Capítulo 53
2046palavras
2023-01-13 08:19
Uma piscina iluminada pela luz da lua, rodeada por muros cobertos de trepadeiras verdejantes ficava atrás daquela porta espelhada.
Tinha uma mesa de vidro, com duas poltronas e um balde com Champagne e taças. Aliás, eu tenho impressão de ter visto baldes iguais ao lado da cama e também na hidromassagem.
Acho que se eu vivesse outra vida depois desta, talvez não conheceria um lugar tão perfeito para o sexo como aquele.

Heitor ainda me segurava em seus braços.
- Você gostou? – Me perguntou docemente.
- Sim... É tudo lindo.
- Eu reservei pensando em você... Em nós.
- Obrigada. – Alisei sua nuca, já sentindo meu corpo estremecer com o simples olhar dele e a possibilidade do que viria em seguida. – Eu... Pensei que depois do trancados no elevador parte 3... Você não fosse mais me procurar.
- Por que eu não procuraria mais você, Bárbara?

- Porque... Já tínhamos feito sexo.
Ele sorriu, mostrando os dentes perfeitos e os olhos se estreitaram:
- Eu quero mais... Mais... Muito mais.
Seus lábios se aproximaram dos meus e unimos nossas bocas vorazmente. Meus braços o apertaram, enquanto eu deixava o desejo tomar conta de mim. Enfiei minha língua impiedosamente na boca dele, sentindo seu sabor, seu gosto.

Naquela noite eu fecharia meus olhos para o mundo que me cercava. Eu não teria passado nem futuro. Seria eu... Meu desejo, meu amor por Heitor Casanova... Sem nada para atrapalhar, sequer a minha mente... Sem culpas.
Amor? Meu Deus, eu posso definir o que é amor? É cedo para eu identificar este tipo de sentimento pelo homem que até pouco tempo atrás eu detestava, mas ao mesmo tempo não conseguia tirá-lo da cabeça?
Ele foi andando devagar e me depositou cuidadosamente numa espreguiçadeira almofadada. Nossas bocas se separaram e ele se ajoelhou ao meu lado, retirando meu sapato.
- Eu... Gosto quando você tira o meu sapato. – Confessei, lembrando de quando ele havia feito aquilo no hospital.
- Eu gosto de tirar tudo que você tem sobre seu corpo, Bárbara... Eu quero admirá-la nua, sem nada...
Virei-me de costas para ele, ainda deitada, e ele abriu o zíper do vestido, retirando vagarosamente até a altura da minha cintura. Tentei levantar, mas ele me impediu, fazendo-me deitar novamente, enquanto permanecia ajoelhado ao meu lado.
As mãos de Heitor vieram aos meus seios e o dedo indicador contornou o sutiã branco rendado, percebendo minha pele arrepiar-se completamente ao toque delicado dele.
Sorriu de forma lasciva quando entrou numa das taças rendadas, tocando meus mamilos enrijecidos. Aceitei o toque das mãos quentes dele, me acariciando por dentro do tecido.
Virei-me de costas para ele novamente, quase implorando para que retirasse o sutiã. E não foi preciso falar, pois ele entendeu o que eu precisava que ele fizesse. Abriu demoradamente cada colchete, fazendo-me umedecer ainda mais a cada um que era retirado, sem pressa.
Novamente voltei em direção a ele, que puxou o sutiã, me deixando nua na parte de cima. Olhou nos meus olhos e disse:
- Quero levar uma hora em cada parte do seu corpo...
- E eu morrerei se não me comer em vinte minutos. – Confessei.
- Uma noite inteira... Achei que isso bastasse. Mas nem uma vida inteira seria suficiente para eu deixar de desejar você e admirar sua beleza.
- Eu sou sua, Heitor... Toda sua.
Ele levou a boca até o mamilo e mordeu levemente. Os olhos dele não desviavam do meu. E não sei se senti algo parecido na minha vida. Todo meu corpo vibrava, se enrijecia, se arrepiava. Não tenho certeza se eu tinha paciência para esperar, quando tudo que eu queria era ele dentro de mim. Meu corpo praticamente implorava pelo dele.
A boca sugava um dos mamilos enquanto a mão alisava o outro. Arqueei o corpo e gemi quando ouvi o som da boca dele me chupando avidamente.
- Vou beijar cada parte do seu corpo, Bárbara... Da cabeça até os seus pés.
- Eu... Não aguento... – peguei a mão dele e coloquei por dentro do vestido, para que ele sentisse o quanto eu estava em desespero.
