Capítulo 120
1355palavras
2023-04-29 00:31
Reino de Aftermoon
Felix Fire e Joaquim Brown
Uma grande parte dos mercenários haviam se rendido, e Joaquim providenciava a volta dos homens as suas terras natais, alguns dos corpos sem vida foram cremados e outra parte embalada para retornarem de onde vieram.
Joaquim se recuperava assim como Arantes no castelo Brown, finalmente havia paz e todos podiam viver calmamente.
Dirce e sua família, foram morar junto ao Lorde, onde estavam se recuperando e iriam trabalhar assim que tudo voltasse ao normal.
Helton ao falecer, havia deixado várias de suas concubinas e esposa.
Francesca Flowers se recusou a se render, e retornou para sua terra natal, reino de Diamonds, prometendo um dia se vingar, mas Joaquim sabia que ela não faria tal coisa, não tinha mais o porquê da mulher lutar ou permanecer ali.
Rei Isau já havia marcado a audiência, que ocorreria a cerca de duas semanas, Felix iria aguardar o dia, para se certificar que tudo desse certo, ele não poderia comparecer, mas ficaria de guarda até que tudo acabasse.
Lucinda estava finalmente feliz, mesmo com rumo que as coisas levaram, seu marido havia se ferido, mas graças a Félix e sua irmã tudo havia corrido bem, e agora, depois de toda aquela luta, Lucinda enfim estaria segura, pelo menos no momento não havia mais riscos de guerra.
Os dias passavam lentamente, e Joaquim organizava todos os detalhes das mudanças.
As concubinas de Helton estariam sendo libertas, mas caso quisessem permanecer no castelo, teriam de trabalhar como criadas, essa era a regra.
Joaquim, Lucinda e o restante da família, se mudariam para o castelo principal em Springdale, agora o Lorde ficaria com os três castelos de Aftermoon, haviam muitas papeladas a serem organizadas.
Lucinda Brown chama Félix para conversar, agora que tudo havia se acalmado, ela finalmente poderia perguntar sobre a sua irmã Cateline e saber como as coisas estavam.
Ela preparava alguns lanches junto a sua mãe Milenna, mesmo não sendo mais uma camponesa, ainda gostava de trabalhar e cozinhar.
As mulheres preparam tudo, e deixam na mesa, elas queriam agradecer a todos os outros lobos também, Joaquim providenciava alguns presentes para Félix levar como sinal de gratidão, já que infelizmente eles não poderiam firmar uma aliança pública, teria de ser tudo em sigilo, Félix preferia assim também, pois seu pai nunca permitiria tal coisa, os humanos para ele eram inimigos declarados.
Os lobos entravam na sala enfeitada, a mesa estava repleta de gostosuras, haviam tortas de sal e doce, bolos, frutas e pães recheados, doces e muito mais, os soldados de Joaquim também estavam ali perto da mesa e olhavam a imensa quantidade de comida, eram para todos eles que lutaram grandemente, eles sorriam uns para os outros e se sentavam, começando a comer.
— Obrigada a todos por terem vindo… espero que gostem da refeição….
Lucinda dizia alegre, finalmente tudo estava em paz. A Lady usava um vestido rosa escuro, e também um chapéu elegante na sua cabeça, ela estava contente por tudo estar bem outra vez, sua criada estava ao seu lado sorrindo junto a ela, ver ela contente assim, lhe animava, nada melhor do que ver sua mestra feliz e a casa cheia de harmonia e paz.
Félix se sentava e todos os outros lobos o acompanhavam, o velho lobo Arantes ainda estava muito ruim por conta do veneno, então preferiu ficar na cama de repouso.
— Agora que tudo está resolvido, finalmente, gostaria de pedir um favor a você cunhado… se não for problema, queria que levasse essas cartas para Cateline, há muito tempo que não converso com ela, e gostaria de voltar a trocar correspondências, sei que ela está com saudades assim como eu..
Lucinda dizia segurando algumas cartas a sua mão, ela parecia ter muitas coisas a contar à sua querida irmã. Félix olhava para ela assentindo e respondia a mulher.
— Claro… eu as levarei com maior cuidado, não se preocupe.
