Capítulo 68
1207palavras
2023-04-08 06:51
Tribo Fire, Cateline e Félix.
Alguns dias depois …
Cateline se sentia um pouco melhor, mas ainda estava de repouso, faltavam alguns dias para ela finalmente ficar bem de saúde e poder conhecer o castelo, ela ficava no quarto, lendo alguns livros e passando o tempo, Cristina, fazia algumas massagens para ajudar nas dores e servia refeições no decorrer do dia, Cateline estava gostando dali, mas queria conhecer mais o local.
A humana sorria animada só de pensar nas visitas que Félix fazia ao entardecer, ele perguntava como foi o dia dela e eles se olhavam com bastante ternura, ela sabia que ele sentia algo por ela, e ela o mesmo, mas os dois não podiam se envolver, se não tudo estaria arruinado, eles podiam ser somente amigos e isso magoava o coração da mulher, ao pensar que seriam apenas amigos, mas assim que devia ser.
Cateline passava o dia contando os minutos para dar o horário da visita, ela tentava não demonstrar afeição, mas era difícil, a cada dia que passava mais vontade de permanecer ao lado de Félix ela tinha, e assim, esperança brotava.
Amanda por outro lado, tentava a todo custo falar com Félix, ele dava atenção a ela por alguns minutos e logo se afastava, dizendo que tinha trabalho a fazer, e isso fazia a loira ficar com muita raiva, ela sabia que Félix ia ver a tal da humana todos os dias, e isso a deixava com muito ódio, ela queria acabar com Cateline e ela já pensava em um plano.
Diego todos os dias, fazia reuniões com seus parceiros sobre a possível guerra, a tribo Ice estava se aproximando cada vez mais, e ele temia que eles descobrisse sobre a humana grávida, eles não poderiam saber, por isso, a tribo Fire queria estar pronta caso eles tentassem algo, também tinha o reino de Aftermoon, ele sabia que eles iriam agir a qualquer momento, afinal, o reino humano queria matar todos os seres mágicos, mas o Alfa não iria permitir tal coisa, a raiva crescia no coração de Diego sempre que ele pensava nisso.
Diego sai do quarto acompanhado de seus leais guardas e todos eles vão até o jardim organizar a patrulha ao redor do castelo, um outro grupo faz rondas pelas matas, sempre verificando se não há inimigos por perto.
Dias mais tarde..
Passaram-se uma semana, e a barriga da humana começava a apontar, Félix havia visto na noite anterior, quando ela estava deitada de lado, a barriga da mulher já dando forma, ele achava estranho, pois ela tinha poucas semanas de gravidez, e a barriga já estava se formando.
Era muito curioso, pois ela era humana, e ninguém jamais viu uma humana grávida de um lobisomem, eles não sabiam como o corpo humano funcionava, Félix tentou não se preocupar muito, mas ele falaria com o Curandeiro depois, se aquilo que viu era normal.
No dia seguinte, ele toma café e se apronta para se reunir com seu pai, eles iriam dar algumas voltas pela floresta e analisar se algum inimigo estava por perto, após Cateline ter se mudado para o reino Wisdy, Félix e os demais sempre se revezavam para patrulhar o território, eles queriam a humana protegida, afinal ela carregava o futuro Alfa da tribo.
Após comer, Felix limpa sua boca com um pano, e então se levantava para ir a sala de reuniões, ao andar pelo corredor, ele vê ao longe Cateline, com seus cabelos soltos e longos, ela estava linda, parecia uma pintura graciosa em vida, ele acabava sorrindo sem querer, ao perceber ele fecha a cara olhando para os lados, se lembrando dos termos do contrato, ele não queria que o casamento fosse desfeito por conta de afeição, felizmente não havia ninguém por perto, ele começa a caminhar devagar olhando de canto para Cateline, que olhava para fora do castelo, o gramado estava repleto de neve, e o sol estava fraco no céu, Cateline usava um casaco enorme e luvas em suas mãos, usava um sapato fechado e ela sorria olhando a paisagem, ela estava com o nariz vermelho de frio, pois ainda não havia se acostumado com o clima, mas logo iria, Félix se aproximava mais sentido o cheiro doce dela e Cateline se vira, percebendo a presença do homem alto.
— Oi, bom dia… Marido…como você está?
Eles se cumprimentavam assim, na tribo Fire as esposas tinham que ter total respeito pelos seus maridos e não os chamar pelo primeiro nome à vista, somente quando estivessem sozinhos, era um costume estranho, mas com os dias ali Cateline já se acostumava.
Félix sorria ao cumprimentar a mulher dos seus pensamentos.
— Bom dia, querida esposa, estou bem, e você? Como está nossa criança?
Cateline fica corada ao ser chamada de “querida”, Félix sempre era amável com suas palavras e aquilo deixava o coração de Cateline confuso, a mulher coloca a mão em sua barriga e responde.
— Estamos bem, obrigada… acabei de tomar o café, estava uma delícia, eu vou dar uma volta pelo castelo agora. tem muita coisa que ainda não vi.
Félix assente dizendo enquanto saia.
— Vou ver com meu pai um horário para te mostrar tudo, infelizmente ando com muita coisa para fazer, mas teremos um tempo para conversar, quero te mostrar o lugar, tudo bem?
Cateline sorri para ele, e diz após colocar uma mecha atrás da orelha.
— Claro, e sei que é ocupado… tudo bem, não tem problema, a gente se vê depois, tome cuidado.
Félix amava quando Cateline demonstrava preocupação com ele, o homem se aproxima um pouco antes de partir, olhando bem de perto os olhos doces e a boca tentadora da mulher, ele se controlava para não a beijar ali, ele se segura e então se despede.
— Eu vou, prometo, eu volto mais tarde.
Ele piscava para ela e saia dali, sem olhar para trás, porque se ele olhasse, ele podia muito bem cometer uma loucura e beijar aqueles lábios rosados.
Cateline sentia seu coração quase sair de seu corpo, Félix mexia com ela, a mulher sabia que seu coração seria sempre dele, mesmo não o tendo por completo, ela via ele sumir junto seu cheiro gostoso, ela amava sentir o aroma daquele homem, ele era tão diferente dos outros, e ela ficava cada vez mais pensativa, mesmo sabendo que não podiam ficar juntos, que era impossível, ela sentia que já amava aquele homem.
Cateline não iria desistir, a humana iria mostrar o amor que sentia por ele a todos, mas sem falar, apenas com ações, sendo uma mulher forte e inabalável, era iria aceitar as crenças, o jeito deles e seus costumes, ela se tornaria uma Fire e iria agir como tal, ela faria com que todos dali a aceitassem, e quem sabe assim, no futuro eles pudessem ser uma casal normal.
Cateline sorri enquanto pensa, e quando se vira para caminhar um pouco, encontra com Amanda, a loba não ia com a cara dela, mas Cateline não sabia o porquê, ela queria entender.
Amanda apenas a ignora e sai quase a atropelando, a humana respira fundo ignorando aquele comportamento, ela queria distância de problemas, ela sabia que só iria arranjar problemas se discutisse com alguém que estivesse ali a mais tempo.