Tribo Fire
Quando a porta se abria, Cateline dava um pulo assustada para trás, ela não acreditava em quem estava ali junto a Cristina.
Era Zebeu, fazia tempos que ela não o via.
A mulher corria até ele e o abraçava forte, o curandeiro cuidava e se preocupava com a moça, como se fosse o seu pai.
Zebeu ficava meio sem graça, mas a abraçava também, a mulher se emocionava ao ver que seu velho amigo havia retornado para vê-la.
— Eu estava com muitas saudades!
Cateline dizia o abraçando fortemente, e ele dava tapinhas em suas costas.
— Fico feliz em ver que você está bem! Sua mãe mandou um abraço!
Zebeu dizia se emocionando também, ele havia visto e ajudado no nascimento da jovem, viu a criança crescer, e agora estaria ali quando ela se tornasse mãe.
— Obrigada por ter vindo! Eu estava tão preocupada, não havia ninguém igual a mim para poder conversar abertamente…
Cateline desabafava, ela gostava muito de sua amiga e criada Cristina, mas ela não entendia muitas das coisas que a humana passava, ela era mais frágil e sensível que as lobas de Wisdy, era difícil para ela ali.
Todos entram, e Cateline logo oferece um pouco do doce para seu amigo e criada, todos compartilham felizes, comemorando o seu reencontro.
Zebeu conversava bastante com a jovem, lhe contando detalhes da viagem e de como as coisas estavam em sua terra natal, a moça ficava fascinava enquanto ouvia, se relembrando de sua casa, seu coração transbordava de saudades.
Se passam alguns minutos e Thedeu chega, ele levava consigo o chá de reforço que fazia todas as manhãs, ele se assusta ao ver o curandeiro humano ali.
Cateline apresentava o seu amigo a ele, mas por algum motivo o curandeiro lobo evitava permanecer próximo.
Cristina levava um café da manhã reforçado para sua mestra, e ela comia tudo, agora ela estava mais animada e disposta, Thedeu percebeu a animação da mulher, ele estava feliz em vê-la daquela forma, era importante para o bebê que a mãe se sentisse bem, ainda mais depois de do susto que Cateline havia passado de quase parto prematuro.
A humana perguntava sobre Félix a manhã toda, infelizmente ele tinha que fazer as investigações, e não conseguia passar tanto tempo com sua amada, mas ela sabia que logo tudo voltaria ao normal e eles poderiam finalmente viver suas vidas, junto a seu bebe que estava quase para nascer.
Zebeu examinava a enorme barriga de Cate, agora ele sabia o porque da gestação ser tao diferente, o bebe ali dentro não era totalmente humano, por isso a mulher parecia tão fraca e pálida, o curandeiro humano não entendia muito bem como funcionava a magia no corpo dos lobos, ele estava confuso, uma humana nunca conseguiria passar por tais mudanças em seu corpo, Zebeu anotava tudo para levar para Diego mais tarde, ele precisava mostrar ao Alfa que a humana precisava de cuidados especiais, como humano ele nem sabia explicar o que a mulher passava, era algo muito doloroso e difícil, Diego precisava saber.
Thedeu permanece ao lado de Zebeu o tempo todo, lendo suas anotações, ele também fazia algumas perguntas sobre os humanos, já que não tinha muitas informações, ele queria aprender um pouco sobre, o Curandeiro humano ficava meio desconfortável em lhe dar tais detalhes, mas ele precisava compartilhar de seu conhecimento, afinal de contas seria ele o ajudante na hora do parto de Cateline, Zebeu decide passar o máximo de detalhes ao lobo, mesmo que se sentindo desconfortável.
Cateline e Félix Fire
Cerca de um mês depois..
Se passaram um mês desde a chegada de Félix a Wisdy, as investigações sobre o traidor ainda aconteciam, o maldito era bom, e sabia se esconder, Diego estava louco de raiva, ele não acreditava que ainda não havia conseguido pegá-lo.
Félix participava de todas as investigações e reuniões sempre que podia, ele se sentia responsável pela invasão e pelas vidas de seus amigos que foram perdidas na batalha da prisão, ele queria se redimir e se tornar um grande líder.
Ele se esforçava ao máximo para passar o dia com a sua amada, ele estava quase sempre cansado e com sono, mas mesmo assim, nada o impedia de dar atenção e carinho a Cateline, coisa que ele queria ter feito desde o dia em que a viu, agora finalmente os dois estavam juntos, e ninguém podia os separar.
À noite, eles deitavam juntos e faziam carícias um no outro até dormir, Felix fazia massagem nos pés de sua amada, e a cobria de beijos.
Estava tudo perfeito, finalmente a família estava completa e feliz.
Zebeu e Thedeu visitavam Cate todos os dias, para verificar como estava o bebê, estava quase no dia da criança nascer, ela já se posicionava.
A barriga de Cateline estava enorme, a humana mal conseguia andar normalmente, todos ficavam espantados ao vê-la, Cateline fazia caminhadas todos os dias, os curandeiros disseram que faria bem ao bebê e para o parto.
Cristina estava em tempo de ficar louca, ela arrumava o quarto todos os dias com esperanças de o bebê finalmente chegar, ela havia colocado um berço e costurava vários brinquedos e roupas a mão, parecia até que o filhote seria dela.
A criada cantarolava canções de ninar dos lobos, e as ensinava para Cateline, que ouvia atenta para aprender.
Diego, por mais que estivesse estressado com toda a situação da invasão, por dentro estava ansioso e feliz, o Alfa inventava desculpas para fazer visitas ao quarto de Cateline, muitas das vezes levava um chá ou uma sopa, dizendo que era para a criança, Cate sabia que era o jeito de seu sogro e quase não se importava mais com seu jeito grosso de resolver as coisas. Ela estava se acostumando com o jeito dele e até gostava dos momentos que passavam juntos...
Milenna, Lucinda e Sandy continuavam trocando cartas com Cateline, elas estavam ansiosas para o nascimento do bebê. Cate contava tudo a elas, Sandy também estava para dar a luz, ela estava ansiosa para conhecer a sua parente.