Reino de Wisdy
Cateline Fire e o Alfa
Fazia uma semana que Diego havia mandado um espião a Aftermoon em busca de informações de como estavam as batalhas, o Alfa estava preocupado, mas sabia que seu filho conseguiria voltar seguro.
Ele também tinha ordenado que um de seus guardas ficasse como segurança de Cateline, ele sabia que ela estava segura no castelo, mas Diego era precavido.
A execução de Amanda ocorreria logo, e ele já organizava tudo, seria tudo feito da moda antiga, na praça do povoado próximo ao castelo, ele precisava mostrar o que era feito aos inimigos, se tentassem lhe infligir algum mau.
— Senhor..
Alguém chamava na porta da suíte do Alfa.
— Entre..
Diego falava sério, ainda haviam muitas coisas a serem organizadas, e o homem estava sem paciência.
O homem entrava, era um dos subordinados do Alfa.
— O informante retornou de Springdale, senhor..
O subordinado dizia com a cabeça baixa.
— E então..?
Diego perguntava, olhando fixamente, aguardando os detalhes.
— Eles conseguiram executar os Lordes Helton e Sirio…. o Reino de Aftermoon agora pertence a Joaquim Brown…
Diego olhava para os papéis por alguns segundos, e continuava a falar.
— Não quero ninguém falando sobre lobos em Aftermoon, se alguém perguntar por algo, diga que foi apenas uma missão de rotina, não quero que pensem que nos aliamos a eles… daria problemas demais ... tenho certeza que nossos aliados lobos de outras localidades iriam questionar..
O Alfa falava apoiando sua mão na testa, de certa forma ele estava aliviado por seu filho estar bem, agora ele podia dormir mais calmamente a noite.
— E sobre a humana…
O subordinado voltava a falar, Diego levantava o seu olhar ao homem, ouvindo o que ele tinha a dizer.
— O curandeiro me informou que ela anda com o apetite ruim, se a humana continuar dessa forma a criança em seu ventre pode nascer fraca, ou até mesmo antes da hora…
O Alfa voltava a se preocupar, mas agora com sua nora.. ele sabia que já seria difícil um filhote de lobisomem se desenvolver em uma gestação humana de nove meses, as lobas ficavam grávidas por onze longos meses, será que a humana aguentaria até o final? A barriga da mulher já estava grande e pesada, ele sabia que estava sendo difícil para ela.
Diego suspirava fundo e erguia as mãos no alto da cabeça, dizendo ao subordinado.
— Diga a ela para me encontrar no salão de jantar hoje à noite, irei partilhar o tempo da minha refeição com ela…
Ele falava seco, o lobo sabia que seu filho a deixava com saudades, e que esse era um periodo muito dificil na gravidez, ele lembrava de sua esposa Freya emotiva e tristonha quando esperava Félix em seu ventre, o Alfa tinha passado muitos momentos ao lado dela, e sabia a falta que isso fazia em Cateline, que passava a maior parte do tempo só.
— Sim senhor!
O subordinado se curvava e saia da sala, indo avisar a Cateline.
Diego, agora só na sua suíte, pensava em como o seu filho conseguiu vencer a batalha, ele ainda estava perplexo, ele havia conseguido, ele devia ter acreditado mais nele, ele tinha medo de que Félix não conseguisse, o Alfa havia se esquecido que ele agora era um homem, um forte homem, ele estava orgulhoso de seu filho, e queria saber de todos os detalhes vindo dele.
O Alfa decidia tomar um banho, ele chamava a sua criada para o preparar, e ela seguia até o banheiro, ele tirava as suas calças e logo depois a camisa, revelando sua barriga firme e peitoral forte, os braços grossos com veias saltadas, suas pernas eram definidas, ele aguardava nu no sofá enquanto o banho era preparado, agora tendo notícias de seu filho ele poderia relaxar um pouco.
Cateline e Cristina Fire no jardim..
— Senhora.. está muito frio hoje, e já está tarde… vamos voltar para o quarto, irei preparar algo quente para você..
Cristina falava sentada no banco ao lado de Cateline, que olhava distraída as folhagens congeladas dos arbustos.
— Está tudo bem… eu não estou com fome..
A humana estava triste, ela aguardava ansiosa seu amado voltar, a mulher acariciava a barriga que já estava enorme, seu tamanho fazia parecer que já estava quase no fim da gestação.
— O bebê precisa se alimentar senhora… é pelo bem dele..
Cristina reforçava e a humana concordava se levantando vagarosamente, no mesmo instante ela sentia o bebe mexer, era a primeira vez que ela sentia tão bem depois de tanto tempo, era uma vibração gostosa de sentir, um sorriso brotava em seu rosto, e ela olhava alegre para Cristina.
— Está se mexendo… sinta..
Cateline ia até a criada e pegava na sua mão, a colocando na barriga, Cristina sentia o pequeno ser ali mexendo, mas ela sentia algo mais, algo que ela não sabia descrever o que era.
— O que foi?
Cateline perguntava ao perceber a expressão no rosto da criada.
— Não é nada, só pensei em algo ..
Cristina ficava pensativa por alguns segundos, mas logo sua mestra chamava sua atenção, a trazendo de volta para a conversa.
— Vamos para dentro, tenho que dar algo para esse bebê comer…
Cateline se animava, fazia tempo que não ficava animada daquela forma, a criada ficava feliz em ver que ela havia decidido comer algo, as duas, entram no castelo indo em direção o quarto.
Já estava de tarde, e ao chegar no quarto Cateline come alguns biscoitos com Cristina, a uns dias ela vinha percebendo uma presença estranha sempre próxima a ela, era um guarda que antes ficava apenas na entrada do castelo, aquilo a deixava desconfortável.
— Cristina.. você conhece aquele guarda que fica sempre perto de nós no jardim?
A humana perguntava confusa.
— A sim.. acho que o nome dele e Sir Fredy.. ele trabalha a muito tempo aqui…
Cristina já havia percebido a presença do homem, mas ela sabia que ele não faria mal algum a Cateline.
A humana comia calada, tentando entender, até que alguém batia à porta.
Cristina se levantava para verificar, era um dos subordinados do Alfa.
Ele falava algo para Cristina que assentia, e logo ia embora.
— Quem era?
Cateline perguntava curiosa, levantando o olhar para sua criada.
— O Alfa quer sua presença hoje no jantar..
Cristina falava meio sem graça, era a primeira vez que o lobo fazia tal pedido, Cate fica preocupada.
— Aconteceu algo?
A humana se levantava de repente e seu corpo cambaleava, ela havia ficado tonta, sua criada corria até ela e a segurava firme, a mulher não podia passar por tantas emoções, era perigoso demais.
— A senhora está bem? Devo chamar o curandeiro?
Cristina perguntava assustada, Cate estava branca de palidez, parecia muito fraca.
— Eu estou bem… foi apenas uma tontura.
A criada ajudava a sua mestra a sentar na cama novamente, e elas aguardavam até o momento do jantar, a humana precisava descansar um pouco.
Ela fechava os olhos e adormecia por um tempo...
Se passam algumas horas e Cateline acordava, ia até o banheiro lavar o seu rosto para acordar totalmente, ela se espreguiçava e levantava os braços soltando um bocejo, ela sorria um pouco e secava o seu rosto, ela trocava de vestido, ela não sabia o motivo do convite e nem a ocasião, por isso colocou um vestido bonito, mas neutro, nada que chamasse a atenção, o subordinado voltou a bater na porta, informando que o jantar estava pronto e posto a mesa.