Capítulo 50
2893palavras
2023-02-05 08:45
Lucy usava um short de alfaiataria marrom - que Jaesun havia cortado de modo proposital de uma calça antiga que ela tinha - e que ia até à metade de suas coxas e prendeu-o com um cinto comum de couro sintético escuro. Lucy não queria usar o top cropped cujo Jaesun havia escolhido, então optou por uma camisa de mangas branca e arrumou por dentro do short.
Sentou-se de modo curioso sobre a cama quando Jaesun pediu para que o fizesse e viu-o buscar todas as suas maquiagens. Lucy ergueu o braço direito para ele e viu-o aplicar primeiramente protetor solar, passando por toda a extensão e até mesmo por seu rosto e pescoço. Depois Jaesun buscou a base, passou-a na região marcada, espalhando de modo cuidadoso e se afastando para verificar como havia ficado seu trabalho.
ㅡ Ótimo. ㅡ ele disse e retornou para fazer o mesmo sobre o outro braço da garota. Jaesun tinha tanto cuidado no que fazia que nem sequer sujou a blusa branca que ela usava. Lucy verificou o que o garoto havia feito em seu braço e sorriu quando percebeu que as marcas não ficavam de maneira aparente.

Ela aproveitou para arrumar um pouco sua aparência. Não passou maquiagem alguma, havia gostado de seu rosto ao natural e então apenas prendeu o cabelo, repartindo em duas partes e pôs um pequeno laço escuro na parte superior.
ㅡ O que está fazendo? ㅡ Lucy olhou para Jaesun enquanto calçava seus coturnos escuros e não entendeu. ㅡ Você vai usar isso?
ㅡ E qual o problema? ㅡ ela franziu o cenho erguendo-se.
ㅡ É para ir à praia, Lu. Vai usar coturno?
ㅡ O que quer que eu use? Sandálias jesus? ㅡ Perguntou rindo.
ㅡ Sim?

ㅡ Não, Jaesun, hoje não. E vamos logo, estão nos esperando.
O garoto olhou para as botas que a garota usava e negou. Desceram as escadas sem tanto cuidado e isso fez com que Sun-ha observasse quando eles chegaram na parte debaixo do lugar. A mulher segurava algumas cartas na mão, havia acabado de entrar de volta para a casa e encontrar os adolescentes ali assustou-a um pouco.
ㅡ Não sabia que estavam aqui. ㅡ ela disse olhando para ambos. ㅡ onde estão indo? ㅡ e olhou as roupas de Lucy.
A garota não a respondeu, logo percebeu o olhar da mais velha em suas pernas desnudas, mas Sun-ha não falou nada além da pergunta.

ㅡ Estamos indo até minha casa. ㅡ Jaesun respondeu-a. ㅡ Pedi para Lucy me ajudar com uma coisa lá e depois vamos até ao shopping comprar alguns materiais que estou precisando.
ㅡ Ah... ㅡ a mulher assentiu olhando para Jaesun que apenas sorria de volta. ㅡ chegue antes das onze. ㅡ apontou para Lucy, que assentiu.
Saíram a sorrisos da casa e quando a porta fechou e tiveram a certeza que Sun-ha não estava olhando, seguiram de volta para a praça.
Jaesun tinha os dedos cruzados com os de Lucy, caminhando assim, juntos. Logo chegaram de volta à praça e encontraram-se com os outros. Ryeon elogiou as roupas de Lucy e mudou de lugar com Jaesun, segurando ele os dedos de Lucy.
Os amigos caminharam até o metrô e mesmo que todos conversassem entre si, Ryeon e Lucy se mantinham mais no canto, quieto e juntos, apenas juntos.
ㅡ O que me diz de tomar um sorvete comigo? ㅡ Ryeon perguntou baixo, bem no ouvido da garota. A respiração quente bateu contra aquela área de Lucy e fez com que ela encolhesse um pouco o corpo. Ryeon riu e deixou um pequeno selar sobre a bochecha dela.
