Capítulo 16
2540palavras
2023-04-17 17:07
Eu e meu companheiro estávamos ambos ofegantes. Ao espiá-lo de canto de olho, engoli em seco quando vi o seu membro pulsante.
Na verdade, pulsante era um eufemismo quando seu membro parecia mesmo furioso.
Ele tinha crescido consideravelmente desde quando o vi pela primeira vez. Sua cabeça arroxeada estava cercada de veias grossas.
Pela pequena fenda na ponta, um líquido esbranquiçado começou a vazar. Minha loba uivou de tesão ao ver isso.
Sinceramente, aquela era uma visão ao mesmo tempo impressionante e intimidadora. Parecia o pênis de um grande alazão. Sem conseguir tirar meus olhos dele, um suspiro deixou meus lábios ao ver a forma como ele continuava a pulsar.
Meu Deus, eu seria dilacerada, pensei comigo mesma, ou assim acreditei, pois ouvi meu companheiro responder com uma voz rouca:
"Sim, você será dilacerada, mas de um jeito bom."
"Eu disse isso em voz alta?" Perguntei baixinho.
"Disse sim", respondeu ele presunçosamente.
Antes que pudesse retrucar, ele girou seus dedos dentro de mim antes de removê-los. Não pude deixar de choramingar com o vazio que se seguiu.
No entanto, não tive muito tempo para continuar reclamando porque os lábios do meu companheiro desceram sobre os meus de forma dominadora, o que me fez gemer de felicidade.
De repente, eu o senti se posicionar entre as minhas pernas enquanto inclinava a cabeça para alcançar um dos meus mamilos com sua boca quente. Então, ele beliscou o outro, torcendo-o entre seus dedos.
A sensação de formigamento no meu ventre só aumentou com seus estímulos. Podia sentir que meu autocontrole estava por um fio.
Ele ficou alternando entre os meus s*ios até me ver arfar pesadamente e parar.
Eu ainda tentava recuperar o fôlego quando, de repente, ele enterrou o rosto na junção entre o meu pescoço e ombro.
Meu descanso não durou muito. Afinal, ele já estava chupando com força minha pele exposta. Desejei ter minhas mãos livres para poder cravar minhas unhas em suas costas ou até mesmo provocá-lo de volta.
Neste instante, joguei minha cabeça para trás e soltei um gemido alto quando o senti esfregar sua ereção contra a minha intimidade.
Instintivamente, fiquei tensa, mas meu companheiro estava lá para me tranquilizar.
Meus músculos mal tinham acabado de relaxar quando o senti mergulhar fundo em mim. Ele não parou até que tivesse entrado por inteiro, encaixando nossos corpos.
Não consegui parar de me debater ao ser atravessada pela dor.
Muito menos consegui conter as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Não importava o quanto murmurasse e implorasse para ele tirar seu membro de mim, mas ele não me deu ouvidos.
No entanto, ele se encarregou de me distrair e me fazer relaxar, o que funcionou.
Com seu beijo suave, suas carícias e a fricção constante em meu clitóris, ondas de prazer foram enviadas para o meu centro. Fora isso, ele continuou puxando, lambendo, beliscando e chupando meus mamilos como se sua vida dependesse disso.
Antes que me desse conta, a dor havia passado e uma frustração tomou conta de mim ao perceber que ele não se mexia.
Decidi contrair as paredes da minha vagina ao seu redor. O grunhido de dor que se seguiu foi como música para os meus ouvidos.
"Pare com isso", exigiu ele com a voz rouca.
"Parar o quê?" Indaguei o mais inocentemente que pude e continuei a contrair os músculos da minha vagina em torno dele.
Seu peito subia e descia conforme ele ofegava e tentava se controlar.
"Você está me drenando até os ossos, querida!" Ele começou sussurrando até gritar enquanto eu o apertava.
"Dr*ga", ele acrescentou, agarrando minha cintura.
"Você está bem?" Fingi estar preocupada.
