Capítulo 40
1997palavras
Desci meus lábios com dificuldade até seu pescoço, pois vez ou outra ele me puxava novamente à sua boca, beijando-me vorazmente e demorando para me soltar. Trilhei um caminho de chupões pelo seu pescoço enquanto ele gemia, parando no ombro, que mordi, vingando-me do que ele fez na primeira vez que nos tocamos.
- Quando o álcool passar, terá uma marca para lembrar que isso realmente aconteceu, Heitor. – falei.
- O álcool passou, Bárbara... E as lembranças não.
- Tão vívidas quanto a raiva que eu sentia de você... – alisei as costas dele, completamente nuas, enquanto abaixei levemente a calça, deixando a cueca com seu pau ereto sob ela.
- Não sente mais raiva de mim, “louca, desclassificada”? – tocou meu nariz, descendo pelo rosto e parando nos meus lábios, onde beijei seu dedo.
- Se não me provocar, não sentirá minha ira, seu tarado desclassificado.
- Quero sua ira na minha cama, dona provocadora.
Olhei para a cueca dele e não tive como disfarçar minha ansiedade. Ok, eu não tenho certeza se Jardel era pequeno ou Heitor bem-dotado. Mas lembrando do pau dele na boca da loira ajoelhada eu já tinha noção do tamanho.
- Tudo seu... – ele me olhou debochadamente. – Cada centímetro.
- Ansiosa por saber o que você pode me causar, senhor dono da porra toda.
- Meu pau sonha com você, Bárbara...
Ah, Heitor! Isso me amedronta. Sei que tem uma grande possibilidade de você só querer isso de mim: seu pau na minha vagina. E tento me convencer de que sexo é sexo. Eu não sou tão experiente quanto as mulheres que você já comeu. Ainda assim não queria decepcioná-lo. Tampouco que quando esta porta se abrisse, você nunca mais me procurasse. Ainda assim eu quero muito fazer sexo com você. Então vou deixar meu corpo e meu desejo falarem mais alto do que tudo.
- Você tem preservativo, não é mesmo?
- Claro que sim...
Ele se abaixou e pegou uma camisinha dentro da carteira, no bolso da calça. Um homem prevenido. Eu não esperava que fosse diferente.
Retirei sua cueca e o observei colocando habilidosamente o preservativo. Seus olhos encontraram os meus e ele me ergueu, enquanto segurava minha bunda e apoiava meu corpo na parede fria de aço.
- Se eu a machucar, pode dizer...
- Eu não sou virgem. – arqueei a sobrancelha.
- Li que pode ter dores durante a relação... Em função da...
- Eu aviso.
Caralho, ele se preocupou com a dor em função da endometriose? Jardel sabia que eu sentia dores e ainda assim nunca se preocupou. Fazia o diabo a quatro, sem dó nem piedade.
Ele me penetrou devagar, parecendo amedrontado. Suas mãos apertavam a minha bunda e eu podia ver os batimentos do coração dele no peito, que pulsava intensamente.
- Eu disse sem dó... Nem piedade, Heitor. – Fechei meus olhos e enlacei meus braços com força nele.
Ele sorriu e enfiou até o fundo, enquanto eu o sentia me preencher completamente. As pernas se apertaram em torno dele enquanto Heitor começou a se movimentar dentro de mim com rapidez, força e habilidade.
Estranho fazer sexo daquela maneira, que eu nunca havia feito. Estranho sentir meu corpo vivo e cheio de desejo. Estranho sentir vontade de ficar trancada num elevador para sempre. Estranho estar completamente louca por Heitor Casanova. Estranho querer que o tempo fosse eterno e nunca mais passasse. Estranho sentir que eu iria gozar em tão pouco tempo, como se eu fosse explodir. Estanho estar tão molhada que conseguia ouvir as estocadas dele entrando e saindo. Estranho não sentir dor... Eu só sentia prazer, felicidade e... Porra: amor.
Ele tomou meus lábios, enquanto não se descuidava dos movimentos fortes dentro de mim. Consegui corresponder ao beijo com a mesma intensidade que ele exigia do meu corpo. Sua língua seguia os mesmos movimentos do seu pau, numa sincronia perfeita, como se ele fodesse ao mesmo tempo minha boca e minha vagina.