- Vai esperar... Vai gozar... Repetidas vezes. Vou tratá-la com todo o carinho que você merece. Porque cada vez que fechar seus olhos, é a minha imagem que quero que veja. Quero que sinta o que jamais sentiu em toda a sua vida... Comigo. – Beijou minha barriga, chupando em seguida.
- Eu nunca senti... Eu juro.
A mão dele me tocou sobre a calcinha encharcada. Os dedos pressionaram meu clitóris e eu gemi novamente.
- Não contenha seu desejo... Nem seus gemidos... Quero ouvi-la... Cada som que emitir. – Apertou com mais força e fechei meus olhos, mordendo o lábio.
- Tira o vestido... Por Deus! – minha voz quase não saía.
- Você mesma disse que Deus não participa disto... – o dedo fez movimentos circulares.
- Tira, porra! – praticamente gritei, sem abrir os olhos.
Ouvi a risada dele enquanto escorregava o vestido pelo meu corpo, me deixando só de calcinha.
Heitor levantou e ficou de frente para mim, ao pé da espreguiçadeira. Olhei para seu pau, completamente duro sob a calça e molhei os lábios, desejosa de tocá-lo, com minhas mãos, com minha boca. Era possível desejar tanto assim o corpo de um homem?
- Tarada, desclassificada... – riu, sedutoramente. – Não vai me tocar... Eu vou tocar você. Até não suportar mais.
- Não vou conseguir... Eu... Estou prestes a gozar. – Confessei, envergonhada.
Ele abriu as minhas pernas e ajoelhou-se na minha frente:
- Goze quantas vezes quiser... Eu só quero ouvir seus gemidos, Bárbara. Isso me excita.
Ele beijou entre os meus seios e foi descendo, lentamente, com beijos molhados até meu ventre, como se deixasse uma trilha de fogo por onde passava com sua língua.
Quando chegou na calcinha, dobrou minhas pernas, abrindo-as novamente. Eu sabia o que me esperava: orgasmo... Louco, intenso, como o que tive no elevador.
Encontrei o olhar dele entre as minhas pernas. Heitor começou a me lamber, por cima da calcinha. Levantei meus braços e as mãos apertaram o encosto da espreguiçadeira, como se eu pudesse cometer uma loucura se não fizesse aquilo: apertar algo violentamente, com toda a minha força.
- Diga que quer a minha língua... E eu retiro sua calcinha.
- Eu quero... Sua língua... Seu pau, sua mão, sua boca... Quero você por inteiro, Heitor... Meu, só meu.
Ele foi enrolando cuidadosamente a calcinha até meus tornozelos. Retirou-a e desvirou, dobrando cuidadosamente e colocando no bolso da calça.
- Vai guardar? – não pude deixar de perguntar, confusa.
- Sim... Coleção Bárbara Novaes... Já ouviu falar?
- Não... – ri. – Por que quer minhas calcinhas?
- Para sentir seu cheiro quando não está perto de mim. Eu transei com a sua outra calcinha.
- Isso... É verdade?
- Sim... Agora vou transar com a dona dela. Quando eu tiver dez calcinhas, definitivamente você estará presa a mim... Na minha casa, na minha cama. E então...
- Vem... – abri as pernas, não querendo falar sobre calcinhas.
- Não canso de admirar seu corpo nu...
- O sabor talvez seja melhor que a visão. – Provoquei.
- Não tenho dúvidas. – Ele puxou meu corpo de encontro a ele e ajoelhou-se de frente a cadeira.
Lambeu minha extensão, profundamente. Senti exatamente cada parte que ele tocou. Em seguida, a língua brincou com meu clitóris, causando uma sensação completamente louca dentro de mim. Fechei as pernas, involuntariamente, o impedindo de sair.
- Calma, meu amor... – ele abriu-as com as mãos e sua língua entrou em mim, fodendo-me com calma e profundamente.
Achei que eu poderia quebrar a espreguiçadeira com a força que minhas mãos faziam sobre ela. Os movimentos de Heitor simplesmente acabavam comigo. Sem nem saber mais quem eu era, completamente entregue ao prazer, gozei, de uma forma completamente diferente e intensa. E ele seguiu onde estava, me penetrando, até que eu não conseguisse mais respirar, de tão ofegante que fiquei.
Percebendo que eu já havia gozado, ele virou-me de costas, com habilidade. Pôs-me de quatro e esfregou seu pau por toda minha extensão.
