Capítulo 141
2104palavras
2023-02-07 09:48
Despertei na manhã seguinte completamente nua, de conchinha com meu marido, sob uma coberta grossa, apesar da calefação, que deixava o ambiente com temperatura agradável.
Alisei o braço dele, que envolvia meu corpo, com a ponta dos dedos, percebendo a pele arrepiar-se levemente, mesmo com ele adormecido. Sorri, resvalando cuidadosamente para o lado da cama, sem fazer barulho.
Enrolei-me no lençol e fui até a janela, abrindo o vidro para em seguida empurrar a veneziana pesada, em madeira. Meu coração bateu forte ao ver o chão começando a ficar branquinho e a neve caindo timidamente.

Corri até Heitor, balançando-o, ansiosa.
- O que houve? – Ele abriu um pouco os olhos, cobrindo-se até a cabeça.
Puxei a coberta, encontrando um homem nu e perfeito na cama, magro, com poucos pelos no corpo e um abdômen perfeito.
- Porra, que frio! – ele disse, olhando para a janela – Está louca, Bárbara? Quer me matar congelado?
- Está nevando! – Comecei a pular feito criança, maravilhada, enquanto voltava para a janela.
Coloquei a mão para fora, tentando pegar um floco pelo menos. Era como um gelo raspado, esbranquiçado, que mal gelava a palma da mão.

Senti a coberta grossa me cobrir, junto com os braços de Heitor, que descansou o queixo no meu ombro:
- Isso se chama sorte... O lugar ficou ainda mais romântico. Seria uma lua de mel perfeita, não é mesmo, desclassificada?
- Seria? – virei na direção dele, abraçando-o – “É” a lua de mel perfeita, desclassificado mor.
- Até o tempo está do nosso lado.

Heitor virou-me para ele, sentando-me no parapeito da janela, cobrindo minhas costas e trazendo o tecido quente na direção dele, como se estivesse nos embalando. Envolvi o corpo dele com minhas pernas, sentindo seu membro endurecer imediatamente.
- Ainda guardo as calcinhas dos melhores momentos – ele disse, mordiscando o lóbulo da minha orelha, fazendo com que eu me arrepiasse por completo.
- Agora pouco me importo em usar calcinhas na sua presença, marido.
- Eu nunca vou me cansar de você, Bárbara.
- Não mesmo... Se cansar, eu mato você! – Apertei seu pau com força, já duro, entre os meus dedos, fazendo-o gemer alto.
Desci da janela e corri tentando encontrar uma roupa no armário.
- Ei... Você não pode me deixar assim! – Heitor fechou o vidro, jogando a coberta no chão, o pau na minha direção, pedindo para ser venerado com a minha língua.
Fiquei com a roupa entre meus dedos e o desejo tomando conta do corpo, o sangue já começando a ferver.
- E se a neve parar? – Perguntei, incerta do que fazer.
Ele riu:
- Claro que não vai parar, meu amor. Apenas começou.
Joguei a roupa no chão, correndo para a cama. Ajoelhei-me, esperando-o chegar perto e peguei seu pau, indo com a boca na sua direção. Heitor pegou meu rosto e disse:
- Meu amor, não existe nada melhor no mundo do que sua boca quente e gostosa no meu pau... Mas neste momento, quero sua boceta... Necessito...
Ignorei o pedido dele e passei a língua na extensão do seu pau, chupando-o veementemente enquanto o encarava. Ele fechou os olhos e eu sorri, retirando-o da boca:
- Necessita da minha boceta, seu tarado, desclassificado? – perguntei, virando de quatro sobre a cama, com a bunda na direção dele – Então venha... E acabe com esta necessidade.
Heitor passou dois dedos na minha extensão encharcada e disse:
- Gostosa! Sempre pronta... Não me deixa desejar nenhuma outra mulher... Pois você é perfeita, com todas as suas imperfeições.
Senti sua língua quente lamber minha boceta com vontade, estremecendo todo meu corpo. Depois Heitor passou a glande vagarosamente na entrada, dizendo:
- Quer ver a neve agora, Bárbara?
- Não... Quero o fogo. – Falei imediatamente.
- Fogo não basta mais, desclassificada. Hoje você vai se queimar.
Esperei que ele entrasse em mim, mas não foi isso que aconteceu. Senti seu pau na entrada da minha parte de trás, enquanto ele abria minhas nádegas.
Fiquei um pouco amedrontada, sentindo um frio no estômago. Ele empurrou sem força, fazendo minha entrada da boceta comprimir de desejo.