"Você vai se arrepender tanto disso", afirmou, retirando seu p*u duro até a metade antes de estocá-lo em mim novamente.
Minhas costas se arquearam em resposta, então, joguei minha cabeça para atrás, soltando um gemido.
Meu companheiro continuou chupando o vão entre o meu pescoço e ombro conforme entrava e saía de mim como um louco.
Sentindo minha pele formigar em êxtase, os dedos dos meus pés chegaram a enrolar.
Em seguida, envolvi minhas pernas ao redor da sua cintura a fim de me controlar, mas ele não permitiu ao roçar contra o meu ponto sensível outra vez.
Em seguida, ele me penetrou com um fervor que me fez estremecer e murmurar palavras sem sentido.
Eu estava em um mundo totalmente novo, mergulhada numa euforia que só serviu como um afrodisíaco a mais.
Pude sentir nossa essência se fundir, tornando-se uma só enquanto nos envolvia e nos sufocava.
Eu fui levada ao limite. Involuntariamente, dessa vez, contraí as paredes da minha vagina em torno do meu companheiro e essa foi a gota d'água para ele.
Alfa River soltou um grunhido que sacudiu nossa cama enquanto estocava seu membro em mim sem parar.
Eu aguentei firme até que ele mudou de ângulo e começou a acertar meu ponto sensível a cada estocada.
Não pude evitar o gemido alto que escapou dos meus lábios quando meu primeiro org*smo me acertou em cheio.
Uma luz branca me cegou conforme o org*smo se apoderava do meu corpo e colocava fogo em todos os meus nervos.
Demorou um pouco até eu recobrar meus sentidos. Só então percebi que meu companheiro ainda entrava e saía de mim.
Com um pouco de esforço, abri meus olhos apenas para encontrar o olhar feroz no rosto dele, o que fez meu estômago apertar.
Para ser franca, suas estocadas pareciam mais fortes e profundas do que antes, e ele ainda atacava intensamente o ponto escondido dentro de mim.
De repente, senti outro org*smo se aproximar com força total.
Tentei contê-lo, mas foi inútil, pois meu companheiro não diminuiu o ritmo nem um pouco.
Quando meu segundo org*smo chegou, dei um grito tão alto que fez meus olhos arderem.
Aquilo foi demais para mim. Não tinha certeza se meu corpo aguentaria outro desses, mas meu companheiro quis me provar o contrário.
Ele dobrou a intensidade de suas estocadas, fazendo-me sentir um aperto no ventre que sinalizou o surgimento de um novo orgasmo. Então, seus movimentos ficaram mais desleixados, o que me fez perceber que seu próprio orgasmo se aproximava.
Ainda assim, ele continuou estocando com força até seu gozo estar pronto para ser liberado.
Enterrando sua cabeça no meu pescoço, ele raspou seus caninos sobre a minha pele antes de rasgá-la para me marcar.
Não pude deixar de gritar ao sentir meu orgasmo explodir junto com o dele. Isso elevou o prazer que sentimos a noite toda a um nível totalmente novo enquanto nossos gozos eram liberados ao mesmo tempo.
Eu ainda tremia de prazer quando ele retraiu seus caninos para limpar a ferida.
Então, enquanto ainda surfávamos na onda do nosso orgasmo, ele ergueu minha cabeça e a posicionou entre seu ombro e pescoço, dando-me permissão para marcá-lo também.
Não hesitei. Lambi sua pele rapidamente antes de cravar meus dentes no local.
Ele gemeu, voltando a enrijecer dentro de mim quando deixei minha marca nele. Em seguida, caí de volta na cama e ele se apoiou em seus braços para evitar me esmagar com seu peso.
Olhei para ele um pouco atordoada e ele sorriu em resposta. Após deixar um beijo suave na minha testa, ele ergueu os quadris e saiu de dentro de mim antes de se jogar ao meu lado.
Com uma mão, ele fez um trabalho rápido de desamarrar meus pulsos, então, ele os massageou para que o sangue voltasse a circular na região.
