Capítulo 67
1405palavras
2023-04-08 06:50
Tribo Fire
Cateline e Félix Fire...
Se passaram algumas horas, e Thedeu, o curandeiro da tribo Fire havia chegado ao quarto de Cateline, a mulher ainda sentia muita dor, ela não se sentia bem e escondia isso, ela segurava os gritos e apertava os olhos a cada fisgada que sentia, era como se algo sugasse seu interior, ela não sabia o que estava acontecendo, o porque daquilo, o homem então se aproximava dizendo a jovem ali deitada.
— Senhora Cateline? Vou te examinar, tudo bem?
A mulher abria os olhos e observava o homem à sua frente, ele usava casaco de pele, era alto e forte, assim como Félix.
Cateline então se senta com cuidado na cama e o curandeiro começa a examinar a mulher, ele ouvia os batimentos cardíacos e ficava sério por um tempo, estavam fracos, pareciam quase falhar, o curandeiro ficava preocupado com a mulher, a boca dela estava bem seca, ele então coloca a mão sobre o braço dela e vê como estava fria.
Thedeu percebe o quanto a humana sentia frio, então pega um cobertor que estava próximo e o coloca sobre os ombros dela, que se aconchega no tecido grosso e quente, o homem dizia preocupado.
— Agora, irei verificar como está a criança..
Ele erguia a mão para tocar na barriga na humana, pedindo permissão com o olhar e ela cedia, Thedeu então colocava as duas mãos sob a barriga da mulher e fechava os olhos, ele se concentrava e conseguia sentir a energia do bebê, no começo o lobo tem dificuldades por conta do barulho, mas depois de focar bem ele conseguia sentir, ele estava bem mais saudável do que da mãe, um bebê tão pequeno assim e já parecia forte, ele estava sugando toda a energia de Cateline, era por isso que a humana estava tão fraca, o homem respirava pensando nisso tudo e então retirava a mão da barriga dela, ele diz a mulher.
— Seu bebê está bem, vou preparar um chá para te ajudar a se fortalecer, tambem irei lhe receitar alguns medicamentos, não se preocupe… é só um caso comum na gravidez, o cansaço extremo e as dores, o importante é que não há sangramento, não tem com o que se preocupar, ok? Eu já trago o chá e outras ervas, você precisa ficar uma semana de repouso, só se levante para esticar o corpo de vez em quando, tomar seus banhos e dar pequenas voltas pelo quarto, sua criada vai te ajudar no que for preciso, logo volto com as medicações..
Cateline fica confusa, sem entender como o tal curandeiro sabia sobre o bebê, talvez ele tivesse muita experiência com aquilo, ela não sabia o que pensar, Cateline esperava mesmo que seu bebê estivesse bem, ela então pergunta ainda com medo de seu filho(a)não estar em segurança.
— Meu bebê, está bem mesmo?
Ela perguntava curiosa, a sua voz sai falha, mas ele entende perfeitamente, ele sorria para a mulher e respondia.
— Está, confie em mim, o coração dele bate mais rápido do que o seu, acredite, ele está muito bem…
Cateline assentiu confusa e agradeceu com um sorriso sem jeito.
— Obrigada, Curandeiro…
Ele assente e sai do quarto de Cateline, Thedeu se perguntava em como aquela humana ainda estava viva, uma humana carregando um lobisomem não aguentaria até o final da gestação o bebê sugando sua energia, ele achava curioso ela conseguir resistir, a humana parecia ser forte, essa devia ser a única razão.
Após examiná la, ele segue aos aposentos onde iria preparar as ervas para restaurar a energia de Cateline, ele iria usar ervas raras e mágicas, várias coisas em Wisdy tinha em comum a magia, ele iria preparar todos os dias esse chá mágico para a humana, aquilo iria repor suas forças, também, iria lhe dar um colar mágico que serviria como catalisador, dessa forma o bebê poderia drenar as forças da humana, pois o colar mágico sempre iria ajudar a repor, e assim, talvez a humana poderia sobreviver a gravidez, ele pega a joia com pedras azuis e faz algumas orações sobre o colar, ele o abençoa com esperanças de que a humana sobrevivesse a gestação..
Mais tarde...
