Capítulo 86
1246palavras
2023-05-30 00:02
(Ponto de vista de Nikolai)
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Do lado de fora da Sala de Espera 3, eu estava andando de um lado para o outro e olhando as horas no meu relógio. Passaram-se cinco minutos que pareceram uma hora para mim. Eu me perguntei o que estava acontecendo com eles dentro daquela sala. Eu esperava que não estivessem tentando convencer a Ashley a me deixar.
Eu lutaria com eles até a morte!
Eu estrangularia o pescoço de Philip com minhas próprias mãos!
Recebi uma ligação do Drake no meu celular. Ele disse que era urgente. Fui até um canto do corredor e atendi a ligação de forma impaciente: "Tô ocupado. Seja rápido."
"Recebi o resultado do teste de DNA de um hospital, mas difere do resultado de outro hospital para o qual o Ivan enviou pra ser verificado. Que estranho", Drake disse enquanto dirigia, pelo menos era o que parecia que ele estava fazendo.
Diferentes resultados de DNA para o teste que provaria que o Teddy era meu filho. Como isso era possível?
"Um de vocês cometeu um erro idi*ta? Como pode ter dado diferente o resultado?", eu perguntei e esfreguei meu rosto com a mão.
Em primeiro lugar, perguntei-me por que o Drake e o Ivan haviam visto os resultados sem meu consentimento. Eu lidaria com isso mais tarde, então perguntei: "Você checou a câmera de vigilância do Hospital para ver se alguém havia adulterado os resultados?"
"Alfa, pagamos muito dinheiro pra conseguir manter tudo em sigilo, como você pediu. Enquanto conversamos, o Ivan tá ouvindo algumas explicações dos hospitais pra descobrir por que deu errado", Drake não parecia feliz por eu não confiar nas capacidades dele. Eu sabia que fui duro com ele nesses últimos anos.
Entretanto, ele provou ser leal e útil para mim. E eu era grato por Drake continuar do meu lado, mesmo depois que a Ashley quase o matou durante a luta quando ela teve aqueles desmaios estranhos.
"Teste de novo em um Hospital diferente e mantenha a discrição", eu ordenei e encerrei a ligação quando vi o pai da Ashley saindo da sala, sem a Ashley e o Philip. Cerrei o punho e estava pronto para abrir a porta com um chute e dar um soco naquela rosto idi*ta do Philip.
"Nikolai, aí tá você. Espere um pouco, deixe que eles conversem", para falar isso, ele estava zoando com a minha cara, por acaso? Eu bufei e apontei o dedo para Ashton Knight com raiva.
"Se esse é um dos seus truques sujos pra manter a Ashley e eu separados, vou fazer com que você se arrependa. Eu não me importo com quem você é. Eu vou acabar com você!", passei por ele, mas ele bloqueou meu caminho com as duas mãos para me parar.
"Um desfecho. Isso era tudo que o Philip queria dela", olhei para ele e franzi minha testa. Do que ele estava falando?
"Nikolai, não tô do seu lado, nem do Philip. Eu só quero o que é melhor pra minha filha. Se ela sair por aquela porta tendo escolhido você, eu não interferiria no seu relacionamento com ela. Vocês têm a minha bênção", as palavras dele chamaram a minha atenção, então eu recuei um passo.
"E se ela fizer o contrário?", eu perguntei, com um rosnado suave vindo do meu lobo, Blake.
Ele sorriu e assentiu com a cabeça: "Então, você vai precisar de aceitar o fato de que ela escolheu o que o coração dela mandou."
"O coração dela quer a mim. Tenho certeza disso", eu disse com os dentes cerrados e olhei para Ashton Knight, o qual eu sabia que já foi um homem temido no passado. Entretanto, como pai de três filhos, ele se tornou um homem diferente.
"Então, vamos ver quem ela vai escolher. O importante é que ela escolha", ele apontou para que eu me sentasse à mesa com duas cadeiras, "Vamos conversar. Não sou seu inimigo aqui, Nikolai. Sou só um pai que ama sua filha, sua única filha."
Eu sorri com o que ele disse e sentei-me na cadeira de frente para ele e perguntei: "Amor? Foi amor que fez um pai trancar a filha quando ela mais precisava dele?"
Minhas palavras chamaram sua atenção. Nessa hora, ele estava olhando para o nada. Algo semelhante ao que a Ashley fazia quando estaria pensando. "Ela sofreu todos esses anos por ter que manter as habilidades reprimidas. Você sabe como é ter que fingir ser alguém que você não é? Ela é especial, mas você e sua esposa a trataram como se ela fosse um monstro."
"Cuidado com a boca, jovem!", ele disse com os dentes cerrados e respirou fundo para acalmar sua raiva, "Nós estávamos tentando ajudá-la. Você não faz ideia de como foi ver minha filha de seis anos quase matar lobisomens de três vezes o tamanho dela. Foi difícil pra nós e não sabíamos o que fazer. Ela era só uma criança que não compreendia seus poderes."