- Caralho! – gritei. – Enfia esta porra ou eu vou ficar louca.
Ouvi a risada dele, que não me obedeceu. Seguiu sem pressa, enquanto eu abaixava meu corpo, arrebitando a bunda, implorando pela penetração.
Eu sentia minha pele queimar como fogo e minhas bochechas estavam ardendo, de tão quentes. Estava completamente nua sob a luz da luz, transando com um homem que faria até uma mulher gélida como iceberg gozar. Ele era perfeito... Sabia o que fazia, onde tocar, como estimular.
- Heitor... – gemi, sentindo-o se masturbar na minha entrada, com a ponta do pau entrando e saindo levemente, inúmeras vezes.
- Implora, Bárbara... Implora por mim. – Ofegou.
- Por favor... Quero você... – falei, num fio de voz, tentando me masturbar, sendo impedida por ele, que puxou minhas mãos para trás, trancando-as.
Apoiei meu rosto na espreguiçadeira e ele enfiou seu pau enorme, parecendo contar cada centímetro por segundo, até me preencher por completo.
Ficou alguns segundos dentro de mim, sem mover-se. Depois soltou minhas mãos e começou os movimentos, entrando e saindo com força, gemendo a cada estocada.
Voltei a apoiar as mãos na espreguiçadeira, tentando não me mexer com os movimentos dele com força, que empurravam meu corpo para frente, levando junto o próprio móvel, que andava a cada estocada.
Meus gemidos não se continham mais. Passei a gritar a cada estocada, sentindo que eu iria gozar pela segunda vez em poucos minutos.
De repente ele parou, retirando seu pau.
Voltei minha cabeça na direção dele, confusa, aturdida, enlouquecida:
- Por que... Parou?
- Você está bem?
Assenti, ofegante.
- Dor?
- Não, Heitor... Eu... Quero que continue.
Ele abaixou-se e pegou a calça, retirando do bolso um preservativo, que abriu com os dentes. Cada segundo de espera acabava comigo.
- Se eu machucar você é só me avisar, ok?
- Não está me machucando... Desculpe pelos gritos.
- Grite o quanto quiser, Bárbara. Você pode fazer o que quiser aqui... Comigo e com este lugar.
- Quero você...
Ele riu e voltou a se enfiar em mim, seguindo a força de antes. As mãos foram até meus ombros, que ele puxava de encontro ao seu corpo, me fodendo com tanta intensidade que eu gemia tão alto que pareciam gritos.
A cada estocada ele também gemia. Era visível a força que fazia, o tesão que sentia, parecendo que queria entrar mais e mais, enquanto eu sentia seus testículos, de tão fundo que entrava.
- Estou quase gozando... Bárbara... Mas quero gozar junto com você... Me avisa quando...
- Eu vou gozar, Heitor. – falei num fio de voz, sentindo meu pré-orgasmo chegando, com meu corpo começando a tremer involuntariamente.
Dei um grito abafado pela minha própria mão quando gozei, sentindo que ele também estava gozando, com o gemido completamente ofegante, parecendo que o ar iria lhe faltar também.
Fiquei do mesmo jeito, porque mesmo já tendo gozado, ele seguiu me penetrando, embora já com menos força.
Senti o líquido quente dele dentro de mim e imediatamente virei-me, aturdida.
Levantei, sentindo a porra dele escorrer pelas minhas pernas.
- Meu Deus... – falei, colocando a mão e tentando entender o que aconteceu.
- Caralho... A porra da camisinha rasgou. – Ele falou, confuso.
Nos olhamos, perplexos.
- Eu... Estou tomando anticoncepcional. – Tentei me acalmar e acalmá-lo... – Uso contínuo. Mas...
- Está tudo bem, Bárbara. Você não vai ficar grávida.
- Isso é... Muito louco. – Tapei meus seios com os braços, parecendo voltar a realidade depois do sexo mais perfeito de toda a minha vida.
Estávamos nus em frente a uma piscina, durante a noite. De repente me pareceu que aquilo era errado e eu não podia fazer. Como se sentir prazer durante o sexo fosse algo proibido.
Quando percebi, Heitor me pegou no colo e se jogou comigo na piscina.
Quando senti meu corpo submergindo na água quente e sendo pega de surpresa, engoli um pouco de água, me apavorando, debatendo-me.
Ele me levantou, trazendo-me de volta à superfície. Comecei a tossir, amedrontada. Heitor me levou até a borda, onde havia escadas. Me pôs sentada, enquanto tentava me acalmar.