Cateline havia tomado banho, a criada havia lhe ajudado, a humana ainda sentia dor, mas a água aquecida havia ajudado bastante.
A criada ajudava ela a vestir um dos lindos vestidos que Félix havia comprado, e por fim, ela colocava dois casacos bem quentes sobre o vestido, assim ela não sentiria tanto frio, Cateline caminhava bem devagar até sua cama, e a criada colocava mais lenha na lareira, o calor logo iria se espalhar pelo quarto, a criada se levantava limpando as mãos em seu avental e dizia a Cateline.
— Minha Senhora, sua janta está pronta, você quer comer agora? É um caldo bem típico daqui, acredito que vá gostar.
Cate assente e agradece.
— Muito obrigada.. pode me chamar de Cateline…
A criada pegava o prato e levava até Cate, suas mãos ainda estavam trêmulas, mas agora pelo menos a dor havia diminuído um pouco.
— Se quiser posso te chamar de Cateline…mas só quando estivermos a sós, quando estivermos em público, devo lhe dirigir com respeito, pois você é minha senhora, eu sirvo a você agora, são ordens de senhor Diego e Félix.
Ela se curvava e se virava para sair do quarto, Cateline perguntava apressada antes da criada sair.
— E qual o seu nome?
A criada respondia envergonhada, era a primeira vez que alguém lhe tratava com tanta intimidade.
— Sou Cristina minha Senhora, quer dizer... Cateline… bom apetite, vou até o armazém pegar mais cobertores reservas para você e alguns lençóis de cama, eu já volto.
Cate assentiu e sua criada, Cristina, saia do quarto, mesmo com um pouco de dor, Cate tomava o caldo, estava uma delicia, ela lambia os lábios, pois estava com fome o dia todo, ela sabia que iria querer comer mais, ela havia tomado o caldo em questão de meio minuto, Cateline então limpa a boca mão, e sorri se sentindo melhor, ela sabia que logo estaria bem novamente, que aquela dor, logo iria passar...
Mais tarde...
Cateline havia tomado o chá receitado pelo curandeiro, rapidamente seu corpo ficou sonolento, e a humana conseguiu finalmente descansar.
O chá iria repor suas forças, suas energias, Thedeu havia colocado o colar no pescoço da jovem também, quando ele disse que a joia ajudaria na gravidez Cate não entendeu muito bem,para não contar a verdade a humana, ele disse que é uma crença antiga, que ela podia confiar, e assim ela fez, confiou no curandeiro do reino que agora ela pertencia, Cate teria que aprender os costumes dali e aprender a conviver com todos.
Enquanto ela dormia, Thedeu se retira, ele pensava que Félix e o Alfa deveriam contar logo toda a verdade para a humana, sobre quem eles eram de verdade, e sobre o bebê que crescia no seu ventre, ela tinha que saber que ele não era totalmente humano..
Já noite, antes de Félix ir para seus aposentos, ele decide ir até o quarto de Cateline, ele havia conversado com seu pai mais cedo, sobre dizer a verdade a humana e ambos concordaram em contar mais tarde, assim que ela se recuperasse.
Felix queria saber como ela estava, se estava bem, como tinha passado o dia, ele não havia tirado a humana de seus pensamentos um minuto sequer, mesmo nas reuniões e assuntos sérios, ele precisava se esforçar para focar em algo que não fosse a humana.
Ao chegar no quarto, ele vê ela dormindo profundamente, ele via que a criada estava no banheiro organizando algo, ele então aproveita para se sentar ao lado de Cate, afagando os cabelos de sua amada, ele se curvará dando um beijo rápido no alto de sua cabeça, logo ele se afasta e tira a mão da cabeça dela, ninguém podia o ver fazer aquilo, se não tudo estaria arruinado, mas ele não podia controlar seu coração, que batia rápido quando via a humana.
Ele sentia o cheiro dela e ficava louco, ela exalava um aroma doce e agradável, como ele queria provar o corpo da mulher novamente, ele negava com a cabeça tentando controlar seus pensamentos e resolvia ir dormir, sair dali, agora ele pelo menos sabia que ela estava bem, e isso o deixava contente, Félix se levantava e seguia até a saída, agora ele podia dormir tranquilo.