"Seis anos de idade? Ela teve o primeiro desmaio quando tinha seis anos?", eu perguntei e esfreguei meu queixo com a mão. O mesmo aconteceria com Teddy, seu filho? Um menino que eu esperava muito que fosse meu filho.
Ashton assentiu com a cabeça e exalou: "Ela foi pra uma festa de aniversário. Eu não queria que ela fosse. Minha esposa tinha um amigo que tinha previsto que minha filha encontraria sua alma gêmea naquela época. Achei que fosse balela, mas, ao mesmo tempo, não fiquei feliz em ver minha única filha se apaixonar tão jovem. Era um pensamento bobo. Bem, nós fomos de qualquer maneira."
Suspirei e fiquei olhando para a porta, esperando que Ashley saísse logo. Já haviam se passado sete minutos que eles estavam sozinhos juntos, o que me deixou inquieto.
"Ela estava brincando no jardim da casa de uma amiga. Contudo, as crianças foram um pouco longe demais do que deveriam. Ashley se perdeu na floresta perto de onde ficava a casa. Estávamos procurando por ela", Ashton balançou a cabeça e suspirou, "Quando a encontramos, ela tinha empurrado dois lobisomens para um rio usando a mente. Se tivéssemos chegado um segundo mais tarde, ela os teria queimado vivos, pois ela estava com fogo nas mãos. Me diga, o que eu deveria ter feito diferente? Ela tinha só seis anos."
Olhei para Ashton, mas eu não estava pensando em sua pergunta. Eu estava relembrando uma memória na minha mente.
Quando Ashley tinha seis anos, eu tinha dezesseis. Ao relembrar uma situação daquela idade, lembro-me de ter sido atacado por uma garotinha de quem minha então namorada, Gloria, estava defendendo-se. Gloria estava perseguindo outra bruxinha que havia jogado uma pedra nela.
E, então, do nada, uma garotinha de cabelos ruivos chamativos surgiu e nos jogou no rio, fazendo nada além de olhar para nós. A aparência dessa garotinha batia com a forma com que Ashton descreveu a Ashley: uma garota com fogo nas mãos.
Foi a Ashley? Não podia ser!
"Qual é o problema? Parece que você viu um fantasma, Nikolai", Ashton perguntou e acenou com a mão para mim, "Tem alguma coisa de errada?"
Olhei para Ashton e falei sussurrando: "Acho que fui um dos lobisomens que sua filha atacou naquele dia."
Os olhos de Ashton se arregalaram como se fossem saltar das órbitas. Ele balançou a cabeça e perguntou: "Você? Tem certeza?"
Antes que eu pudesse responder a Ashton, a porta da Sala de Espera 3 se abriu, por onde Ashley saiu com Philip atrás dela.
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Do lado de fora da Sala de Espera 3, eu estava andando de um lado para o outro e olhando as horas no meu relógio. Passaram-se cinco minutos que pareceram uma hora para mim. Eu me perguntei o que estava acontecendo com eles dentro daquela sala. Eu esperava que não estivessem tentando convencer a Ashley a me deixar.
Eu lutaria com eles até a morte!
Eu estrangularia o pescoço de Philip com minhas próprias mãos!
Recebi uma ligação do Drake no meu celular. Ele disse que era urgente. Fui até um canto do corredor e atendi a ligação de forma impaciente: "Tô ocupado. Seja rápido."
"Recebi o resultado do teste de DNA de um hospital, mas difere do resultado de outro hospital para o qual o Ivan enviou pra ser verificado. Que estranho", Drake disse enquanto dirigia, pelo menos era o que parecia que ele estava fazendo.
Diferentes resultados de DNA para o teste que provaria que o Teddy era meu filho. Como isso era possível?
"Um de vocês cometeu um erro idi*ta? Como pode ter dado diferente o resultado?", eu perguntei e esfreguei meu rosto com a mão.
Em primeiro lugar, perguntei-me por que o Drake e o Ivan haviam visto os resultados sem meu consentimento. Eu lidaria com isso mais tarde, então perguntei: "Você checou a câmera de vigilância do Hospital para ver se alguém havia adulterado os resultados?"
"Alfa, pagamos muito dinheiro pra conseguir manter tudo em sigilo, como você pediu. Enquanto conversamos, o Ivan tá ouvindo algumas explicações dos hospitais pra descobrir por que deu errado", Drake não parecia feliz por eu não confiar nas capacidades dele. Eu sabia que fui duro com ele nesses últimos anos.
Entretanto, ele provou ser leal e útil para mim. E eu era grato por Drake continuar do meu lado, mesmo depois que a Ashley quase o matou durante a luta quando ela teve aqueles desmaios estranhos.
"Teste de novo em um Hospital diferente e mantenha a discrição", eu ordenei e encerrei a ligação quando vi o pai da Ashley saindo da sala, sem a Ashley e o Philip. Cerrei o punho e estava pronto para abrir a porta com um chute e dar um soco naquela rosto idi*ta do Philip.
"Nikolai, aí tá você. Espere um pouco, deixe que eles conversem", para falar isso, ele estava zoando com a minha cara, por acaso? Eu bufei e apontei o dedo para Ashton Knight com raiva.
