Capítulo 103
1089palavras
2023-07-10 00:02
"Sem dúvidas. Agora vamos levar você de volta para casa para que possa ver sua companheira. Eu darei uma passada no Império Drakkon para informar o rei sobre os últimos acontecimentos e pensar em novas estratégias..." Luke disse.
Sem olhar duas vezes para o novo cemitério à sua volta, Xavier abriu um portal e o atravessou rapidamente, pensando apenas em sua companheira.
De volta ao Império Drakkon...
O rei havia se refugiado em sua sala do trono, onde andava de um lado para o outro desde que Xavier e sua família partiram. Ele desejava com todas as suas forças tê-los seguido para resgatar sua filha e colocar Armand em seu devido lugar, mas ele não podia arriscar o reino ou desviar do plano que eles haviam elaborado. Ele ainda se movimentava inquieto quando ouviu alguém bater à porta.
Imediatamente, ele meneou a cabeça para os guardas de prontidão, que rapidamente puxaram as barricadas e abriram as portas para revelar Marleigh do outro lado.
"O que você quer, Marleigh?" O rei indagou grosseiramente.
"O que está acontecendo aqui?" Ela questionou, ignorando descaradamente a pergunta do rei.
"O que a faz pensar que há algo acontecendo aqui? Há algo que queira confessar?" O rei debochou.
"Não seja bobo, Talon. Não tenho nada para confessar, mas o fato de você estar trancado nessa sala com esses guardas me faz pensar que há algo acontecendo", retrucou ela.
"Não tem nada para confessar ainda e é rei Talon para você, Marleigh", ele rebateu.
Você ainda não respondeu a minha pergunta..."
"Não te devo nenhuma satisfação e, no caso provável de algo estar acontecendo, definitivamente não tenho obrigação nenhuma de te contar o que é. Eu sou o seu rei, não o contrário. Agora me faça um favor e desapareça da minha frente antes que eu a jogue na masmorra."
"Você não ousaria!"
"Continue me testando para ver só, Marleigh. Eu faria isso com o maior prazer. Quando as acusações contra você forem levantadas no tribunal, gostaria de vê-la tentar explicar ao seu companheiro como você conspirou para matar minha Sapphire e deixar minha filha sem mãe."
Os guardas não puderam evitar o suspiro que ressoou entre eles e ecoou pela sala.
"Ta-Talon..." Ela gaguejou.
"Saia da minha frente, Marleigh! Eu realmente não estou de bom humor agora e ver você aqui só está piorando as coisas."
"Mas..."
"SAIA!" O rei levantou a voz, surpreendendo a todos na sala, pois ele não era o tipo de monarca que gritava, muito menos com uma mulher. Ao se virar para os guardas, ele ordenou entre dentes: "Tire essa mulher da minha frente."
Os guardas agiram depressa ao escoltarem uma Marleigh bastante trêmula para fora quando Luke chegou à sala do trono através de um portal. Surpresos com a invasão repentina, os guardas sacaram suas espadas rapidamente.
"À vontade, guardas", murmurou o rei ao dar uma boa olhada em quem era.
"Nos dêem licença por um momento", ele acrescentou depois de ver a expressão no rosto de Luke. Ele esperou sem conseguir respirar até o último guarda sair pela porta. Então, ele o bombardeou com várias perguntas.
"O que aconteceu? Onde está minha filha? Ela esta bem?"
"Respire fundo e relaxe. Inara está bem e em algum lugar seguro agora."
"Mas por que ela não veio para cá com você?"
"Porque seria suicídio trazê-la de volta para cá. Armand conseguiu escapar com a ajuda de seus magos e tenho certeza de que este seria o primeiro lugar que ele a procuraria porque... Bom, ela está esperando um filho dele."
"O QUÊ? O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ESPERANDO UM FILHO DELE? COMO ISSO ACONTECEU?"
"Eu que deveria estar te perguntando isso. Você sabia naquele dia que Armand o procurou que ele estava escondendo algo e lhe faltando com a verdade, mas em vez de ouvir sua própria filha, você deixou o conselho convencê-lo a fazer o que achavam que era melhor para ela e pronto, tá aí o resultado agora. Você já parou para se perguntar o que desencadeou a transformação dela de forma tão rápida e violenta?"
"Como... como você sabe de tudo isso? Foi Inara que te contou?"
"Não. Um dos dons com os quais fui abençoado é o poder do conhecimento. É bem útil às vezes."
"Mas grávida? Minha Inara ainda é uma criança! Ela não pode ter um bebê!"
"Bom, quer você goste ou não, ela terá um filho. Vocês dois vão ter uma conversa bem séria quando isso tudo acabar. Eu vi mãe e filho ficarem afastados por décadas. Não estou prestes a reviver tudo isso com vocês dois também."
"Duvido que ela vá me perdoar. Afinal, é minha culpa antes de mais nada que ela esteja nessa confusão. Eu devia tê-la escutado."
"Deixe para se culpar mais tarde. Neste momento, você precisa fazer uma limpa no seu palácio. Armand tem algumas pessoas de sua confiança infiltradas dentro e fora daqui e eles precisam ir embora, especialmente agora que ele está à solta com magos bastante habilidosos à sua disposição."
"Ele... Ele... Armand escapou?"
"Infelizmente... mas, ao que parecia, o mago que o ajudou a escapar já estava de prontidão caso algo desse errado. Eu também notei algo estranho sobre os magos que lutaram contra nós. Todos eles traziam pequenos frascos consigo e tomavam um gole dele de tempos em tempos durante a batalha. É claro que eu já tenho uma ideia do que possa ser aquilo, mas, por favor, me diga que estou enganado..."
"Receio que não... Foi por isso que banimos todos os magos. Alguns milênios depois, um pirralho mimado resolveu passar por cima dessa lei por pura ganância, mas esses magos são como cães selvagens. Eles precisam ser rigorosamente treinados para seu próprio bem e para a nossa segurança também. Eu realmente espero que eles só queiram aumentar suas forças e não destruir o reino inteiro, caso se recusem entender o recado."
"Então, o que sugere que façamos? A única solução que vejo para acabar com essa confusão é se chegarmos a algum tipo de acordo com esses magos. Este ainda é um reino dominado por dragões e, por mais deslocados que possam se sentir, eles ainda são pessoas. Independentemente do que esse grupo de magos fez ou está fazendo, tenho certeza de que existem outros por aí que são inocentes e só querem viver suas vidas em paz."
"Não há nenhuma outra solução?"
"Sim, apenas uma. Você pode aniquilar todos eles e acabar com isso, mas vai ter que se preparar para o acerto de contas que se seguirá..."