Capítulo 68
890palavras
2023-06-05 00:02
Ponto de vista de Xavier:
Antes que pudesse respondê-lo, a parede atrás do que parecia ser um trono se moveu para o lado enquanto um pequeno gigante saiu pela passagem que se abriu.
Embora fosse bem alto e musculoso, ele ainda tinha alguns centímetros a menos do que eu, fazendo com que eu tivesse que olhar para baixo. Meu palpite era que ele era o rei e, pela sua semelhança com Inara, diria que ele era o seu pai.
"Quem são vocês e o que estão fazendo na minha sala do trono?"
"Ouvi um pedido de ajuda e aqui estou."
"Meu... meu... pedido de ajuda? Quem é você exatamente?"
"Meu nome é Xavier River do clã Chaos e este é meu companheiro de batalha, príncipe Venandi do clã de vampiros Venandi."
"Chaos... O rei Chaos?"
"Ele é o meu avô."
"Uau", o rei murmurou em espanto enquanto me avaliava da cabeça aos pés antes de se virar para encarar Magnus.
"Você deve ser um dos meninos de Callidora", acrescentou ele com um sorriso discreto.
"Você conhece minha mãe?" Magnus indagou.
"É claro que a conheço. Já faz alguns séculos, bem antes de ela conhecer seu pai e eu minha Sapphire. A última vez que soube dela foi no velório dele... Espero que ela esteja bem", o rei disse com um olhar afetuoso.
"Ah, sim... ela está... ela está bem. E eu sou o filho caçula dela", Magnus respondeu.
"Ah, Magnus... Que belo cavalheiro você se tornou."
"Você sabe o meu nome? Quão recentemente você teve notícias de minha mãe?"
"A gente se fala quando é necessário, príncipe. Não se preocupe com o fato de eu saber tanto sobre você. Agora, o que traz os dois ao meu reino? A propósito, sou o rei Talon do Império Drakkon."
"Prazer em conhecê-lo", nós dissemos em uníssono.
"Sentem-se e me contem o que os trazem aqui."
"Bom", eu comecei. "Estou procurando uma pessoa. Minha companheira, Inara..."
"O quê? Sua companheira? Como pode ter certeza de que minha filha é sua companheira?"
"Nós nos conhecemos em circunstâncias bastante incomuns. Primeiro, eu encontrei Moira e senti o vínculo. Eu apenas soube que ela era minha e a rastreei até aqui, mas não consigo mais senti-la. Eu vim em busca dela, mas depois de ouvir seu pedido de ajuda, não pude evitar. Fui atraído para esta direção, para dentro desta sala."
"Isso faz sentido, mas Moira?"
"Sim e Zya..."
"Ah, agora entendi. Sua blodsvreden e seu dragão. Uau... Isso confirma que você realmente a conheceu. Em outras circunstâncias, eu ficaria emocionado por minha filha ter encontrado seu companheiro, mas temo que estes não sejam tempos normais." O rei fez uma pausa antes de lançar um olhar desconfiado ao redor da sala.
Sabendo no que ele estava pensado, apressei-me em tranquilizá-lo: "Eu lancei um feitiço à prova de som na sala assim que chegamos."
"Você é um mago?" O rei perguntou entre dentes.
"Bem que ele queria!" Magnus bufou.
Ignorando-o, eu respondi: "Não, não sou. Mas por que você diz que estes não são tempos normais?"
"O que você é então?" O rei insistiu.
"Alguém realmente preocupado com o paradeiro de sua companheira. Podemos conversar em detalhes sobre o que eu sou depois, mas, agora, por favor, diga-me, onde está Inara?"
"Eu sinceramente não sei, mas acredito que o noivo dela saiba."
"O quê?" Gritei ao perder a cabeça conforme meus olhos brilhavam com a ira de Santiago e nossa outra parte.
Meus caninos, então, desceram e saliva pingou deles. Em torno do meu corpo, uma fumaça escura havia sido liberada, e sabe-se lá o que mais iria acontecer se Magnus não tivesse entrado em meu caminho. Por mais perigoso que isso fosse, meu amigo sabia que eu precisava dele.
"Xavier, você tem que se acalmar! Lembre-se que você mesmo disse que precisávamos ser racionais. Sua companheira precisa da sua mente sã e equilibrada. Acessos de raiva não vão ajudar em nada agora. Só vai acabar machucando as pessoas e nos impedindo de encontrá-la, talvez para sempre.
"E quando eu digo Xavier, falo de todos vocês aí dentro. Fiquem calmos e ouçam. O rei mencionou um noivo e não um parceiro sexual, certo?" Magnus acrescentou antes de se virar para o rei que, além de parecer chocado, tinha um rosto tão branco quanto uma folha de papel.
"Certo?" O vampiro repetiu de cabeça quente.
"Bom... o problema é que..."
O grunhido que saiu da minha boca ricocheteou pelas paredes da sala do trono, abalando as estruturas do lugar. Magnus se permitiu pensar que talvez aquele fosse o som o mais assustador que já tinha ouvido.
"Droga!" Ele amaldiçoou quando me viu encarar o rei com um olhar que ele conhecia muito bem.
"Proteja seus pensamentos! Ele pode lê-los!" Ele rosnou para o rei.
Sem ter outra escolha, Magnus levantou a mão e deu um tapa na minha cara. Para a surpresa de todos na sala, sua estratégia foi bem-sucedida, visto que me acalmei conforme meu choque por ter sido esbofeteado também começava a passar.
Através dos olhos dourados e atordoados que ele encontrou no meu rosto, Magnus soube que era Santiago que estava no controle naquele momento.
"Você nos deu um tapa?" Ele rosnou.
"Bom, eu tinha que fazer algo antes que você colocasse os pés pelas mãos!" Magnus reclamou.
"E por que não me socou então?"