Capítulo 56
2205palavras
2023-01-13 08:21
Na completa escuridão e com as mãos amarradas, senti ele abrindo as minhas pernas e já gemi antecipadamente, enquanto a pele arrepiava-se ao toque dos dedos que passavam levemente pela parte interna da coxa.
- Relaxa, Bárbara... E curte o momento. Vou comê-la por inteiro... Para depois fodê-la até que não aguente mais e implore para que eu pare.
Ele beijou minha coxa internamente e depois deu uma leve mordida. Eu sentia meu peito se movendo com a respiração ofegante que começava a chegar.

Heitor foi descendo os beijos e uma mão segurou minha perna enquanto a outra foi usada para brincar com meu clitóris.
O movimento involuntário de querer tocá-lo fazia as correntes ocasionarem barulho na cabeceira, deixado tudo ainda mais prazeroso. O dedo dele por vezes apertava meu ponto de prazer e outras fazia movimentos circulares. Eu não sabia se gemia, se gritava ou me continha. Porque o que eu sentia naquele momento era sem explicação.
Não tive noção de tempo, mas ele ficou muito por ali. Por mais que eu soubesse que iria gozar, tudo que eu queria era ele me fodendo, com seu pau entrando e saindo dentro de mim, profundamente, preenchendo-me por inteiro.
- Me fode, Heitor... – falei manhosamente enquanto o fogo se espalhava pelo meu corpo, queimando-me por inteira.
- Hora de apagar o fogo, meu amor... Espere um minuto.
Percebi que ele saiu da cama, mas não identificava onde ele havia ido. Não demorou muito e percebi que subia novamente no colchão. Sentia a temperatura do corpo dele ao meu lado, mesmo que não encostasse em mim.

Segundos depois algo extremamente gelado tocou minha barriga, próximo do umbigo, causando uma sensação completamente louca.
Era como se gelo e fogo se juntassem e meu corpo estremeceu, arrepiando-se por completo.
- Ah, meu Deus... Não brinca comigo... – falei, sentindo que talvez nem estivesse ali de verdade.
Ouvi a risada dele e consegui imaginar seus lábios debochados enquanto a pedra de gelo deslizava até meus seios, voltando até meu ventre, lentamente.

Novamente puxei meus braços, que não se soltavam.
- Eu poderia ficar olhando para você nua por um dia inteiro, Bárbara... – ele foi descendo o gelo até minha intimidade, fazendo-me abrir as pernas e gritar em êxtase.
Arqueei meu corpo e implorei:
- Sobe em cima de mim, Heitor... Por Deus... Eu não aguento mais.
- Estamos começando.
- Quero você dentro de mim... Ou vou morrer. – gritei, mexendo a cabeça veementemente na tentativa de tirar a venda dos olhos.
Ele parou por alguns segundos. Depois abriu novamente as minhas pernas. Que porra, ele não teria coragem de colocar o gelo ali...
E não teve mesmo. Porém enfiou a língua profundamente, quase congelada, na parte mais íntima do meu ser, deixando-me completamente extasiada e chegando ao orgasmo enquanto minhas mãos tentavam se desvencilhar em vão, machucando meus pulsos. Mesmo sabendo que eu já havia gozado, a língua dele, delicada e gélida, lambia minha extensão vagarosamente, até que eu voltasse ao normal.
Eu queria falar, mas minha voz não saía.
- Você está bem, Bárbara? – ele perguntou, percebendo minha respiração acelerada.
Assenti, sentindo um leve suor nas minhas costas.
- O que você quer agora, Bárbara? – perguntou já no meu ouvido, com a voz rouca, enquanto mordia o lóbulo da minha orelha.
O que eu quero? Deus, eu quero saber de onde você surgiu, como você consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo, por todo meu corpo, me levando a lugares onde jamais estive antes, me ensinando que o prazer que meu corpo produz estimulado pelo seu é a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida.
- Cansou, meu amor? – ele puxou meu lábio inferior, sem pressa, fazendo eu sentir seus dentes.
Assenti novamente, sentindo os dedos dele deslizarem novamente pelo meu corpo, enquanto a respiração seguia no meu pescoço.
Arqueei o corpo e disse:
- Me fode agora... Ou quando você me soltar eu vou embora.
Ele riu:
- Isso é jogo baixo, Bárbara. Você joga baixo? – um dedo acariciou minha intimidade.
Apertei as pernas, impedindo que ele tirasse a mão dali. Heitor começou a movimentar o dedo, entrando e saindo dentro de mim enquanto; o polegar novamente encontrava meu clitóris.
- Desclassificado... Vou matá-lo. Eu juro.
