Tribo Fire
Félix Fire
Já fazia um tempo que Félix corria pela mata em quatro patas, ele sentia a luz do sol esquentar seus pelos, já estava muito quente, ele já estava em Aftermoon, ele continuava correndo na forma de lobo pela mata densa, ele queria evitar encontrar com qualquer humano, se ele fosse visto ele e sua tribo teriam certos problemas.
Ao passar algum tempo, a mata chega ao fim, havia apenas uma trilha que levava até a fazenda de Cateline, ele seguia as coordenadas passadas pela moça antes dele partir.
O lobo se escondia atrás de uma grande árvore e voltava a sua forma humana, ele espreguiçava as pernas e só então reparou, que estava completamente nu, ele xinga em pensamento e segue adiante, ele teria que encontrar alguma roupa ou manta para se cobrir,, ele não podia chegar daquela forma na casa de Cateline, ele começa a andar cuidadosamente pela beirada da mata, próximo a estrada, não havia movimentação nenhuma, ele agradecia por isso, ao olhar para uma fazenda a frente, ele vê um varal com várias peças estendidas, ele então, passa pela cerca de fininho, no varal de roupas, ele pega algumas peças assim como uma manta na cor escura para se cobrir, pareciam estar bem limpas, ele se veste rapidamente, sobre sua cabeça e colocava o capuz da manta, ele sai da fazenda bem rápido tomando bastante cuidado e retorna para a estrada, agora sim ele estava pronto para ir até Cateline.
Ele passa um tempo andando até chegar no local que a mulher havia lhe passado, era o endereço, ele não acreditava que estava ali, ele nem sabia como começar a falar com a família de Cateline, que ele tinha ido até ali para levá-la... Ele teria que se apresentar como marido ou como o pai do bebê? Ele não sabia se Cate havia falado à família sobre os dois, que eles tiveram relação, e que ele era o pai da criança.. Os dois não tiveram tanta intimidade para falar sobre essas coisas, ele não se sentia tão íntimo da mulher para conversar tão abertamente...
Félix pensava com cuidado em como se apresentar, até que... ele é surpreendido por um velho que andava até a cerca da fazenda, ele então fecha a cara olhando para Félix, e diz perguntando ao homem...
— Você... o que quer? Quem é você?
Era agora... ele devia responder o homem que usava vestes estranhas... era um humano estranho, ele responde ao senhor sério...
— Vim falar com a família Forth, eu sou Félix... um conhecido de Cateline Forth.
O velho se espanta ao ouvir o homem e então começa a abrir a porteira.
— Bem.. pode ir entrando, vou chamar ela…
Félix assente e passa por ele, eles andam seguindo a trilha em direção a casa, o local era muito lindo, havia um extenso gramado verde, assim como diversos arbustos frutíferos e árvores, o cheiro das plantas era muito bom, o ar era fresco, para Félix que estava acostumado com a neve, aquilo estava sendo uma ótima experiência, haviam diversos animais também, galinhas e cabras andavam soltas do lado de dentro da cerca, tudo muito diferente de Wisdy, onde a neve cobria e dominava tudo.
Félix se concentra nos odores e sente o cheiro de Cate, da sua humana, o cheiro dela estava diferente... ela estava bem? Félix começa a se preocupar com a mulher, assim que chegam em frente a casa, o senhor pede para Félix esperar, ele iria chamar Milenna.
Félix fica olhando ao redor, até que uma mulher aparece.
Ele ouve um som vindo do lado de dentro, e passos apressados seguem até ele, quando ele olha vê que era a mãe de Cateline, ela usava um vestido bege, parecia cansada, estava com olheiras e com os cabelos um pouco bagunçados, mas mesmo assim, ela sorria para Félix.
— Felix? Você é o homem com quem minha filha dançou no baile certo?
Milenna perguntava com a voz cansada, ela parecia entristecida com algo, Félix percebe na mesma hora que algo acontecia.
Félix assente se curvando, mostrando respeito.
— Sim, sou eu, prazer, me perdoe por não me apresentar antes, eu preciso falar com Cateline, ela disse que eu poderia vir..
Antes mesmo de Félix terminar a frase, é interrompido por Milenna, ela estava abalada com algo.
— Você é o nobre com quem minha filha irá se casar?
Milenna e direta na pergunta, Cateline não havia lhe contado detalhes sobre o tal contrato, ela temia pela segurança de sua filha e precisava saber de tudo, mesmo que fosse pela boca de Félix.
Félix fica surpreso em ver que Milenna sabia sobre o casamento e então responde.
— Sim…. eu não sabia se ela havia contado a alguém, por isso achei que seria melhor conversar com ela primeiro… eu vim buscá-la.. preciso que ela vá comigo para meu reino..
—Hoje??
Milenna quase grita surpresa, ela olha ao redor procurando pela carruagem ou meio de transporte de Félix mas não vê nada, aquilo era um pouco estranho, mas ela sabia que ele era o mesmo homem do baile, então não tinha o porquê duvidar de suas palavras.
Félix não entendia o porquê a mãe de Milenna parecia tão desesperada, a mulher se controla por um momento, e diz mais gentil dessa vez.
— Cate não está nada bem.. bom, venha ver por si mesmo.
Ela o chama para entrar, e logo eles chegam ao quarto de Cate, ele olha para todos os lados procurando pela moça, e assim que ele vê Cate deitada, ele congela, a mulher parecia bem fraca e cansada, ela suava muito, ele escutava seus batimentos, estavam fracos, ela parecia bem cansada... mas, ele não sabia o porquê. Seria a gravidez? O bebê não humano dentro dela? Félix sabia que bebês lobisomens absorviam muita energia no ventre de sua mãe... seria isso? era necessário magia para que um lobisomem fosse gerado, e Cateline era uma humana, não fazia sentido, em um caso normal a criança já teria morrido por conta disso, mas Cate estava ali, viva junto ao bebê, mesmo que fraca ela resistia, de onde ela tirava forças? De qualquer forma, Cate não iria suportar muito mais, ela podia acabar morrendo... um nó em seu pescoço se forma, ele não podia deixar isso acontecer, ele teria que a levar o quanto antes... ela não podia morrer ali.
Ele engole em seco, e olha para ela se sentindo mal por isso estar acontecendo com ela, ele se senta do lado dela, e coloca sua mão quente sobre os cabelos molhados de suor dela, ele pergunta baixo e rouco se sentindo culpado.