Capítulo 132
1580palavras
2023-05-16 20:21
Cateline Fire - Tribo Fire.
Cateline andava o mais rápido que conseguia, sua enorme barriga dificultava, era preciso a ajuda de Cristina e Thedeu para que ela conseguisse seguir em frente.
O guarda Fredy ficava ao redor de vigia, Zebeu olhava a sua bolsa, procurando algo que pudesse usar para se defender caso alguém tentasse atacar, ele sabia que não teria a menor chance, pois ele era humano e já estava bem velho, mas ele lutaria se fosse preciso.
Cateline parava por um momento, e o som de líquido caindo ao chão alertava a todos, a bolsa de Cateline havia estourado, a mulher estava em pânico por conta de todo aquele nervosismo, diferente da ultima vez, agora era sério, o bebê iria nascer.
— Mestra?
Cristina falava surpresa vendo o vestido de Cateline molhado, a humana estava fatigada, mas as dores ainda estavam leves.
— O bebe irá nascer.. precisamos levá-la para o quarto!
Zebeu falava sorrindo, acariciando as costas de Cateline, era tudo que a mulher precisava naquele momento, um pouco de calma e um sorriso, Zebeu era humano, e sabia disso, Cate sorria feliz, ela finalmente iria poder pegar o seu filhote no colo.
— Não… o alfa mandou levarmos ela para a sala de emergência!
Thedeu falava sério, sem olhar para a humana, o sorriso no rosto de Cateline se vai assim que ouvia as tais palavras com frieza.
O guarda ficava indeciso, ele não sabia se ainda obedecia a ordem do Alfa dada a minutos atrás, ou se levava a mulher para seu quarto, onde ela teria seu parto de forma confortável.
Fredy suspirava pensativo, ele decidiu seguir a ordem do Alfa, mesmo que isso significasse a humana ter um parto mais cansativo, era mais seguro ela ir para sala de emergência.
— Vamos para a sala de emergência..
O guarda falava sério, dando alguns passos.
Cateline começava a sentir algumas contrações mais fortes, ela não entendia o porquê, mas a criança mexia muito dentro de seu ventre, a dor estava ficando cada vez mais intensa.
— Precisamos levá-la logo para a sala de emergência!
Thedeu parecia estressado, ele pegava no braço da humana e puxava com brutalidade.
Cristina não iria permitir que ele faltasse com respeito com a sua mestra, ela rapidamente empurrava o homem, ela não se importava se ele era alguém importante ou não, era dever da loba proteger a humana e seus filhotes.
— Como você ousa?!
— Estou apenas seguindo as ordens do Alfa!
Ele respondeu, olhando para a loba que estava irada.
Thedeu dizia bravo mostrando os seus dentes para Cristina que fazia o mesmo.
Zebeu, não achou nada em sua bolsa que servisse como arma, mas mesmo assim, se colocava à frente de Cateline, junto a Cristina.
— Não ouse tocar em Cateline novamente!
O velho curandeiro humano dizia sério, ele não demonstrava medo ao olhar para o Thedeu, o clima estava ficando estranho ali no corredor e Fredy não sabia qual lado estava certo.
Uma movimentação estranha chamava a atenção de Fredy, havia alguém entre os quartos no corredor, seria alguma criada? soldado? ou inimigo?
Fredy olhava para a humana e percebia que seu rosto estava cada vez mais agonizante, as contrações estavam ficando mais fortes, Cateline já quase não conseguia ficar de pé.
— Droga! O bebê irá acabar nascendo aqui! me dê a chave logo! Vamos levá-la para o quarto de emergência para fazer o parto! São as ordens do Alfa!
Thedeu começa a gritar, e Fredy acaba dando a chave a ele.
Cristina virava raivosa para o guarda, ela estava achando aquilo muito estranho, Zebeu achava o mesmo.
O guarda, sai dali correndo, indo verificar a movimentação estranha que ele havia reparado, ele sentia no ar, o cheiro estava anormal, o lobo tinha quase certeza que era um inimigo, ele confiava que Thedeu fosse levar a mulher para a sala de emergência, era a única forma dela permanecer segura.
Cristina rosnava ao ver o guarda a deixando ali sozinha junto a Thedeu, algo estava diferente, ela sentia que ele parecia ansioso com algo, a loba dava alguns passos para trás, e Zebeu segurava Cate que estava fraca, a humana não suporta e cai de joelhos.
Um som forte vinha da sala onde Fredy havia ido verificar, e não se ouvia mais nada.
Thedeu colocava a mão na cabeça, pensativo.
— Maldita humana fraca! Você está estragando os nossos planos… não era para a criança nascer agora!
Ele resmungava com o rosto raivoso, sua expressão havia mudado completamente, aquele não era o Thedeu que eles conheciam. O que havia acontecido com o antigo curandeiro lobo??
— Eu sabia…
Cristina falava de joelho ao lado de sua mestra, Zebeu quase entrava em pânico, mas ele via que Cateline precisava dele ali, forte ao seu lado.