Naquele instante, percebi que se tivesse me concentrado mais, poderia ter me libertado facilmente. Contudo, isso foi apenas um delírio da minha cabeça.
Como alguém poderia se concentrar em qualquer coisa quando uma espécie de prazer divino com desejo carnal roubava toda sua sanidade?
Assim que terminou, ele puxou o edredom sobre nossos corpos antes de me aconchegar em seu peito.
Colocando meu ouvido em cima do seu coração, permiti que o som das suas batidas me tirassem da bolha de felicidade que eu havia me inserido.
Conforme minha excitação passava, tornei-me consciente do que me rodeava.
O cheiro de sexo no ar, os grunhidos e gemidos de prazer, além da alegria e os murmúrios festivos da alcateia.
***********
Ponto de vista de Alfa River:
Depois de passar metade do dia comemorando, finalmente chegou a hora da cerimônia. De frente para o espelho, penteei meu cabelo.
Eu vesti uma calça jeans clara, cuja cintura ficava bem baixa nos meus quadris.
Decidi não usar nenhuma cueca, pois isto só atrapalharia no final.
Enquanto isso, Kaeden continuou me importunando sobre o que nosso pai havia dito. Mesmo que eu também não estivesse muito confortável com a situação, não podia deixar passar esta oportunidade de marcar minha companheira.
Não era como se Tricia quisesse a posição de luna de qualquer jeito. Ela só queria a mim e eu ficaria mais do que feliz em atender seu desejo sempre que quisesse.
Eu caminhava em direção à porta quando Matthews entrou com uma careta no rosto.
"O que há de errado?" Perguntei, apreensivo.
"Já pensou no que está prestes a fazer? E quanto a Tricia?" Sua voz estava pesada de tanta preocupação.
"Por que todo mundo está tão preocupado com isso? Eu já pensei em tudo. Tricia e eu estamos bem. Na verdade, nunca estivemos melhores."
"E quanto a sua companheira então? O que está fazendo não é justo com ela, nem com qualquer outra mulher!"
"Minha companheira não faz ideia do que está acontecendo. Além do mais, ela não irá sofrer se não saber de nada. Ou você vai contar a ela?"
"Não… Eu jamais faria isso, mas sei que nada fica escondido sob o sol. Por favor, pense nas consequências das suas ações antes de marcá-la e reivindicá-la. Você mesmo me disse que tem a sensação de que ela já passou por muita coisa, e aqui está você pronto para fazê-la sofrer ainda mais."
"Não me venha com sermão, Matt. Tente ver a situação do meu ponto de vista. Eu gosto da Tricia por livre e espontânea vontade.
"Já Chaos, eu sei que é apenas o vínculo de companheiro que nos prende. Ela é alguém que a Deusa e o destino escolheu para eu amar e passar o resto da minha vida junto."
"Você sequer deu uma chance a ela? Não! Ela também não teve escolha, assim como você. No entanto, ela está aqui, tentando fazer esse relacionamento dar certo."
"Eu sei, mas... Deixa isso para lá, não quero mais falar da minha companheira. Conte-me sobre a sua. Ela parece ter algum problema pessoal comigo, não?"
"Bom, ela não gosta muito de você."
"Muito? Eu diria que ela não gosta nada de mim. Ela ao menos te disse o porquê?"
"Não! Não posso nem mencionar seu nome perto dela porque isso faz seu sangue ferver de ódio. Além disso, acabei de encontrar minha companheira e não quero passar nossos primeiros momentos dormindo no sofá por sua causa."
"Nossa, que ótimo amigo você é!"
"Por que você mesmo não pergunta a ela, Sr. Alfa?"
"Cala boca! E vamos indo. Minha mãe disse que já está tudo pronto."
Deixei o quarto com Matthews ao meu lado. Ao chegar lá fora, percebi que minha mãe realmente havia se superado.
Sinceramente, não fazia ideia se ela só havia se deixado levar pela empolgação ou se estava tentando puxar o saco de Chaos.