ㅡ Você terá que comprar para todo mundo. ㅡ ela respondeu baixo.
Ryeon olhou ao redor e suspirou. ㅡ deixa para lá então.
Lucy riu de modo controlado, deixando um tapinha sobre a mão dele.
ㅡ Então... Você começa mesmo a trabalhar na segunda? ㅡ Ryeon assentiu, olhando-a de perto. ㅡ Fico verdadeiramente orgulhosa de você, Ryeon.
ㅡ Ryeon-oppa... ㅡ Ryeon repetiu rindo e tocou-a na pontinha do nariz. ㅡ isso é fofo.
ㅡ Então devo te chamar apenas assim? ㅡ ele assentiu. ㅡ tudo bem, Ryeon-oppa.
O garoto não aguentou e beijou-a, fazendo os amigos que estavam ao redor se expressarem em uníssono em um extenso "hm", o que fez Ryeon soltá-la em um sorriso e apenas mostrar o dedo do meio para todos.
ㅡ Seus cuzões! ㅡ ele disse rindo e Lucy abraçou-o pela cintura.
Logo desceram na estação próxima à praia e caminharam juntos até chegar onde queriam. Os pés dos garotos logo estavam descalços e a maioria deles corriam ao sentir a areia nos dedos. Ryeon era o único que não corria junto a eles, continuava ao lado de Lucy e tinha Kimi ao lado também. As garotas riam de todos correndo, principalmente Mark que tinha Jaesun em suas costas e de Noah que tentava fazer o mesmo com Kuan.
ㅡ Vamos sentar ali. ㅡ Kimi apontou e Lucy assentiu. As garotas sentaram na areia morna, ainda olhando os outros, mas Lucy ofegou quando viu Ryeon ainda de pé, retirar suas sandálias e em seguida sua camisa, ficando apenas de bermuda.
ㅡ Minha nossa... ㅡ ela sussurrou para si mesma, mas Kimi sorriu pela maneira em como Lucy desviou de modo rápido os olhos.
ㅡ Não vai entrar na água? ㅡ Ryeon perguntou a Lucy e ela apenas negou rápido. Os outros se aproximaram e a maioria dos garotos já se encontrava sem camisa, exceto apenas de Mark.
ㅡ Não vem? ㅡ Jerry perguntou a Kimi. A garota deu de ombros.
ㅡ Não estou com roupas de banho.
ㅡ Mas você não está sem roupas. ㅡ ele riu. Kimi olhou para a própria roupa e deu de ombros outra vez.
A garota ficou de pé e retirou a camisa que usava, fazendo todos ao lado rirem de sua falta de vergonha em estar de roupas íntimas e não de banho.
Kimi retirou também a saia que usava e então ela olhou para Lucy ao seu lado. A garota estava com os olhos arregalados para ela e isso a fez sorrir.
ㅡ São só roupas, Lu, lembra? ㅡ Kimi falou baixo para ela antes de segurar a mão de Jerry e correr em direção ao mar.
Lucy ainda ficou olhando-a, vendo como a garota tinha liberdade sobre seu próprio corpo e pensou quando teria também.
ㅡ Não quer ir mesmo? ㅡ Ryeon perguntou abaixando-se ao seu lado. O restante do grupo também seguiu para o mar. Mark tinha o corpo encolhido, mas era abraçado fortemente por Jaesun, que enfim havia lhe feito retirar a camisa que usava para adentrar ali consigo.
Lucy negou a pergunta de Ryeon, então o garoto voltou a sentar e se aproximou mais dela.
ㅡ Não vou te deixar sozinha aqui.
ㅡ Pode ir, Ryeon. Estou bem...
ㅡ De jeito nenhum. ㅡ ele voltou a segurar os dedos dela junto aos seus. ㅡ Podemos conversar enquanto eles estão lá.