Quando não suportei mais segurar o orgasmo, mordi a língua dele com força e gemi, sendo acolhida pela boca dele, enquanto sentia a porra dele dentro da camisinha.
Pensei que fosse parar, mas ele continuava duro... E seguindo os movimentos, comigo em transe nos seus braços. Ele seguiu... Por muito tempo, gemendo alto, com força, meu corpo se chocando contra a porta... Até amolecer dentro de mim, suado e completamente sem força. Quando me soltou, o preservativo caiu no chão.
Ficamos os dois olhando para o chão, com as respirações ofegantes, tão vermelhos que parecia que tínhamos tomado sol por um dia inteiro.
- Isso... É comum acontecer com você? – perguntei, confusa.
- Foder até não aguentar mais?
- Perder o preservativo.
Ele riu:
- Não. Você me fez isso... Porque eu poderia ficar com você para sempre neste elevador, Bárbara. Sim, eu fodi você até não aguentar mais... Porque é isso que você faz comigo... Querer ficar dentro de você...
- Eu faço você sentir vontade de foder?
- Não... Eu não quis dizer isso.
Comecei a procurar minha roupa no chão e colocar. Ele me empurrou de novo, impedindo-me de sair enquanto seus braços me seguravam, me olhando profundamente.
- Eu preciso ir, Heitor. Estamos num elevador, num prédio movimentado.
- O elevador segue minhas ordens.
- Sei... – comecei a rir.
- Bárbara, me diz que vai sair da Perrone e trabalhar comigo.
- Não. Eu não vou sair da Perrone, Heitor. Você me dispensou, lembra?
- Eu não fiz isso, porra.
- Foi sexo, Heitor. Não devo nada a você pelo que aconteceu aqui.
- Bárbara, não acredito que você está dizendo isso.
- Acha que faria sexo comigo e me convenceria a fazer o que você quisesse? Vai ter que se esforçar mais, CEO. – Toquei o nariz dele, debochadamente.
Ele tocou a boca e mostrou o sangue no dedo:
- Olha o que você fez comigo... Tarada. – Puxou meu lábio inferior com os dentes, soltando vagarosamente.
- Deixei minha marca em cada parte que existe deste lado do seu pescoço. Quero ver você se explicar para suas mulheres.
- Safada... – me imprensou com força na parede, se esfregando em mim.
Passei a língua no lábio dele, indo para sua boca, que ele abriu imediatamente. Chupei sua língua como se tivesse fazendo com seu pau, sentindo-o endurecer novamente. Ele gemia incontrolavelmente enquanto se movimentava sobre mim, já vestido.
- Vou continuar na Perrone. – falei no ouvido dele, baixinho, depois de deixar sua boca.
- E vou continuar tentando levá-la para a North B. Não vou desistir de você, Bárbara.
- Para ser a sua secretária e andar quase sem roupa me oferecendo para você? – gargalhei. – Não me confunda com as suas vagabundas.
- Bárbara... – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
Senti sua língua na parte sensível da minha orelha e me arrepiei. Depois passei meus braços sobre seu pescoço e o beijei como se o mundo fosse acabar em cinco minutos e só houvesse nós dois. Quando acabei, o afastei do meu corpo e disse:
- Mande o elevador descer. Quero ir embora.
- Está louca, Bárbara?
- Agora! – ordenei, com firmeza, o encarando friamente.
Ele não contestou. Ligou para alguém e em minutos o elevador desceu.
Assim que chegamos no térreo, saí, me sentindo um pouco tonta e ele me seguiu. Quando passei pela porta do edifício, já do lado de fora, disse:
- Obrigada por me acompanhar, senhor Casanova. Foi um prazer.
Virei as costas e fui embora, sentindo meu corpo completamente cansado e o coração explodindo de felicidade.
Notícia ruim do dia: vou ter que fazer uma espécie de cirurgia em função da endometriose, que se agravou.
Notícia boa do dia: eu transei com Heitor Casanova. E... Ele parece outro homem e não mais aquele idiota que eu conheci no corredor da Babilônia.