Assim como eu, ela parecia ter notado que minha companheira sempre mantinha uma parede fria em torno de si quando estava em sua presença.
Meneei a cabeça diante das saudações e felicitações que recebi dos membros da minha alcateia enquanto caminhava em direção ao altar.
Ao subir, fiquei ali parado em silêncio por alguns minutos ao lado de Matthews antes que começasse a ficar incomodado.
Não pude deixar de bater meus calcanhares, arrancando uma risada do meu beta.
O cretino não só já havia acasalado, como não precisou passar por essa espera torturante só para conseguir ter um pedaço de sua companheira para si.
Ser alfa nem sempre era um mar de rosas.
Se eu não tivesse me ocupado com Tricia durante todo esse tempo, certamente, como todo macho alfa, teria marcado e acasalado com minha companheira no mesmo dia em que a conheci.
Eu estava prestes a chamar minha mãe quando detectei o cheiro de Chaos. Virando-me em sua direção, observei com indiferença conforme Kiara caminhava até seu companheiro.
Ela nem sequer me dirigiu o olhar, porém, ignorei seu desrespeito e me concentrei em minha deslumbrante companheira.
Só de olhar para ela meu membro pulsou dentro da calça.
Tudo o que aconteceu a seguir se passou como um enorme borrão em minha mente, pois a única coisa a qual consegui prestar atenção foi no vestido pecaminoso que ela usava, muito embora achasse que ela ficaria melhor sem ele.
Ao que parecia, fiquei perdido em pensamentos por muito tempo porque, quando voltei a mim, meu pai já havia terminado a cerimônia de união e estava nos conduzindo para a parte a qual tanto esperei.
Quando vi a loba dela faiscar em seus olhos, isso provocou Kaeden a sair e brincar também. Foi assim que o acasalamento se deu início. Então, levei um bom tempo para dar prazer à minha companheira.
Queria estragá-la para qualquer outro homem, não que eu fosse permitir alguém de chegar perto dela.
Podia ser egoísta da minha parte, mas era assim que as coisas seriam. Só de tocá-la, parecia que uma quantidade enorme de êxtase havia se espalhado pela minha corrente sanguínea.
Eu estava pegando fogo e fiz questão de mostrar a ela exatamente como eu me sentia.
Ela podia ser uma mulher dominante lá fora, mas neste lugar, nesta cama, eu era o macho alfa que controlava tudo e iria provar isso a ela de todas as formas possíveis.
Ao ouvir a cada grito de prazer que saiu de seus lábios, eu e me lobo ficamos extremamente orgulhos por proporcionar isso a ela.
Dessa forma, dei-lhe prazer e recebi de volta até que estivéssemos os dois esgotados. Só então eu acabei com tudo.
**********
Observei minha companheira cair no sono ao som das batidas do meu coração. Não pude deixar de sorrir com isso. Era surreal pensar que tínhamos completado a minha parte do acasalamento. Agora, mal podia esperar para descobrir o que ela tinha para mim amanhã.
Respirando fundo, deixei minha mente vagar pelos últimos acontecimentos. Caramba! Só de pensar nisso, minhas bolas incharam e meu membro se enrijeceu novamente.
Com um grunhido, comecei a pensar em outras coisas para apagar meu fogo. A única lembrança que foi capaz de me broxar foi de quando flagrei meus pais acasalando como dois coelhos na minha infância.
Foi uma cena assustadora. Minha mente ainda inocente aos dez anos de idade havia sido contaminada. Aquele dia foi e sempre seria o pior de toda a minha vida.
Quando voltei a mim, deixei o vento dançar ao nosso redor em perfeita sincronia até ter certeza de que minha companheira estava em um sono profundo.
Olhando ao redor da cama, encontrei uma bermuda de basquete que minha mãe havia escondido para mim. Então, soltei minha companheira e me vesti depressa.
Ao me levantar da cama, envolvi seu corpo no edredom e a peguei em meus braços antes de ir direto para o nosso quarto.