Capítulo 121
1497palavras
2023-04-29 00:32
Reino de Aftermoon
Felix Fire e Joaquim Brown
Felix dizia acenando com a cabeça dando mais uma olhada na outra gravida, Lucinda estava sorrindo de orelha a orelha, o lobo alongava as mãos se espreguiçando e arrumava os seus cabelos que estavam caindo em seus olhos, e logo após ele e Lucinda continuavam conversando por alguns minutos, tudo fluía muito bem entre eles, pareciam mesmo uma família, na verdade, estavam se tornando uma. Isso para o lobo era bom, ele sentia uma sensação boa, ele reparava que Lucinda também, seu coração batia fortemente, ele sentia que ela estava feliz, e isso para ele era perfeito, mas uma coisa ele reparava, que a outra grávida estava olhando de canto para ele certas vezes, o coração dela parecia bater muito rápido, as maçãs do rosto dela estavam vermelhas, ele entendia bem o que era aquilo, ele só esperava que ela parasse e desistisse logo.
Os dias passam e chegava o dia da audiência de Joaquim, os lobos aguardavam no castelo, após a guerra eles descansaram bastante curtindo o reino de Aftermoon, agora o cunhado de Félix era o único Lorde, e ele sabia que não haveriam mais guerras entre seus povos, Diego ficaria feliz em saber de tal coisa, depois de tanta matança e ódio, finalmente paz.
Os lobos ficaram na floresta de guarda no dia da audiência, tudo acontecia no meio da cidade, haviam vários humanos felizes gritando e se embebedando, o reinado mesquinho de Sirio havia acabado.
Tudo ocorria perfeitamente, Joaquim é coroado assim como Lucinda, os dois são finalmente reconhecidos.
O rei ia embora assim que fazia seu trabalho, ele olhava bastante para Lucinda, mas Félix e os outros lobos estavam atentos, se ele fizesse algo ao seus cunhados, eles o matariam em um piscar de olhos.
Havia se passado um pouco mais de um mês desde sua chegada a Aftermoon, e os lobos não viam a hora de retornar a Wisdy, Félix estava morrendo de saudades de sua amada, e não sabia por onde começar a contar sobre sua aventura com os lobos, tudo havia dado certo, e ele mostraria a seu pai que ele era capaz.
No fim da tarde todos arrumam suas coisas nas carruagens, e se despedem, eles iriam partir, já era hora.
Lucinda mandava alguns doces e conservas feitas por ela e sua mãe, ela sabia que não tinha tais coisas em Wisdy, provavelmente Cateline estaria com saudades, ela esperava que aquilo a fizesse se sentir um pouco em casa.
— Obrigada! Por tudo!
Milenna não suportava segurar mais as lágrimas, e sem pedir permissão, abraçava Félix repentinamente, que retribui o abraço com os olhos surpresos, mas logo ele colocava sua mãos gentilmente nas costas da mulher, sentindo o cheiro dela, se parecia com o de sua esposa, ele sorria ao pensar em Cate e ouvia sua sogra dizer.
— Diga a Cate que estamos com saudades… se não for pedir demais, queremos visitá-la quando o bebê nascer…
Milenna era direta ao pedir, Félix sabia que seu pai reclamaria, mas ele não daria mais ouvidos a ele.
— Minha casa é a sua casa… sintam-se à vontade para irem..
Felix dizia animado. Eles desfizeram o abraço e sorriam um para o outro, Milenna estava feliz, agora ela poderia visitar sua filha, em breve.
Joaquim, mandava alguns presentes, mesmo sabendo que não era o suficiente, não havia como agradecer por completo toda ajuda que havia recebido.
Ele chegava perto do lobo, dizendo.
— Obrigado… eu não sei como agradecer..
Joaquim estendia a mão, e apertava fortemente a de Félix, os dois haviam se tornado grandes amigos, mesmo com todas as suas diferenças.
— Sempre que precisar…me mande uma carta..
Ele piscava para o humano a sua frente e ele assentia soltando a mão dele.
Do outro lado, Sandy dizia com a voz mansa para Félix.
— Foi bom te conhecer, Félix...
Ele assentia para a humana e logo desviava o olhar, ele queria evitar dar atenção, pois sentia que ela lhe olhava de modo estranho, e ele não gostava disso...
Josefa, se despedia de cada um dos lobos, ela fazia questão de abraçá-los vagarosamente, ela nunca esteve tão feliz em sua vida por conhecer tais pessoas.
— Nos visitem mais vezes rapazes..
Ela dizia acenando quando eles estavam prestes a sair.