Ele abriu minhas pernas e as dobrou e o senti enfiando seu pau vagarosamente, como se cada segundo daquilo durasse uma hora.
- Se implorar eu vou mais e mais fundo...
- Eu imploro... – sussurrei. – Imploro que me foda, que me coma, que goze em mim, porra. – gritei.
Ele entrou tudo que pode, com força, gemendo. E suas mãos desataram a venda. Encontrei seus olhos e pedi:
- Solte-me... Quero tocá-lo... Quero beijá-lo... Quero sentir sua pele com meus dedos...
- Ainda não... – sorriu.
Os movimentos começaram a se intensificar e vê-lo me encarando enquanto se enfiava em mim violentamente faziam eu ficar completamente louca. Meus dedos se apertaram nas palmas das mãos, fazendo as unhas machucarem a pele.
Quando ele percebeu que eu estava prestes a gozar de novo, abriu as algemas rapidamente, sem sair de cima nem de dentro de mim. Apertei os ombros dele e cravei minhas unhas com força até ouvir o grito dele. Então gozei, mordendo meu próprio lábio, vendo todas as reações que eu provocava nele.
Ele saiu de cima do meu corpo e retirou seu pau latejante, que jorrou esperma quente na minha barriga, fazendo com que eu relaxasse completamente, fechando meus olhos e ciente de que foi o melhor sexo de toda a minha vida. Mil anos poderiam passar e mesmo que eu reencarnasse e voltasse em outra vida, jamais teria tanto prazer carnal quanto o que tive naquela noite.
Respirei fundo e deixei o ar sair devagar, ainda sem abrir os olhos. Senti algo na minha barriga e olhei. Ele estava passando lenço umedecido, limpando a porra toda que tinha feito, literalmente. Caralho, você existe ou é obra da minha mente pervertida, que eu nem sabia que tinha?
Assim que acabou, deitou e nos olhamos. Virei meu corpo para ele, ainda cansada, tentando fazer com que a respiração voltasse ao normal. Não tinha mais travesseiros na cama e os lençóis estavam praticamente no chão.
- Está amanhecendo. – Toquei o rosto dele, carinhosamente, e fiz meus dedos contornarem o nariz, os olhos, a boca... Como se através daquilo eu pudesse desenhá-lo na minha mente, com todos os detalhes, para nunca mais esquecer.
- Dorme comigo, Bárbara.
Negar? Impossível. Se ele quisesse casar, ir embora, que eu fosse a segunda amante ou até mesmo à puta que pariu, eu estava disposta. Encontrava-me completamente entregue... Eu não era mais eu... Eu era dele.
- Sim... Eu durmo.
Ele colocou o braço sob meu pescoço e me aconcheguei ao peito dele, abraçando-o e sentindo o enlace ao meu corpo. Sim, estávamos completamente nus na cama, e se abraçando como um casal apaixonado. Então não foi só a porra de um sexo casual. Ou a gente teria pego nossas roupas e ido embora.
- A gente não dormiu esta noite... Nadinha. – falei.
- São 6 e 30.
- Logo eu... Tenho que ir trabalhar. – Avisei.
- Eu também. Mas sinceramente, eu preciso de você por um tempo... Aqui comigo.
- Eu não me importo de atrasar... – sorri, ainda aconchegada a ele.
- Hum, começo a entender o motivo pelo qual não parava nos empregos. – Debochou.
- Eu acho que meu maior motivo chegou por agora na minha vida. – Ri.
Os dedos dele passavam levemente pelas minhas costas, me dando sono. Eu não queria dormir, mas meus olhos começavam a se fechar.
- Vou acordá-la com a minha língua, meio das suas pernas... – ele disse baixinho, parecendo cansado também, os olhos quase se fechando.
- E eu mato você... Estou cansada... Completamente sem forças...
Acabei adormecendo e não tenho certeza se não fechei os olhos ainda sorrindo.
Acordei com os braços de Heitor ainda envolvendo meu corpo. Ele estava dormindo. Me mexi e ele também se remexeu.
- Hum... Bárbara! – falou, enquanto se virava para o outro lado, sem despertar.
Sentei na cama e respirei fundo: ok, Bárbara, talvez ele não esteja sonhando com você. Mas o desclassificado tem duas mulheres e chama por “você” na cama. Se eu poderia surpreendê-lo com um boquete de manhã cedo? Ah, sim, eu poderia. Mas ainda não era a hora. Ele sempre foi um homem acostumado a ter tudo que quis, inclusive as melhores e mais experientes mulheres.