— Está tudo bem querida… respire fundo e conte os intervalos entre as contrações… vai ficar tudo bem… Eu estou com você e vai dar tudo certo, seu bebê vai nascer bem e saudável.
Zebeu tentava apoiar Cateline que chorava angustiada, ela estava com medo de que algo ruim acontecesse, mas ela seria forte, iria aguentar a dor e tudo que fosse necessário, do lado de Cate, o curandeiro estava com as mãos trêmulas, olhando para ela angustiado.
A única chave da sala de emergência estava com Thedeu, esse era o plano do homem desde o início, agora não tinha onde Cateline se esconder.
Cristina se levantava furiosa, se colocando à frente de Cateline e Zebeu.
— Senhor… tire a Cateline daqui….
Cristina estava com as suas garras à mostra, assim como os seus dentes pontiagudos, a mulher estava pronta para lutar, ela nunca foi uma boa lutadora, ela havia nascido para servir, sua transformação era de uma loba pequena, mas isso não significava nada, ela podia ser tão feroz quanto qualquer lobo gigante. Ela daria tudo de si para acabar com Thedeu.
Zebeu tentava levantar Cateline, mas a mulher não conseguia ficar de pé, a dor era demais. Ela se contorcia e colocava a mão na barriga, as contrações estavam sendo dolorosas para a mulher, porém, ela tinha que aguentar mais um pouco.
— Vamos Cate! Precisamos ir!
O curandeiro tentava animá-la, e Cateline se forçava a levantar, entre os gemidos de dor.
Cristina avançava em direção á Thedeu, mas ele era rápido, o homem desviava dos golpes da mulher, e a empurrava contra a parede.
Ela batia as suas costas fortemente, caindo ao chão logo a seguir.
Cristina via que Thedeu ia atrás de Cateline e Zebeu, a mulher se forçava a levantar e se transformava completamente, rasgando partes de suas roupas, ela balançava os seus pêlos marrons e a sua cabeça recobrando a consciência, ela corria indo para cima do curandeiro lobo.
Antes que ela chegasse, aparecem dois homens meio transformados, eles eram enormes, eles iam para cima da loba, que se desviava, o alvo dela era Thedeu, ela precisava ganhar tempo até que Cateline saísse dali, os dois homens avançam sobre a loba a acertando fortemente, ela estava sozinha lutando contra os dois, Cristina dava um grito ao ser atingida, e Cateline que fugia olhava para trás assustada.
Era a primeira vez que Cateline via Cristina em sua verdadeira forma, a loba cambaleava tentando se levantar, sangue saia de sua boca, suas patas tremiam.
Cateline entrava em desespero ao ver sua amiga naquela situação, ela tentava dar alguns passos para trás, mas Zebeu a impedia.
— Vamos Cate! Temos que ir!
Cateline chorava, mas ela via Thedeu se aproximando, ela precisava ir, a humana sabia que Cristina queria protegê-la, enquanto a loba tentava se recompor, os outros dois inimigos se transformaram.
Eles se mostravam enormes lobos, duas vezes maiores que Cristina, a loba sabia que não iria ganhar aquela luta, com a sua garganta ferida, ela tenta uivar como uma última tentativa de chamar por ajuda.
Quando ela começava com certa dificuldade, os dois lobos a interrompiam, avançando em sua direção.
Cateline se virava rápido, ela não conseguia ver tal cena, ela fechava forte seus olhos e tentava correr, atrás ficava apenas o som de gritos vindos de Cristina, dolorosos e angustiantes gritos.
Cateline e Zebeu tentam correr, mas são barrados por mais dois homens, eles estavam ali a esperando, Thedeu estava por trás de tudo e havia planejado cada detalhe cuidadosamente nos meses que ficou ali.
Zebeu que já estava trêmulo entrava na frente de Cate, ele a defenderia com tudo que ele tinha, mesmo que não fosse como os lobos, ele não era forte, mas faria de tudo para ajudar Cate.
Enquanto os homens se aproximavam, Tomás chegava se transformado, mordendo e rasgando um dos homens, defendendo a humana e o curandeiro.
— Maldito cachorro!
O homem gritava sangrando, ele segurava forte a sua espada, havia algo ali, em sua lâmina, estava preto.
Era veneno Onix.
Tomás não conseguia falar em forma de Lobo, mas ele balançava a sua cabeça, sinalizando para que Cateline corresse, e assim ela fazia junto ao Zebeu que ajudava Cate correr sem se machucar pelo caminho.
O lobo ficava para trás, lutando contra as lâminas envenenadas, ele havia prometido a seu amigo, se fosse preciso lutar contra a morte assim ele faria.
Cateline e Zebeu tentam chegar até as escadas e saírem dali, mas Cateline não aguentava, ela achava que iria morrer, devido a dor extremamente forte.
— Vamos Cate.. só mais um pouco..
O curandeiro falava baixinho, tentando não chamar atenção, logo seria tarde demais, eles não podiam perder tempo.