ㅡ Sobre o quê?
ㅡ Sobre como você está. ㅡ ele olhou-a sorrindo. Os cabelos de ambos voavam com o vento. ㅡ Como está?
ㅡ Estou bem, acho.
ㅡ Por que acha? ㅡ Ryeon uniu os joelhos e repousou o queixo ali, ainda seguro a Lucy, enquanto sua mão vazia brincava na areia.
ㅡ Porque não tenho certeza, só isso. Mas acho que estou setenta por cento bem.
ㅡ Queria poder te dar os trinta por cento que falta. ㅡ ele disse verdadeiramente triste.
Lucy tinha as pernas cruzadas, olhava tão sincera para Ryeon quanto o garoto olhava para ela.
ㅡ Você é, pelo menos, responsável por vinte e cinco por cento. Jaesun é meus outros vinte e cinco, papai meus dez, e os outros o restante... São o que me fazem verdadeiramente bem.
ㅡ Então acho que sei o que falta para que cheguemos a cem por cento.
ㅡ O quê?
ㅡ Você. Falta você se permitir se fazer bem e então estará cem por cento bem.
ㅡ Eu tento. ㅡ ela disse rindo. ㅡ mas é difícil.
ㅡ Não é, não. ㅡ Ryeon falou ficando de pé e puxou-a devagar para ficar de pé também. ㅡ Vamos ser felizes.
Lucy ainda tinha os dedos presos aos de Ryeon, e ela já havia entendido a proposta do outro, apenas se sentia proibida de aceitar.
ㅡ Não há nada no mundo que não te pertença. ㅡ Ryeon falou mais próximo e tocou-a sobre a bochecha, deixando um carinho com o polegar ali. ㅡ o mundo é inteiramente seu, está na palma de sua mão. ㅡ e ele desceu o toque por Lucy, tocando-lhe sobre o pescoço, sobre o ombro e dedilhando-a delicadamente sobre o braço, onde ele sabia que existiam marcas. ㅡ não deixe que te tirem a crença na liberdade.
Lucy abaixou o olhar devagar, fitou os dedos de Ryeon em sua pele, e mesmo que ele tocasse onde Sungwon havia lhe tocado, aquilo não lhe trazia medo ou repulsa, era apenas o toque de Ryeon, e ela gostava dos toques de Ryeon.
ㅡ Vamos? ㅡ Ryeon sorriu quando ela voltou a olhá-lo e assim olhou para os amigos agrupados no mar, brincando e sorrindo, afastados do mundo ou dos problemas que nele existiam.
ㅡ Mas... ㅡ Lucy suspirou. Olhou para suas roupas, não eram nada convencionais. Ela olhou para os pés e fitou as botas, o que lhe fez sorrir um pouco. Devagar, a garota retirou-as e sentiu pela primeira vez a areia sob os dedos dos pés. A sensação a fez rir, olhando para Ryeon e vendo como o garoto parecia se divertir junto a ela. Lucy olhou para seus amigos e viu Kimi rir junto a Jerry e Noah, e sentiu inveja outra vez daquela liberdade. Ela tocou a camisa que usava e puxou-a devagar, desprendendo de seu short e segurando a barra quando o tecido caiu.
Ryeon mantinha-se quieto, olhava-a com um grande sorriso.
A garota ergueu o tecido devagar, envergonhada, mas por querer. Ela passou a camisa branca por seu pescoço e retirou-a por fim.
Encolheu-se claro, vestia um top preto, que deixava aparente seus pequenos seios. Olhou para Ryeon, querendo se esconder caso o garoto estranhasse seu corpo, mas tudo o que encontrou foi o mesmo sorriso de antes e Ryeon olhava apenas para seus olhos.
ㅡ Vamos? ㅡ Ele outra vez chamou.