No fim, o sexo com ele deixou a notícia do médico menos tensa e triste.
O que eu percebi ao longo do trajeto? Ele foi embora com a minha calcinha no bolso.
Assim que cheguei em casa, fui direto para o banheiro. Precisava urgentemente tirar o suor do meu corpo o cheiro dele... Ou poderia não dormir à noite, sonhando com o desgraçado.
Encontrei Ben saindo do box.
- Cheguei primeiro. – Ele debochou, cantarolando.
Comecei a tirar a roupa na frente dele. Ficou parado e me observou entrando no box e ligando o chuveiro.
- Que foi... Nunca me viu nua?
- Nua sim... Vindo para casa sem calcinha, não.
- Eu...
- Não me diga que transou com Sebastian Perrone? – ele colocou a mão sobre o vidro do box, limpando para me ver.
- Não... Eu... Posso ter perdido.
- Ninguém perde uma calcinha.
- Dormiu com Sebastian... – ele vibrou.
Fechei meus olhos e deixei a água extremamente quente cair sobre meu corpo, tirando a tensão e o tesão.
- Sua bunda está roxa... – ele entrou no box.
- Ben... Nunca ouviu falar sobre privacidade?
- Com quem você dormiu?
- Eu não dormi com ninguém... Literalmente.
- Com quem você fez sexo? – ele reformulou a pergunta.
Recostei a testa na parede, sentindo a água nas costas, me relaxando aos poucos. O banheiro começava a ficar completamente vaporizado.
- Meu Deus... – ele disse. – Casanova...
Assenti com a cabeça, sem olhar para ele.
Ben tocou minhas nádegas e disse:
- Ele... Apertou você... Bem apertada.
- Não tem noção do que eu fiz com ele. – comecei a rir.
- Babi... Me conta, por favor... Eu imploro.
Virei para ele e soltei um grito incontido, louco, cheio de felicidade.
- Céus, amiga...
Puxei ele de volta para o chuveiro e o abracei. Ele estava de roupa e ficou me olhando seriamente, ficando todo molhado de novo.
- Foi bom... Muito bom, Ben. A gente transou no elevador.
- Caralho... De onde?
- Uma clínica...
- Qual clínica? Vai dizer que de novo o elevador estragou com vocês dois dentro?
- Não... Ele mandou pararem o elevador.
- Ele pode fazer isso?
- Eu acho que sim. Ele é Heitor Casanova.
- Babi, você transou no elevador, menina! Quantas vezes foi? Você... Gozou?
- Ben, ele se ajoelhou e fez um oral e mim... Perfeito... Inesquecível. Eu gozei no oral... E depois... De novo.
- Está dizendo que Heitor Casanova, que se vangloriava para você que todo mundo queria chupar ele fez um oral em você?
- O que foi, Ben? Não acha que eu sou atraente para receber um oral dele?
- Amiga, eu acho que você tem Heitor Casanova nas suas mãos, linda. – ele tocou meu rosto. – Ele está apaixonado.
- Não... Eu... Acho que não é possível.
- Caralho... “Você” está apaixonada.
- Não! Foi... Sexo. Você mesmo me disse: sexo é sexo.
- Seus olhos brilham quando fala o nome dele. Você gritou, Babi... E aposto que deu para ouvir da rua.
Ele saiu do box. Fechei o chuveiro e fui atrás dele.
- Sabe, Ben... Eu gostei muito. Tenho certeza de que foi o melhor sexo da minha vida inteira. E o que mais dói em mim é saber que não vai acontecer de novo. E se eu não tiver esta conexão com outra pessoa novamente?
- Para o mundo que eu quero descer. – ele colocou as duas mãos na minha direção, pedindo para eu parar. – Por que não aconteceria de novo?
- Porque era só isso que ele queria de mim. Já teve... Acabou a curiosidade de como era transar com Bárbara Novaes. Agora não vamos mais nos ver... Ou ficaremos inimigos novamente.
- Eu aposto meus dois rins, novinhos em folha, funcionando perfeitamente, como ele vai procurar você, Babi. Heitor Casanova está fodidamente apaixonado pela mulher que riscou o Maserati dele.