo, então peguei um vôo para Dracor para salvá-lo. Eu o havia convencido de que continuaria para sempre na vida dele, como amiga. Ele não queria isso, queria mais. Então, eu disse para ele que isso não era possível, pois meu coração pertencia a Nikolai, além do fato de que ele também era o pai dos meus filhos.
Foi um momento emocionante, com lágrimas e abraços. No fim, ele cedeu e pediu para que fôssemos amigos por toda sua vida, pois eu sempre teria um lugar em seu coração.
Aquilo me destruiu.
Eu sabia que ele estava sofrendo, mas também sabia que, um dia, ele encontraria alguém para me substituir. Era o que eu esperava, pelo menos. Ele precisava de uma esposa para que fosse sua Rainha e governasse Dracor um dia.
E eu só precisava dos meus filhos e de Nikolai. E do meu negócio, é claro.
"Não se esqueça de tomar seu remédio, Teddy. Depois, faça sua lição de casa", Nikolai beijou a cabeça de Teddy, o que fez com que o garoto franzisse a testa.
Ele estava se tornando um pai rígido para nosso filho. Uma vez, Teddy me disse que preferia Nikolai antes de descobrir que era seu papai. Eu ri quando ouvi isso.
"Papai vai te levar no parque depois que você terminar sua lição de casa", eu consolei meu filho, que fez beicinho para mim, "Você pode chamar a Crystal pra ir junto, se quiser."
"Posso?", Teddy finalmente sorriu e pulou da cadeira para me abraçar. Ah, meu filho está ficando mais pesado a cada dia.
"Ei, cuidado. Você não é mais um bebê, Teddy. Mamãe tá carregando seus irmãos na barriga", Nikolai pegou Teddy de mim e beliscou seu narizinho, "Você precisa começar a ser um irmão mais velho para cuidar dos seus irmãos ou irmãs. Entendeu, garotão? Vai ser nosso trabalho de equipe."
Teddy assentiu com a cabeça e colocou a mão em volta do pescoço de Nikolai antes de perguntar: "Você pode me ajudar com meu dever de casa, papai?"
"Claro, por que você não vai e começa primeiro? Eu me junto a você mais tarde. Papai precisa falar com a mamãe", ele então soltou Teddy e, assim, o menino correu até o quarto para fazer o dever de casa. Ele estava mais animado porque veria Crystal do que por fazer o dever de casa, com certeza.
Fiquei surpresa que, depois do massacre no armazém, Crystal ainda queria ser amiga do meu filho. Parecia que a garota não se lembrava de nada. Ela ficou com os olhos vendados a maior parte do tempo quando o desmaio do Teddy aconteceu.
Com a ajuda de Daisy, que ficou conosco para treinar meu filho, fiquei feliz quando vi que Teddy estava aprendendo a controlar melhor suas habilidades. Eu me perguntei quanto dinheiro Nikolai havia oferecido a Daisy para que ela dedicasse seu tempo a treinar o Teddy. Devia ter sido uma quantia bem grande.
"Então, onde estávamos, querida?", Nikolai passou os braços por trás do meu corpo e beijou do meu pescoço até meu ombro. Sua mão desceu por baixo do meu vestido, acariciando o meio das minhas pernas.
"Nikolai, tô trabalhando. A equipe vai voltar já, já", eu sussurrei enquanto gemia suavemente, amando o que ele estava fazendo com os dedos.
"Eles não vão voltar tão cedo", ele virou-me e levantou-me para me colocar sentada de frente para ele na mesa, "Você tá gostando dessa sua nova vida em Xevia, querida?"
Eu assenti com a cabeça e movi-me para responder aos seus beijos. Ele gentilmente separou meus lábios com sua língua e provocou-me durante todo o caminho, fazendo com que eu o desejasse ainda mais. Funcionava todas as vezes. Ele me conhecia bem a ponto de fazer com que eu desejasse seus toques. "Você tem quinze minutos antes que eu precise me preparar pra uma reunião", avisei.
"Isso é mais do que suficiente. Vou te levar pra sua reunião", ele beijou meu rosto enquanto tirava a própria calça, que escorregou até o chão, "Vou fazer você gritar meu nome para que todos ouçam. Tá preparada?"
"N-Nikolai, o que você tá falando? Nós...", fechei os olhos e envolvi meu corpo perto do dele quando ele penetrou profundamente na minha parte intima com uma única investida. Minhas pernas foram levantadas até a cintura dele conforme nos movíamos para dar prazer um ao outro.
Ele foi fiel as suas palavras, pois eu gritei a plenos pulmões, chamando pelo seu nome, quando estávamos chegando ao clím*x!
Hã, esse homem era tudo para mim.