- Se não estiver preparada, eu posso parar. – Ele disse, voltando para a entrada quente e lubrificada, me penetrando com facilidade com algumas poucas estocadas, fazendo-me gemer.
- Me queime, Heitor... – Falei, num fio de voz.
Ele retirou o pau da minha boceta e foi até o armário, retirando de sua nécessaire um preservativo e um pequeno frasco.
- Jura que... Você veio preparado para isso? – Perguntei, enrugando a testa.
- É nossa lua de mel, porra. Nunca ouviu que as mulheres devem perder a virgindade na lua de mel?
- Tarde demais, desclassificado. Não casou com a virgem inocente.
- Não mesmo... Mas vou tirar sua outra virgindade agora, meu amor.
Ele apertou minhas nádegas e em seguida pôs o preservativo e enfiou seu pau na parte traseira, devagar, quase parando, mesmo eu sentindo que deslizava com facilidade.
- Você está muito molhada... – A mão tocou minha boceta, um dedo apertando meu clitóris.
- Bota esta porra logo! – Implorei, sentindo meu corpo implorando por ele.
- Se doer, basta dizer.
- Não me importo com a dor... Desde que me cause prazer.
Senti ele preenchendo meu orifício e um prazer completamente diferente tomar conta do meu corpo. Não tive certeza se doía, pois eu sentia era o tesão do momento, do diferente, do novo.
- Mais rápido! – Pedi, me remexendo, em cóleras, implorando por tudo de uma vez.
Heitor começou a movimentar-se dentro do pequeno espaço que abrigava seu pau, fazendo-me enlouquecer. Levei minha mão ao clitóris e comecei a massageá-lo, não contendo um gemido mais alto que o normal.
- Geme para mim, Bárbara! – ele ofegou, gemendo baixinho, empurrando a cama junto do seu corpo, fazendo-a sair do lugar – Porra de cama.
- Não goza na camisinha... Goza em mim... – Pedi, intensificando a força dos dedos no meu ponto de prazer, que eu conhecia tão bem.
- Eu estou prestes a gozar... Isso é muito, muito bom... – Confessou.
Quando as mãos dele apertavam minhas nádegas, fechando-as, com seu pau dentro delas, gritei em êxtase, sentindo meu corpo chegar ao auge do prazer que o sexo podia proporcionar: o orgasmo.
Foi intenso, insano, incontrolável. E quando pensei que estava acabando, senti seu líquido quente jorrar pela minha bunda, espalhado pelas mãos dele, vagarosamente.
- Gosta disso, não é mesmo, safada? Gosta da porra toda sobre você...
- Gosto... – confessei, me jogando de bruços na cama, sem forças para levantar – Acho que morri e estou chegando no céu... Bom dia, Deus, sou eu... – Fechei meus olhos, a cabeça sobre o colchão que nem tinha mais lençóis.
- Depois disso você não chegou no céu, não, desclassificada – ele riu – Bem-vinda ao inferno – parou na minha frente, estendendo a mão na minha direção – Prazer, diabo, a seu dispor.
- Poderia fazer tudo de novo, senhor? – Levantei a cabeça, ainda incapaz de fazer o mesmo com o corpo.
Ele sorriu de forma safada, com o canto dos lábios. Ouvimos uma batida forte na porta.
- Não lembro de ter pedido serviço de quarto. – Ele arqueou a sobrancelha.
- Não pediu mesmo... Não estamos num hotel, desclassificado. – Levantei rapidamente, puxando o lençol do chão e me envolvendo nele.
Heitor colocou uma calça esportiva, sem vestir cueca e foi até a porta, descalço e sem camisa. Fui para trás da parede, próxima ao armário, para ouvir quem era.
- Pelo amor de Deus, acha que estamos onde? – ouvi a voz de Nicolete – Acordei com esta... Esta... – ela tentava encontrar as palavras para dizer sem ser ofensiva.
- Esta orgia? – Ouvi a voz debochada de Heitor.
- Vocês devem ter acordado a casa toda. Quer vergonha!
- Maria Lua acordou?
- Claro que não.
- Então não acordamos a casa toda. – Ele disse calmamente.
- Thor... Acordei com os gritos de Bárbara. Achei que pudesse ter acontecido algo.
- E aconteceu, Nic... Mas nada que eu possa lhe contar os detalhes.
Coloquei a cabeça para fora, acenando timidamente:
- Bom dia, Nic...
- Deus! Me digam que não quebraram a cama. – Ela me olhou.