"Se esse é um dos seus truques sujos pra manter a Ashley e eu separados, vou fazer com que você se arrependa. Eu não me importo com quem você é. Eu vou acabar com você!", passei por ele, mas ele bloqueou meu caminho com as duas mãos para me parar.
"Um desfecho. Isso era tudo que o Philip queria dela", olhei para ele e franzi minha testa. Do que ele estava falando?
"Nikolai, não tô do seu lado, nem do Philip. Eu só quero o que é melhor pra minha filha. Se ela sair por aquela porta tendo escolhido você, eu não interferiria no seu relacionamento com ela. Vocês têm a minha bênção", as palavras dele chamaram a minha atenção, então eu recuei um passo.
"E se ela fizer o contrário?", eu perguntei, com um rosnado suave vindo do meu lobo, Blake.
Ele sorriu e assentiu com a cabeça: "Então, você vai precisar de aceitar o fato de que ela escolheu o que o coração dela mandou."
"O coração dela quer a mim. Tenho certeza disso", eu disse com os dentes cerrados e olhei para Ashton Knight, o qual eu sabia que já foi um homem temido no passado. Entretanto, como pai de três filhos, ele se tornou um homem diferente.
"Então, vamos ver quem ela vai escolher. O importante é que ela escolha", ele apontou para que eu me sentasse à mesa com duas cadeiras, "Vamos conversar. Não sou seu inimigo aqui, Nikolai. Sou só um pai que ama sua filha, sua única filha."
Eu sorri com o que ele disse e sentei-me na cadeira de frente para ele e perguntei: "Amor? Foi amor que fez um pai trancar a filha quando ela mais precisava dele?"
Minhas palavras chamaram sua atenção. Nessa hora, ele estava olhando para o nada. Algo semelhante ao que a Ashley fazia quando estaria pensando. "Ela sofreu todos esses anos por ter que manter as habilidades reprimidas. Você sabe como é ter que fingir ser alguém que você não é? Ela é especial, mas você e sua esposa a trataram como se ela fosse um monstro."
"Cuidado com a boca, jovem!", ele disse com os dentes cerrados e respirou fundo para acalmar sua raiva, "Nós estávamos tentando ajudá-la. Você não faz ideia de como foi ver minha filha de seis anos quase matar lobisomens de três vezes o tamanho dela. Foi difícil pra nós e não sabíamos o que fazer. Ela era só uma criança que não compreendia seus poderes."
"Seis anos de idade? Ela teve o primeiro desmaio quando tinha seis anos?", eu perguntei e esfreguei meu queixo com a mão. O mesmo aconteceria com Teddy, seu filho? Um menino que eu esperava muito que fosse meu filho.
Ashton assentiu com a cabeça e exalou: "Ela foi pra uma festa de aniversário. Eu não queria que ela fosse. Minha esposa tinha um amigo que tinha previsto que minha filha encontraria sua alma gêmea naquela época. Achei que fosse balela, mas, ao mesmo tempo, não fiquei feliz em ver minha única filha se apaixonar tão jovem. Era um pensamento bobo. Bem, nós fomos de qualquer maneira."
Suspirei e fiquei olhando para a porta, esperando que Ashley saísse logo. Já haviam se passado sete minutos que eles estavam sozinhos juntos, o que me deixou inquieto.
"Ela estava brincando no jardim da casa de uma amiga. Contudo, as crianças foram um pouco longe demais do que deveriam. Ashley se perdeu na floresta perto de onde ficava a casa. Estávamos procurando por ela", Ashton balançou a cabeça e suspirou, "Quando a encontramos, ela tinha empurrado dois lobisomens para um rio usando a mente. Se tivéssemos chegado um segundo mais tarde, ela os teria queimado vivos, pois ela estava com fogo nas mãos. Me diga, o que eu deveria ter feito diferente? Ela tinha só seis anos."
Olhei para Ashton, mas eu não estava pensando em sua pergunta. Eu estava relembrando uma memória na minha mente.
Quando Ashley tinha seis anos, eu tinha dezesseis. Ao relembrar uma situação daquela idade, lembro-me de ter sido atacado por uma garotinha de quem minha então namorada, Gloria, estava defendendo-se. Gloria estava perseguindo outra bruxinha que havia jogado uma pedra nela.
E, então, do nada, uma garotinha de cabelos ruivos chamativos surgiu e nos jogou no rio, fazendo nada além de olhar para nós. A aparência dessa garotinha batia com a forma com que Ashton descreveu a Ashley: uma garota com fogo nas mãos.
Foi a Ashley? Não podia ser!
"Qual é o problema? Parece que você viu um fantasma, Nikolai", Ashton perguntou e acenou com a mão para mim, "Tem alguma coisa de errada?"
Olhei para Ashton e falei sussurrando: "Acho que fui um dos lobisomens que sua filha atacou naquele dia."
Os olhos de Ashton se arregalaram como se fossem saltar das órbitas. Ele balançou a cabeça e perguntou: "Você? Tem certeza?"
Antes que eu pudesse responder a Ashton, a porta da Sala de Espera 3 se abriu, por onde Ashley saiu com Philip atrás dela.