Capítulo 61
1019palavras
2023-04-04 01:47
Tribo Fire
Amanda Fire, concubina de Félix.
Amanda passa a maior parte de seu dia atrás de Félix no castelo, quando ele não está, ela tenta descobrir sobre o que ele faz quando está fora, isso tem se tornado um mau hábito da moça, que irritava não só Felix, como os outros ao redor, ela sempre foi uma jovem egoísta e metida, menos para Félix, na frente do homem Amanda fazia de tudo para ser vista como perfeita.
Fazia alguns anos que ela havia assinado um contrato de comprometimento como concubina do filho do Alfa, a ideia era que um dia ela se tornasse a esposa, quem sabe os dois pudessem ter filhos e formar uma família.
O problema é que mesmo com a beleza exuberante que a jovem tinha, infelizmente seu interior era abominável, a moça vivia afastando os amigos de Félix, e suas possíveis pretendentes também, ao ponto de levar advertências do próprio Alfa, para que parasse de se interferir em assuntos que não eram dela.
— Onde Felix foi? Ele vive sumindo esses últimos dias…
Amanda fala apertando o casaco de pele que vestia, a neve caia vagarosamente, formando amontoados nos cantos do jardim..
De longe, a jovem vê alguns guerreiros treinando e reconhece alguns dos homens, muitos deles estavam sem camisas balançando suas espadas, eles eram musculosos e suavam por conta do treinamento árduo, mesmo que debaixo de toda aquela neve que caia, eles eram realmente fortes.
— Onde está Felix?
A moça já chega perguntando, sem nem mesmo cumprimentar.
Os homens olham para ela na mesma hora, e já percebem quem era, alguns já saem de perto, evitando ter de conversar.
— Ei! Eu fiz uma pergunta… cadê o Felix? Vocês são surdos?
Ela morde os lábios de raiva enquanto fala, já se estressando com eles. Amanda odiava ser ignorada, e isso acontecia muito, ela já não sabia como impedir que eles agissem assim. Ela achava que nunca fazia nada demais.
Fabricio e Tomás são os únicos que ficam no local, o restante do grupo não suportava a presença de Amanda, e saíram assim que a viram.
— Olá para você também….
Diz Fabrício, ignorando a moça enquanto limpa sua espada com sua blusa que estava jogada em seu ombro.
Amanda bate o pé no chão cobrando respostas e Fabrício tenta provocá-la, ele não tinha a menor intenção de respondê-la, afinal, ele não lhe devia respostas, os dois não eram amigos.
— Eu não sei.. acho que está trepando com alguma namorada por ai…
Diz Fabrício rindo após falar.
Ele fala rindo, e Tomás dá gargalhadas ao ouvir, ele adorava provocar a moça, já que ela era insuportável.
Ela franze a testa na hora, e grita com os dois, era comum da parte dela tal comportamento explosivo, mas somente quando Félix não estava vendo.
—Seus imprestáveis inúteis!
Ela grita e logo se vira, apertando mais seu casaco, ela estava fervendo em ódio, ela sabia que algo acontecia por trás dos panos, Félix não era de sair com tanta frequência.
Amanda decide ir bisbilhotar perto da sala do Alfa, Diego deveria saber o porquê de seu filho sair tanto, ela anda nas pontas dos pés, olhando com cuidado cada corredor, ela sabia que não poderia ser pega, já que havia sido alertada várias vezes sobre seu comportamento compulsivo pelo jovem Felix, agora ela fazia tudo às escondidas.
Ela olha para todos os lados antes de entrar na sala, e percebe que não há ninguém ali, isso faz um sorriso aparecer em seu rosto, ela sabia que encontraria algo.
Amanda começa a vasculhar todas as estantes e gavetas, ela precisava ser rápida, pois logo alguém estaria ali.
Ela acha um pedaço de pergaminho enrolado, e o abre rapidamente, ela estava curiosa demais para fazer suspense.
*CONTRATO DE CASAMENTO*
Ela congela ao ler, e então continua descendo as linhas com seu olhar e a cada parágrafo, o ar parecia faltar em seus pulmões.
Uma mistura de ira e tristeza toma conta de seu coração e mente, e lágrimas rolam em seu rosto, na assinatura ela lê o nome do casal, Félix Fire e Cateline Forth.
Sua vontade era de amassar e rasgar o papel por completo, mas ela sabia que ninguém deveria saber que ela esteve por ali, ela deveria fingir que não sabia de nada, e ficar surpresa quando lhe contassem.
Antes de enrolar novamente o contrato, ela percebe que havia algo que não tinha prestado atenção, uma cláusula onde falava sobre um possível herdeiro.
Ela se aproxima tentando enxergar melhor, e confirma o que havia lido.
Amanda guarda o contrato onde havia pegado, e sai da sala, fingindo que nada nada aconteceu ali.
A jovem chorava desconsoladamente, e tentava esconder de todos sua tristeza, se isolando em uma parte do jardim, bem distante do castelo, onde ninguém pudesse ouvi-la, ela grita de ódio.
— Eu vou matar essa vagabunda!
Ela grita segurando seus cabelos de forma histérica.
Para ela, que controlava tudo ao redor de Félix, era inaceitável que ele se casasse com alguém que não fosse ela, mesmo depois de ler que o casal não poderiam dormir juntos, para ela, era humilhante ter que viver debaixo do mesmo teto que a tal esposa.
Ela grita e resmunga, incessavelmente, fazendo sua aparência ficar como de uma real louca.
— Eu juro que irei fazer da vida dessa mulher um inferno ... ela voltará para seja lá de onde veio! Eu juro pela minha vida! ela vai me pagar!
Ela gritava e berrava.
Agora ela sabia o real motivo de seu amado Félix a ignorar tanto, e ficar tanto tempo fora, ela pensa em formas de se vingar da mulher, e sua afeição muda de repente.
Um sorriso maligno surge no lugar do lamentar.
Amanda então começa a planejar seus próximos passos, ela era maléfica e calculista o suficiente para fazer o que fosse necessário, isso era assustador para muitos em sua volta, mas Félix não via esse seu lado, ela sempre se fingia de perfeita em sua frente, a jovem sabia que Félix confiava nela, e essa seria sua arma para acabar com o casamento.