Eu sabia o devido valor que ele dava para uma boa chupada e o quanto se vangloriava disto. Então eu não seria só mais uma a enfiar a boca no pau dele. Heitor teria que fazer muito mais por merecer. E eu digo não com relação à sexo, porque se fosse por isso ele já teria merecido ser chupado 24 horas. Mas provar que eu era a única na vida dele e que o que estava acontecendo entre nós era real e com sentimentos mútuos.
- Vou chupar você quando eu realmente eu for a única, desclassificado da minha vida. – falei para mim mesma, não em pensamento, deixando minha voz ecoar pelo quarto.
Levantei e fui para a piscina. O sol já estava alto no céu. Comecei a juntar nossas roupas e quando voltei, ele não estava na cama. Ouvi o barulho do chuveiro e fui até lá. Fiquei admirando o corpo perfeito dele de costas, enquanto se esfregava, deixando a espuma do shampoo cair ao longo do corpo.
Heitor era magro, muito alto, coxas bem torneadas, bunda branquinha, durinha e bem desenhada. As costas eram lisas e bem marcadas por músculos não muito aparentes. Os cabelos escuros ficavam caindo levemente pela nuca, com água. Ele se virou de repente e me viu encarando-o, com as roupas ainda nas mãos.
Sorriu debochadamente antes de dizer:
- Poderia me esfregar, por favor?
- Nem pensar... Eu não aguento mais. – Confessei.
- Então suma daqui, porque vê-la nua vai me deixar excitado e então vou ter que fodê-la mais uma vez... Talvez duas antes de irmos embora.
Virei de costas imediatamente e andei sem rumo, nem sabendo mais o que era a minha roupa ou a dele.
Logo ele saiu do banho, com o corpo seco e os cabelos úmidos. A toalha branca estava enrolada na cintura.
Entreguei as roupas dele e estava indo para o banho quando ele me puxou, fazendo meu corpo encostar no dele:
- Bom dia, Bárbara. – Beijou meu pescoço.
- Bom dia... – falei num fio de voz, reagindo ao toque dele.
Ele pegou meus pulsos e ia colocar atrás de seu corpo quando percebeu que estavam machucados. Então eu vi o hematoma leve. Também não tinha percebido.
- Que porra eu fiz. – Ele quase gritou.
- Tudo bem...
- Isso não era para machucar... É... Usado com intuito sexual...
- Talvez eu tenha puxado meus braços com muita força, enquanto tentava soltar-me.
- Me desculpa. – Ele olhou nos meus olhos.
- Ei, está tudo bem. – Tentei deixá-lo mais calmo.
- Eu vou fechar a porra do lugar que me vendeu isso... Juro.
- Calma, Heitor... Está tudo bem. Eu não me machuquei.
- Vou fechar a porra do lugar. – Ele virou de costas, saindo praguejando, aturdido.
Fui para o banho, não me importando com as marcas. Algemas, chupões... Para mim davam na mesma coisa. E eu bem sabia que ele gostava de deixar marcas.
Assim que saí do banho, fui em direção à cama e encontrei uma rosa vermelha junto das minhas roupas. Olhei para os lados e não o encontrei.
Me vesti e peguei a rosa, cheirando. Parecia recém colhida. Ouvi a voz dele ao telefone, do lado de fora.
Heitor já estava vestido e certamente resolvia questões de trabalho. Assim que me viu, despediu-se de alguém e desligou o telefone, vindo na minha direção.
- Fico me perguntando se precisamos mesmo ir embora. – Me encarou.
- Infelizmente sim. Vida real chamando.
- Bárbara, vire de costas por favor. – pediu.
Fiz o que ele pediu, ainda com a rosa nas minhas mãos.
Heitor pegou meus cabelos e colocou para cima com uma das mãos, enquanto a outra segurou meu ombro e ele beijou minha tatuagem, sem pressa, cada centímetro do desenho, como fez da primeira vez. Senti minha pele se arrepiar completamente ao toque dele. Quando acabou, mordeu levemente meu ombro.
- Não me diga que é para lembrar de você e provar que esta noite realmente aconteceu. – falei sarcasticamente.
- Não... É só para lembrá-la que deve gostar mais de mim do que do John.
- Sinto muito, desclassificado, mas isso é impossível. Ele é o amor da minha vida, desde os meus onze anos. – Sorri.
- Talvez eu tenha que pegar aquele ingresso de volta, Bárbara. Não quero perdê-la para um dinossauro do rock.
- Quem sabe me acompanha? – sugeri, arrumando a gola da camisa dele, que estava levemente desarrumada.
- Vou colocá-la frente a frente com ele.
O encarei, aturdida:
- Você não tem como fazer isso!
- Sim, eu tenho. Eu posso fazer qualquer coisa. Principalmente se for por você.