Lucy dobrou a camisa, deixando-a sobre suas botas com cuidado para não sujar e ergueu-se respirando fundo. Não retiraria o short, ainda não conseguia, e com certeza lhe traria incomodo estar tão exposta, mas ela segurou a mão de Ryeon outra vez e sorriu, respondendo-o daquele modo.
O garoto de cabelos alaranjados sorriu grande, segurando-a firmemente e caminhando em direção ao mar.
Lucy ainda estava envergonhada, era a primeira vez que entraria no mar após se entender como tal. Ela sorriu envergonhada quando viu o sorriso sugestivo que Jaesun e Kimi tinham para si, mas seguiu, adentrando o mar de águas frescas e submergiu quando enfim estava junto de todos.
A sensação? Liberdade.
Foi tudo o que preencheu a garota quando ela enfim retornou a superfície e empurrou os cabelos molhados com a água salgada.
Ryeon admirava-a, tão perdido que parecia que tudo nele se resumia a ela.
Os jovens perderam toda a tarde ali, estavam sorridentes e com areia grudada em seus pés quando decidiram retornar.
Pensavam como voltariam para a casa de metrô naquele estado, mas teriam que voltar a julgar que nenhum tinha mais do que o valor do transporte e do lanche que haviam marcado para comer quando chegassem ao bairro onde moravam.
Lucy tinha os cabelos escorridos passando do ombro, e estava encolhida com medo de que alguém notasse as marcas em seus braços, e mesmo que todos tivessem sim notado aquilo ainda no mar, eles tentaram não olhar ou agir estranho, apenas para prezar o bem-estar dela.
A casa de Ryeon era mais próxima depois da estação de metrô. As opções eram a dele, a de Lucy, a de Daniel e seguia por todos os amigos. O mais distante era Jaesun, que morava quase no sentido contrário a todos. Cansados, e sem a mínima chance de irem para a casa de Lucy, decidiram por ir à casa de Ryeon, o que não foi uma má ideia a constar que assim que adentraram o lugar, Rosé acabava de tirar um grande pudim da geladeira.
ㅡ Vocês parecem selvagens. ㅡ ela falou da cozinha, olhando um a um. ㅡ Estão com fome?
E todos assentiram.
Rosé serviu os jovens, vendo-os se espalharem por toda a sua sala. Havia pessoas sentadas no chão, nenhum ousou sentar no sofá ou na poltrona favorita dela com as roupas molhadas, mas Lucy, Ryeon e Jaesun comiam na mesa da cozinha junto a ela, já que havia apenas quatro cadeiras ali.
ㅡ Foram à praia? ㅡ Rosé perguntou ainda olhando os jovens ali. Ela gostava de ter sua casa daquele jeito e gostava ainda mais por saber que eram todos amigos de Ryeon, eram amigos bons.
ㅡ Uhum. ㅡ Jaesun respondeu com a colher ainda na boca, balançando a cabeça. ㅡ Foi muito divertido, noona.
ㅡ Imagino, estão sorrindo à toa. ㅡ Roseanne comentou. ㅡ Você tomou banho de mar? ㅡ perguntou ao filho.
ㅡ Uhum, e a Lu foi comigo. ㅡ ele disse sorrindo e olhando a garota que tinha outra vez suas bochechas vermelhas tomadas por vergonha.
Rosé apoiou a mão sobre a bochecha direita e olhou os garotos que sorriam entre si, completamente apaixonados.
ㅡ Vocês estão namorando ou algo assim? ㅡ a mulher perguntou.
Jaesun olhou curioso para o casal e talvez todos da casa tivessem feito o mesmo. Ryeon tossiu um pouco engasgado com saliva, enquanto Lucy tinha os olhos arregalados na mulher.
ㅡ Eu sou sogra? ㅡ Rosé riu.
Ryeon conseguiu controlar a tosse e olhou para Lucy antes de responder. A garota então mudou o olhar assustado para ele, mas também não respondeu nada.
O que responderia?
ㅡ É... Nós... ㅡ Ryeon começou.