Felix dizia sorrindo, ele não imaginava que seria tão aceito pelos humanos ali, pareciam parte da família, os outros lobos estavam se sentindo em casa também, tudo estava perfeito, o clima bom e aconchegante.
Tomás passava a mão no cabelo, o arrumando delicadamente, jogando para trás, quando ele fazia tal gesto, os músculos de seu braço ficavam a mostra, parecia até que ele se exibia, haviam algumas criadas ali paradas esperando para servir os homens, e ele queria se mostrar um pouco, após alguns instantes ele percebia alguém lhe observando, seu instinto fazia com que ele se virasse rapidamente para ver quem era, e ele se depara com a dona Josefa, com um sorriso no rosto olhando para o jovem, ela via tudo que ele fazia, a senhora parecia pensar em algo, Tomás percebia o coração da idosa bater rápido, ele ficava sem jeito, se sentindo estranho, evitando olhar para a senhora, cobrindo o rosto com a mão, ele não queria chamar a atenção justo dela, ele pensava que uma criada humana mais jovem ficaria olhando para ele, mas era Josefa que olhava para o lobisomem com certos olhares, ela andava até a mesa e pegava alguns doces colocando em um prato, levando para o homem..
— Que tal alguns docinhos, querido?
Ela falava com a sua voz trêmula, sempre com sua bengala, a velha colocava o prato na mesa, a frente de Tomás, que olhava quase em pânico para os amigos, que davam gargalhadas rindo do homem, eles estavam adorando ver aquela situação. O lobisomem e a velha, eles não deixarão aquilo morrer, sempre iriam se lembrar e atormentar Tomás por isso, Fabrício fingiu uma tosse, ele batia no braço do amigo e acabava por rir mais um pouco junto aos outros... Tomás parava de olhar para os idiotas de seus amigos e olhava para a senhora, dizendo.
— Obrigado, vovó..
Tomás dizia sem jeito, e parava de olhar a senhora a sua frente, a criada ficava ali alguns segundos olhando o jovem de baixo para cima, ela achava ele muito atraente, e Tomás era, tinha um corpo de tirar o fôlego como os demais, os cabelos grandes eram encantadores, a criada nunca havia visto um homem assim antes, ela até desejava ser mais jovem para flertar com o lobo sexy, logo a seguir, ela saia voltando para a cozinha.
Os amigos de Félix continuavam a rir de Tomás, o rosto deles estavam vermelhos de tanto rir, Tomás dizia comendo os bolinhos.
— Calem a boca, vão comer.
Ele revira os olhos e Fabrício dizia rindo dele ainda...
— Nunca esqueceremos, você é a vovó.
Os outros enchiam a boca de comida para não rir mais, estava dando dor de barriga de tanto rir.
Felix que conversava com Lucinda um pouco distante, não entendia muito bem o que acontecia no canto da mesa, os homens davam gargalhadas e riam, ele gostava de ver todos daquele jeito.
— Que bom que todos estão se dando bem..
Lucinda dizia vendo todos rirem, seu olhar acompanhava cada amigo de Félix, pareciam bem contentes e felizes, após a tal guerra, aquilo era perfeito, esse clima de alegria e conforto, aquilo fazia a Lady se sentir muito bem. Ela voltava a olhar para Félix dizendo.
— Bem.. deixe-me terminar de lhe contar os detalhes… eu escrevi tudo nas cartas, mas quero que você saiba também.
Felix assentiu aguardando a mulher falar. Ele apoiava o cotovelo na mesa e sua mão ficava em sua bochecha, ele virava o rosto para o lado, olhando para a humana a sua frente.
— A umas semanas atrás, uma mulher grávida apareceu… ela dizia ser uma parente distante, no começo ninguém acreditou, mas conseguimos fazer o teste ... e por incrível pareça ela dizia a verdade.
Lucinda dizia olhando para Sandy que estava à mesa comendo, a barriga da mulher já estava grande.
Felix reparava bem, e percebia uma certa semelhança entre as mulheres, mas não sabia dizer ao certo qual, Cateline ficaria feliz em saber sobre essa nova integrante da família, ele sabia disso.
— Eu direi a ela que vi a moça, ela ficará feliz em saber que todos estão bem, a família está crescendo e isso é uma benção.