- Não... Está pronta para outro round. – Sorri.
- Acho que vocês devem ir para um Hotel ou Motel nas redondezas enquanto eu fico com Malu por aqui. O que vamos dizer aos empregados?
- Que somos recém-casados, em lua de mel? – Heitor sugeriu.
- Não me importo, Nic... Sou dona desta porra toda. – Não disfarcei um sorriso orgulhoso.
- Vocês viram que está nevando lá fora? – Nic trocou de assunto.
- Sim... Estávamos mesmo indo ver a neve. – Confessei.
- Antes decidimos derreter um pouco do gelo... Sabe como é... – Heitor colocou as mãos nos bolsos.
- Você é um menino levado. – Nic balançou a cabeça.
- Nic, vou tomar um banho e levar Malu para rua. Quero que ela conheça a neve comigo...
- Eu vou acordá-la e deixá-la bem quentinha, colocando tudo que trouxemos de casacos.
- Ok. Nos encontramos em dez minutos. – Falei, correndo para o chuveiro enquanto me desfazia do lençol.
O banheiro era simples, mas de bom tamanho e a água bem quente. Enquanto lavava os meus cabelos, Heitor entrou no box.
- Tudo bem com você? – Perguntou.
- Tirando o fato de Nic ter nos jogado um balde de água fria, sim.
- Não lembro de termos feito tanto barulho. – Ele disse.
- Não lembro de termos perguntado a opinião dela. Foi broxante. Não somos crianças.
- Eu já disse o quanto você fica linda quando está brava?
- Não dá nem para gozar em paz... – Reclamei.
- Deveríamos ter ido para um Hotel, meu amor.
- É para ser uma viagem em família mesmo, Heitor. Um descanso enquanto esperamos tudo se resolver.
- Então... Família tem destas coisas.
- Chatas?
- Exatamente.
- Ok, vou perdoar Nic. Mas com uma condição.
- Diga.
- Quero que façamos tudo igual... Exatamente do mesmo jeito, à noite.
Ele riu divertidamente e passou o dedo nos meus lábios, encarando-me:
- Não quero machucá-la, meu amor.
- Não machucou. Eu gostei... Muito.
- Caralho, se você ficar viciada nisto vai acabar comigo, Bárbara... Porque vou ficar ao seu lado, completamente grudado em você, 24 horas por dia. Não vou conseguir trabalhar, dormir, sequer sair do quarto.
- Descanse e relaxe, desclassificado. Quero você com todo gás à noite. – falei, dando um tapinha no peito dele.
Fui até o armário e comecei a colocar todas as roupas que eu tinha, uma por cima da outra. Sabia que devia estar muito frio na rua. Fui até a janela e vi a neve acumulando no chão e nas árvores, deixando a paisagem completamente branca, a perder de vista, com as colinas como se tivessem sido pintadas de branco.
Peguei meu celular e joguei-me na cama, sem lençóis.
- Não consegue ficar longe de mim? – Ben perguntou.
- Bom dia para quem acordou agora e fez sexo. – Sorri.
- Fico feliz de saber. Achei que iria ficar cheia de minhocas na cabeça em função de Daniel.
- Daniel? Quem é este? Nunca ouvi falar.
- Ah, que tudo!
- Ai, não grita, Ben! Quase furou meus ouvidos.
- Chata.
- Olha só, está nevando aqui. Vou levar Malu pra ver a neve pela primeira vez.
- Não acredito! Isso é perfeito, meu amor. Vocês duas vão adorar.
- Mas na verdade, estou ligando para dizer outra coisa... Ou melhor, contar.
- Conte. Fale logo antes que eu pegue um jatinho de CEO e viaje para esta porra de novo, atrás do meu amor verdadeiro.
- Eu, no caso, não é mesmo?
- Agora você é a terceira na minha lista.
- Terceira? Desde quando deixei de ser a primeira, Ben?
- A primeira vez que ficou em segundo lugar foi quando Maria Lua nasceu.
- Ok, argumento aceito. E quem está em segundo? – Arqueei a sobrancelha, curiosa.
- Anonzinho.
- Que porra! Anonzinho passou na minha frente!
- Sim. Mas agora conte logo antes que eu caia durinho aqui.
- Você não vai acreditar no que eu fiz hoje de manhã...
- O quê?
- Eu dei o...
A porta se abriu e Nic entrou, ofegante, sem bater primeiro:
- Arrumei Malu e a deixei alguns segundos na sala enquanto subi para pegar outro casaco. E ela sumiu.
Deixei o telefone cair no chão.