Tomás ainda se sentia desconfortável com a proximidade da senhora. Ele não entendia o porquê do coração dela bater tão rápido daquele jeito, ela parecia ficar vermelha sempre quando ele estava presente, Tomás apenas dava um curto sorriso para ela antes entrar na carroça.
Logo a seguir todos os lobos entravam na carroça e Félix acenava para eles, Milenna, Lucinda e Joaquim acenavam de volta, sorrindo. Félix se aconchegava dentro da carroça e finalmente partia.
Quando os portões do castelo se abriram, Zebeu apareceu correndo, carregando a sua bolsa.
— Esperem! eu irei com vocês…
Ele gritava para que as carruagens o esperassem.
— Zebeu?
Lucinda olhava assustada.
— Eu irei ir minha Lady, preciso ver como está sua irmã, prometi a Frederico que cuidaria de você, agora que você está salva, irei conferir como Cate está..
O velho falava ofegante, e Félix parava as carruagens aguardando o curandeiro se despedir de todos.
— Obrigada por tudo Zebeu, me mande notícias. – dizia Lucinda.
— Claro minha Lady, até mais minha amiga.
Ele dizia para Milenna que o abraçava, ele acenava para elas e Joaquim, que faziam o mesmo.
Martin, por outro lado, estava no seu quarto dormindo, o garoto graças a Deus não presenciou a guerra, ele sempre ficava com alguma criada no quarto ou com sua mãe, Lucinda e Milenna queriam evitar de que ele soubesse o que tinha acontecido, sempre quando ele ouvia barulhos de gritos dos soldados da batalha, as criadas ou até mesmo Milenna e Lucinda contavam histórias para ele dormir, para tirar ele da confusão que acontecia, agora aquela loucura havia passado, e a criança podia viver sua juventude em paz, se divertindo e em família, aquilo era tudo que sua mãe e irmã queriam.
O Curandeiro corria em direção a carruagem e se acomodava lá dentro, Zebeu sabia que o Alfa ficaria em seu pé, mas ele seria forte, Cateline era uma humana, e precisava de cuidados de um humano também, assim como os seu bebê, que era metade humano.
As carruagens saiam em direção a Wisdy, todos os lobos estavam felizes e animados, eles sentiam saudades de suas casas.
Félix, permanecia a maior parte do tempo calado, pensando em sua amada, haviam se passado muitas semanas, a barriga de seu amor deveria ter crescido um pouco, ele estava ansioso para vê-la, sentir seu cheiro, beijá la..ele queria matar toda a saudade que sentia… ele tinha novidades para ela, sobre as cartas de sua irmã e também sobre a batalha, sua família estava a salvo. Félix sorria ao pensar nisso e olhava para a janela da carruagem.
Seu amigo Fabrício falava, tirando a atenção do lobo...
— Felix, sabia que Tomás tem uma admiradora??
O lobo olhava para eles sem entender, e negava com a cabeça, Fabrício então continuava...
— Bom... ele não teve sorte, estava todo garanhão hoje no banquete e conquistou o coração de uma criada...
Ele não aguentava e começava a rir, todos os outros lobisomens na carroça também riam, Félix ficava sem entender e sorria ao ver eles rindo daquele jeito.
— Vai, conte, quero saber.
Felix cruzava os braços sorrindo para ele, curioso, Tomás entrava no meio com um olhar sério para os outros, dizendo.
— Calem a boca, não comecem...
Félix não ia deixar aquela conversa acabar ali, ele dizia decidido.
— Nem vem, podem me dizer, quero saber quem é a mulher humana que se interessou pelo nosso amigo Tomás..
Ele batia no braço do amigo, que virava para o outro lado fumegando de raiva...
Fabrício então dizia rindo sobre a criada idosa, Josefa, ele contava como ela era, que usava uma bengala e Félix se lembrava dela, no final, ele concluía.
— Ela até ofereceu doces no final do banquete para Tomás, os dois formam um lindo casal... você tinha que ver Félix.
Felix ria baixo, Tomás não gostava da brincadeira e ficava calado, Félix então dizia a todos...
— Tá bom... Bem que Tomás mereceu, ficou se achando de mais, mas o que que tem amigo? Você é solteiro, é normal sentirem atração por um lobo como você…
Tomás dava de ombros e dizia fitando a todos.
— Além do mais meus amigos, nunca me interessaria por uma humana, prefiro as minhas semelhantes.
Félix dava de ombros.
— Bom, nós não mandamos no coração meu caro, depois vi Cate pela primeira vez, nunca mais consegui me afastar dela, isso pode acontecer com qualquer um de vocês, portanto nunca digam que não irão se apaixonar por uma humana, pois isso pode acontecer... Cate foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida...
Félix sorria se lembrando do cheiro da amada, em breve ele estaria com ela.