Capítulo 69
1079palavras
2023-04-08 06:53
Após a ronda de Félix e os demais acabarem, eles ficam animados, achando que talvez estivessem exagerando, Félix não desejava uma guerra, ele queria a paz, mas isso era impossível. A maioria não pensava como ele, infelizmente, de qualquer forma era importante ter cuidado, um deslize e tudo poderia sair do controle.
Enquanto todos caminhavam despreocupados pela mata, indo até o castelo, um dos guardas gritou ofegante..
— Intruso …
Todos ficam imediatamente de prontidão, eles olham atentos para todos os lados procurando o inimigo, de longe Félix o avista, ao focar bem ele consegue encontrá lo, o vento estava atrapalhando, mas Félix sabia quem era, era um dos malditos lobos da tribo Ice, Félix se apressa e começa a correr em direção o inimigo, ele sentia todo seu corpo queimar de raiva, os outros tentam o acompanhar, ele pisava forte no chão deixando o rastro na neve macia, enquanto félix corria, deixava a ira o dominar, ele não ia se segurar, o homem se transforma em lobo, a dor era insuportável, era possível ouvir o som dos seus ossos mudando de forma enquanto ele corria, mas ele não parava, com um salto ele pula transformado e continua sua caçada, seus aliados o acompanham, se transformando logo em seguida.
Félix e seus aliados se dividem em grupos, eles queriam cercar o maldito, o lobo inimigo estava muito a frente, quase sumindo de vista, Felix agora tinha certeza que seu pai estava certo, a tribo Fire estava em perigo, não só por conta dos humanos, mas tambem por conta de sua propria espécie.
Os lobos correm sentindo a forte adrenalina, até que perdem completamente o intruso de vista, o vento estava a favor do maldito e eles não conseguiam o rastrear, Felix para ofegante, olhando fixamente para onde o lobo havia corrido.
Percebendo que não havia mais rastros, Félix para as buscas, com um uivo ele avisa seus aliados que não tinha mais ninguém ali, no mesmo instante eles respondem com outro uivado, dando sinal que não havia nada por lá também.
Félix fica com raiva, ele sabia que aquele maldito iria passar alguma informação para o Alfa Ice, frustado, ele rosna furioso, ele não podia permitir que seu clã e familia corressem riscos, ele sabia como os lobos dos outros clãs eram brutais, eles fariam qualquer coisa para ter a criança mestiça, Felix sabia daquilo, ele precisava proteger Cateline e seu clã, era assim que um Alfa agia.
Felix retornava a sua forma humana, ele prendia a respiração e sentia seu corpo mudar, suas roupas haviam sido rasgadas completamente, haviam apenas trapos sobre seu corpo nu, enquanto ele tentava recuperar sua respiração ajoelhado na neve, seu amigo Tomas chega, percebendo a expressão de ódio no rosto de Félix ele fala tentando o consolar.
— Calma irmão… vamos pegá-los, não vamos deixar eles se aproximarem, vamos proteger nossa casa.. e o seu bebê..
O Alfa Diego havia contado a alguns de seus subordinados sobre a criança, apenas para os mais fiéis, ele precisava de aliados fortes, e era necessário que eles soubessem a verdade, só assim saberiam como agir caso necessário.
Félix, levanta o olhar sorrindo torto para seu amigo, ele sabia que podia contar com Tomas, ele aperta a mão de seu amigo usando como apoio para se levantar, Tomas da um tapa de leve nas costas do amigo, e os dois retornam para casa caminhando calados, eles sabiam que deviam tomar cuidado, aquilo não era uma simples brincadeira.
Após a janta, Félix já havia tomado seu banho e contado ao seu pai o que houve mais cedo, uma nova patrulha já estava montada, havia vigias dentro e fora do castelo, em especial na porta do quarto de Cateline, Félix pediu para que alguns dos guardas ficassem de olho na humana por precaução.
Felix queria vê-la antes de dormir, ele temia que algo acontecesse, mais cedo, quando conversou com seu pai, ele pôde sentir a preocupação vinda dele, foi uma das poucas vezes que o velho Alfa demonstrou tal sentimento.
Ao visitar Cateline, Félix vê sua amada tomando chá antes de dormir, ele sorri enquanto a observa ao entrar, a criada percebia o clima no ar e dizia enquanto saudava o filho do Alfa.
— Boa noite senhor Felix..vou os deixar a sós.
Ela se curva se despedindo dos dois e sai do quarto.
Cateline toma metade do chá, e diz contente em ver seu marido.
— Como foi seu dia, marido?
Ele senta ao lado dela, admirando a mulher linda que ela é, sem dúvidas ele achava ela a mulher mais bela do mundo, ele sorria e respondia contente ao saber que ela estava bem.
— Foi intenso…te contarei outro dia, hoje não é o momento certo… bom, estava pensando hoje, você está muito bem, graças ao Thedeu e os cuidados de todos, que tal escrevermos uma carta a sua mãe e irmã? Queria a visita deles aqui, quero que vejam que está bem, você deve sentir saudades também.
Felix via como Cateline parecia solitária, todos os dias desde que chegou ali, ela permanecia sozinha e cabisbaixa, ela tinha apenas Cristina com quem conversar, ele queria que sua amada se sentisse em casa, por isso, pensou que talvez uma visita a animasse um pouco.
Cateline assente e fica um tempo olhando Félix antes de responder, ele nem sempre tinha tempo para ela, mas sempre dava um jeito, a mulher amava a atenção que lhe era dada, isso fazia com que ela não permitisse que ninguém dissesse a ela esquecer o homem ali, ela lutaria por ele, até o fim.
— Acho uma boa ideia… você pode me ajudar? Depois podemos conversar um pouco.. pode ser? Sinto falta disso as vezes..
Félix assente e se levanta para pegar o papel, a pena e a tinta.
Ele se senta ao pegar todo o material e responde sua amada.
— Vamos escrever e conversar depois… Irei começar escrevendo alguns detalhes sobre a localização, quando você terminar o chá pode continuar a carta.
Ela assente e sorri ao marido, levando a xícara aos lábios dando um grande gole no chá, estava bem doce e muito gostoso.
Cateline ficava olhando Félix começar a escrever e seus olhos não fechavam um minuto sequer, ele parecia mais atraente a cada dia, aqueles cabelos longos e negros, os olhos escuros e sexys, a voz grossa e seu físico impecável, Cateline sabia que a cada dia iria amar mais o lobo, seus batimentos aceleravam a cada olhar.