ㅡ Nós... não...? ㅡ e Lucy tentou começar. ㅡ ou nós... estamos? ㅡ sussurrou para Ryeon.
ㅡ Eu não sei. ㅡ Ryeon sussurrou.
ㅡ Eu também não. ㅡ Lucy sussurrou e até mesmo fez conchinha com a mão para que a mais velha não ouvisse de maneira alguma. O que obviamente não funcionou. ㅡ é sim ou não?
ㅡ Eu já entendi. ㅡ rosé falou rindo alto. ㅡ tudo bem, sem pressa, não é isso? ㅡ e olhou para Jaesun, que concordou. ㅡ Só saiba que se caso você queira ser minha nora, eu serei uma boa sogra. Não vou ser daquelas bruxas, sabe? Eu sou boazinha.
Ryeon cobriu o rosto com ambas as mãos, o que fez seus amigos rirem alto enquanto ele queimava de vergonha e Lucy apenas assentiu.
Após comerem todo o Pudim da mulher, ainda pediram lanches por aplicativo e Rosé até mesmo ajudou pagando as bebidas. Os jovens comeram outra vez no centro da sala, agora com a mulher sentada no sofá e participando do assunto e perderam mais uma hora ali. Passava das sete da noite quando Kimi recebeu uma ligação de sua mãe e aquilo fez a euforia nascer entre eles.
ㅡ A carta da universidade chegou! ㅡ ela avisou a todos, causando uma grande confusão.
Logo estavam se despedindo e cada um seguindo para suas respectivas casas.
Jaesun seguiu com Mark, enquanto Ryeon garantiu que levava Lucy. O garoto antes de ir seguiu até sua caixa de correspondência e sentiu sua euforia aumentar quando viu ali, entre tantas cartas e propagandas, a carta da universidade de Busan.
ㅡ Será que você conseguiu, Ryeon? ㅡ Lucy perguntou.
Agora apenas existiam: Ryeon, Lucy e Roseanne naquela casa. Os três olhavam para a carta com apreensão, mas Ryeon resolveu abri-la e ainda que o medo tomasse seu corpo por completo, ele leu as primeiras frases em voz alta.
ㅡ A Universidade Nacional de Busan informa que... ㅡ ele começou a leitura, umedecendo os lábios ao ter o olhar das duas sobre si. ㅡ o candidato Park Ryeon foi aceito para o curso de educação física com grau licenciado, com início no próximo semestre...
O Park abaixou devagar o papel e olhou-as desacreditado.
ㅡ Eu fui aceito? ㅡ piscou para a mãe. O sorriso da mulher logo aumentou. Ela aproximou-se dele e buscou a carta das mãos de Ryeon, lendo-a ela mesma e sentindo o sentimento de orgulho transborda-lhe pelos olhos.
ㅡ Parabéns, anjinho. ㅡ a mulher abraçou-o forte.
Park ainda se mantinha sem expressão, sua cabeça girava e era como se uma voz existisse ali e estivesse lhe perguntando se aquilo era real ou apenas uma ilusão ou sonho.
Rosé soltou-o, olhando outra vez para a carta e lendo-a em voz alta para afirmar a realidade. Lucy sorriu ao ouvir as palavras e não pensou mais antes de buscar Ryeon e assim como a mais velha fez, abraçar-lhe com toda a sua força.
ㅡ Parabéns, Ryeon-oppa. ㅡ ela falou baixo.
Ryeon apertou os dedos ao redor dela, sentindo-se gradualmente de volta à realidade. O garoto abraçava-a agora, com seus olhos cheios de lágrimas impertinentes e um sorriso radiante.
ㅡ Eu entrei. ㅡ ele falou olhando nos olhos de Lucy.
Lucy assentiu, sorrindo boba e matando em si a vontade de comemorar com um beijo quando o selou com cuidado nos lábios e disse baixinho apenas para ele ouvir:
ㅡ Você entrou!